El arquitecto asegura que Camps autorizó el sobrecoste de la obra
LORENA ORTEGA Castellón 19
Según Calatrava, el expresidente valenciano validó que se triplicara el coste del Centro de Convenciones de Castellón
PODIAM DAR OS DADOS AOS ALUNOS DAS FACULDADES DE ENGENHARIA COMO FORMAÇÃO...
Tuesday, October 28, 2014
DE 100 NO MARTIM MONIZ AOS MILHARES EM BONA...
Ó PORTAS PORRA ACABA-LHE JÁ COM O MELHOR ACOLHIMENTO DO MUNDO, COM A NACIONALIZAÇÃO DA POBREZA ALHEIA ALEGADAMENTE CHEIA DE AFECTOS E COM A PARTE INTERNACIONALISTA DO ESTADO SOCIAL...
Passos pede foco na reforma do Estado e não na coligação
ECONÓMICO
O primeiro-ministro diz que o foco do Governo tem de estar na reforma do Estado, pasta da responsabilidade de Paulo Portas.
ISTO ENQUANTO PREPARAS NÃO DESPEDIMENTOS DE POLÍCIAS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MAS ACOLHIDOS ESTRANGEIROS A MAMAR E QUE DEVEM VOLTAR PARA CASA DELES...
PODES ACRESCENTAR UMA REVISÃO DA LEI DA NACIONALIDADE QUE PREVEJA A SUA RETIRADA EM CASOS DE CRIMINALIDADE CONTINUADA...E MAUS SERVIÇOS AO PAÍS COMO AQUELES QUE ANDAM NAS JIAHDES...
O PASSOS SÓ É MAU PARA O INDIGENATO...
PS
ESSA DE JUNTAR TODOS OS BENEFÍCIOS FOI BOA.NINGUÉM DEVE RECEBER MAIS DE QUEM TRABALHA.ATÉ PARA MOTIVAR O PESSOAL A DOBRAR A MOLA QUE ESSA MERDA DE QUASE 60% DA POPULAÇÃO NÃO PAGAR IRS É UM VERDADEIRO ESTADO SOCIALISTA REAL CERTO?E NÃO TER SIDO ATINGIDA EM NADA...
ECONÓMICO
O primeiro-ministro diz que o foco do Governo tem de estar na reforma do Estado, pasta da responsabilidade de Paulo Portas.
ISTO ENQUANTO PREPARAS NÃO DESPEDIMENTOS DE POLÍCIAS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MAS ACOLHIDOS ESTRANGEIROS A MAMAR E QUE DEVEM VOLTAR PARA CASA DELES...
PODES ACRESCENTAR UMA REVISÃO DA LEI DA NACIONALIDADE QUE PREVEJA A SUA RETIRADA EM CASOS DE CRIMINALIDADE CONTINUADA...E MAUS SERVIÇOS AO PAÍS COMO AQUELES QUE ANDAM NAS JIAHDES...
O PASSOS SÓ É MAU PARA O INDIGENATO...
PS
ESSA DE JUNTAR TODOS OS BENEFÍCIOS FOI BOA.NINGUÉM DEVE RECEBER MAIS DE QUEM TRABALHA.ATÉ PARA MOTIVAR O PESSOAL A DOBRAR A MOLA QUE ESSA MERDA DE QUASE 60% DA POPULAÇÃO NÃO PAGAR IRS É UM VERDADEIRO ESTADO SOCIALISTA REAL CERTO?E NÃO TER SIDO ATINGIDA EM NADA...
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ACABEMOS COM A COLONIZAÇÃO INTERNACIONALISTA
OI PESSES NÃO SE ESQUEÇAM DAS "ASSOCIAÇÕES" DE IMIGRANTES E AFINS...
PS chama parceiros sociais preparar debate do Orçamento
MARTA MOITINHO OLIVEIRA
Na terça e na quarta-feira, o grupo parlamentar do PS vai reunir-se com parceiros sociais e representantes do poder local.
A MALTA DEPOIS DAS ENTREGAS DE TUDO O QUE TINHA PRETO E NÃO ERA NOSSO ESTÁ CÁ PARA PAGAR AGORA OS ACOLHIMENTOS COM TODOS OS DIREITOS CERTO?O SEREM OU NÃO PRECISOS NEM SE DISCUTE!É OURO NEGRO EM BAIRRO SOCIAL MULTICULTURAL...MUITO MELHOR DO QUE O FASSISTA OURO AMARELO DE 900 TONELADAS CUJA MAIOR PARTE JÁ FOI À VIDA...E ISTO ANTES DE HAVER VIDA PARA ALÉM DO DÉFICE...
MARTA MOITINHO OLIVEIRA
Na terça e na quarta-feira, o grupo parlamentar do PS vai reunir-se com parceiros sociais e representantes do poder local.
A MALTA DEPOIS DAS ENTREGAS DE TUDO O QUE TINHA PRETO E NÃO ERA NOSSO ESTÁ CÁ PARA PAGAR AGORA OS ACOLHIMENTOS COM TODOS OS DIREITOS CERTO?O SEREM OU NÃO PRECISOS NEM SE DISCUTE!É OURO NEGRO EM BAIRRO SOCIAL MULTICULTURAL...MUITO MELHOR DO QUE O FASSISTA OURO AMARELO DE 900 TONELADAS CUJA MAIOR PARTE JÁ FOI À VIDA...E ISTO ANTES DE HAVER VIDA PARA ALÉM DO DÉFICE...
E O CAVACO NUNCA MAIS CONDECORA O GRANDE AFRICANIZADOR SÓCRATES EMPREGADO DO RICARDO SALGADO E DOS GRANDES PEDREIROS DO PORTUGAL MODERNO...
Sociedade Aberta24 Out 2014
Miguel Botelho Moniz
Destruição de valor
MIGUEL BOTELHO MONIZ
24 Out 2014
A PT perdeu cerca de 70% do seu valor desde o anúncio da fusão com a Oi. Esta fenomenal destruição de valor tem duas causas: uma próxima e uma remota.
