Saturday, January 19, 2019
COPIADO EM MITO&REALIDADE.ALGUÉM NOS INFORMA COMO É ACTUALMENTE POR CÁ?
sexta-feira, janeiro 18, 2019
O misterioso e prolongado sucesso da minoria judaica na Alemanha
O historiador britânico Sir Arthur Wynne Morgan Bryant (na foto ao lado), (18/2/1899 – 22/1/1985), no seu livro Unfinished Victory [1940 - Vitória Incompleta], descreve o poder judaico na Alemanha entre as duas Guerras Mundiais (pp. 136-144):
"Foram os judeus com as suas ligações internacionais e o seu talento hereditário para a finança que melhor foram capazes de aproveitar estas oportunidades. Fizeram-no com tal sucesso que, mesmo em novembro de 1938, depois de cinco anos de legislação antissemita e perseguição, eram ainda donos, segundo o correspondente da Times em Berlim, de qualquer coisa como um terço da propriedade imobiliária do Reich. A maior parte dela caiu-lhes nas mãos durante a inflação. […] Os judeus obtiveram uma formidável ascendência na política, nos negócios e nas profissões académicas, não obstante constituírem menos de um por cento da população
Os bancos, incluindo o Reichsbank [Banco Central Alemão] e os grandes bancos privados, eram praticamente controlados por eles. Assim como o negócio das editoras, o cinema, os teatros e grande parte da imprensa, de facto, todos os meios que formam a opinião pública num país civilizado. O maior jornal do país com uma circulação diária de quatro milhões de unidades era um monopólio judeu.
De ano para ano era cada vez mais difícil a um gentio (não-judeu) aceder ou manter-se nalguma profissão privilegiada. Nesta altura não eram os 'Arianos' que praticavam discriminação racial. Era uma discriminação que funcionava sem violência. Era exercida por uma minoria contra uma maioria. Não havia perseguição, apenas eliminação. Era o contraste entre a riqueza desfrutada e faustosamente ostentada por estranhos de gostos cosmopolitas, e a pobreza e a miséria dos alemães nativos, que tornou o antissemitismo tão perigoso e uma força ameaçadora na nova Europa."
Publicada por Diogo à(s) 15:02
Etiquetas: Alemanha, Arthur_Bryant, Judeus
VENDO QUE BASTOU UM GAJO ESCREVER NO FACEBOOK DE OUTRO E SER LOGO CONTEMPLADO POR 230 DEPUTADOS É OBRA.QUE DEVE TER MUITA COLABORAÇÃO CASEIRA CLARO...
QUANTO TEMPO VAI AGUENTAR MAIS O CONTRIBUINTE ESTE FAMOSO ESTADO SOCIAL?AGORA A QUERER FAZER A RAÇA MISTA...
o adicional é fenomenal
Quem lê o Portugal Contemporâneo já se apercebeu, pelos postes do Prof. Pedro Arroja, da bagunça que paira no SNS. É uma (des)organização completamente politizada, sem estratégia e sem objetivos claros.
Aproveitando o distinto auditório que os referidos postes cativaram, vou deixar aqui algumas reflexões que demonstram o estado caótico a que chegou esta sétima maravilha do Estado Social.
A minha primeira atenção vai para o chamado “adicional”, como é conhecida a teta que o exíguo orçamento do Ministério da Saúde (MS) disponibiliza para os funcionários de todos os escalões profissionais e que, nalguns casos, duplica ou até triplica os respetivos salários base.
Passo a explicar aos incautos contribuintes em que consiste o adicional. A maior parte da produção cirúrgica nos hospitais do SNS é feita na chamada rotina, mas, para incentivar os funcionários, o MS criou um regime especial – o tal adicional, em que remunera à peça pelo trabalho efetuado para além do tempo normal de trabalho.
Neste momento, nalguns hospitais, a produção de rotina ronda os 70% do total e a adicional corresponde ao restante, cerca de 30%.
Como é que essa produção adicional se reflete nas remunerações? Vejamos o exemplo dos médicos: O salário médio líquido de um especialista sénior do quadro ronda os 2.500,00 €, com as urgências recebe mais uns 1.500,00 € e o adicional, quando existe, chega a duplicar ou triplicar o salário base.
Isto é, um especialista sénior, que faça urgências e adicional leva para casa entre 6.500,00 a 9.000,00 € líquidos. Todos os outros profissionais que aderem ao adicional veem também as suas remunerações chorudamente inflacionadas.
Justo? Injusto? Não me vou pronunciar sobre isso.
Chamo apena a atenção para o seguinte: que tipo de empresa privada é que duplica ou triplica os salários base por um aumento de 30% na produção? Julgo que estamos perante uma situação que necessita ser esclarecida pelo MS.
Quem trabalha no sector privado tem prémios de produção e bónus, mas estes raramente ultrapassam uma pequena percentagem do salário base.
Quantas horas é que os médicos dedicam, por semana, à rotina e ao adicional? À rotina as paroquiais 40 horas e ao adicional (sendo bastante variável) entre 8 a 20 horas. A remuneração adicional custa, portanto, cerca de 5 a 10 vezes mais, por hora, do que a remuneração base.
