Monday, June 4, 2007

E DOUTORES DE AVIÁRIO?

A INCOMPREENSÍVEL DIVERSIDADE DA UNIVERSIDADE



João César das Neves
professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp..pt

Enquanto rebentam escândalos nas universidades, uma nova geração prepara-se para entrar no ensino superior. Vale a pena, sem pretensões, dar uma simples olhadela a essa realidade. Há coisas que só vistas!

No ano lectivo de 1950/51 havia em Portugal quatro universidades (Lisboa, Técnica, Coimbra e Porto) num total de 21 estabelecimentos de ensino superior (faculdades, institutos, escolas). Em 1975/76 havia mais quatro (Aveiro, Minho, Católica e Nova) em 73 estabelecimentos. No ano lectivo de 2005/06 tínhamos 24 instituições intituladas "universidade" e 326 estabelecimentos.

Na leccionação o crescimento foi ainda maior. Em 1950/51 existiam 49 nomes diferentes de cursos, representando um total de 90 possibilidades de matrícula nas várias escolas. Em 1975/76 as designações eram já 121, dando 246 opções de inscrição. Em 2005/06, havia uns incríveis 1877 títulos diferentes, permitindo aos pobres candidatos escolher entre 5485 alternativas de escola/curso. Destas, 102 eram bacharelatos, três mil licenciaturas (das quais 1307 com possibilidade de bacharelato), 776 mestrados, 1161 cursos de doutoramento e 446 outros graus (especializações, formações complementares, etc). A pirâmide está invertida.

Olhando só as licenciaturas, existem hoje 854 nomes diferentes. Um caso interessante é a Engenharia. Em 1950/51 havia nove tipos (Civil, Electrotécnica, Mecânica, Químico-Industrial, Minas, Agrónoma, Silvicultora, Geográfica e Militar), com 17 possibilidades de inscrição. Em 1975/76 eram 12. Uma mudara de nome (para Química), duas perderam o título de Engenharia (Agronomia e Silvicultura) e cinco novas surgiram (Máquinas, Metalúrgica, Têxtil, Informática e Maquinista Naval) num total de 26 inscrições. Mas em 2005/06 existiam 137 tipos diferentes de Engenharias em 586 diplomas.

Entre muitas outras, temos Engenharia Agrária, Agrícola, Agro-Florestal, Agronómica, Agro-Pecuária, Agrotecnológica, Florestal, Ambiental e dos Recursos Naturais, Biofísica, das Ciências Vitivinícolas e Zootécnica. Há Engenharia Cerâmica, das Madeiras, de Polímeros, Papel, Vestuário, Vidro. E ainda Engenharia Eléctrica, Electrónica, Electromecânica, Electrotécnica e até Mecatrónica. Temos Engenharia Publicitária, Alimentar, Automóvel, Aerospacial, Topográfica, Engenharia da Qualidade, Engenharia Clínica e Engenharia da Linguagem e do Conhecimento.

Outro campo peculiar é o da Gestão. Em 1950/51 havia só quatro licenciaturas em Administração (Comercial, Militar, Naval e Colonial), mas em 1975/76 já eram oito e começara a confusão das nomenclaturas. Em 2005/06, os 115 nomes da área pretendem fazer a gestão, direcção, administração, organização ou o planeamento de qualquer coisa. E são muitas coisas! Há Gestão Hoteleira, mas também Gestão da Água, do Solo e da Rega ou Gestão de Transportes, Intermodalidade e Logística. Há Gestão do Desporto, Gestão do Lazer e Animação Turística, Gestão do Património, Gestão de Rotas Temáticas e Direcção de Orquestra. E, claro, temos Gestão Bancária, de Recursos Humanos, de Informação, Marketing, Financeira e Fiscal. Mas também existe Planeamento Regional e Urbano, Tecnologias da Informação Empresarial, Química Industrial e Gestão. E até licenciaturas em Estudos Ingleses e Relações Empresariais, Filosofia e Desenvolvimento da Empresa, Tradução e Assessoria de Direcção, Línguas e Administração Editorial.

Estas são áreas que dizem dar emprego. Também há outras. Num país com cada vez menos alunos, existem 618 opções (11% do total) com "educação", "ensino", "escolar" ou "professor" no título. Há também doutoramento em Linguagens, Identidade e Mundialização, mestrado em Sexologia, licenciatura em Enologia e bacharelatos em Equinicultura ou Informação Médica e Farmacêutica. Há licenciaturas em Arquitectura de Design de Moda, mestrados em Evolução Humana, Aconselhamento Dinâmico, Medicina de Catástrofe, Psicologia da Dor ou Ciências do Sono e doutoramento em Estudos sobre as Mulheres.

O povo diz que "um burro carregado de livros é um doutor". Um povo carregado de cursos é um desastre. |


E AS PSICOLOGIAS E SOCIOLOGIAS E POLITOLOGIAS? UM MANÁ!COM DIREITO A MUITAS VAGAS DE DOUTORES E PROFESSORES DE AVIÁRIO QUE COMO NÃO ARRANJAM EMPREGO EM MAIS LADO NENHUM PORQUE A ECONOMIA OS REJEITA VÊM ENSINAR TODO UM POVO INFILTRANDO-SE NOS PARTIDOS POLÍTICOS E NO ESTADO.UMA VERDADEIRA MAFIA QUE ESTÁ DESMONTANDO OS ALICERCES DE PORTUGAL

TEMOS OS MELHORES GOVERNANTES DA EUROPA!

Salários dos galegos já dobram os nossos
[ 2007/06/04 | 08:09 ] Editorial
Os indicadores económicos mais recentes não deixam margem para dúvidas a Galiza atravessa o período mais próspero da sua história e promete, até, superar todos os índices de crescimento de Espanha.
A produtividade dispara, impulsionada pelos sectores da indústria e serviços. O contraste com a crise que se vive na Região Norte de Portugal é evidente. Dois exemplos: o salário médio galego já vai nos 1.240 euros, o dobro da Região Norte, que se fica pelos 635 euros. A taxa de desemprego da Galiza desceu para o nível mais baixo dos últimos 25 anos, enquanto no Norte continua a subir e a bater recordes pela negativa, avança o «Jornal de Notícias».

«O Norte de Portugal e a Galiza estão a viver dois ciclos completamente diferentes. Enquanto aqui se viveu um ciclo de recessão e de estagnação económica que perpassou pelo país a partir de 2001, a Galiza viveu o ciclo de crescimento de que a Espanha gozou nos últimos três anos», explica o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Lage, evidenciando que a prosperidade galega de hoje resulta de «boas opções em matéria de política macro-económica e de despesa pública», aplicadas ao território espanhol no seu todo.

O mais recente relatório sobre a conjuntura económica divulgado pela Junta da Galiza confere o cenário de franca expansão económica. «Ao longo de 2006, a economia galega evoluiu muito favoravelmente. A taxa de crescimento do PIB atingiu 4,1%, superando a do conjunto da economia espanhola (3,9%)», relata o documento, onde consta, também, que rompendo tendências anteriores, o sector da indústria é o que apresenta maior dinamismo. «A produção industrial registou uma sensível recuperação, com uma variação média durante 2006 em relação ao ano anterior de 7,7%, o que, além de dobrar a média espanhola (3,7%), constitui o nível mais alto de sempre», lê-se no relatório. Ainda assim, continua a ser o sector dos serviços o que mais contribui para a subida do PIB, cuja taxa média de crescimento, de 2001 a 2005, rondou os 3,3%.

PARECE QUE O PLANO TECNOLÓGICO DEVE PRECISAR DE MAIS IMIGRANTES AFRICANOS POIS NADA ESTÁ A RESULTAR... ABORÍGENES FORA E AFRICANOS DENTRO!

Sunday, June 3, 2007

O PRODUTO DO POLITICAMENTE CORRECTO

Manifestação frente à embaixada letã em Lisboa pedindo e implorando a libertação de uns rapazolas detidos em flagrante acto iconoclasta naquele país báltico recém-libertado da bota comunista. Fizeram-no por inconsciência e por criancice, dizem amigos e familiares consternados, mas no acto de ofender um povo na destruição da sua bandeira há, escondida, uma pedagogia de décadas, veneno corrosivo que por aqui foi gota a gota injectado por gerações de criaturas que nunca esconderam um inteiro programa desnacionalizador que agora se revela em toda a sua sementeira. Inculcaram nos miúdos deste país o desprezo por tudo o que deve ser objecto de respeito, baniram da escola os caboucos do civismo, o culto da bandeira, o respeito pelo hino. Parece já não haver "kit" patriótico capaz de reparar males que o ódio a tudo o que o estômago e as vísceras desconhecem produziu neste ataúde à beira mar plantado.

Publicada por Combustões em 3.6.07

JUVENTUDES DEPENDENTES , ANÁRQUICAS E TERCEIRO MUNDISTAS

A ESTUPIDEZ LUSITANA

União quer atrair imigrantes qualificados



O comissário europeu da Justiça, Franco Frattini, anunciou que vai apresentar um projecto de directiva para atrair mais imigrantes qualificados para a União Europeia para que esta se torne mais competitiva face aos Estados Unidos e ao Canadá.
O comissário europeu para a Justiça, Segurança e Liberdade, Franco Frattini, anunciou que irá apresentar brevemente um projecto de directiva, que inclui uma autorização de residência europeia para trabalhadores estrangeiros, para que a Europa se “torne competitiva” face aos Estados Unidos e ao Canadá, que atraem os trabalhadores estrangeiros mais qualificados. De acordo com o responsável, a autorização de residência europeia que propõe vai permitir que os estrangeiros “cujas qualificações vão ser controladas”, possam residir durante cinco anos na União Europeia (UE) e circular sem visto. Sobre os estrangeiros menos qualificados, Frattini disse que é preciso ser realista, nomeadamente “que Bruxelas nunca fixará quotas, uma vez que isto continua a ser uma prerrogativa dos Estados-membros”. Frattini anunciou ainda que, este mês, vai propor aos países comunitários que apresentem as suas necessidades de mão-de-obra por sectores de actividade, para que estas sejam transmitidas a países africanos, permitindo que estes concedam oportunidades de trabalho às suas populações. “Isto vai permitir negociar com os países acordos de readmissão de ilegais”, disse Frattini, afirmando que este tipo de projecto funciona “muito bem”.

PAÍSES PEQUENOS COMO O NOSSO À MERCÊ DAS IDAS E VINDAS DOS MILHÕES DE IMIGRANTES QUE VAGUEIAM PELA UE.CASO APERTEM O CONTROLO EM FRANÇA E ESPANHA PARA ONDE SE DESLOCA A NOSSA RIQUEZA?ISTO PORQUE COM A "HUMANIDADE" DOS NOSSOS QUERIDOS PEQUENOS POLÍTICOS CRIARAM CONDIÇÕES DE ATRACÇÃO DOS DESCAMISADOS , MESMO NO LUGAR MAIS EXCÊNTRICO DA EUROPA.DIRECTAMENTE EM CONCORRÊNCIA COM A MÃO DE OBRA NACIONAL QUE PELAS MESMAS LEIS FICAM A PERDER PRIORIDADE DONDE OS NOSSOS ACTIVOS , EM CONCORRÊNCIA DEAMBULAM PELA EUROPA, MAS CONDENADOS À PRECARIDADE E À EXPLORAÇÃO, COMO DE AFRICANOS SE TRATASSEM.
SE OS NOSSOS HOMENS E MULHERES EMIGRAM COMO QUEREM QUE NASÇAM MAIS CRIANÇAS?ISTO EM PORTUGAL SÓ ESTÁ MESMO BOM PARA OS POLÍTICOS QUE TÊM FEITO O QUE LHES APETECE, ROUBANDO DESCARADAMENTE O SEU PRÓPRIO POVO.NÃO SÃO SOLUÇÃO, SÃO MESMO PROBLEMA OU PARTE DO PROBLEMA, TIPO MAFIOSO
DEPOIS QUEM É QUE CONFERE QUE X IMIGRANTE A CARGO DA NOSSA SEGURANÇA SOCIAL JÁ NÃO ESTÁ A RECEBER POR OUTRA?QUEM VERIFICA AS DUPLAS E TRIPLAS NACIONALIDADES?CONTINUEM NESSA VIA QUE VAMOS TODOS LEVAR UM LINDO ENTERRO...

Saturday, June 2, 2007

VIVIANE ARAUJO UMA MULATONA BOA


COMPLEXOS DE AFRICANIDADE

A BBC Brasil realizou um projeto chamado Raízes Afro-Brasileiras. Como parte do projeto, foram feitos exames de DNA para identificacao dos genes de famosos mulatos brasileiros (recuso-me terminantemente a utilizar o termo "negro" para definir os mulatos), tais como Seu Jorge, Milton Nascimento, Daiane dos Santos, Djavan, entre outros.

O projeto da BBC não deve ser por acaso, como quase nada nessa vida é por acaso. Discute-se muito atualmente no Brasil a questão "racial". Ora, as pessoas de bom senso sabem que houve uma miscigenação enorme no país desde a época colonial e que falar de raça é bobagem. Falar de cotas raciais então indica o cúmulo do absurdo. Mas os governantes petistas insistem em dividir o país - "dividir para conquistar" é um ditado antigo - entre brancos e negros, ricos e pobres, e por aí vai. Certamente no lugar de discutirmos cotas raciais deveríamos discutir cotas sociais - há pobres de todas as cores no Brasil.

Voltando ao tema da BBC, gostaria de expor aqui os absurdos ditos pelo Seu Jorge. Não apenas refletem o precário conhecimento que a maioria dos brasileiros têm de sua própria história, mas também o preconceito embutido. Vale lembrar que o tal Seu Jorge - eu confesso, nunca ouvi nenhuma música desse sujeito, já que não gosto do gênero Música Popular Brasileira - é muito aplaudido aqui no exterior. Tomem agora o besteirol de Seu Jorge, com comentários meus no meio:

"O músico carioca Seu Jorge tem 12,9% de genes europeus e 85,1% de genes africanos, indicam exames de DNA feitos a pedido da BBC Brasil como parte do projeto Raízes Afro-brasileiras."Tinha muita esperança de ser 100% negro. Se fosse, eu ia pedir uma indenização muito pesada nesse país, mas sou filho dos culpados também", disse o músico em entrevista na sua casa, em São Paulo, à BBC Brasil."

-> Ele quer pedir indenização? Indenização de quem? De algum tataraneto de português 100% branco que escravizou os tataravós dele? Não me faça rir, Seu Jorge, parece que está desistindo da carreira de músico para virar piadista!

"Apesar de não esconder uma certa decepção com seu recém-descoberto "lado europeu", Seu Jorge disse ter ficado feliz com o que chamou de resistência de antepassados africanos. "Miscigenação era barbárie. Não tinha isso de história de amor, era barbárie. Fico feliz em saber que parte da minha galera resistiu e compõe 85% dos meus genes", disse o músico.

Segundo o músico, era difícil ser negro na época em que milhões de africanos eram escravizados e continua a ser assim hoje."

-> Essa afirmação só denota que o sujeito pouco ou nada estudou. Esquece ele que os próprios africanos escravizaram outros para vendê-los aos traficantes de escravos - que aliás não eram apenas portugueses? Não sabia o tão aclamado músico que uma das primeiras coisas que negros recém alforriados faziam era comprar escravos negros para eles próprios? Ah Seu Jorge, eu não sabia que ainda existem africanos escravizados no Brasil, como você diz em sua última frase. Hoje, escravidão é crime; se você conhece algum negro escravo, deveria delatar o fato às autoridades, de forma que o escravizador vá para a cadeia.

"Tem que ser negro para saber o que é você entrar em um ônibus, como uma pessoal normal, e ver os passageiros saltando antes do ponto, escondendo relógio, ligando para a viatura. É uma agressão muito forte. É violento", contou.

-> Outra balela do Seu Jorge. Eu já andei de ônibus e nunca saltei antes do ponto porque um mulato entrou no veículo. Com quase 50% da população totalmente miscigenada, não acredito que as pessoas saltem do ônibus toda vez que um mulato entre lá dentro.

Para a informação de vocês, apenas 5% da população brasileira é composta de negros. Portanto, falar em negritude, mama África e balelas do gênero deve ser apenas para dar uma de coitadinho e fazer propaganda inútil, como esse coitado de músico aí.
postado por PATRICIA M. às 18:05 em 01/06/2007


Roubado no Blog

"Contatos Imediatos de Terceiro Grau "

DONOS DE LISBOA

Coisas nossas
Sábado, Junho 02, 2007
Carmona Rodrigues, ao Expresso de hoje:

Quem trouxe a Bragaparques para Lisboa foi o dr. João Soares, convém lembrar. No princípio do mandato do dr. Santana Lopes, era eu vereador, e um dia ele disse-me: estão ali uns indivíduos, não tenho tempo, podes recebê-los? Entraram várias pessoas e diz-me o sr. Névoa: temos que resolver o caso do parque de estacionamento da Praça da Figueira. Mas o que é que se passa? Falta pagar. Mas o quê, alguma factura? Falta pagar o parque. Mas o quê, não receberam factura? Mas houve contrato? Não, nunca houve contrato. Mas houve um concurso? Não, não houve um concurso. Mas há um protocolo, uma nota de encomenda? Não. Mas há um processo na Câmara? Também não.
Portanto o parque de Estacionamento da Praça da Figueira foi feito assim.

Assim?! Vamos lá a ver por aí, o que se arranja como explicação para esta obra extraordinária, cujo assunto faz uma primeira página do Expresso, supostamente demolidora. Como a memória política, cívica e social costume ser cada vez mais curta, a ajuda necessária pode ser obtida na net. Por exemplo, aqui num blog de uma associação de cidadãos:

Parque da Praça da Figueira
Atribuído por concurso [então houve ou não houve concurso?] à Comporest, uma empresa do grupo Bragaparques, o parque da Praça da Figueira começou por ser objecto de controvérsia por causa da razia provocada pelas suas obras nos vestígios arqueológicos existentes no subsolo do largo[ então o IPPAR de nada soube, sobre este assunto nas suas barbas e sabe coisas sobre o túmulo de D. Afonso, em Coimbra?]. Para que o enorme caixão subterrâneo pudesse albergar os 530 lugares de estacionamento previstos, as suas escavações fizeram desaparecer o que restava do Hospital de Todos-os-Santos, das hortas medievais de São Domingos, de um bairro muçulmano e até de uma necrópole romana[ então quem é que mandava no IPPAR?!]. