As maravilhas das «Novas Oportunidades»
29 de Dezembro de 2008 por Ricardo Santos Pinto
Todos nós conhecemos algumas das maravilhas do programa «Novas Oportunidades». Gente que, mesmo sem saber escrever, ficou com o 6.º Ano; gente que tinha a 4.ª Classe incompleta e que, em três meses, ficou com o 9.º Ano; gente que tinha o 6.º Ano e que, em seis meses remunerados, ficou com o 12.º.
Agora vem a público o caso de Pedro Póvoa, atleta olímpico de taekwondo que tinha o 9.º Ano e que, num semestre, concluiu o Secundário. Ao abrigo do Estatuto de Atleta de Alta Competição, vai agora entrar no curso de Medicina da Uiversidade do Minho. Hesitou entre Psicologia e Gestão, mas acabou por preferir a Medicina.
Apetece-me parafrasear Manuel António Pina numa das suas últimas crónicas no «Jornal de Notícias»: «Um dia destes, juntamente com um anestesista também “simplex”, estará a operar o leitor num hospital público, os dois cheios de curiosidade sobre o que haverá dentro de uma barriga.»
Tuesday, December 30, 2008
O RESULTADO DA ACÇÃO DOS NOSSOS SOBAS
0 Dezembro 2008 - 00h30
Sintra: Assalto a dependência bancária em Mem Martins
Caçadeiras no assalto a banco
Quatro homens encapuzados e armados com duas caçadeiras e uma pistola assaltaram ontem, à hora de almoço, uma dependência do Millennium BCP em Mem Martins, concelho de Sintra. Este roubo, pelas 13h00, aconteceu após uma madrugada cheia de assaltos a outros estabelecimentos nas redondezas do banco.
"Aqui na rua [Estrada de Mem Martins] foi o banco e o café Paris logo de manhã. De madrugada já tinham ido à papelaria, à mercearia e à loja dos pássaros", conta ao CM uma empregada de um café que, por receio, não quer ser identificada. Segundo a mesma, os assaltantes do banco usaram uma viatura azul escura que o CM sabe ser roubada. "Era um Renault Clio, que chamou a atenção das pessoas pelo barulho que fez no arranque."
Já o assalto, passou despercebido, apesar de no interior do banco se encontrarem dois funcionários e dois clientes. "Foi tudo muito calmo. Cá fora ninguém deu por nada" , conta ao CM Emílio Dâmaso, proprietário de uma loja de reparações de electrodomésticos, situada à frente do banco. "Eu mesmo só soube do assalto quando vi um carro da PSP e uma agente veio ter comigo para saber se eu tinha visto algo", sublinha.
Dos quatro assaltantes, só três entraram dentro do Millennium, pois um ficou no carro que usaram para fugir depois de obterem o dinheiro.
Este assalto, segundo fonte policial, nada tem a ver com os da madrugada – que terão sido levados a cabo por "pequenos criminosos". E isto porque da papelaria levaram tabaco e da mercearia latas de atum e bilhas camping gás.
‘Maria’, nome fictício da proprietária da papelaria, considera que estes furtos foram cometidos por homens que se encontram detidos e foram passar o Natal a casa. "Eles querem abastecer-se. Havia aqui perfumes caros mas eles só levaram o tabaco. E são tantos os furtos do mesmo género neste período", diz, lembrando que, já no sábado, lhe tinham assaltado a loja. Nesse dia foram assaltados ainda dois cafés e uma padaria.
MAIS DADOS
PERÍODO CRÍTICO
Os estabelecimentos assaltados em Mem Martins desde sábado ainda não tinham sofrido qualquer assalto este ano.
POLÍCIA À PORTA
‘Maria’, nome fictício da proprietária da papelaria, paga todos os meses cerca de 200 euros à PSP pelos dois agentes que às sextas-feiras (dia em que recebe o Euromilhões) lhe guardam a porta.