Em especialidades como oftalmologia e ortopedia, os salários tendem a triplicar e não é invulgar ultrapassarem os 10.000,00 € mensais líquidos.
Entretanto o SNS debate-se com graves problemas económicos e o problema das crianças internadas em contentores no Hospital de S. João é apenas a ponta do icebergue.
Haja saúde!
Posted by Joaquim at 08:05
Sem comentários:
SEMPRE ME ADMIREI DA QUALIDADE E QUANTIDADE DOS TOPOS DE GAMA QUE POR AÍ CIRCULAM...
Quem lê o Portugal Contemporâneo já se apercebeu, pelos postes do Prof. Pedro Arroja, da bagunça que paira no SNS. É uma (des)organização completamente politizada, sem estratégia e sem objetivos claros.
Aproveitando o distinto auditório que os referidos postes cativaram, vou deixar aqui algumas reflexões que demonstram o estado caótico a que chegou esta sétima maravilha do Estado Social.
A minha primeira atenção vai para o chamado “adicional”, como é conhecida a teta que o exíguo orçamento do Ministério da Saúde (MS) disponibiliza para os funcionários de todos os escalões profissionais e que, nalguns casos, duplica ou até triplica os respetivos salários base.
Passo a explicar aos incautos contribuintes em que consiste o adicional. A maior parte da produção cirúrgica nos hospitais do SNS é feita na chamada rotina, mas, para incentivar os funcionários, o MS criou um regime especial – o tal adicional, em que remunera à peça pelo trabalho efetuado para além do tempo normal de trabalho.
Neste momento, nalguns hospitais, a produção de rotina ronda os 70% do total e a adicional corresponde ao restante, cerca de 30%.
Como é que essa produção adicional se reflete nas remunerações? Vejamos o exemplo dos médicos: O salário médio líquido de um especialista sénior do quadro ronda os 2.500,00 €, com as urgências recebe mais uns 1.500,00 € e o adicional, quando existe, chega a duplicar ou triplicar o salário base.
Isto é, um especialista sénior, que faça urgências e adicional leva para casa entre 6.500,00 a 9.000,00 € líquidos. Todos os outros profissionais que aderem ao adicional veem também as suas remunerações chorudamente inflacionadas.
Justo? Injusto? Não me vou pronunciar sobre isso.
Chamo apena a atenção para o seguinte: que tipo de empresa privada é que duplica ou triplica os salários base por um aumento de 30% na produção? Julgo que estamos perante uma situação que necessita ser esclarecida pelo MS.
Quem trabalha no sector privado tem prémios de produção e bónus, mas estes raramente ultrapassam uma pequena percentagem do salário base.
Quantas horas é que os médicos dedicam, por semana, à rotina e ao adicional? À rotina as paroquiais 40 horas e ao adicional (sendo bastante variável) entre 8 a 20 horas. A remuneração adicional custa, portanto, cerca de 5 a 10 vezes mais, por hora, do que a remuneração base.
Em especialidades como oftalmologia e ortopedia, os salários tendem a triplicar e não é invulgar ultrapassarem os 10.000,00 € mensais líquidos.
Entretanto o SNS debate-se com graves problemas económicos e o problema das crianças internadas em contentores no Hospital de S. João é apenas a ponta do icebergue.
Haja saúde!
Posted by Joaquim at 08:05
Sem comentários:
SEMPRE ME ADMIREI DA QUALIDADE E QUANTIDADE DOS TOPOS DE GAMA QUE POR AÍ CIRCULAM...
A COVA DA MOURA QUE NÃO SE DEIXE FICAR PARA TRÁS...A LUTA CONTINUA A VITÓRIA É CERTA...
CABO VERDE
Dia dos Heróis Nacionais de Cabo Verde recorda morte de Amílcar Cabral
Cerimónias na ilha do Sal e no Tarrafal evocarão memória do fundador do PAIGCV, que liderou o processo independentista de Cabo Verde e foi assassinado em 1973.
O BRANCO MAU E SALAZARISTA QUE PAGUE QUE É PARA ISSO QUE O DEIXAM EXISTIR...ENQUANTO NÃO FICA MAIS ESCURINHO...PARA SERMOS TODOS IGUAIS!
Dia dos Heróis Nacionais de Cabo Verde recorda morte de Amílcar Cabral
Cerimónias na ilha do Sal e no Tarrafal evocarão memória do fundador do PAIGCV, que liderou o processo independentista de Cabo Verde e foi assassinado em 1973.
O BRANCO MAU E SALAZARISTA QUE PAGUE QUE É PARA ISSO QUE O DEIXAM EXISTIR...ENQUANTO NÃO FICA MAIS ESCURINHO...PARA SERMOS TODOS IGUAIS!
NUM TEMPO EM QUE A UM CRIME CORRESPONDIA UM CASTIGO...
Maria matou a mãe por um namorado que ninguém viu
Em 1848, Maria José matou a mãe, despedaçou o seu corpo e espalhou-o pela zona da Graça a mando de José Maria. A polícia nunca encontrou provas da existência do namorado e Maria foi condenada à forca.
