Ultramar
Alegre confrontado com insinuações de traição
por JOÃO PEDRO HENRIQUESHoje
Alguns militares lembraram passado do pré-candidato
A um dia de se lançar definitivamente nas presidenciais de 2011, Manuel Alegre deu um salto ao passado. Encontrou-se com militares de carreira, hoje na reforma, que, como ele, fizeram a guerra colonial. Ouviu o que queria mas também o que não queria. Um dos participantes insinuou-lhe a acusação de traidor. Outro disse-lhe que em Argel, na Voz da Liberdade, fez o que equivaleria agora a "incentivar os talibãs".
Foi na Gulbenkian, em Lisboa, na V Conferência da cooperativa militar sobre "Portugal Militar em África", organização coordenada pelo general Rodolfo Bogonha. Na mesa para a qual foi convidado tinha, segundo o programa, como moderador, o almirante Vieira Matias (ex-chefe da Armada). Mas o almirante ficou na plateia (em seu lugar foi Loureiro dos Santos, ex- -chefe do Exército e ex-ministro da Defesa). Percebeu-se, quando Vieira Matias pediu a palavra, por que razão preferira a plateia.
"Fomos os maiores protectores daquela gente [as populações negras das então colónias ultramarinas]", disse o velho marinheiro, agora na reforma. Que relatou quantos dos seus homens morreram, e quantos ficaram feridos e quantos nunca recuperaram. "Sentimo-nos traídos por afirmações que eram feitas no estrangeiro por portugueses", concluiu.
Não nomeou Alegre (que na Voz da Liberdade, em Argel, de 1964 a 1974, fazia comentários de apoio às forças nacionalistas que lutavam contra a potência colonial, Portugal). Mas tinha-o claramente em mira e Alegre recusou fingir que nada era com ele.
O histórico socialista recordou então que ele próprio esteve em combate, pela tropa colonial, contra os independentistas, logo em 1961, em Angola. "Vi o meu melhor amigo morrer ao meu lado", contou. E também esse seu amigo era "contra a guerra". O problema, explicou, é que Portugal vivia em ditadura, havia que combatê-la e ele fê-lo.
Foi a mesma resposta que deu a um outro participante no de- bate, o tenente-coronel Bran- dão Ferreira. Este perguntou-lhe como "reagiria agora" se visse alguém utilizar uma rádio, "que até podia ser em Argel", como "pódio para incentivar os tallibans" contra tropas ocidentais nas quais se incluem portugueses.
Alegre explicou: "Havia uma ditadura, faz toda a diferença, hoje vivemos em democracia." "O que fiz foi defender o interesse histórico por uma razão patriótica e de liberdade." "Os apelos que fiz repeti-los-ia hoje", garantiu, num tom de voz mais veemente.
Numa sessão que para o candidato só teve estes dois "percalços", Alegre aproveitou, sobretudo, para elogiar os militares que combateram na guerra e depois, face ao bloqueio político, forneceram a "solução política", com o 25 de Abril. "As Forças Armadas - disse - não foram derrotadas no campo de batalha."
Disse mesmo que o enviou de tropas para Angola em 1961, face aos ataques da UPA (União dos Povos de Angola), onde aconteceram "coisas bárbaras" contra a população branca (e os mestiços), se fez "com razão".
Deixou uma inconfidência, de uma conversa que teve com Amílcar Cabral. Ter-lhe-á chegado a dizer que via o espaço lusófo- no como "uma espécie de Com- monwealth", cuja capital seria rotativa: "Era uma utopia, mas uma utopia bonita."
Tuesday, May 4, 2010
NO SOBADO DE LISBOA TUDO É POSSÍVEL
Dispara por amor e deixa benfiquistas em pânico
por ROBERTO DORESHoje
PSP deteve jovem que atingiu três automóveis e assustou adeptos encarnados que estavam à porta de um café, na Baixa da Banheira
"Tive mais medo do que se tivesse ido ao Estádio do Dragão. Pelo menos uma bala passou muito próxima dos meus pés." A reacção de Júlio Lage retrata os momentos de pânico que este adepto benfiquista viveu no domingo, juntamente com mais um grupo de outros seguidores do clube da águia, quando saíram com os cachecóis à rua e já contavam os minutos para assistirem à partida que lhes podia dar o título, à porta do café Semáforo, situado na Avenida da Liberdade, em plena Baixa da Banheira, no concelho da Moita.
Os três ou quatro tiros disparados com uma arma de calibre 0.22, por um homem de 26 anos, a partir de uma janela de um terceiro andar de um bairro social, por volta das 19.00, provocaram estragos em três automóveis. Não se registou qualquer vítima.
A vizinhança, que assistiu ao episódio, não acredita na estranha versão que o suspeito relatou às autoridades policiais.
Segundo fonte da PSP, o atirador confessou o crime, tendo afirmado que agiu motivado por um desgosto de amor. Mas Paulo Morais, que reside naquela zona, alerta que os tiros foram dados na direcção do local onde se encontravam "pessoas vestidas de ver- melho".
Ainda de acordo com este morador, "aquilo foi um terror". As pessoas "tiveram de correr para se esconderem atrás de carros e nas casas. Fazia lembrar uma guerra", contou este cliente do café Semáforo. Salientou que também foi atingido um automóvel que estava parado nos sinais luminosos e tinha três crianças no seu interior. Felizmente, nenhum dos ocupantes ficou ferido.
Este testemunho foi ontem corroborado por outras pessoas que acompanhavam o relato. Algumas garantiram que o autor dos disparos "nunca tinha dado problemas do género". O episódio terá passado despercebido aos vizinhos do próprio prédio, referiu o morador do segundo andar.
Na sequência de denúncias feitas pelos proprietários dos carros alvejados, os polícias detectaram facilmente o autor dos disparos.
O homem ainda estava em casa, junto com um familiar, quando os polícias entraram na residência. Além da arma, foram encontradas seis cápsulas de projécteis já deflagrados, balas, um silenciador, um carregador de pistola e dois apoios de punho. O suspeito ficou detido na esquadra do Barreiro até ser presente a tribunal. À hora de fecho desta edição, ainda se desconhecia a medida de coacção aplicada pelo juiz.
UMA GUERRILHA IMPORTADA PELOS QUE NÃO GOSTAVAM DA ORIGINAL...
por ROBERTO DORESHoje
PSP deteve jovem que atingiu três automóveis e assustou adeptos encarnados que estavam à porta de um café, na Baixa da Banheira
"Tive mais medo do que se tivesse ido ao Estádio do Dragão. Pelo menos uma bala passou muito próxima dos meus pés." A reacção de Júlio Lage retrata os momentos de pânico que este adepto benfiquista viveu no domingo, juntamente com mais um grupo de outros seguidores do clube da águia, quando saíram com os cachecóis à rua e já contavam os minutos para assistirem à partida que lhes podia dar o título, à porta do café Semáforo, situado na Avenida da Liberdade, em plena Baixa da Banheira, no concelho da Moita.
Os três ou quatro tiros disparados com uma arma de calibre 0.22, por um homem de 26 anos, a partir de uma janela de um terceiro andar de um bairro social, por volta das 19.00, provocaram estragos em três automóveis. Não se registou qualquer vítima.
A vizinhança, que assistiu ao episódio, não acredita na estranha versão que o suspeito relatou às autoridades policiais.
Segundo fonte da PSP, o atirador confessou o crime, tendo afirmado que agiu motivado por um desgosto de amor. Mas Paulo Morais, que reside naquela zona, alerta que os tiros foram dados na direcção do local onde se encontravam "pessoas vestidas de ver- melho".
Ainda de acordo com este morador, "aquilo foi um terror". As pessoas "tiveram de correr para se esconderem atrás de carros e nas casas. Fazia lembrar uma guerra", contou este cliente do café Semáforo. Salientou que também foi atingido um automóvel que estava parado nos sinais luminosos e tinha três crianças no seu interior. Felizmente, nenhum dos ocupantes ficou ferido.
Este testemunho foi ontem corroborado por outras pessoas que acompanhavam o relato. Algumas garantiram que o autor dos disparos "nunca tinha dado problemas do género". O episódio terá passado despercebido aos vizinhos do próprio prédio, referiu o morador do segundo andar.
Na sequência de denúncias feitas pelos proprietários dos carros alvejados, os polícias detectaram facilmente o autor dos disparos.
O homem ainda estava em casa, junto com um familiar, quando os polícias entraram na residência. Além da arma, foram encontradas seis cápsulas de projécteis já deflagrados, balas, um silenciador, um carregador de pistola e dois apoios de punho. O suspeito ficou detido na esquadra do Barreiro até ser presente a tribunal. À hora de fecho desta edição, ainda se desconhecia a medida de coacção aplicada pelo juiz.
UMA GUERRILHA IMPORTADA PELOS QUE NÃO GOSTAVAM DA ORIGINAL...
Monday, May 3, 2010
ESTES SÃO PORTUGUESES ANTIGOS...
La ONU critica la decisión de Brasil de mantener la ley de la amnistía
Navi Pillay: "Lucharemos siempre contra los que prohíben investigaciones y puniciones"
JUAN ARIAS - Río de Janeiro - 03/05/2010
A la Organización de las Naciones Unidas (ONU) no le ha gustado la decisión del Supremo Tribunal Federal de Brasil que con siete votos contra dos rechazó una petición del Colegio de Abogados para que se revise la ley de amnistía del tiempo de la dictadura militar y puedan ser juzgados los torturadores de entonces. Navi Pillay , la mayor autoridad de las Naciones Unidas en el campo de los derechos humanos, ha criticado la decisión del Supremo y ha pedido el fin de la impunidad en Brasil. "Se ha tratado de una decisión ruin. No queremos impunidad y lucharemos siempre contra los que prohíben investigaciones y puniciones", dijo.
Navi Pillay: "Lucharemos siempre contra los que prohíben investigaciones y puniciones"
JUAN ARIAS - Río de Janeiro - 03/05/2010
A la Organización de las Naciones Unidas (ONU) no le ha gustado la decisión del Supremo Tribunal Federal de Brasil que con siete votos contra dos rechazó una petición del Colegio de Abogados para que se revise la ley de amnistía del tiempo de la dictadura militar y puedan ser juzgados los torturadores de entonces. Navi Pillay , la mayor autoridad de las Naciones Unidas en el campo de los derechos humanos, ha criticado la decisión del Supremo y ha pedido el fin de la impunidad en Brasil. "Se ha tratado de una decisión ruin. No queremos impunidad y lucharemos siempre contra los que prohíben investigaciones y puniciones", dijo.
O INTERNACIONALISMO POR NOSSA CONTA
17.Fado Alexandrino disse
3 Maio, 2010 às 8:09 pm
Voltei a rir-me com gosto
A apresentadora da SIC deslocou-se à maternidade acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, para participar na celebração do Dia da Mãe.
A iniciativa contou com a entrega de dois cheques de 1250 euros às primeiras mães do dia, uma oferta da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina. Salomé Neff Santos, 17 anos, foi mãe de Soraia Raquel pelas 02h54. A outra mãe contemplada foi Punam Mehta, de 27 anos, que pelas 04h24, foi mãe de um menino de 3,3 kg.
Mais dois portugueses de gema para o RSI.
3 Maio, 2010 às 8:09 pm
Voltei a rir-me com gosto
A apresentadora da SIC deslocou-se à maternidade acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, para participar na celebração do Dia da Mãe.
A iniciativa contou com a entrega de dois cheques de 1250 euros às primeiras mães do dia, uma oferta da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina. Salomé Neff Santos, 17 anos, foi mãe de Soraia Raquel pelas 02h54. A outra mãe contemplada foi Punam Mehta, de 27 anos, que pelas 04h24, foi mãe de um menino de 3,3 kg.
Mais dois portugueses de gema para o RSI.
OS DEMOCRATAS SÓ PENSAM NO POVO
'Face Oculta'
Cargo no Tagus negociado à beira de eleições
Por Felícia Cabrita
Para convencer o governador civil de Coimbra a ser candidato à autarquia, Rui Pedro Soares e Paulo Penedos prometeram-lhe lugar no Taguspark
Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT, disponibilizou-se para garantir a um membro do PS colocação no Taguspark, caso este perdesse as eleições autárquicas em Coimbra.
No âmbito do processo Face Oculta, foi interceptada e transcrita uma conversa telefónica em que Paulo Penedos (membro da Comissão Nacional do PS, vice-presidente da comissão política da concelhia de Coimbra e assessor jurídico da PT) procurou convencer o governador civil, Henrique Fernandes, a aceitar candidatar-se a presidente da Câmara de Coimbra. Este, porém, levantou reservas, pois receava perder as eleições e ficar como vereador – o que não lhe convinha, segundo afirmou, por afectar a conclusão da sua tese de doutoramento.
‘Uma coisa onde possa acabar o doutoramento’
A conversa foi a 6 de Junho, quando se preparavam as listas de candidatos às eleições autárquicas. Henrique Fernandes, que acumula o cargo de governador civil com a presidência da concelhia do PS/Coimbra, recebeu então um telefonema do seu vice, Paulo Penedos. Este insistia para que se candidatasse – mas Henrique Fernandes, que é professor universitário na Fundação Miguel Torga, tinha «apenas um ano e pouquinho» para entregar a tese de doutoramento. E explicou: «Eu gostava era de uma coisa onde pudesse acabar o doutoramento. É uma questão de brio, sou um eterno doutorado adiado».
O governador civil estava consciente de que tinha «uma vaguíssima hipótese de ganhar». Se ganhasse, tudo bem («põe-se lá um bom segundo e depois, com ordens dadas como deve ser, como no Governo Civil, a coisa endireita»). Mas «o problema é que, se um gajo perder, não fica bem na fotografia, dizer assim: ‘Eh pá, eu não sou candidato a vereador, portanto tenham um bom dia’».
Penedos prometeu-lhe então que, se se candidatasse e perdesse, ele próprio se responsabilizaria por lhe arranjar um lugar numa empresa que suportasse as suas despesas enquanto estivesse a fazer o doutoramento: «Pelo menos metade do que tu dizes que precisas eu responsabilizo-me por arranjar. Não tenho dificuldade, nas empresas com que me relaciono, de resolver isso. Precisávamos era de ter a garantia de que os outros gajos arranjavam um lugar não executivo que desse o mesmo».
De seguida, pergunta a Fernandes: «Quanto é que vencem os administradores não executivos na sociedade Metro Mondego?». O governador civil responde: «Não faço ideia, mas também se pergunta isso no sábado. (...) Pois, a questão do não executivo era a solução, pá. Porque outra coisa qualquer não resolve. Porque obriga a estar, pá».
Após referir a carga horária de um administrador não executivo («uma reunião de conselho uma vez por mês»), Penedos propõe: «Ó Henrique, se o que te separa de aceitar for isso, eu ainda hoje ponho um administrador da PT a garantir-te que tu a seguir, se não te correr bem, serás administrador não executivo do Taguspark».
O governador civil pergunta se o «Taguspark é o Thomati» e Penedos esclarece: «É o CEO, entrou na última assembleia-geral. Pusemos lá o João Carlos Silva, como executivo». Recorde-se que, na sequência de uma certidão extraída do processo Face Oculta, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa acusou entretanto Américo Thomati, João Carlos Silva e Rui Pedro Soares pelo crime de corrupção passiva, no âmbito do chamado caso Figo.
1500 a 2000 euros
À época deste telefonema entre Penedos e Henrique Fernandes, Rui Pedro Soares negociava a compra da TVI pela PT. Segundo as conversas interceptadas, estava-lhe destinado um lugar de administrador executivo na Media Capital, proprietária da estação.
Na conversa com Henrique Fernandes (quando este insistia que o seu problema era o prazo para a entrega da tese de doutoramento), Penedos explicou o que se passava: «O Rui Pedro Soares está na iminência de querer saltar de lá. Por isso, se o que te separa de uma aceitação é isso… Eh, nessa casa dos 1500 a 2000. E depois, se alguém puder ajudar noutra, pronto, já ficavas com uma coisa composta».
Fernandes concordou: «Já. Isso equivalia a uma bolsa, dá perfeitamente. E permite-me depois voltar, não é? Mas vamos ver, vamos ver». E prometeu ligar a Penedos no dia seguinte, para lhe dar a resposta.
Paulo Penedos ligou, entretanto, a Rui Pedro Soares: «Desculpa lá estar-te a chatear. Eu vou-te pedir aqui ajuda porque talvez tu possas salvar aqui esta questão de Coimbra. Se o Henrique Fernandes perder a Câmara – que neste momento é um cenário que podemos admitir – tu achas que durante seis meses, para ele concluir a tese de doutoramento, que nós lhe conseguíamos arranjar uma avença no Tagus, de cerca de 1500 euros?».
«Não há problema»
Soares responde imediatamente que sim e acrescenta: «Mas podia ser ou seis vezes 1500 ou uma vez 7500?». Pergunta a seguir ao interlocutor qual é a formação de Henrique Fernandes e Penedos responde que «é sociólogo». O administrador da PT remata: «Compromete-te. Não há problema».
O esquema não foi posto em prática, já que o PS avançou com outro candidato – Álvaro Seco, que, confirmando os temores de Henrique Fernandes e de Penedos, viria a perder o escrutínio.
Confrontado pelo SOL com as propostas de Paulo Penedos para o lugar no Taguspark, Henrique Fernandes negou ter «alguma recordação dessas conversas». «Se as houve, não passaram de mera efabulação generosa de Paulo Penedos», acrescenta, salientando que, «se ele o fez, não me parece que isso corresponda a um comportamento menos bom».
Em relação ao facto de também não lhe ter respondido com um ‘não’ claro, o governador civil (que entretanto foi reconduzido no cargo) diz que pode ter sido por uma questão de delicadeza: «Nesse caso não lhe disse que não, deve ter sido uma resposta delicada». E terminou dizendo mesmo que nunca teve a ambição de se candidatar à autarquia: «Fui vereador e vice-presidente da Câmara durante dez anos e disse várias vezes a quem me fez essa proposta que a água não passava duas vezes debaixo da mesma ponte».
E PODEM TER A CERTEZA QUE PARA ELES POVO TANTO É BRANCO DE COIMBRA COMO PRETO DA GUINÉ...
Cargo no Tagus negociado à beira de eleições
Por Felícia Cabrita
Para convencer o governador civil de Coimbra a ser candidato à autarquia, Rui Pedro Soares e Paulo Penedos prometeram-lhe lugar no Taguspark
Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT, disponibilizou-se para garantir a um membro do PS colocação no Taguspark, caso este perdesse as eleições autárquicas em Coimbra.
No âmbito do processo Face Oculta, foi interceptada e transcrita uma conversa telefónica em que Paulo Penedos (membro da Comissão Nacional do PS, vice-presidente da comissão política da concelhia de Coimbra e assessor jurídico da PT) procurou convencer o governador civil, Henrique Fernandes, a aceitar candidatar-se a presidente da Câmara de Coimbra. Este, porém, levantou reservas, pois receava perder as eleições e ficar como vereador – o que não lhe convinha, segundo afirmou, por afectar a conclusão da sua tese de doutoramento.
‘Uma coisa onde possa acabar o doutoramento’
A conversa foi a 6 de Junho, quando se preparavam as listas de candidatos às eleições autárquicas. Henrique Fernandes, que acumula o cargo de governador civil com a presidência da concelhia do PS/Coimbra, recebeu então um telefonema do seu vice, Paulo Penedos. Este insistia para que se candidatasse – mas Henrique Fernandes, que é professor universitário na Fundação Miguel Torga, tinha «apenas um ano e pouquinho» para entregar a tese de doutoramento. E explicou: «Eu gostava era de uma coisa onde pudesse acabar o doutoramento. É uma questão de brio, sou um eterno doutorado adiado».
O governador civil estava consciente de que tinha «uma vaguíssima hipótese de ganhar». Se ganhasse, tudo bem («põe-se lá um bom segundo e depois, com ordens dadas como deve ser, como no Governo Civil, a coisa endireita»). Mas «o problema é que, se um gajo perder, não fica bem na fotografia, dizer assim: ‘Eh pá, eu não sou candidato a vereador, portanto tenham um bom dia’».
Penedos prometeu-lhe então que, se se candidatasse e perdesse, ele próprio se responsabilizaria por lhe arranjar um lugar numa empresa que suportasse as suas despesas enquanto estivesse a fazer o doutoramento: «Pelo menos metade do que tu dizes que precisas eu responsabilizo-me por arranjar. Não tenho dificuldade, nas empresas com que me relaciono, de resolver isso. Precisávamos era de ter a garantia de que os outros gajos arranjavam um lugar não executivo que desse o mesmo».
De seguida, pergunta a Fernandes: «Quanto é que vencem os administradores não executivos na sociedade Metro Mondego?». O governador civil responde: «Não faço ideia, mas também se pergunta isso no sábado. (...) Pois, a questão do não executivo era a solução, pá. Porque outra coisa qualquer não resolve. Porque obriga a estar, pá».
Após referir a carga horária de um administrador não executivo («uma reunião de conselho uma vez por mês»), Penedos propõe: «Ó Henrique, se o que te separa de aceitar for isso, eu ainda hoje ponho um administrador da PT a garantir-te que tu a seguir, se não te correr bem, serás administrador não executivo do Taguspark».
O governador civil pergunta se o «Taguspark é o Thomati» e Penedos esclarece: «É o CEO, entrou na última assembleia-geral. Pusemos lá o João Carlos Silva, como executivo». Recorde-se que, na sequência de uma certidão extraída do processo Face Oculta, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa acusou entretanto Américo Thomati, João Carlos Silva e Rui Pedro Soares pelo crime de corrupção passiva, no âmbito do chamado caso Figo.
1500 a 2000 euros
À época deste telefonema entre Penedos e Henrique Fernandes, Rui Pedro Soares negociava a compra da TVI pela PT. Segundo as conversas interceptadas, estava-lhe destinado um lugar de administrador executivo na Media Capital, proprietária da estação.
Na conversa com Henrique Fernandes (quando este insistia que o seu problema era o prazo para a entrega da tese de doutoramento), Penedos explicou o que se passava: «O Rui Pedro Soares está na iminência de querer saltar de lá. Por isso, se o que te separa de uma aceitação é isso… Eh, nessa casa dos 1500 a 2000. E depois, se alguém puder ajudar noutra, pronto, já ficavas com uma coisa composta».
Fernandes concordou: «Já. Isso equivalia a uma bolsa, dá perfeitamente. E permite-me depois voltar, não é? Mas vamos ver, vamos ver». E prometeu ligar a Penedos no dia seguinte, para lhe dar a resposta.
Paulo Penedos ligou, entretanto, a Rui Pedro Soares: «Desculpa lá estar-te a chatear. Eu vou-te pedir aqui ajuda porque talvez tu possas salvar aqui esta questão de Coimbra. Se o Henrique Fernandes perder a Câmara – que neste momento é um cenário que podemos admitir – tu achas que durante seis meses, para ele concluir a tese de doutoramento, que nós lhe conseguíamos arranjar uma avença no Tagus, de cerca de 1500 euros?».
«Não há problema»
Soares responde imediatamente que sim e acrescenta: «Mas podia ser ou seis vezes 1500 ou uma vez 7500?». Pergunta a seguir ao interlocutor qual é a formação de Henrique Fernandes e Penedos responde que «é sociólogo». O administrador da PT remata: «Compromete-te. Não há problema».
O esquema não foi posto em prática, já que o PS avançou com outro candidato – Álvaro Seco, que, confirmando os temores de Henrique Fernandes e de Penedos, viria a perder o escrutínio.
Confrontado pelo SOL com as propostas de Paulo Penedos para o lugar no Taguspark, Henrique Fernandes negou ter «alguma recordação dessas conversas». «Se as houve, não passaram de mera efabulação generosa de Paulo Penedos», acrescenta, salientando que, «se ele o fez, não me parece que isso corresponda a um comportamento menos bom».
Em relação ao facto de também não lhe ter respondido com um ‘não’ claro, o governador civil (que entretanto foi reconduzido no cargo) diz que pode ter sido por uma questão de delicadeza: «Nesse caso não lhe disse que não, deve ter sido uma resposta delicada». E terminou dizendo mesmo que nunca teve a ambição de se candidatar à autarquia: «Fui vereador e vice-presidente da Câmara durante dez anos e disse várias vezes a quem me fez essa proposta que a água não passava duas vezes debaixo da mesma ponte».
E PODEM TER A CERTEZA QUE PARA ELES POVO TANTO É BRANCO DE COIMBRA COMO PRETO DA GUINÉ...
MATAR TENENTES DEVIA DAR PENSÃO ANTI-FASSISTA NÃO?
La viuda del último fusilado por Franco presenta una demanda
Pide responsabilidades en Argentina por el asesinato
Su marido, también de 21 años y miembro del FRAP, había sido detenido, juzgado por el asesinato del teniente de la Guardia Civil Antonio Pose y condenado a muerte en el último consejo de guerra de la dictadura franquista.
LÁ DIZ O DITADO:QUEM AOS INIMIGOS PERDOA ÁS MÃOS LHES MORRE...
POR CÁ OS DESCOLONIZADORES TAMBÉM ANDAM A FAZER O CONTRÁRIO DA "DITADURA".ESTA COLONIZAVA EM ÁFRICA?AGORA OS DEMOCRATAS COLONIZAM NA EUROPA...
Pide responsabilidades en Argentina por el asesinato
Su marido, también de 21 años y miembro del FRAP, había sido detenido, juzgado por el asesinato del teniente de la Guardia Civil Antonio Pose y condenado a muerte en el último consejo de guerra de la dictadura franquista.
LÁ DIZ O DITADO:QUEM AOS INIMIGOS PERDOA ÁS MÃOS LHES MORRE...
POR CÁ OS DESCOLONIZADORES TAMBÉM ANDAM A FAZER O CONTRÁRIO DA "DITADURA".ESTA COLONIZAVA EM ÁFRICA?AGORA OS DEMOCRATAS COLONIZAM NA EUROPA...
ACHO BEM.FODER MAS COM DIREITOS!
02 Maio 2010 - 00h30
1.º de Maio: Cerca de 70 activistas defendem reconhecimento laboral
Profissionais do sexo querem pagar imposto
Os profissionais do sexo querem ver o seu trabalho reconhecido como qualquer outra profissão, sem preconceitos e com direitos sociais e laborais iguais aos de todos os profissionais. A defesa dos direitos dos trabalhadores sexuais reuniu ontem cerca de 70 pessoas em Lisboa, que se associaram às cerca de 300 da parada Mayday-2010 para celebrar o Dia do Trabalhador.
"A prostituição é um trabalho como qualquer outro e deve ter os mesmos direitos e obrigações das outras profissões", afirmou Anabela Rocha, professora solidária com o movimento, denunciando a existência de "muitos interesses contra a liberalização da prostituição, pois há quem prefira não pagar impostos e viver à custa de uma economia paralela, das mais lucrativas do Mundo".
O largo de Camões, em Lisboa, foi o ponto de encontro de um movimento ainda sem líderes, cujo objectivo é ver reconhecidos os direitos sociais, humanos e laborais de todos os profissionais do sexo. Nesta definição, explicou Mariana Lemos, está incluída "desde a prostituição feminina e masculina, à de rua ou de acompanhantes de luxo, passando pelas strippers ou pelo electricista ou técnico de luz de um filme pornográfico".
O momento mais significativo da manifestação aconteceu quando os cerca de 70 activistas chegaram ao Intendente e abriram os respectivos chapéus de chuva vermelhos, símbolo da luta pelos direitos dos trabalhadores sexuais. ‘Prostituição é trabalho sexual. Trabalho sexual é trabalho’ ou ‘Eu não me vendo, alugo’ foram algumas das palavras de ordem escritas em vários cartazes.
PRECISAM-SE CASA DE PUTAS, COM CONTROLO SANITÁRIO E PAGAMENTO DE IMPOSTOS
1.º de Maio: Cerca de 70 activistas defendem reconhecimento laboral
Profissionais do sexo querem pagar imposto
Os profissionais do sexo querem ver o seu trabalho reconhecido como qualquer outra profissão, sem preconceitos e com direitos sociais e laborais iguais aos de todos os profissionais. A defesa dos direitos dos trabalhadores sexuais reuniu ontem cerca de 70 pessoas em Lisboa, que se associaram às cerca de 300 da parada Mayday-2010 para celebrar o Dia do Trabalhador.
"A prostituição é um trabalho como qualquer outro e deve ter os mesmos direitos e obrigações das outras profissões", afirmou Anabela Rocha, professora solidária com o movimento, denunciando a existência de "muitos interesses contra a liberalização da prostituição, pois há quem prefira não pagar impostos e viver à custa de uma economia paralela, das mais lucrativas do Mundo".
O largo de Camões, em Lisboa, foi o ponto de encontro de um movimento ainda sem líderes, cujo objectivo é ver reconhecidos os direitos sociais, humanos e laborais de todos os profissionais do sexo. Nesta definição, explicou Mariana Lemos, está incluída "desde a prostituição feminina e masculina, à de rua ou de acompanhantes de luxo, passando pelas strippers ou pelo electricista ou técnico de luz de um filme pornográfico".
O momento mais significativo da manifestação aconteceu quando os cerca de 70 activistas chegaram ao Intendente e abriram os respectivos chapéus de chuva vermelhos, símbolo da luta pelos direitos dos trabalhadores sexuais. ‘Prostituição é trabalho sexual. Trabalho sexual é trabalho’ ou ‘Eu não me vendo, alugo’ foram algumas das palavras de ordem escritas em vários cartazes.
PRECISAM-SE CASA DE PUTAS, COM CONTROLO SANITÁRIO E PAGAMENTO DE IMPOSTOS
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