A próxima foi o malfadado investimento de 900 milhões de euros em papel comercial da Rio Forte, do Grupo Espírito Santo, que se julga ter uma elevada probabilidade de não ser recuperado em mais de 10% do seu valor nominal. A remota foi a compra da participação acionista na Oi que, ela própria, também teve uma queda prodigiosa em bolsa.
O investimento no GES é um estudo de caso exemplar para entender os conflitos de interesses que surgem quando uma sociedade empresta dinheiro a um dos seus acionistas, incorrendo riscos que acabam por ser pagos pelos restantes.
A entrada na Oi está a mostrar ser um dos piores negócios de sempre feitos por uma empresa portuguesa. Com a agravante deste negócio ter sido explicitamente forçado pelo Governo português, concertado com o seu congénere brasileiro. A PT viu-se forçada a adquirir uma participação minoritária num operador em dificuldades, pagando um preço demasiado elevado e tendo de entrar num aumento de capital destinado a financiar fluxos de caixa negativos. Desde a entrada na Oi até ao anúncio da fusão, a dívida líquida da Oi duplicou, aplicada em investimentos de capital e a pagamentos de dividendos. A PT passou de empresa que gerava ‘cash' para empresa que sorvia ‘cash'.
O caminho seguido pela PT foi reduzindo o leque de opções estratégicas que esta tinha, numa demonstração clara dos perigos da intromissão política na gestão de empresas, até que a sua falta de liquidez (e dos seus acionistas) ditou a inevitabilidade da sua entrega a novos donos. Um negócio trágico, que na melhor das hipóteses foi um erro de cálculo monumental; e na pior, um conto do vigário de proporções épicas.
O SOCIALISTA INTERNACIONALISTA SÓCRATES AMANTE DE CHARUTOS SOB A CAPA DUMA ETERNA NAMORADA ENCOBRIDORA FODEU PORTUGAL MAS RECLAMAM PRÉMIO PARA O DITO COMO JÁ ACONTECEU COM O MONHÉ BABA E SE PREPARAM PARA FAZER COM O MONHÉ COSTA!
CÁ POR MIM ESTOU COM A PALLA NÃO CONFIO NESTAS HIERARQUIAS...MEIO PORTUGUESAS...
Miguel Botelho Moniz
Destruição de valor
MIGUEL BOTELHO MONIZ
24 Out 2014
A PT perdeu cerca de 70% do seu valor desde o anúncio da fusão com a Oi. Esta fenomenal destruição de valor tem duas causas: uma próxima e uma remota.
A próxima foi o malfadado investimento de 900 milhões de euros em papel comercial da Rio Forte, do Grupo Espírito Santo, que se julga ter uma elevada probabilidade de não ser recuperado em mais de 10% do seu valor nominal. A remota foi a compra da participação acionista na Oi que, ela própria, também teve uma queda prodigiosa em bolsa.
O investimento no GES é um estudo de caso exemplar para entender os conflitos de interesses que surgem quando uma sociedade empresta dinheiro a um dos seus acionistas, incorrendo riscos que acabam por ser pagos pelos restantes.
A entrada na Oi está a mostrar ser um dos piores negócios de sempre feitos por uma empresa portuguesa. Com a agravante deste negócio ter sido explicitamente forçado pelo Governo português, concertado com o seu congénere brasileiro. A PT viu-se forçada a adquirir uma participação minoritária num operador em dificuldades, pagando um preço demasiado elevado e tendo de entrar num aumento de capital destinado a financiar fluxos de caixa negativos. Desde a entrada na Oi até ao anúncio da fusão, a dívida líquida da Oi duplicou, aplicada em investimentos de capital e a pagamentos de dividendos. A PT passou de empresa que gerava ‘cash' para empresa que sorvia ‘cash'.
O caminho seguido pela PT foi reduzindo o leque de opções estratégicas que esta tinha, numa demonstração clara dos perigos da intromissão política na gestão de empresas, até que a sua falta de liquidez (e dos seus acionistas) ditou a inevitabilidade da sua entrega a novos donos. Um negócio trágico, que na melhor das hipóteses foi um erro de cálculo monumental; e na pior, um conto do vigário de proporções épicas.
O SOCIALISTA INTERNACIONALISTA SÓCRATES AMANTE DE CHARUTOS SOB A CAPA DUMA ETERNA NAMORADA ENCOBRIDORA FODEU PORTUGAL MAS RECLAMAM PRÉMIO PARA O DITO COMO JÁ ACONTECEU COM O MONHÉ BABA E SE PREPARAM PARA FAZER COM O MONHÉ COSTA!
CÁ POR MIM ESTOU COM A PALLA NÃO CONFIO NESTAS HIERARQUIAS...MEIO PORTUGUESAS...
A UE JÁ NÃO VAI SALVAR PARA O DESERTO DO SARA.NEM NO MEDITERRÂNEO...
UK axes support for Mediterranean migrant rescue operation
Refugees and human rights organisations react with anger as minister says saving people encourages others to risk voyage
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Alan Travis, home affairs editor
The Guardian, Monday 27 October 2014 20.52 GMT
Jump to comments (2809)
Migrants in the Mediterranean
The official Italian operation, Mare Nostrum, which is due to end this week, has contributed over the past past 12 months to the rescue of an estimated 150,000 people. Photograph: Giuseppe Lami/EPA
Britain will not support any future search and rescue operations to prevent migrants and refugees drowning in the Mediterranean, claiming they simply encourage more people to attempt the dangerous sea crossing, Foreign Office ministers have quietly announced.
Refugee and human rights organisations reacted with anger to the official British refusal to support a sustained European search and rescue operation to prevent further mass migrant drownings, saying it would contribute to more people dying needlessly on Europe’s doorstep.
The British refusal comes as the official Italian sea and rescue operation, Mare Nostrum, is due to end this week after contributing over the past 12 months to the rescue of an estimated 150,000 people since the Lampedusa tragedies in which 500 migrants died in October 2013.