AGORA TEMOS OS PSICÓLOGOS E SOCIÓLOGOS MAIS OS DIREITOS HUMANOS A MANTER TODO O TIPO DE CRIMINOSOS AO SERVIÇO PERMANENTE...ENTÃO TRAIDORES UI UI UI
Em 1848, Maria José matou a mãe, despedaçou o seu corpo e espalhou-o pela zona da Graça a mando de José Maria. A polícia nunca encontrou provas da existência do namorado e Maria foi condenada à forca.
AGORA TEMOS OS PSICÓLOGOS E SOCIÓLOGOS MAIS OS DIREITOS HUMANOS A MANTER TODO O TIPO DE CRIMINOSOS AO SERVIÇO PERMANENTE...ENTÃO TRAIDORES UI UI UI
O QUE O FALHANÇO DA LEGALIZAÇÃO DO HAXIXE RECREATIVO PROVOCA...
Dois portugueses detidos no Brasil por terem na sua posse duas toneladas de haxixe
~~~~~~~~
Isabel Moreira
Canábis – é para amanhã o que era para ontem
DE MARROCOS A PORTUGAL UM SALTINHO E TIVERAM QUE IR EXPORTAR PARA O BRASIL QUE JÁ LÁ TEM POUQUINHA DROGA...
PS
SE FOSSEM ESCURINHOS PODERIAM FAZER UNICAMENTE SUPOSIÇÕES TOPAM?ERA CONTRA A ACÇÃO PSICOLÓGICA DO BOM ACOLHIMENTO...
~~~~~~~~
Isabel Moreira
Canábis – é para amanhã o que era para ontem
DE MARROCOS A PORTUGAL UM SALTINHO E TIVERAM QUE IR EXPORTAR PARA O BRASIL QUE JÁ LÁ TEM POUQUINHA DROGA...
PS
SE FOSSEM ESCURINHOS PODERIAM FAZER UNICAMENTE SUPOSIÇÕES TOPAM?ERA CONTRA A ACÇÃO PSICOLÓGICA DO BOM ACOLHIMENTO...
E VAMOS TER O DIA DA RAÇA(MISTA EVIDENTEMENTE) EM CABO VERDE
Marcelo Rebelo de Sousa; Os hábitos de um presidente feliz Sorri perante quem o aborda e não é difícil encontrá-lo: continua a ir a banhos durante todo o ano na praia de sempre, em Cascais.
Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/famosos/detalhe/marcelo-rebelo-de-sousa-os-habitos-de-um-presidente-feliz?ref=HP_Flashvidas
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Presidente da República vai passar parte do Dia de Portugal em Cabo Verde
O Presidente da República pretende "cobrir o mais possível diferentes comunidades de portugueses, em várias ilhas”.
O ESTADO DE DIREITO ESTÁ A FUNCIONAR ÀS MIL MARAVILHAS... SÓ NINGUÉM NOS EXPLICA TANTA MORTE QUE TEM ANDADO POR AÍ...E JÁ AGORA QUANTOS "BRANCOS" PORTUGUESES ANDAM POR CABO VERDE...
Ler mais em: https://www.cmjornal.pt/famosos/detalhe/marcelo-rebelo-de-sousa-os-habitos-de-um-presidente-feliz?ref=HP_Flashvidas
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Presidente da República vai passar parte do Dia de Portugal em Cabo Verde
O Presidente da República pretende "cobrir o mais possível diferentes comunidades de portugueses, em várias ilhas”.
O ESTADO DE DIREITO ESTÁ A FUNCIONAR ÀS MIL MARAVILHAS... SÓ NINGUÉM NOS EXPLICA TANTA MORTE QUE TEM ANDADO POR AÍ...E JÁ AGORA QUANTOS "BRANCOS" PORTUGUESES ANDAM POR CABO VERDE...
Godelieve Meersschaert A HEROÍNA REVOLUCIONÁRIA DA COVA DA MOURA QUE SERVIU DE EXEMPLO AO PÚBLICO DA SONAE PARA QUE A MALTA INDÍGENA ENTREGUE A FILHINHA A UM PRETINHO...
Godelieve Meersschaert: "Encontrei na Cova da Moura pessoas que tinham tempo para os outros"
Milagres - é católica?
Não, são dessas coisas que me acontecem muitas vezes e fico a pensar que não somos nós que escolhemos o caminho. Muitas vezes, são coisas que nos aparecem na vida, coincidências. Mas o que é uma coincidência? Pode fazer-se toda uma filosofia à volta disso.
Mas pertenceu à JOC, uma organização católica.
A semana transformou-se em décadas.
[ri-se] Essa minha amiga e o marido, o Jacinto, que eram camponeses do Couço, no Ribatejo, onde foi muito duro no tempo de Salazar, faziam parte da comissão de moradores.
Vê-se no bairro muita gente desocupada.
