Sunday, August 3, 2008

POR CÁ AINDA ESTAMOS NA FASE DE INSTALAÇÃO...

From Times OnlineAugust 2, 2008

British Muslims aid Taliban in attacks on UK soldiers in Afghanistan

O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DESTAS AMOSTRAS DE GOVERNANTES QUE SACRIFICAM SEMPRE OS INDÍGENAS SÓ PARA FICAREM BEM NUMA MERDA DE FOTOGRAFIA QUALQUER...

A DESTRUIÇÃO DUMA NAÇÃO PELO INTERNACIONALISMO MILITANTE

Ao sabor da legalização

Calcula-se que sejam perto de 40 mil em Portugal. Com os guineenses à frente, logo seguidos dos moçambicanos. Foram os primeiros a chegar, na alvorada de nações emergentes de anos de colonização. A comunidade islâmica propriamente dita nasceu em 1968, mas o fim das guerras, na década de 1970, é que os traria em massa para cá. Depois deles, as vagas seguiram os processos de legalização. Vieram do Magrebe e outros países do Norte de África, do Médio Oriente e, mais recentemente, do Oriente. Índia, Paquistão, Bangladesh.

"Quando há uma abertura em Portugal, os ilegais que estão na Europa vêm para cá. Tal como acontece o contrário: vão de cá para Espanha quando lá há legalizações extraordinárias".

OS PORTUGUESES INDÍGENAS QUE SE MATEM A TRABALHAR , EMIGREM E ACEITEM GANHAR MENOS PARA OUTROS GANHAREM MAIS POIS QUE DESPESA JÁ O DESGOVERNO LHES ARRANJOU PARA O PRÓXIMO MILÉNIO...

Friday, August 1, 2008

SÓCRATES O MOBUTU PORTUGUÊS

EM VEZ DE DINHEIRO DISTRIBUI COMPUTADORES.TEM UMA VASTA "CLIENTELA" Á VELHA MODA ROMANA.
"DAR" É A PALAVRA MÁGICA.DÃO DROGA,O 2º MELHOR ACOLHIMENTO DA EUROPA PARA A PIOR ECONOMIA,DÃO PERDÕES DE DÍVIDAS, DÃO A NACIONALIDADE A QUEM PASSAR POR PERTO.
TAL COMO O MOBUTU A COISA PIORA SEMPRE...
REALMENTE SOMOS MESMO O MAIS AFRICANO PAÍS DA EUROPA... E O NOSSO PRETO Nº1 É CERTAMENTE O SÓCRATES!

230 DA ASSEMBLEIA NACIONAL DE ESQUERDA COMO SEMPRE DISTRAIDOS

JÁ MUITAS VEZES DISSE QUE BASTAVA LÁ TER 5 "REPRESENTANTES" DO RESPECTIVO SECRETÁRIO GERAL.MUITO DINHEIRINHO SE POUPAVA AOS CONTRIBUINTES ATÉ PELAS ASNEIRAS QUE NÃO SERIAM FEITAS...
SIM PORQUE DESTES GAJOS SAIU A LEI DA DROGA, DA NACIONALIDADE E MUITAS OUTRAS ABERRAÇÕES QUE LENTAMENTE NOS CONDUZIRAM AO BONITO ESTADO DE FALÊNCIA EM QUE NOS ENCONTRAMOS, NÓS OS QUE PAGAMOS , QUE LÁ ELES ATÉ FICAM ADMIRADOS COM TANTAS NOTAS QUE LHES CAEM NO BOLSO... E ENTÃO NOS BOLSOS DOS DITOS DEPUTADOS EUROPEUS...
ESTES VENDE PÁTRIAS,COLONIZADORES DE PORTUGAL POR AFRICANOS, TRATADOS NAS PALMINHAS Á CONTA DOS INDÍGENAS, TUDO SÃO CAPAZES DE FAZER PARA AFUNDAR A MAIS VELHA NAÇÃO DA EUROPA.COLOCAM-NOS DE JOELHOS PERANTE UM MERDAS QUALQUER.
AS AUTONOMIAS DOS AÇORES E DA MADEIRA NÃO PODERIAM FUNCIONAR SEM CHANTAGENS E ACIMA DE TUDO COM MUITO MAIS POUPANÇA EM LUGARES, QUE TEMOS QUE PAGAR?SE FOSSEM SÓ OS MADEIRENSES E AÇORIANOS A PAGAR AQUELES LUXOS ASIÁTICOS QUANTO TEMPO ELES AGUENTAVAM?
POR ISSO É QUE CÁ QUEREM A REGIONALIZAÇÃO.VEJAM SÓ MAIS 5 AUTONOMIAS E QUANTOS TACHOS NÃO TERIAM OS CONTRIBUINTES QUE PAGAR A MAIS...
CAVACO FEZ UM ESTARDALHAÇO POR POUCO..POIS QUE EU APLAUDIREI QUANDO VIER UM PR QUE PURA E SIMPLESMENTE ACABE COM O REGABOFE "DEMOCRÁTICO" QUE NOS CAI, A NÓS CONTINENTAIS NO IRS...E QUE RETOME AS NOSSAS VELHAS TRADIÇÕES PORTUGUESAS DE FAZER PAGAR AS TRAIÇÕES E CHANTAGENS COM CHUMBO DE BALA...