The Italian operation will now end without a similar European search and rescue operation to replace it. The Italian authorities have said their operation, which involves a significant part of the Italian navy, is unsustainable. Despite its best efforts, more than 2,500 people are known to have drowned or gone missing in the Mediterranean since the start of the year.
Instead of the Italian operation, a limited joint EU “border protection” operation, codenamed Triton and managed by Frontex, the European border agency, is to be launched on 1 November. Crucially, it will not include search and rescue operations across the Mediterranean, just patrols within 30 miles of the Italian coast.
Human rights organisations have raised fears that more migrants and refugees will die in their attempt to reach Europe from the north African coast. The hard-pressed Italian navy will be left to mount what search and rescue operations it can. The new European operation will have only a third of the resources of the Italian operation that is being phased out.
British policy was quietly spelled out in a recent House of Lords written answer by the new Foreign Office minister, Lady Anelay: “We do not support planned search and rescue operations in the Mediterranean,” she said, adding that the government believed there was “an unintended ‘pull factor’, encouraging more migrants to attempt the dangerous sea crossing and thereby leading to more tragic and unnecessary deaths”.
Anelay said: “The government believes the most effective way to prevent refugees and migrants attempting this dangerous crossing is to focus our attention on countries of origin and transit, as well as taking steps to fight the people smugglers who wilfully put lives at risk by packing migrants into unseaworthy boats.”
The Home Office told the Guardian the government was not taking part in Operation Triton at present beyond providing one “debriefer” – a single immigration officer – to gather intelligence about the migrants who continue to make the dangerous journey to Italy.
Other EU countries have responded to the call for help with two fixed-wing aircraft and three patrol vessels.
It is understood that Britain does not rule out providing further support later for an operation it says will be limited to “border management”. As it does not involve search and rescue missions it will not be covered by British government policy which regards the rescue of desperate migrants as only encouraging others to make the hazardous journey.
The home secretary, Theresa May, was among justice and home affairs ministers who agreed earlier this month to the ending of the Italian search and rescue operation and to deploying Operation Triton without delay in order to “reinforce border surveillance in the waters close to the Italian shores”.
European interior ministers acknowledged that the situation in the Mediterranean was of the greatest concern “as there are indications that the current trend will continue and the situation even risks deteriorating further”.
As well as deploying “Task Force Mediterranean”, which includes two fixed-wing surveillance aircraft and three patrol vessels in Operation Triton, ministers agreed a series of North African measures including finding ways of curtailing the supply of vessels from Tunisia and Egypt used by people smugglers.
May told the Commons the meeting had agreed “the prompt withdrawal of the Mare Nostrum operation … and for all member states to comply fully with their obligations under EU migration and asylum [policies].”
Admiral Filippo Maria Foffi, the commander in charge of the Italian naval squadron involved in Mare Nostrum, is expected to spell out on Tuesday the impact of its cancellation.
The British Refugee Council chief executive, Maurice Wren, responding to the Foreign Office refusal to take part in future search and rescue operations in the Mediterranean said: “The British government seems oblivious to the fact that the world is in the grip of the greatest refugee crisis since the second world war.
“People fleeing atrocities will not stop coming if we stop throwing them life-rings; boarding a rickety boat in Libya will remain a seemingly rational decision if you’re running for your life and your country is in flames. The only outcome of withdrawing help will be to witness more people needlessly and shamefully dying on Europe’s doorstep.
“The answer isn’t to build the walls of fortress Europe higher, it’s to provide more safe and legal channels for people to access protection.”
Tony Bunyan, director of Statewatch, which documents European justice and home affairs policies, added: “The government’s justification for not participating in Triton is cynical and an abdication of responsibility by saying that not helping to rescue people fleeing from war, persecution and poverty who are likely to perish is an acceptable way to discourage immigration.”
Amnesty International wrote to the home secretary last month criticising the woeful response from European countries to the unacceptable scale of the loss of life from the influx of refugees and migrants on boats across the Mediterranean.
Refugees and human rights organisations react with anger as minister says saving people encourages others to risk voyage
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Alan Travis, home affairs editor
The Guardian, Monday 27 October 2014 20.52 GMT
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Migrants in the Mediterranean
The official Italian operation, Mare Nostrum, which is due to end this week, has contributed over the past past 12 months to the rescue of an estimated 150,000 people. Photograph: Giuseppe Lami/EPA
Britain will not support any future search and rescue operations to prevent migrants and refugees drowning in the Mediterranean, claiming they simply encourage more people to attempt the dangerous sea crossing, Foreign Office ministers have quietly announced.
Refugee and human rights organisations reacted with anger to the official British refusal to support a sustained European search and rescue operation to prevent further mass migrant drownings, saying it would contribute to more people dying needlessly on Europe’s doorstep.
The British refusal comes as the official Italian sea and rescue operation, Mare Nostrum, is due to end this week after contributing over the past 12 months to the rescue of an estimated 150,000 people since the Lampedusa tragedies in which 500 migrants died in October 2013.
The Italian operation will now end without a similar European search and rescue operation to replace it. The Italian authorities have said their operation, which involves a significant part of the Italian navy, is unsustainable. Despite its best efforts, more than 2,500 people are known to have drowned or gone missing in the Mediterranean since the start of the year.
Instead of the Italian operation, a limited joint EU “border protection” operation, codenamed Triton and managed by Frontex, the European border agency, is to be launched on 1 November. Crucially, it will not include search and rescue operations across the Mediterranean, just patrols within 30 miles of the Italian coast.
Human rights organisations have raised fears that more migrants and refugees will die in their attempt to reach Europe from the north African coast. The hard-pressed Italian navy will be left to mount what search and rescue operations it can. The new European operation will have only a third of the resources of the Italian operation that is being phased out.
British policy was quietly spelled out in a recent House of Lords written answer by the new Foreign Office minister, Lady Anelay: “We do not support planned search and rescue operations in the Mediterranean,” she said, adding that the government believed there was “an unintended ‘pull factor’, encouraging more migrants to attempt the dangerous sea crossing and thereby leading to more tragic and unnecessary deaths”.