Há um grupo de pessoas desempregadas, mas somos 6500 moradores. O desemprego foi um grande problema para as pessoas com 40 e 50 anos durante o governo de Passos Coelho.. Vi muitos vizinhos a chorar, que sempre tinham trabalhado na construção civil e que foram despedidos. Agora a situação está muito diferente. Também houve quem fosse para o estrangeiro. E quando chega ao Natal e a agosto, muitos regressam. Ouve-se falar inglês, neerlandês, francês, pessoas com uma visão do mundo muito alargada.
porque o Moinho nasceu com uma biblioteca, mas o mais importante é a dinamização de toda uma cultura, como a celebração do Kola San Jon, que foi proibida em Cabo Verde antes do 25 de Abril.
Trabalhou sempre como psicóloga?
Não, a partir de 1985 e até me reformar trabalhei no Ministério das Finanças como especialista de informática. Fazia aplicações para o Orçamento do Estado e o controle orçamental.
Quais foram os momentos que a fizeram mais feliz?
Primeiro, estar com o meu marido [ri-se], as minhas coisas boas estão ligadas a ele. O que me deu muita satisfação foi a realização do colóquio "Kola San Jon - Cultura proibida, património estimado", em junho de 2015, e o colóquio das Batucadeiras, em abril de 2016, ambos no Museu Nacional de Etnologia.
O que é que faz o Moinho da Juventude?
Temos vários projetos e peritos da experiência que trabalham em paralelo com educadores e formadores do Moinho (nas creches, no Jardim de infância, no PULO, no CATL). É exemplo o projeto do Missing Link que organizamos com centros de formação da Bélgica, da Alemanha, dos Países Baixos e da Bulgária, onde é realçada a importância do perfil do perito da experiência. A experiência de ser imigrante ou ter vivido a pobreza proporciona outra perspetiva nesta sociedade. O perito da experiência já é reconhecido oficialmente nestes países e o Moinho está a trabalhar com a ANQEP [Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional] para reconhecer esta profissão.
Em Lisboa também há problemas. Aqui acontecem coisas como em Lisboa, na Praia da Luz, na minha aldeia na Bélgica, por todo o lado, agora aqui estigmatiza-se uma comunidade, e porquê? Por causa da especulação imobiliária, é o que vemos que está a acontecer. E também tem que ver com a forma como se olha "o outro", sobretudo as pessoas com falta de autoestima.
Vê-se no bairro muita gente desocupada.
Há um grupo de pessoas desempregadas, mas somos 6500 moradores. O desemprego foi um grande problema para as pessoas com 40 e 50 anos durante o governo de Passos Coelho. Vi muitos vizinhos a chorar, que sempre tinham trabalhado na construção civil e que foram despedidos. Agora a situação está muito diferente. Também houve quem fosse para o estrangeiro. E quando chega ao Natal e a agosto, muitos regressam. Ouve-se falar inglês, neerlandês, francês, pessoas com uma visão do mundo muito alargada.
Como é que surgiu o Moinho da Juventude?
Com a crise do FMI [1981] era complicado conseguir trabalho e fui corrigir testes psicotécnicos. Estava muito tempo em casa e começaram a aparecer miúdos, um, depois dois, três, dez, até que tinha um grupo. Foi no nosso sótão que começou o Moinho. As crianças faziam desenhos, viam os livros, as figuras, inventávamos teatros e gostavam muito. Aos amigos que ficavam hospedadas em minha casa e queriam oferecer qualquer coisa, propus que comprassem livros infantis. Os miúdos batiam constantemente à porta a pedir livros, e assim começámos a ter uma biblioteca. Falámos com o presidente da Junta de Freguesia da Buraca, que nos cedeu uma casinha no bairro, na Rua de São Tomé, que era da comissão de moradores, e que estava vazia. Em pouco tempo estavam inscritos 700 miúdos. Havia três raparigas do bairro, com 15/16 anos, que organizavam a biblioteca, que abria aos domingos das 10.00 às 13.00. Uma dessas raparigas é a Augusta, que trabalha agora numa casa da UMAR para vítimas de violência, e outra é a Isabel, coordenadora do Moinho.
Uma semente que resultou na Associação Cultural Moinho da Juventude.
Sim, aos poucos e poucos e através dos livros, mas também teve que ver com a situação das empregadas domésticas e com as necessidades do bairro. Viviam aqui 900 pessoas sem água em casa e que tinham feito contrato e pago à câmara. Também nos aconteceu. Quem vendeu a casa disse que tinha pago a ligação à rede e que demorava uma semana quando demorou três anos. Isso não foi uma escolha [ri-se].
"O Moinho cresceu em torno de três pilares: social, cultural e económico."
Não pensou em sair?
Houve momentos muito difíceis, custou muito viver sem água, mas lá fomos aguentando. Uma ligação da luz era para sete casas. Demorou até conseguirmos infraestruturas, mesmo estando a pagar IMI. Todos os vizinhos se uniram e lutaram por condições, e este foi um dos pilares do Moinho. O Moinho cresceu em torno de três pilares: social, cultural e económico. Social por causa do saneamento básico, havia quem pagasse esgotos e não tinha a rede instalada na quinta do Outeiro, o que foi para mim uma descoberta. O económico teve que ver com os direitos das empregadas domésticas e dos pedreiros. Cultural, porque o Moinho nasceu com uma biblioteca, mas o mais importante é a dinamização de toda uma cultura, como a celebração do Kola San Jon, que foi proibida em Cabo Verde antes do 25 de Abril.