ASSALTOS SUCESSIVOS
‘Maria’ tem a papelaria há 11 anos e já sofreu vários assaltos, todos desde 2006. "E foram todos à noite. Levaram sempre alguma coisa apesar de o prejuízo que provocaram ter sido sempre maior do que o que levaram".
GRADES NAS JANELAS
Nas queixas apresentadas à PSP, ‘Maria’ ouve sempre os mesmos conselhos: "Não reaja aos assaltantes e ponha grades nas janelas". Mas Grades nestas montras custam cerca de cinco mil euros. Será que eu ando a trabalhar para o ladrão?", questiona.
Sintra: Assalto a dependência bancária em Mem Martins
Caçadeiras no assalto a banco
Quatro homens encapuzados e armados com duas caçadeiras e uma pistola assaltaram ontem, à hora de almoço, uma dependência do Millennium BCP em Mem Martins, concelho de Sintra. Este roubo, pelas 13h00, aconteceu após uma madrugada cheia de assaltos a outros estabelecimentos nas redondezas do banco.
"Aqui na rua [Estrada de Mem Martins] foi o banco e o café Paris logo de manhã. De madrugada já tinham ido à papelaria, à mercearia e à loja dos pássaros", conta ao CM uma empregada de um café que, por receio, não quer ser identificada. Segundo a mesma, os assaltantes do banco usaram uma viatura azul escura que o CM sabe ser roubada. "Era um Renault Clio, que chamou a atenção das pessoas pelo barulho que fez no arranque."
Já o assalto, passou despercebido, apesar de no interior do banco se encontrarem dois funcionários e dois clientes. "Foi tudo muito calmo. Cá fora ninguém deu por nada" , conta ao CM Emílio Dâmaso, proprietário de uma loja de reparações de electrodomésticos, situada à frente do banco. "Eu mesmo só soube do assalto quando vi um carro da PSP e uma agente veio ter comigo para saber se eu tinha visto algo", sublinha.
Dos quatro assaltantes, só três entraram dentro do Millennium, pois um ficou no carro que usaram para fugir depois de obterem o dinheiro.
Este assalto, segundo fonte policial, nada tem a ver com os da madrugada – que terão sido levados a cabo por "pequenos criminosos". E isto porque da papelaria levaram tabaco e da mercearia latas de atum e bilhas camping gás.
‘Maria’, nome fictício da proprietária da papelaria, considera que estes furtos foram cometidos por homens que se encontram detidos e foram passar o Natal a casa. "Eles querem abastecer-se. Havia aqui perfumes caros mas eles só levaram o tabaco. E são tantos os furtos do mesmo género neste período", diz, lembrando que, já no sábado, lhe tinham assaltado a loja. Nesse dia foram assaltados ainda dois cafés e uma padaria.
MAIS DADOS
PERÍODO CRÍTICO
Os estabelecimentos assaltados em Mem Martins desde sábado ainda não tinham sofrido qualquer assalto este ano.
POLÍCIA À PORTA
‘Maria’, nome fictício da proprietária da papelaria, paga todos os meses cerca de 200 euros à PSP pelos dois agentes que às sextas-feiras (dia em que recebe o Euromilhões) lhe guardam a porta.
ASSALTOS SUCESSIVOS
‘Maria’ tem a papelaria há 11 anos e já sofreu vários assaltos, todos desde 2006. "E foram todos à noite. Levaram sempre alguma coisa apesar de o prejuízo que provocaram ter sido sempre maior do que o que levaram".
GRADES NAS JANELAS
Nas queixas apresentadas à PSP, ‘Maria’ ouve sempre os mesmos conselhos: "Não reaja aos assaltantes e ponha grades nas janelas". Mas Grades nestas montras custam cerca de cinco mil euros. Será que eu ando a trabalhar para o ladrão?", questiona.