Anelay said: “The government believes the most effective way to prevent refugees and migrants attempting this dangerous crossing is to focus our attention on countries of origin and transit, as well as taking steps to fight the people smugglers who wilfully put lives at risk by packing migrants into unseaworthy boats.”
The Home Office told the Guardian the government was not taking part in Operation Triton at present beyond providing one “debriefer” – a single immigration officer – to gather intelligence about the migrants who continue to make the dangerous journey to Italy.
Other EU countries have responded to the call for help with two fixed-wing aircraft and three patrol vessels.
It is understood that Britain does not rule out providing further support later for an operation it says will be limited to “border management”. As it does not involve search and rescue missions it will not be covered by British government policy which regards the rescue of desperate migrants as only encouraging others to make the hazardous journey.
The home secretary, Theresa May, was among justice and home affairs ministers who agreed earlier this month to the ending of the Italian search and rescue operation and to deploying Operation Triton without delay in order to “reinforce border surveillance in the waters close to the Italian shores”.
European interior ministers acknowledged that the situation in the Mediterranean was of the greatest concern “as there are indications that the current trend will continue and the situation even risks deteriorating further”.
As well as deploying “Task Force Mediterranean”, which includes two fixed-wing surveillance aircraft and three patrol vessels in Operation Triton, ministers agreed a series of North African measures including finding ways of curtailing the supply of vessels from Tunisia and Egypt used by people smugglers.
May told the Commons the meeting had agreed “the prompt withdrawal of the Mare Nostrum operation … and for all member states to comply fully with their obligations under EU migration and asylum [policies].”
Admiral Filippo Maria Foffi, the commander in charge of the Italian naval squadron involved in Mare Nostrum, is expected to spell out on Tuesday the impact of its cancellation.
The British Refugee Council chief executive, Maurice Wren, responding to the Foreign Office refusal to take part in future search and rescue operations in the Mediterranean said: “The British government seems oblivious to the fact that the world is in the grip of the greatest refugee crisis since the second world war.
“People fleeing atrocities will not stop coming if we stop throwing them life-rings; boarding a rickety boat in Libya will remain a seemingly rational decision if you’re running for your life and your country is in flames. The only outcome of withdrawing help will be to witness more people needlessly and shamefully dying on Europe’s doorstep.
“The answer isn’t to build the walls of fortress Europe higher, it’s to provide more safe and legal channels for people to access protection.”
Tony Bunyan, director of Statewatch, which documents European justice and home affairs policies, added: “The government’s justification for not participating in Triton is cynical and an abdication of responsibility by saying that not helping to rescue people fleeing from war, persecution and poverty who are likely to perish is an acceptable way to discourage immigration.”
Amnesty International wrote to the home secretary last month criticising the woeful response from European countries to the unacceptable scale of the loss of life from the influx of refugees and migrants on boats across the Mediterranean.
A RAPAZIADA DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO IRÁ FAZER ALGUMA AUTO-CRÍTICA?NAQUELA PARTE DA AMIZADE DOS POVOS...
Casa dos Estudantes do Império: Coimbra acolhe homenagem
César Avó César Avó | 27/10/2014 22:10:04 187 Visitas
UCCLA junta antigos estudantes para falar dos tempos da CEI
Casa dos Estudantes do Império: Coimbra acolhe homenagem
A primeira das grandes acções da União das Cidades Capitais de língua Portuguesa (UCCLA) relativa à Casa dos Estudantes do Império (CEI) dá-se já amanhã, com a realização de um programa que junta em Coimbra antigos estudantes e outras personalidades.
Ao longo do dia, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra serão desfiadas memórias dos tempos de actividade da CEI, em particular quando esta passou a ser um ponto de encontro de opositores do regime e de berço das lutas pela independência das então províncias ultramarinas de Portugal.
Após a cerimónia inaugural (às 9h30), que conta com a presença do secretário-executivo da CPLP Murade Murargy, do reitor da Univ. de Coimbra João Gabriel Silva, e do presidente conimbricense Manuel Machado, haverá dois painéis a discutir a importância da Casa na formação cultural dos associados. O primeiro – moderado pela jornalista Diana Andringa – está agendado para as 10h45 e conta com intervenções de Jorge Querido, Luandino Vieira, Manuel Rui Monteiro, Maria Eugénio Neto, Pires Laranjeira e Manuel Alegre. O segundo inicia às 15h, tendo como oradores Corsino Fortes, Onésimo Silveira, Óscar Monteiro, Pepetela, Ruy Mingas e Almeida Santos, com David Borges a moderar.
Antes do final da sessão de encerramento (18h), serão apresentados os primeiros dois livros da colecção que vai sair com o SOL a partir do dia 31, em Angola e Portugal (mas também distribuído noutros países lusófonos). Uma reedição histórica, tal como as antologias de poesia dos estudantes de Angola e São Tomé e de Moçambique (estas não são distribuídas com o SOL).
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O berço das independências
Ana Cristina Câmara Ana Cristina Câmara | 27/10/2014 22:01:11 242 Visitas
Fachada da Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa, na década de 50
imagem cedida por ex-associado da CEI
O berço das independências
Na Faculdade de Letras, Aida e duas amigas – ela de Moçambique, as outras de Angola – eram conhecidas como “as ultramarinas”. Arrepiaram caminho até à distante e estranha metrópole no mesmo barco e forjaram uma amizade que as une até hoje, quase meio século após o encerramento da Casa dos Estudantes do Império (CEI). Para Aida, filha de brancos a residir na então Lourenço Marques, actual Maputo, a CEI só seria uma realidade alguns anos após chegar a Lisboa: primeiro ambientou-se a uma cidade mais fria, onde “a mulher ainda era um ser raro”, mas que lhe abriu a porta para as lutas de libertação. E até para o amor.