Trabalhou sempre como psicóloga?
Não, a partir de 1985 e até me reformar trabalhei no Ministério das Finanças como especialista de informática. Fazia aplicações para o Orçamento do Estado e o controle orçamental.
O que é para si?
Para mim, desenvolvimento tem que ver com pessoas e com o que somos como pessoas. E, nesse sentido, parece que não evoluímos muito. Vejo pessoas de Cabo Verde que não sabem ler nem escrever, como disse Saramago dos seus pais, com a sabedoria que não temos, esquecemos a sabedoria da vida. Desenvolvimento é estar agarrado ao smartphone? O que é a humanidade, o que estamos a fazer? Dizem para fazer caridadezinha para o Iémen, só que esquecem que fomos nós, europeus, que mandámos as armas. Os belgas mandaram armas para a Síria e para a Arábia Saudita. É isto que é importante ver. O que é cultura, quem somos? São estas as questões importantes.
O quadro da sua sala.
A minha amiga, Lut Caenen, fez este quadro com a poesia "Metafisica" de Fernando Pessoa, que escreveu mil vezes. É importante este quadro estar na Cova da Moura. As pessoas falam sobre ele, dizem o que veem e é surpreendente.
Quais foram os momentos que a fizeram mais feliz?
Primeiro, estar com o meu marido [ri-se], as minhas coisas boas estão ligadas a ele. O que me deu muita satisfação foi a realização do colóquio "Kola San Jon - Cultura proibida, património estimado", em junho de 2015, e o colóquio das Batucadeiras, em abril de 2016, ambos no Museu Nacional de Etnologia. Vieram grupos de São Tomé, de Cabo Verde e de Espanha. Conseguimos a colaboração das universidades de Aveiro, Coimbra e do Instituto de Educação em Lisboa. É a sinergia que faz o desenvolvimento, não é a competição. Tivemos os investigadores a trabalhar e a refletir com as batucadeiras e a valorizar uma cultura que foi proibida pelos colonizadores.
"Criou-se para a Cova da Moura a 'polícia de proximidade', ideia que foi multiplicada pelo país."
Qual foi o momento mais triste do bairro?
A morte do Ângelo, de 17 anos, em 2001. Um agente da polícia disse na altura que era mais um macaquinho que tinha morrido. Conseguimos parar a escalada de violência, dialogando com o subintendente Pereira. Criou-se para a Cova da Moura a "polícia de proximidade", ideia que foi multiplicada pelo país. Com a substituição do subintendente Pereira, voltou a ser complicado. Iniciamos com a PSP de Alfragide um curso sobre "comunicação não violenta" (Rosenberg) no quadro dum projeto da Comissão para a Igualdade de Género, mas não houve disponibilidade por parte da PSP para dar continuidade. Outro momento triste foi em agosto 2013, quando a polícia veio ao bairro porque alguém tinha roubado um casaco e levou sete miúdos, que vinham da praia, para a esquadra da Damaia. Tiveram de se despedir, foram obscenizados, eram miúdos de 13/14/15 anos. Isto tem consequências para a vida toda. As mães foram maltratadas quando os foram buscar e vieram a minha casa, indignadas. Processámos os agentes e foi tudo arquivado.
Melhorámos alguma coisa?
O arquivamento dos três processos contra a atuação da PSP no verão de 2013, elaborados com o apoio da Associação para Apoio às Vítimas de Violência e o Alto Comissariado para as Migrações, ainda me revolta imenso. Tem de ser feito um trabalho de reflexão com a polícia e com os jovens. Este caso e o que aconteceu no 5 de fevereiro de 2015 na esquadra de Alfragide mostra que ainda falta fazer muito trabalho.
O que é que faz o Moinho da Juventude?
Temos vários projetos e peritos da experiência que trabalham em paralelo com educadores e formadores do Moinho (nas creches, no Jardim de infância, no PULO, no CATL). É exemplo o projeto do Missing Link que organizamos com centros de formação da Bélgica, da Alemanha, dos Países Baixos e da Bulgária, onde é realçada a importância do perfil do perito da experiência. A experiência de ser imigrante ou ter vivido a pobreza proporciona outra perspetiva nesta sociedade. O perito da experiência já é reconhecido oficialmente nestes países e o Moinho está a trabalhar com a ANQEP [Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional] para reconhecer esta profissão.
"Ainda tenho de viver um bocadinho para contribuir para o processo de conscientização."
Portugal é um país racista?
Há muitos recalcamentos. Tenho refletido sobre a minha maneira de olhar o outro e, na Bélgica, um país colonizador, há factos sobre os quais não refletimos, esquecemos. Em Portugal, um grupo dentro da polícia tem feito coisas horríveis no nosso bairro, têm tratado as pessoas de uma forma muito racista. É um grupo pequeno mas que tem tido o apoio de alguns jornalistas, com o PNR atrás, o que vai fomentando o medo. E quando as pessoas têm medo, as ações racistas começam a crescer. Nasci uma semana antes do fim da II Guerra Mundial e ouvia os alemães dizer que não sabiam o que tinha acontecido nos campos de concentração ("Wir haben es nicht gewusst"), o que sempre me fez muita impressão. Agora, parece que também não sabem o que está a acontecer. E, depois, vejo pseudointelectuais a encher salas com jovens, o que me preocupa. Basta lembrar o que aconteceu com Hitler e, mais recentemente, com Trump e Bolsonaro. Ainda tenho de viver um bocadinho para contribuir para o processo de conscientização.
É tudo?
Não, gostaria muito que a Segurança Social tomasse uma decisão sobre as amas da Creche Familiar. Há um ano que o Moinho aguarda a decisão sobre os requisitos das seis amas que têm de ser substituídas. Para os pais, é um drama não encontrarem um sítio para os filhos. São 24 famílias em apuros.
SEMPRE DISSE QUE OS GRANDES REVOLUCIONÁRIOS SÃO GAJOS ESTRANHOS ÀS NAÇÕES.SE A COISA CORRER MAL MUDAM-SE E PRONTOS...
A QUERIDA TOMOU TODAS AS DORES DA AFRICANIDADE COM QUEM CASOU E QUE SE DEU MAL DEPOIS DE LIMPAREM ETNICAMENTE O BRANCO E SEM BENS DOS SEUS PARAÍSOS.REPAREM QUE A ISSO ELA DISSE NADA...A MALTA EM ESPECIAL OS MAUS DOS POLÍCIAS QUE DEVEM FECHAR OS OLHOS ÀS AVENTURAS DE SACAR O OURO A VELHINHAS E PASSAGEIRAS DE COMBOIOS ALÉM DE DEIXAR VENDER A DROGA QUE FAZIA O BAIRRO DA COVA DA MOURA MUITO ANIMADO...
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/15-jan-2019/interior/godelieve-meersschaert-encontrei-na-cova-da-moura-pessoas-que-tinham-tempo-para-os-outros-10379612.html
Milagres - é católica?
Não, são dessas coisas que me acontecem muitas vezes e fico a pensar que não somos nós que escolhemos o caminho. Muitas vezes, são coisas que nos aparecem na vida, coincidências. Mas o que é uma coincidência? Pode fazer-se toda uma filosofia à volta disso.
Mas pertenceu à JOC, uma organização católica.
A semana transformou-se em décadas.
[ri-se] Essa minha amiga e o marido, o Jacinto, que eram camponeses do Couço, no Ribatejo, onde foi muito duro no tempo de Salazar, faziam parte da comissão de moradores.
Vê-se no bairro muita gente desocupada.
Há um grupo de pessoas desempregadas, mas somos 6500 moradores. O desemprego foi um grande problema para as pessoas com 40 e 50 anos durante o governo de Passos Coelho.. Vi muitos vizinhos a chorar, que sempre tinham trabalhado na construção civil e que foram despedidos. Agora a situação está muito diferente. Também houve quem fosse para o estrangeiro. E quando chega ao Natal e a agosto, muitos regressam. Ouve-se falar inglês, neerlandês, francês, pessoas com uma visão do mundo muito alargada.
porque o Moinho nasceu com uma biblioteca, mas o mais importante é a dinamização de toda uma cultura, como a celebração do Kola San Jon, que foi proibida em Cabo Verde antes do 25 de Abril.
Trabalhou sempre como psicóloga?
Não, a partir de 1985 e até me reformar trabalhei no Ministério das Finanças como especialista de informática. Fazia aplicações para o Orçamento do Estado e o controle orçamental.
Quais foram os momentos que a fizeram mais feliz?
Primeiro, estar com o meu marido [ri-se], as minhas coisas boas estão ligadas a ele. O que me deu muita satisfação foi a realização do colóquio "Kola San Jon - Cultura proibida, património estimado", em junho de 2015, e o colóquio das Batucadeiras, em abril de 2016, ambos no Museu Nacional de Etnologia.
O que é que faz o Moinho da Juventude?
Temos vários projetos e peritos da experiência que trabalham em paralelo com educadores e formadores do Moinho (nas creches, no Jardim de infância, no PULO, no CATL). É exemplo o projeto do Missing Link que organizamos com centros de formação da Bélgica, da Alemanha, dos Países Baixos e da Bulgária, onde é realçada a importância do perfil do perito da experiência. A experiência de ser imigrante ou ter vivido a pobreza proporciona outra perspetiva nesta sociedade. O perito da experiência já é reconhecido oficialmente nestes países e o Moinho está a trabalhar com a ANQEP [Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional] para reconhecer esta profissão.
Em Lisboa também há problemas. Aqui acontecem coisas como em Lisboa, na Praia da Luz, na minha aldeia na Bélgica, por todo o lado, agora aqui estigmatiza-se uma comunidade, e porquê? Por causa da especulação imobiliária, é o que vemos que está a acontecer. E também tem que ver com a forma como se olha "o outro", sobretudo as pessoas com falta de autoestima.