Thursday, July 31, 2008

QUANDO É QUE A INDEPENDÊNCIA ACABA?

Samuel Chiwale é uma das figuras incontornáveis da política angolana31 Julho 2008 - 00h30

Samuel Chiwale
“Quando é que a independência acaba?”
Samuel Chiwale, general na reserva e dirigente da UNITA, falou ao 'CM' sobre a mensagem lançada no seu livro ‘Cruzei-me com a História’.


Correio da Manhã – Que mensagem lança no seu livro ‘Cruzei-me com a História’?

Samuel Chiwale – O livro conta a história da libertação de Angola, dos movimentos de libertação angolanos e de outros países africanos. Antes da independência de Angola só se falava do MPLA, algumas vezes da FNLA e rara vezes da UNITA. Pois chegou o momento de contar a realidade da luta contra o colonialismo e o papel da UNITA nesta luta. O livro relata tudo isto.

– O que mais lhe marcou nesta luta de libertação?

– O sentido patriótico que os angolanos manifestaram contra o jugo colonial; a luta tenaz contra a colonização e o entendimento do que é a independência.

– Uma independência que tem tido muitos espinhos...

– Muito difícil e com imensas desigualdades. Por isso, estou ansioso pelas próximas eleições. Desejo que corram com liberdade, credibilidade e transparência. Até aqui a maior parte do povo angolano ainda não saboreou o bolo da independência. Temos um país rico, mas com uma população extremamente pobre. Lutámos pela independência, pela nossa libertação, para melhorar a vida do nosso povo, mas há muita frustração nas populações angolanas. Muita gente pergunta quando é que a independência acaba? Dizem isso por causa do sofrimento por que tanto têm passado desde a independência. Não sentem melhoria nenhuma. Dizem que hoje estão pior do que no tempo colonial. Há que haver mudança e ela pode acontecer a 5 de Setembro.

ELE NÃO DIZ MAS O "JUGO COLONIAL" ERA PARA ELE E PARA OS OUTROS " OS BRANCOS".O "JUGO COLONIAL" ACABOU QUANDO FICARAM COM AS PROPRIEDADE DOS BRANCOS.

OS CONTRIBUINTES QUE PAGAM O DESGOVERNO ESTÃO A ACORDAR

Juíza de Felgueiras disse que estilo de vida dos ciganos era “pouco higiénico”
Comissária para a Imigração vai queixar-se de sentença sobre comunidade cigana
30.07.2008 - 19h47 Lusa
O Alto-Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural vai queixar-se ao Conselho Superior da Magistratura da sentença de uma juíza de Felgueiras que considera o estilo de vida dos ciganos como pouco higiénico e "subsídio-dependente".

A Alta-Comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACIDI), Rosário Farmhouse, escusou-se a comentar a sentença, mas disse que as considerações "genéricas" sobre a comunidade cigana têm um "teor marcadamente xenófobo". "Fiquei, estou absolutamente perplexa como é que numa sentença se fazem acusações tão genéricas relativas a uma comunidade, tomando a parte pelo todo. Uma coisa é adjectivar a conduta dos arguidos (da qual me abstenho) e outra coisa é tomar toda uma comunidade com cerca de 50 mil pessoas pelo comportamento destas cinco pessoas, destes cinco arguidos", disse Rosário Farmhouse.

A Alta-Comissária avançou ainda que, depois de recebida e analisada a sentença, o ACIDI vai remeter uma queixa da juíza ao Conselho Superior da Magistratura, órgão de gestão, administração e disciplina dos juízes. "Assim que tivermos a sentença, e depois de analisada, ponderamos a hipótese de fazer uma queixa ao Conselho Superior da Magistratura", afirmou a responsável, que disse ainda ser a primeira vez que o organismo que dirige apresenta uma queixa semelhante.

"Só tenho a lamentar que neste Ano Europeu do Diálogo Intercultural, em 2008, seja possível assistirmos em Portugal a afirmações deste teor, marcadamente xenófobo", reforçou Rosário Farmhouse. "Realmente estou espantada, estou perplexa e assim que tiver a sentença vamos de certeza tomar uma posição mais frontal. Assim que tivermos a sentença e depois de analisada iremos remeter uma queixa", frisou.

"Pessoas mal vistas socialmente"

A juíza Ana Gabriela Freitas, do Tribunal de Felgueiras, proferiu ontem uma sentença em que considera que a comunidade cigana tem um estilo de vida com "pouca higiene", é "traiçoeira" e "subsídio-dependente". "Pessoas mal vistas socialmente, marginais, traiçoeiras, integralmente subsídio-dependentes de um Estado a quem pagam desobedecendo e atentando contra a integridade física e moral dos seus agentes". Foi desta forma que a juíza Ana Gabriela Freitas, do 2º Juízo do Tribunal Judicial de Felgueiras, se referiu aos cinco elementos de etnia cigana acusados de agredir diversos agentes da GNR.

Ana Gabriela Freitas, na leitura da sentença, teceu considerações não só aos cinco acusados da agressão aos agentes da GNR de Felgueiras, mas também generalizou a toda a comunidade cigana. "Está em causa o desrespeito da autoridade e, por arrastamento, a própria administração da Justiça como flui com particular ingência dos recentes acontecimentos da Cova da Moura, Aziaga do Besouro, Quinta da Fonte e ainda culminando com a agressão selvática dos agentes da PSP em Abrantes", referiu a juíza na fundamentação da sentença.

Na base da sentença estão acontecimentos ocorridos no dia 7 de Janeiro de 2006. Um grupo de cidadãos de etnia cigana estava a fazer uma festa no Bairro João Paulo II, em Felgueiras, com música alta e disparo de tiros com armas de fogo. A GNR foi chamada ao bairro, a que a Juíza chama "Cova da Moura cigana", para pedir silêncio. Contudo, moradores e agentes da GNR envolveram-se em agressões físicas e verbais.

Na sentença, Ana Gabriela Freitas deu como provado que, durante os acontecimentos, "as mulheres e as crianças guincharam selvaticamente e bateram e chamaram nomes" aos agentes. Os cinco homens de etnia cigana foram todos condenados a penas de prisão efectiva e ao pagamento de indemnizações mas recorreram da sentença. Para elaborar a sentença, "socorreu-se o tribunal das regras de experiência no que toca ao elemento intelectual e volitivo do dolo inevitavelmente associado aos useiros e vezeiros comportamentos desviantes e percursos marginais dos arguidos e do seu pouco edificante estilo de vida".

No levantamento sócio-económico da vida dos arguidos, Ana Gabriela Freitas escreveu no processo que as condições habitacionais "são fracas, não por força do espaço físico em si, mas pelo estilo de vida da sua etnia (pouca higiene)". Desta forma, Ana Gabriela Freitas salientou ainda não se vislumbrar "a menor razão para acolher a rábula da 'perseguição e vitimização dos ciganos, coitadinhos!".


QUEM NÃO ESTEJA DE ACORDO COM ESTA JUIZA QUE DIGA E MOSTRE ONDE A COMUNIDADE CIGANA ANDA INTEGRADA NORMALMENTE.QUE MOSTRE UM CIGANO TRABALHADOR E COM DESCONTOS PARA A SOCIEDADE...
TENHAM CALMA QUE ISTO É SÓ O INICIO... A MALTA FARTA-SE DE PAGAR O BEM BOM DE MUITAS CENTENAS DE MILHAR E DOS SEUS TRATADORES...QUANDO PARA SI É SÓ MÁS NOTICIAS E MAIS IMPOSTOS E MAIS ROUBOS E MENOS LIBERDADE...

Wednesday, July 30, 2008

AINDA POR CIMA AGORA TRATAM DE NOS COLONIZAR PELOS QUE NOS EXPULSARAM...

Por favor, não me contes a tua história*
Publicado por helenafmatos em 30 Julho, 2008

Este título assaltou-me quando, chegada dumas curtas férias, comecei a ler por ordem cronológica as edições do PÚBLICO que se tinham acumulado na minha ausência. Dia 12, sábado, o PÚBLICO dedicou pela primeira vez uma notícia sobre o acontecido a 10 na Quinta da Fonte. Na secção Local, uma pequena notícia intitulada “Desordem em Loures provocou nove feridos” transcrevia umas breves declarações do Comando Metropolitano da PSP para em seguida passar a descrever, sem mais explicações, o assalto a um supermercado em Setúbal. Não sendo Lisboa em matéria de crime a cidade do Rio de Janeiro, nove feridos “numa desordem entre moradores” mereceria outro tratamento. A isto junta-se que, nesse mesmo dia 12, os acontecimentos da Quinta da Fonte já tinham ampla cobertura noutros orgãos de comunicação, e que logo na véspera, dia 11, já estes acontecimentos tinham sido notícia. Logo aí tinha começado a explicação sociológica dos mesmos: «na Quinta da Fonte os habitantes têm “carências sociais e económicas”, estando muitos dos moradores no desemprego ou a receber o Rendimento Social Garantido.» - declarou o presidente da junta de freguesia da Apelação ao “Correio da Manhã”. (Os pobres são de facto umas almas pacientes pois não só raramente se revoltam como ainda têm todos os dias de ouvir a propósito dos mais inqualificáveis comportamentos ou crimes que isso se deve às “carências sociais e económicas” dos seus autores.) Como os acontecimentos seguiram o rumo conhecido, a 13, no PÚBLICO, e a 12 em jornais como o “Diário de Notícias” e o “Correio da Manhã”, caiu por terra a estapafúrdia versão dos moradores que se desforram das suas carências desatando aos tiros entre si.

Mas o que sucedia na Quinta da Fonte não era a história que os jornalistas, particularmente os do PÚBLICO, estavam preparados para contar. Na Quinta da Fonte estava suposto que negros e ciganos se davam muito bem e cruzavam flamenco com kizomba. A existir alguma intolerância ela teria de nascer no meio dos brancos, de preferência entre os taxistas que cabem às mil maravilhas no papel de vilão racista nestas histórias. Na falta dum taxista sempre se arranjaria algum branco que, tendo comprado um andar à antiga cooperativa, temia agora que tão colorida vizinhança lhes desvalorizasse o investimento.

A realidade trocou as voltas aos jornalistas. E estes ficaram sem palavras para contar a história, tanto mais que havia que escrever ciganos e pretos, termos que, por escrito, só podem existir para falar de festas, casamentos, tradições, ONG’s e denúncias do racismo praticado pelos brancos. E contudo estas páginas em que os jornalistas quase pedem “Por favor, não me contes a tua história” são tão eloquentes quanto aquelas onde se alinham as mais fantásticas reportagens. Não faço ideia se a cobertura dos acontecimentos da Quinta da Fonte, particularmente o atraso do PÚBLICO na cobertura dos acontecimentos, serão mais tarde objecto de estudo. Mas deveriam sê-lo. Tal como o deveria ser tudo o que não escrevemos sobre a partida dos portugueses de África.


Entre Agosto de 1974 e o início de 1975 os portugueses em fuga de África mal se vêem nas páginas dos jornais. É claro que se fala deles mas com o incómodo e os rodeios de quem tem de dar uma má notícia no meio duma festa. Esta é a fase em que os fugitivos são necessariamente brancos pois assim facilmente se integram no estereótipo que deles traçam homens como Rosa Coutinho que os classifica como “elementos menos evoluídos que têm medo de perder as suas regalias” ou Vítor Crespo que os define como “pessoas racistas que não abdicam dos seus privilégios”.

Os jornalistas portugueses usam então tranquilamente expressões como “brancos ressentidos”, “brancos em pânico” ou pessoas que “reivindicam um desejo de viver num mundo que já acabou” para referir a maior fuga de portugueses nos seus muitos séculos de História. Os primeiros a chegar, logo em Agosto de 1974, ainda tiveram jornalistas à espera. Mas semanas depois, quando a catástrofe se torna não só óbvia como incontornável, as notícias sobre o “regresso dos colonos” quase desaparecem e o que temos cada vez mais são longos artigos sobre a descolonização cheios de declarações de líderes ou candidatos a tal. Jornais como o “Diário de Notícias”, o “Expresso” ou “O Século” enviam repórteres para a Guiné, Angola e Moçambique. Estes relatam com detalhe e parcialidade as lutas pelo poder nos diversos movimentos – sobretudo em Angola . O drama das pessoas parece-lhes uma fatalidade histórica. Fatalidade aliás inscrita no termo por que haveriam de ficar conhecidos: passada a fase caricatural dos “colonos brancos”, ainda se experimentou “deslocados do Ultramar” ou desalojados. Por fim surgiu o salvífico termo “retornado”, pese muitos deles não estarem a retornar a parte alguma porque simplesmente tinham nascido e vivido toda a vida em África. Refugiados, termo usado então e agora com bastante ligeireza, é que eles nunca puderam ser.

No início de 1975 era evidente que a descolonização não ia ser a página gloriosa que os jornalistas tinham sonhado mas daí a dar voz às suas vítimas ia um passo que não conseguiram dar. E por isso os mesmos jornalistas que poucos anos antes tinham denunciado vivamente a expulsão de Portugal do dançarino Béjart eram agora incapazes de criticar a expulsão de Angola e Moçambique de jornalistas estrangeiros. E de que eram acusados esses jornalistas? Fazer notícias fundamentadas em “opiniões particulares”. Ou seja ouvirem as histórias das pessoas e não apenas as versões da História que os dirigentes repetiam.

Não existe uma data precisa para definir o momento em que se tornou patente que os retornados estavam longe de ser todos brancos mas quando a ponte aérea os fez desembarcar às centenas de milhar em Lisboa tornou-se evidente que muitos deles eram negros, mulatos, indianos… com cores e hábitos de vida muito distantes do tal boneco do fazendeiro branco de chicote na mão, a que inicialmente foram reduzidos. Perante o mal-estar que a sua simples existência causava, os fugitivos passaram rapidamente da caricatura ao esquecimento. Foram precisas décadas para que grandes reportagens fossem dedicadas ao turbilhão de factos que fez deles retornados . O problema deles não era não terem uma história para contar. Simplesmente a história, a grande história que eles tinham para contar não era aquela que os jornalistas achavam que deviam levar para as suas redacções. Por favor, não me contes a tua história – é um pedido que nenhum jornalista verbalizará. Mas no silêncio e na falta de nexo de muitos textos é esse pedido que se encontra.

*PÚBLICO 29 de Julho