A Casa dos Estudantes do Império nasceu num Estado fascista, para juntar jovens das colónias portuguesas que seriam fiéis representantes do regime. Mas serviu de ponto de encontro de futuros líderes de movimentos de libertação e de vozes que gritaram pela independência
Em 1957, com 17 anos, Aida Faria descobre um mundo novo ao qual não faltam constrangimentos. “Uma rapariga não diz ou não faz ou não anda ou não veste e não anda sem meias e tem de andar com cinto...”, enumera. “Em Moçambique convivíamos rapazes e raparigas perfeitamente em pé de igualdade. Em Lisboa não”. Ainda assim, a cor da pele – branca – e as raízes lusas dos pais facilitam a integração. E algumas campainhas vão soando, como quando em 1958 passa no lisboeta Camões e vê a multidão da reunião de campanha de Humberto Delgado, candidato opositor do regime do Estado Novo, que viria a ser derrotado nas urnas.
É pela mão de um cabo-verdiano, colega e treinador de basquetebol – a sportinguista Aida integra uma equipa feminina de basquetebol de Letras com as duas amigas –, que entra na CEI. A irmã, mais velha, já lhe tinha falado em Moçambique dos bailes dos anos 40: “Naquela altura só se devia dançar valsas e polkas [risos]”. Não é a Casa que encontra já no início dos anos 60.
Fundada em Outubro de 1944, tinha sede em Lisboa na Avenida Duque d’Ávila, ao Saldanha (é logo aberta uma delegação em Coimbra; em 1959 abre outra no Porto), num prédio que apenas guarda como memória do passado uma placa no chão. Com um salão de festas no segundo andar, o primeiro alberga a cantina (a partir de 1948) e a mansarda é para a biblioteca. Também ali vai funcionar um posto clínico.
Do império para a independência
Subsidiada pelos Ministérios da Educação e das Colónias, a Casa, como lhe chamam os antigos associados, cria-se como espaço social e de convívio dos estudantes das colónias, que em Portugal prosseguem os estudos superiores. A provar o carácter imperial – que logo começa a sofrer drásticas alterações –, o primeiro presidente da Casa é Alberto Mano de Mesquita, sobrinho do governador de Angola. A apadrinhar o projecto, o então comissário nacional da Mocidade Portuguesa, Marcello Caetano: o primeiro presidente honorário da CEI foi também o último presidente do Conselho do Estado Novo, derrubado pela Revolução de Abril de 1974.
“É curioso que a Casa tinha acabado de ser criada e já havia pessoas hostis à política colonial”, lembra Aida. O nascimento da CEI corresponde ao fim da II Guerra Mundial, “que criou no seio das colónias uma adesão (de gente urbana, não do interior) à vitória dos Aliados, que em nome da liberdade e da democracia tinham vencido os nazis. É uma data-charneira, não só nas colónias portuguesas, mas no mundo”.
Por exemplo, já em 1944, na CEI de Coimbra, um jovem de nome António Agostinho Neto surgia em relatórios da polícia política como ligado a comunistas. Mal sabia a PIDE que este seria o primeiro Presidente de Angola independente. Tal como Sócrates Dáskalos, nascido no Huambo, filho de um grego e de uma portuguesa, “um dos fundadores da Casa, que já em 1947/48 é um grande defensor da independência”. O futuro dirigente do MPLA, escritor e governador da província de Benguela, fazia parte de um grupo que “muito rapidamente percebeu que ser do Ultramar não era a mesma coisa que ser metropolitano”.
Em 1946, a maioria dos membros dos corpos gerentes da CEI de Lisboa e de Coimbra integravam listas do oposicionista Movimento de Unidade Democrática, aderindo depois ao MUD Juvenil. Quatro anos depois, os estudantes da Índia portuguesa da CEI recusam alinhar com o regime na assinatura de um documento a condenar as políticas do primeiro-ministro indiano Nehru.
A revisão constitucional de 1951 troca ‘colónias’ por ‘províncias ultramarinas’ – sob pressão internacional e com os ventos independentistas de mudança, Portugal continua a existir do Minho a Timor: deixa de ser um ‘império’ para ter um ‘ultramar’. “Mas a designação de Casa dos Estudantes do Império manteve-se até ao final, muito a contragosto do Ministério [rebaptizado do Ultramar]”, nota a historiadora Cláudia Castelo.
Aida ainda não estava na CEI, onde só viria a ser sócia em 1962, embora começasse a frequentar a Casa um ano antes, a convite do treinador cabo-verdiano: “Ia haver uma grande farra na semana de recepção aos caloiros. Lá fomos, achámos graça. Acabámos as três por arranjar lá maridos”, lembra. Ali se tornou Aida Freudenthal, futura historiadora, casando-se com o também sócio Percy Freudenthal, que viria a ser director da secção de Estudos Ultramarinos.
Cultura e política
O punho cerrado do regime fez-se notar com a imposição de uma comissão administrativa, que entre 1952 e 1957 gere a CEI de Lisboa (e a partir de 1955 a delegação de Coimbra), interrompendo as eleições na Casa, que já tinha editado Linha do Horizonte (1951), do cabo-verdiano Aguinaldo Fonseca, e Godido (1952), do moçambicano João Dias (ambos na lista de autores que o SOL reedita a partir de 31 de Outubro). “Naquela altura estes livros ainda não iam à censura, eram considerados uma produção interna da associação. O Ministério não estaria distraído, mas foi permitindo até porque lhe convinha: assim percebia por que caminho iam aqueles jovens”, explica Aida.
“Uma nova direcção da Casa ‘libertada’”, já com a comissão administrativa suspensa, “surge a partir de 1957, com eleições livres e um novo dinamismo”, de que são prova encontros, colóquios, bailes. Serão publicados mais livros com a chancela da CEI, para vender junto dos sócios, mas que têm ainda outro destino, de venda clandestina, para escapar à PIDE: “Como as edições eram pequenas – creio que não ultrapassavam umas centenas – rapidamente se distribuíam e cada associado ficava com um ou dois livros. Às vezes mandavam para as colónias”.
É o nascer de uma literatura que tem o africano como protagonista. Também o boletim Mensagem era periodicamente publicado com contributos que chegavam de Angola e Moçambique. “Ainda no outro dia o Luandino [Vieira, sócio da CEI, escritor e um dos rostos da luta pela independência de Angola] me estava a dizer isto. Muitos textos eram enviados de Maputo ou Luanda, de pessoas que publicavam lá, em jornais ou pequenas revistas, sobretudo poemas de cunho muito protestatário. A Casa foi o veículo dessa nova consciência cultural, política e de identidade”, remata Aida Freudenthal.
A PIDE andava à espreita
Apesar de o objectivo inicial da Casa, segundo os arquitectos do regime, estar a ser deturpado com o despertar de uma consciência anticolonialista, a CEI serviu para “recrutar vários funcionários estatais e alguns desempenharam funções de relevo no Ministério do Ultramar em Lisboa”. A seu favor, o Estado tinha as bolsas que concedia a alguns estudantes: “Isso já era criar um compromisso. Subentendia-se que esses indivíduos, se fossem de muita confiança da Mocidade Portuguesa, eram captados para serem funcionários”.
E a PIDE andava à espreita. Havia agentes nos cafés que rodeavam a casa, como o velho Rialva, onde os pides se denunciavam como “os tipos distraídos a olhar para o ar”. E, no interior da Casa, “suspeitava-se” da existência de informadores ou mesmo de pides. Uma comissão administrativa volta a impor rédea curta à CEI em Dezembro de 1960, após a distribuição de um panfleto com uma ‘Mensagem ao Povo Português’, que exige o direito à autodeterminação das colónias – apesar dos apelos da polícia política para encerrar a associação, o Governo mantém a Casa de portas abertas, mas fecha a delegação do Porto em Janeiro.
Da guerra à grande fuga
No início de 1961 a guerra é já uma realidade em Angola. Seguir-se-ão as outras colónias. A CEI sente a incongruência e a inevitabilidade de uma fractura. Dá-se a grande fuga em Junho, com cerca de 100 estudantes, alguns já com família, que se escapam de Portugal (muitos graças às redes dos comunistas), mas também houve outros exílios: “As fugas são uma declaração de rejeição à guerra e aquela fuga foi a mais visível porque foi notícia”. A comissão administrativa é exonerada em Julho, ficando a Casa entregue à sua sorte: no ano seguinte, a CEI associa-se à greve estudantil e ao luto académico, o que origina uma incursão da PIDE nas instalações, apreendendo material, ficheiros e detendo membros da direcção. Com a torneira de fundos estatais fechada, a Casa tem dificuldades em sobreviver – e muitos dos seus associados já partiram para se juntar à guerra de descolonização.
O encerramento da Casa dos Estudantes do Império, ao fim de 21 anos de actividade, acontece a 6 de Setembro de 1965, com o pretexto da descoberta de alegadas ligações da CEI ao Partido Comunista. O cerco fecha-se, a PIDE invade as instalações. “A maior parte dos sócios tinha ido de férias, outros ficaram quietos porque tinha havido prisões, alguns sócios ainda estavam presos. Foi despejado o que havia dentro da Casa, até mobílias”, resume Aida. Ela própria já tinha deixado Lisboa, rumo a Luanda, em Agosto.
É QUE TUDO O QUE ERA BRANCO EM ÁFRICA FOI CORRIDO E SEM BENS CERTO?E AQUI AINDA HÁ MONTES DE GAJOS AGRADECIDOS...E SEM CURIOSIDADE NENHUMA EM "AVALIAR" A IDENTIDADE NACIONAL DE CADA UM.POIS TER DOIS CARRINHOS É SEMPRE MELHOR DO QUE TER SÓ UM CERTO?
O CHIQUE É TERMOS CÁ UM MILHÃO QUE NÃO HAVIA EM 1974 COM TODOS OS DIREITOS E AINDA HAVER MONTES DE ESTRUTURAS POR NOSSA CONTA A TRATAR DO EX-IMPÉRIO.COMO ESTA CASA DO IMPÉRIO...
VÃO VER QUE NINGUÉM VAI FALAR DE RECIPROCIDADES...
PS
CLARO QUE PODERIAM TAMBÉM FAZER AUTO-CRÍTICA DAS DEZENAS E DEZENAS DE MILHAR QUE CONDENARAM AO FUZILAMENTO.COISAS DE INTERNACIONALISTAS FORMADOS POR COMUNISTAS A SOLDO DE MOSCOVO.UNS VERDADEIROS PATRIOTAS...EM COMPARAÇÃO COM OS MORTOS DA FAMIGERADA PIDE...
César Avó César Avó | 27/10/2014 22:10:04 187 Visitas
UCCLA junta antigos estudantes para falar dos tempos da CEI
Casa dos Estudantes do Império: Coimbra acolhe homenagem
A primeira das grandes acções da União das Cidades Capitais de língua Portuguesa (UCCLA) relativa à Casa dos Estudantes do Império (CEI) dá-se já amanhã, com a realização de um programa que junta em Coimbra antigos estudantes e outras personalidades.
Ao longo do dia, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra serão desfiadas memórias dos tempos de actividade da CEI, em particular quando esta passou a ser um ponto de encontro de opositores do regime e de berço das lutas pela independência das então províncias ultramarinas de Portugal.
Após a cerimónia inaugural (às 9h30), que conta com a presença do secretário-executivo da CPLP Murade Murargy, do reitor da Univ. de Coimbra João Gabriel Silva, e do presidente conimbricense Manuel Machado, haverá dois painéis a discutir a importância da Casa na formação cultural dos associados. O primeiro – moderado pela jornalista Diana Andringa – está agendado para as 10h45 e conta com intervenções de Jorge Querido, Luandino Vieira, Manuel Rui Monteiro, Maria Eugénio Neto, Pires Laranjeira e Manuel Alegre. O segundo inicia às 15h, tendo como oradores Corsino Fortes, Onésimo Silveira, Óscar Monteiro, Pepetela, Ruy Mingas e Almeida Santos, com David Borges a moderar.
Antes do final da sessão de encerramento (18h), serão apresentados os primeiros dois livros da colecção que vai sair com o SOL a partir do dia 31, em Angola e Portugal (mas também distribuído noutros países lusófonos). Uma reedição histórica, tal como as antologias de poesia dos estudantes de Angola e São Tomé e de Moçambique (estas não são distribuídas com o SOL).
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O berço das independências
Ana Cristina Câmara Ana Cristina Câmara | 27/10/2014 22:01:11 242 Visitas
Fachada da Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa, na década de 50
imagem cedida por ex-associado da CEI
O berço das independências
Na Faculdade de Letras, Aida e duas amigas – ela de Moçambique, as outras de Angola – eram conhecidas como “as ultramarinas”. Arrepiaram caminho até à distante e estranha metrópole no mesmo barco e forjaram uma amizade que as une até hoje, quase meio século após o encerramento da Casa dos Estudantes do Império (CEI). Para Aida, filha de brancos a residir na então Lourenço Marques, actual Maputo, a CEI só seria uma realidade alguns anos após chegar a Lisboa: primeiro ambientou-se a uma cidade mais fria, onde “a mulher ainda era um ser raro”, mas que lhe abriu a porta para as lutas de libertação. E até para o amor.
A Casa dos Estudantes do Império nasceu num Estado fascista, para juntar jovens das colónias portuguesas que seriam fiéis representantes do regime. Mas serviu de ponto de encontro de futuros líderes de movimentos de libertação e de vozes que gritaram pela independência
Em 1957, com 17 anos, Aida Faria descobre um mundo novo ao qual não faltam constrangimentos. “Uma rapariga não diz ou não faz ou não anda ou não veste e não anda sem meias e tem de andar com cinto...”, enumera. “Em Moçambique convivíamos rapazes e raparigas perfeitamente em pé de igualdade. Em Lisboa não”. Ainda assim, a cor da pele – branca – e as raízes lusas dos pais facilitam a integração. E algumas campainhas vão soando, como quando em 1958 passa no lisboeta Camões e vê a multidão da reunião de campanha de Humberto Delgado, candidato opositor do regime do Estado Novo, que viria a ser derrotado nas urnas.
É pela mão de um cabo-verdiano, colega e treinador de basquetebol – a sportinguista Aida integra uma equipa feminina de basquetebol de Letras com as duas amigas –, que entra na CEI. A irmã, mais velha, já lhe tinha falado em Moçambique dos bailes dos anos 40: “Naquela altura só se devia dançar valsas e polkas [risos]”. Não é a Casa que encontra já no início dos anos 60.
Fundada em Outubro de 1944, tinha sede em Lisboa na Avenida Duque d’Ávila, ao Saldanha (é logo aberta uma delegação em Coimbra; em 1959 abre outra no Porto), num prédio que apenas guarda como memória do passado uma placa no chão. Com um salão de festas no segundo andar, o primeiro alberga a cantina (a partir de 1948) e a mansarda é para a biblioteca. Também ali vai funcionar um posto clínico.
Do império para a independência
Subsidiada pelos Ministérios da Educação e das Colónias, a Casa, como lhe chamam os antigos associados, cria-se como espaço social e de convívio dos estudantes das colónias, que em Portugal prosseguem os estudos superiores. A provar o carácter imperial – que logo começa a sofrer drásticas alterações –, o primeiro presidente da Casa é Alberto Mano de Mesquita, sobrinho do governador de Angola. A apadrinhar o projecto, o então comissário nacional da Mocidade Portuguesa, Marcello Caetano: o primeiro presidente honorário da CEI foi também o último presidente do Conselho do Estado Novo, derrubado pela Revolução de Abril de 1974.
“É curioso que a Casa tinha acabado de ser criada e já havia pessoas hostis à política colonial”, lembra Aida. O nascimento da CEI corresponde ao fim da II Guerra Mundial, “que criou no seio das colónias uma adesão (de gente urbana, não do interior) à vitória dos Aliados, que em nome da liberdade e da democracia tinham vencido os nazis. É uma data-charneira, não só nas colónias portuguesas, mas no mundo”.
Por exemplo, já em 1944, na CEI de Coimbra, um jovem de nome António Agostinho Neto surgia em relatórios da polícia política como ligado a comunistas. Mal sabia a PIDE que este seria o primeiro Presidente de Angola independente. Tal como Sócrates Dáskalos, nascido no Huambo, filho de um grego e de uma portuguesa, “um dos fundadores da Casa, que já em 1947/48 é um grande defensor da independência”. O futuro dirigente do MPLA, escritor e governador da província de Benguela, fazia parte de um grupo que “muito rapidamente percebeu que ser do Ultramar não era a mesma coisa que ser metropolitano”.
Em 1946, a maioria dos membros dos corpos gerentes da CEI de Lisboa e de Coimbra integravam listas do oposicionista Movimento de Unidade Democrática, aderindo depois ao MUD Juvenil. Quatro anos depois, os estudantes da Índia portuguesa da CEI recusam alinhar com o regime na assinatura de um documento a condenar as políticas do primeiro-ministro indiano Nehru.
A revisão constitucional de 1951 troca ‘colónias’ por ‘províncias ultramarinas’ – sob pressão internacional e com os ventos independentistas de mudança, Portugal continua a existir do Minho a Timor: deixa de ser um ‘império’ para ter um ‘ultramar’. “Mas a designação de Casa dos Estudantes do Império manteve-se até ao final, muito a contragosto do Ministério [rebaptizado do Ultramar]”, nota a historiadora Cláudia Castelo.
Aida ainda não estava na CEI, onde só viria a ser sócia em 1962, embora começasse a frequentar a Casa um ano antes, a convite do treinador cabo-verdiano: “Ia haver uma grande farra na semana de recepção aos caloiros. Lá fomos, achámos graça. Acabámos as três por arranjar lá maridos”, lembra. Ali se tornou Aida Freudenthal, futura historiadora, casando-se com o também sócio Percy Freudenthal, que viria a ser director da secção de Estudos Ultramarinos.
Cultura e política
O punho cerrado do regime fez-se notar com a imposição de uma comissão administrativa, que entre 1952 e 1957 gere a CEI de Lisboa (e a partir de 1955 a delegação de Coimbra), interrompendo as eleições na Casa, que já tinha editado Linha do Horizonte (1951), do cabo-verdiano Aguinaldo Fonseca, e Godido (1952), do moçambicano João Dias (ambos na lista de autores que o SOL reedita a partir de 31 de Outubro). “Naquela altura estes livros ainda não iam à censura, eram considerados uma produção interna da associação. O Ministério não estaria distraído, mas foi permitindo até porque lhe convinha: assim percebia por que caminho iam aqueles jovens”, explica Aida.
“Uma nova direcção da Casa ‘libertada’”, já com a comissão administrativa suspensa, “surge a partir de 1957, com eleições livres e um novo dinamismo”, de que são prova encontros, colóquios, bailes. Serão publicados mais livros com a chancela da CEI, para vender junto dos sócios, mas que têm ainda outro destino, de venda clandestina, para escapar à PIDE: “Como as edições eram pequenas – creio que não ultrapassavam umas centenas – rapidamente se distribuíam e cada associado ficava com um ou dois livros. Às vezes mandavam para as colónias”.
É o nascer de uma literatura que tem o africano como protagonista. Também o boletim Mensagem era periodicamente publicado com contributos que chegavam de Angola e Moçambique. “Ainda no outro dia o Luandino [Vieira, sócio da CEI, escritor e um dos rostos da luta pela independência de Angola] me estava a dizer isto. Muitos textos eram enviados de Maputo ou Luanda, de pessoas que publicavam lá, em jornais ou pequenas revistas, sobretudo poemas de cunho muito protestatário. A Casa foi o veículo dessa nova consciência cultural, política e de identidade”, remata Aida Freudenthal.
A PIDE andava à espreita
Apesar de o objectivo inicial da Casa, segundo os arquitectos do regime, estar a ser deturpado com o despertar de uma consciência anticolonialista, a CEI serviu para “recrutar vários funcionários estatais e alguns desempenharam funções de relevo no Ministério do Ultramar em Lisboa”. A seu favor, o Estado tinha as bolsas que concedia a alguns estudantes: “Isso já era criar um compromisso. Subentendia-se que esses indivíduos, se fossem de muita confiança da Mocidade Portuguesa, eram captados para serem funcionários”.
E a PIDE andava à espreita. Havia agentes nos cafés que rodeavam a casa, como o velho Rialva, onde os pides se denunciavam como “os tipos distraídos a olhar para o ar”. E, no interior da Casa, “suspeitava-se” da existência de informadores ou mesmo de pides. Uma comissão administrativa volta a impor rédea curta à CEI em Dezembro de 1960, após a distribuição de um panfleto com uma ‘Mensagem ao Povo Português’, que exige o direito à autodeterminação das colónias – apesar dos apelos da polícia política para encerrar a associação, o Governo mantém a Casa de portas abertas, mas fecha a delegação do Porto em Janeiro.
Da guerra à grande fuga
No início de 1961 a guerra é já uma realidade em Angola. Seguir-se-ão as outras colónias. A CEI sente a incongruência e a inevitabilidade de uma fractura. Dá-se a grande fuga em Junho, com cerca de 100 estudantes, alguns já com família, que se escapam de Portugal (muitos graças às redes dos comunistas), mas também houve outros exílios: “As fugas são uma declaração de rejeição à guerra e aquela fuga foi a mais visível porque foi notícia”. A comissão administrativa é exonerada em Julho, ficando a Casa entregue à sua sorte: no ano seguinte, a CEI associa-se à greve estudantil e ao luto académico, o que origina uma incursão da PIDE nas instalações, apreendendo material, ficheiros e detendo membros da direcção. Com a torneira de fundos estatais fechada, a Casa tem dificuldades em sobreviver – e muitos dos seus associados já partiram para se juntar à guerra de descolonização.
O encerramento da Casa dos Estudantes do Império, ao fim de 21 anos de actividade, acontece a 6 de Setembro de 1965, com o pretexto da descoberta de alegadas ligações da CEI ao Partido Comunista. O cerco fecha-se, a PIDE invade as instalações. “A maior parte dos sócios tinha ido de férias, outros ficaram quietos porque tinha havido prisões, alguns sócios ainda estavam presos. Foi despejado o que havia dentro da Casa, até mobílias”, resume Aida. Ela própria já tinha deixado Lisboa, rumo a Luanda, em Agosto.
É QUE TUDO O QUE ERA BRANCO EM ÁFRICA FOI CORRIDO E SEM BENS CERTO?E AQUI AINDA HÁ MONTES DE GAJOS AGRADECIDOS...E SEM CURIOSIDADE NENHUMA EM "AVALIAR" A IDENTIDADE NACIONAL DE CADA UM.POIS TER DOIS CARRINHOS É SEMPRE MELHOR DO QUE TER SÓ UM CERTO?
O CHIQUE É TERMOS CÁ UM MILHÃO QUE NÃO HAVIA EM 1974 COM TODOS OS DIREITOS E AINDA HAVER MONTES DE ESTRUTURAS POR NOSSA CONTA A TRATAR DO EX-IMPÉRIO.COMO ESTA CASA DO IMPÉRIO...
VÃO VER QUE NINGUÉM VAI FALAR DE RECIPROCIDADES...
PS
CLARO QUE PODERIAM TAMBÉM FAZER AUTO-CRÍTICA DAS DEZENAS E DEZENAS DE MILHAR QUE CONDENARAM AO FUZILAMENTO.COISAS DE INTERNACIONALISTAS FORMADOS POR COMUNISTAS A SOLDO DE MOSCOVO.UNS VERDADEIROS PATRIOTAS...EM COMPARAÇÃO COM OS MORTOS DA FAMIGERADA PIDE...
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