Vê-se no bairro muita gente desocupada.
Há um grupo de pessoas desempregadas, mas somos 6500 moradores. O desemprego foi um grande problema para as pessoas com 40 e 50 anos durante o governo de Passos Coelho. Vi muitos vizinhos a chorar, que sempre tinham trabalhado na construção civil e que foram despedidos. Agora a situação está muito diferente. Também houve quem fosse para o estrangeiro. E quando chega ao Natal e a agosto, muitos regressam. Ouve-se falar inglês, neerlandês, francês, pessoas com uma visão do mundo muito alargada.
Como é que surgiu o Moinho da Juventude?
Com a crise do FMI [1981] era complicado conseguir trabalho e fui corrigir testes psicotécnicos. Estava muito tempo em casa e começaram a aparecer miúdos, um, depois dois, três, dez, até que tinha um grupo. Foi no nosso sótão que começou o Moinho. As crianças faziam desenhos, viam os livros, as figuras, inventávamos teatros e gostavam muito. Aos amigos que ficavam hospedadas em minha casa e queriam oferecer qualquer coisa, propus que comprassem livros infantis. Os miúdos batiam constantemente à porta a pedir livros, e assim começámos a ter uma biblioteca. Falámos com o presidente da Junta de Freguesia da Buraca, que nos cedeu uma casinha no bairro, na Rua de São Tomé, que era da comissão de moradores, e que estava vazia. Em pouco tempo estavam inscritos 700 miúdos. Havia três raparigas do bairro, com 15/16 anos, que organizavam a biblioteca, que abria aos domingos das 10.00 às 13.00. Uma dessas raparigas é a Augusta, que trabalha agora numa casa da UMAR para vítimas de violência, e outra é a Isabel, coordenadora do Moinho.
Uma semente que resultou na Associação Cultural Moinho da Juventude.
Sim, aos poucos e poucos e através dos livros, mas também teve que ver com a situação das empregadas domésticas e com as necessidades do bairro. Viviam aqui 900 pessoas sem água em casa e que tinham feito contrato e pago à câmara. Também nos aconteceu. Quem vendeu a casa disse que tinha pago a ligação à rede e que demorava uma semana quando demorou três anos. Isso não foi uma escolha [ri-se].
"O Moinho cresceu em torno de três pilares: social, cultural e económico."
Não pensou em sair?
Houve momentos muito difíceis, custou muito viver sem água, mas lá fomos aguentando. Uma ligação da luz era para sete casas. Demorou até conseguirmos infraestruturas, mesmo estando a pagar IMI. Todos os vizinhos se uniram e lutaram por condições, e este foi um dos pilares do Moinho. O Moinho cresceu em torno de três pilares: social, cultural e económico. Social por causa do saneamento básico, havia quem pagasse esgotos e não tinha a rede instalada na quinta do Outeiro, o que foi para mim uma descoberta. O económico teve que ver com os direitos das empregadas domésticas e dos pedreiros. Cultural, porque o Moinho nasceu com uma biblioteca, mas o mais importante é a dinamização de toda uma cultura, como a celebração do Kola San Jon, que foi proibida em Cabo Verde antes do 25 de Abril.
Trabalhou sempre como psicóloga?
Não, a partir de 1985 e até me reformar trabalhei no Ministério das Finanças como especialista de informática. Fazia aplicações para o Orçamento do Estado e o controle orçamental.
O que é para si?
Para mim, desenvolvimento tem que ver com pessoas e com o que somos como pessoas. E, nesse sentido, parece que não evoluímos muito. Vejo pessoas de Cabo Verde que não sabem ler nem escrever, como disse Saramago dos seus pais, com a sabedoria que não temos, esquecemos a sabedoria da vida. Desenvolvimento é estar agarrado ao smartphone? O que é a humanidade, o que estamos a fazer? Dizem para fazer caridadezinha para o Iémen, só que esquecem que fomos nós, europeus, que mandámos as armas. Os belgas mandaram armas para a Síria e para a Arábia Saudita. É isto que é importante ver. O que é cultura, quem somos? São estas as questões importantes.
O quadro da sua sala.
A minha amiga, Lut Caenen, fez este quadro com a poesia "Metafisica" de Fernando Pessoa, que escreveu mil vezes. É importante este quadro estar na Cova da Moura. As pessoas falam sobre ele, dizem o que veem e é surpreendente.
Quais foram os momentos que a fizeram mais feliz?
Primeiro, estar com o meu marido [ri-se], as minhas coisas boas estão ligadas a ele. O que me deu muita satisfação foi a realização do colóquio "Kola San Jon - Cultura proibida, património estimado", em junho de 2015, e o colóquio das Batucadeiras, em abril de 2016, ambos no Museu Nacional de Etnologia. Vieram grupos de São Tomé, de Cabo Verde e de Espanha. Conseguimos a colaboração das universidades de Aveiro, Coimbra e do Instituto de Educação em Lisboa. É a sinergia que faz o desenvolvimento, não é a competição. Tivemos os investigadores a trabalhar e a refletir com as batucadeiras e a valorizar uma cultura que foi proibida pelos colonizadores.
"Criou-se para a Cova da Moura a 'polícia de proximidade', ideia que foi multiplicada pelo país."
Qual foi o momento mais triste do bairro?
A morte do Ângelo, de 17 anos, em 2001. Um agente da polícia disse na altura que era mais um macaquinho que tinha morrido. Conseguimos parar a escalada de violência, dialogando com o subintendente Pereira. Criou-se para a Cova da Moura a "polícia de proximidade", ideia que foi multiplicada pelo país. Com a substituição do subintendente Pereira, voltou a ser complicado. Iniciamos com a PSP de Alfragide um curso sobre "comunicação não violenta" (Rosenberg) no quadro dum projeto da Comissão para a Igualdade de Género, mas não houve disponibilidade por parte da PSP para dar continuidade. Outro momento triste foi em agosto 2013, quando a polícia veio ao bairro porque alguém tinha roubado um casaco e levou sete miúdos, que vinham da praia, para a esquadra da Damaia. Tiveram de se despedir, foram obscenizados, eram miúdos de 13/14/15 anos. Isto tem consequências para a vida toda. As mães foram maltratadas quando os foram buscar e vieram a minha casa, indignadas. Processámos os agentes e foi tudo arquivado.
Melhorámos alguma coisa?
O arquivamento dos três processos contra a atuação da PSP no verão de 2013, elaborados com o apoio da Associação para Apoio às Vítimas de Violência e o Alto Comissariado para as Migrações, ainda me revolta imenso. Tem de ser feito um trabalho de reflexão com a polícia e com os jovens. Este caso e o que aconteceu no 5 de fevereiro de 2015 na esquadra de Alfragide mostra que ainda falta fazer muito trabalho.
O que é que faz o Moinho da Juventude?
Temos vários projetos e peritos da experiência que trabalham em paralelo com educadores e formadores do Moinho (nas creches, no Jardim de infância, no PULO, no CATL). É exemplo o projeto do Missing Link que organizamos com centros de formação da Bélgica, da Alemanha, dos Países Baixos e da Bulgária, onde é realçada a importância do perfil do perito da experiência. A experiência de ser imigrante ou ter vivido a pobreza proporciona outra perspetiva nesta sociedade. O perito da experiência já é reconhecido oficialmente nestes países e o Moinho está a trabalhar com a ANQEP [Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional] para reconhecer esta profissão.
"Ainda tenho de viver um bocadinho para contribuir para o processo de conscientização."
Portugal é um país racista?
Há muitos recalcamentos. Tenho refletido sobre a minha maneira de olhar o outro e, na Bélgica, um país colonizador, há factos sobre os quais não refletimos, esquecemos. Em Portugal, um grupo dentro da polícia tem feito coisas horríveis no nosso bairro, têm tratado as pessoas de uma forma muito racista. É um grupo pequeno mas que tem tido o apoio de alguns jornalistas, com o PNR atrás, o que vai fomentando o medo. E quando as pessoas têm medo, as ações racistas começam a crescer. Nasci uma semana antes do fim da II Guerra Mundial e ouvia os alemães dizer que não sabiam o que tinha acontecido nos campos de concentração ("Wir haben es nicht gewusst"), o que sempre me fez muita impressão. Agora, parece que também não sabem o que está a acontecer. E, depois, vejo pseudointelectuais a encher salas com jovens, o que me preocupa. Basta lembrar o que aconteceu com Hitler e, mais recentemente, com Trump e Bolsonaro. Ainda tenho de viver um bocadinho para contribuir para o processo de conscientização.
É tudo?
Não, gostaria muito que a Segurança Social tomasse uma decisão sobre as amas da Creche Familiar. Há um ano que o Moinho aguarda a decisão sobre os requisitos das seis amas que têm de ser substituídas. Para os pais, é um drama não encontrarem um sítio para os filhos. São 24 famílias em apuros.
SEMPRE DISSE QUE OS GRANDES REVOLUCIONÁRIOS SÃO GAJOS ESTRANHOS ÀS NAÇÕES.SE A COISA CORRER MAL MUDAM-SE E PRONTOS...
A QUERIDA TOMOU TODAS AS DORES DA AFRICANIDADE COM QUEM CASOU E QUE SE DEU MAL DEPOIS DE LIMPAREM ETNICAMENTE O BRANCO E SEM BENS DOS SEUS PARAÍSOS.REPAREM QUE A ISSO ELA DISSE NADA...A MALTA EM ESPECIAL OS MAUS DOS POLÍCIAS QUE DEVEM FECHAR OS OLHOS ÀS AVENTURAS DE SACAR O OURO A VELHINHAS E PASSAGEIRAS DE COMBOIOS ALÉM DE DEIXAR VENDER A DROGA QUE FAZIA O BAIRRO DA COVA DA MOURA MUITO ANIMADO...
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/15-jan-2019/interior/godelieve-meersschaert-encontrei-na-cova-da-moura-pessoas-que-tinham-tempo-para-os-outros-10379612.html
Subscribe to:
Posts (Atom)