UM PAÍS DE DROGADOS E PANELEIROS
28 Dezembro 2008 - 21h00
Acidente - menina de 14 anos em estado muito grave. Irmã e amigos feridos
Drogado atropela jovens
Uma adolescente de 14 anos ficou em coma depois de ter sido atropelada por um automóvel que se envolveu num acidente alguns metros antes, num entroncamento da EN109, em Paramos, Espinho, cerca das 23h00 de anteontem. A vítima que tem prognóstico reservado seguia no passeio com a irmã e dois amigos com idades entre os 15 e 16 anos, que também foram hospitalizados. O condutor, de 21 anos, ficou ferido e acusou positivo no teste de despistagem de droga. A MENINA JÁ MORREU.
PARA QUANDO O ESTADO TORNAR OBRIGATÓRIO UMA "INSPECÇÃO" MÉDICA ANUAL AO CONDUTOR?
NÃO HAVERÁ NENHUM MINISTRO EMPREENDEDOR QUE SE META LOGO NO NEGÓCIO?COMO NAS INSPECÇÕES DO AUTOMÓVEL?
É QUE ESSAS INSPECÇÕES AO CONDUTOR SERVIRIAM PARA DETERMINAR QUEM É QUE SE ANDA A DROGAR, QUEM É QUE NÃO É BOM DA CABEÇA(EXAMES PSICOTÉCNICOS) O QUE FARIA BAIXAR OS ACIDENTES MUITO MAIS DO QUE AS INSPECÇÕES AUTOMÓVEIS...OU SERÁ POR SER O ESTADO A TER QUE PAGAR É QUE A COISA NÃO ANDA?
A EXEMPLO DAS INSPECÇÕES AUTOMÓVEL EM QUE SE TEM QUE IR REPARAR UMA PONTINHA DE LETRA DA MATRICULA, COISA QUE SE SABE SER GRAVÍSSIMA PARA A SEGURANÇA DA CONDUÇÃO, A INSPECÇÃO MÉDICA AO CONDUTOR TALVEZ OBRIGASSE A MALTOSA DA DROGA A TER QUE IR FAZER UMA DESINTOXICAÇÃO, ALÉM DE FICAR REGISTADO QUEM É QUEM NO MUNDO DOS "TRAÇOS" DE COCA, NAS PICADAS DA HEROÍNA , NAS PASSAS DO HAXIXE OU NO ALCOOL DO SANGUE...A MALTA IRIA TER MUITA SURPRESA E DE CERTEZA QUE O JET SET DOS LARILAS COMENTADORES DE TV TERIA ASSUNTO QUE NUNCA MAIS ACABAVA...
Acidente - menina de 14 anos em estado muito grave. Irmã e amigos feridos
Drogado atropela jovens
Uma adolescente de 14 anos ficou em coma depois de ter sido atropelada por um automóvel que se envolveu num acidente alguns metros antes, num entroncamento da EN109, em Paramos, Espinho, cerca das 23h00 de anteontem. A vítima que tem prognóstico reservado seguia no passeio com a irmã e dois amigos com idades entre os 15 e 16 anos, que também foram hospitalizados. O condutor, de 21 anos, ficou ferido e acusou positivo no teste de despistagem de droga. A MENINA JÁ MORREU.
PARA QUANDO O ESTADO TORNAR OBRIGATÓRIO UMA "INSPECÇÃO" MÉDICA ANUAL AO CONDUTOR?
NÃO HAVERÁ NENHUM MINISTRO EMPREENDEDOR QUE SE META LOGO NO NEGÓCIO?COMO NAS INSPECÇÕES DO AUTOMÓVEL?
É QUE ESSAS INSPECÇÕES AO CONDUTOR SERVIRIAM PARA DETERMINAR QUEM É QUE SE ANDA A DROGAR, QUEM É QUE NÃO É BOM DA CABEÇA(EXAMES PSICOTÉCNICOS) O QUE FARIA BAIXAR OS ACIDENTES MUITO MAIS DO QUE AS INSPECÇÕES AUTOMÓVEIS...OU SERÁ POR SER O ESTADO A TER QUE PAGAR É QUE A COISA NÃO ANDA?
A EXEMPLO DAS INSPECÇÕES AUTOMÓVEL EM QUE SE TEM QUE IR REPARAR UMA PONTINHA DE LETRA DA MATRICULA, COISA QUE SE SABE SER GRAVÍSSIMA PARA A SEGURANÇA DA CONDUÇÃO, A INSPECÇÃO MÉDICA AO CONDUTOR TALVEZ OBRIGASSE A MALTOSA DA DROGA A TER QUE IR FAZER UMA DESINTOXICAÇÃO, ALÉM DE FICAR REGISTADO QUEM É QUEM NO MUNDO DOS "TRAÇOS" DE COCA, NAS PICADAS DA HEROÍNA , NAS PASSAS DO HAXIXE OU NO ALCOOL DO SANGUE...A MALTA IRIA TER MUITA SURPRESA E DE CERTEZA QUE O JET SET DOS LARILAS COMENTADORES DE TV TERIA ASSUNTO QUE NUNCA MAIS ACABAVA...
Sunday, December 28, 2008
TRAIDORES É O QUE MAIS HÁ POR AÍ...
Lusa
Luís Amado terá de explicar como é que o suspeito obteve o passaporte português, que exibiu na Estónia28 Dezembro 2008 - 00h30
Escândalo - Autoridades da Estónia procuram espião
Espionagem envolve português
Um indivíduo portador de um passaporte português, alegadamente falso, terá sido o agente de ligação que permitiu à Rússia adquirir segredos da NATO e da UE, naquele que é já considerado o maior escândalo de espionagem do pós-Guerra Fria.
Contacto pelo Correio da Manhã, o Ministério da Defesa remeteu para o Ministério dos Negócios Estrangeiros qualquer esclarecimento sobre o caso, mas até à hora de fecho desta edição, foi impossível obter uma resposta do gabinete de Luís Amado, apesar das várias tentativas.
O caso veio a público aquando da detenção de Herman Simm, antigo chefe do Departamento de Segurança do Ministério da Defesa da Estónia, acusado de alta traição por ter vendido informações à Rússia. De acordo com a imprensa internacional, o agente de ligação entre Simm e os serviços secretos russos terá sido um cidadão com passaporte português conhecido por Jesus, que entretanto desapareceu.
O semanário ‘Expresso’ noticiou ontem, que os serviços secretos portugueses não têm qualquer referência sobre este agente e a imprensa estónia refere que na realidade se trata de um espião russo que fugiu para a Península Ibérica onde adquiriu um passaporte português, regressando depois à Rússia.
NOTAS
CONHECIMENTO
O indivíduo conhecido por Jesus dizia ser empresário e terá conhecido Herman Simm nos anos 90, quando este ganhou poder no governo da Estónia.
NACIONALIDADE
O envolvimento de Jesus no caso foi denunciado pelo advogado de Herman Simm, que garante que o indivíduo é português.
INFORMAÇÃO
A informação vendida por Simm referia-se à NATO e à UE, mas desconhece-se o teor ou importância da mesma.
Luís Amado terá de explicar como é que o suspeito obteve o passaporte português, que exibiu na Estónia28 Dezembro 2008 - 00h30
Escândalo - Autoridades da Estónia procuram espião
Espionagem envolve português
Um indivíduo portador de um passaporte português, alegadamente falso, terá sido o agente de ligação que permitiu à Rússia adquirir segredos da NATO e da UE, naquele que é já considerado o maior escândalo de espionagem do pós-Guerra Fria.
Contacto pelo Correio da Manhã, o Ministério da Defesa remeteu para o Ministério dos Negócios Estrangeiros qualquer esclarecimento sobre o caso, mas até à hora de fecho desta edição, foi impossível obter uma resposta do gabinete de Luís Amado, apesar das várias tentativas.
O caso veio a público aquando da detenção de Herman Simm, antigo chefe do Departamento de Segurança do Ministério da Defesa da Estónia, acusado de alta traição por ter vendido informações à Rússia. De acordo com a imprensa internacional, o agente de ligação entre Simm e os serviços secretos russos terá sido um cidadão com passaporte português conhecido por Jesus, que entretanto desapareceu.
O semanário ‘Expresso’ noticiou ontem, que os serviços secretos portugueses não têm qualquer referência sobre este agente e a imprensa estónia refere que na realidade se trata de um espião russo que fugiu para a Península Ibérica onde adquiriu um passaporte português, regressando depois à Rússia.
NOTAS
CONHECIMENTO
O indivíduo conhecido por Jesus dizia ser empresário e terá conhecido Herman Simm nos anos 90, quando este ganhou poder no governo da Estónia.
NACIONALIDADE
O envolvimento de Jesus no caso foi denunciado pelo advogado de Herman Simm, que garante que o indivíduo é português.
INFORMAÇÃO
A informação vendida por Simm referia-se à NATO e à UE, mas desconhece-se o teor ou importância da mesma.
ISTO ESTÁ BOM É PARA TRAIDORES
Defesa - novo regulamento de disciplina pode ser usado de forma abusiva
Militares contra castigo sem regras
A polémica em torno do Regulamento de Disciplina Militar está longe de terminar. Apesar de o Governo ter recuado e o novo diploma já não impor a "lei da rolha" aos militares na reserva e na reforma, as associações receiam que a forma vaga como estão descritas as situações em que se deve aplicar as penas disciplinares mais graves possa servir para "silenciar as vozes incómodas".
Em causa está a pena de separação de serviço, a mais grave penalização aplicada aos militares do quadro permanente no activo, na reserva e na reforma, segundo o novo diploma, a que o CM teve acesso. Esta pena consiste no "afastamento definitivo das Forças Armadas, com perda da condição de militar, abate aos quadros permanentes e privação do uso de uniforme, distintivos, insígnias e medalhas militares". Mas, "sem prejuízo do direito à pensão".
Militares contra castigo sem regras
A polémica em torno do Regulamento de Disciplina Militar está longe de terminar. Apesar de o Governo ter recuado e o novo diploma já não impor a "lei da rolha" aos militares na reserva e na reforma, as associações receiam que a forma vaga como estão descritas as situações em que se deve aplicar as penas disciplinares mais graves possa servir para "silenciar as vozes incómodas".
Em causa está a pena de separação de serviço, a mais grave penalização aplicada aos militares do quadro permanente no activo, na reserva e na reforma, segundo o novo diploma, a que o CM teve acesso. Esta pena consiste no "afastamento definitivo das Forças Armadas, com perda da condição de militar, abate aos quadros permanentes e privação do uso de uniforme, distintivos, insígnias e medalhas militares". Mas, "sem prejuízo do direito à pensão".
ALGUNS AINDA NEM SEQUER SABEM...
28 Dezembro 2008 - 02h06
Athayde Marques: Bolsa perde 63% do PIB
A Bolsa nacional perdeu 103,3 mil milhões de euros até Novembro, o que equivale a 63% do PIB. A quebra na Euronext Lisboa, presidida por Athayde Marques, é de 40,5% face a 2007.
Athayde Marques: Bolsa perde 63% do PIB
A Bolsa nacional perdeu 103,3 mil milhões de euros até Novembro, o que equivale a 63% do PIB. A quebra na Euronext Lisboa, presidida por Athayde Marques, é de 40,5% face a 2007.
Saturday, December 27, 2008
Ó JPP POPULISMO, AGORA IGNORÂNCIA...QUE MAIS AINDA ESTARÁ PARA VIR...
José Pacheco Pereira, Salazarofilia / salazarofobia, hoje no Público
«[...] Nas gerações que conheceram o regime do Estado Novo, a salazarofobia é mais forte do que a salazarofilia, pelo menos nas classes “altas”, até porque é esse o discurso politicamente correcto que legitima a vida pública depois do 25 de Abril e porque o turnover geracional faz com que, na sua maioria, esses grupos sociais sejam constituídos pelos ex-jovens dos anos 60, a geração menos atingida pela doutrinação salazarista e mais insubordinada ao sistema de valores que a alimentava. [...] A guerra colonial resumiu e deu algum alento a todas as salazarofilias anteriores, mas os tempos já estavam a mudar e, mesmo que Salazar odiasse a modernidade, o mundo estava já mais moderno, mais solto, menos estável, mesmo por detrás da formidável barreira da censura.
Por outro lado, fora das elites, tem crescido depois do 25 de Abril uma salazarofilia popular e não é só na figura emblemática do motorista de táxi que brada contra o mundo e que funciona, para quem não conhece o povo, como a voz populi. Esta salazarofilia é em grande parte uma reacção antipolítica, demagógica e justicialista relativamente a muitos aspectos da democracia política, aos partidos, aos “políticos”, à corrupção existente e imaginada, à ineficácia e custo da democracia. Esta salazarofilia comunica à esquerda com o populismo anti-sistema, forte nos simpatizantes comunistas e na parte do PS que é popular e urbana e de “baixo”. A comunicação social, pelo modo cínico como relata a política, sendo ela própria salazarofóbica, porque alinhada à esquerda, alimenta a salazarofilia popular com muita eficácia e não é só no 24 Horas, esse híbrido esquerda-direita que enche os olhos dos leitores de primeiras páginas nas bancas.
Nos mais novos, com uma presença forte nos blogues, o que aflige na salazarofilia intelectual que por lá emerge é o grande peso da ignorância tomada como sendo a ausência de complexos sobre o passado e antiesquerdismo. Na verdade, é mais ignorância do que ideologia, a que depois o estilo de boutade e de comparação absurda para épater le bourgeois dá circulação. Um dia se fará uma antologia das mais estapafúrdias comparações dos blogues e nelas a salazarofilia chique terá o seu papel.
Mas a grande fonte da salazarofilia nunca pronuncia o nome de Salazar e nem sequer tem consciência de até que ponto vem dele e dos 48 anos do Estado Novo. Essa fonte é a desconfiança da política, a obsessão do consenso, o nojo pelos “partidos” enquanto “partes”, a vontade de um mundo higiénico em que todos se entendem, todos são “construtivos”, todos fogem da polémica, todos pretendem passar pelos pingos da chuva democrática, para não aparecerem molhados e menores junto da multidão que louva os que habitualmente nunca sujam as mãos em nada. Ser polémico em Portugal é um óbice sério a singrar na vida, como essa frase exclusora inventada no interior dos partidos traduz: “Ele não serve porque tem anticorpos.” Na verdade, como no tempo de Salazar, o pano de fundo desta subserviência instituída em “consenso” é a escassez de bens, recursos e lugares e a enorme dificuldade em se ser independente em primeiro lugar do Estado omnipresente, e depois dos partidos, dos grupos e das coteries em segundo, terceiro, quarto e enésimo lugar. É por isso que ainda somos mais salazaristas do que democráticos, no fundo da nossa maneira de ser em público. É por isso que esta salazarofilia involuntária, mas real, atravessa a nossa vida pública de cima abaixo, da esquerda para a direita e vice-versa, enche a política, a comunicação social, o establishment literário e cultural.
Precisávamos de mais liberdade, de muito mais crítica, de muito mais duro e persistente escrutínio, de muito mais rupturas, e estamos todos apaziguados com a nossa mediocridade. [...]»
O MAIOR BEIRÃO DE SEMPRE GOVERNOU PORTUGAL COMO PAÍS INDEPENDENTE.APESAR DOS ERROS COMETIDOS AINDA NÃO VI NINGUÉM CHEGAR-LHE AOS CALCANHARES.E PORTUGAL FOI MUTILADO,ROUBADO,COLONIZADO, MESTIÇADO E ARRUINADO.POR GAJOS QUE O SALAZAR NEM QUERERIA PARA LHE ENGRAXAR AS BOTAS...
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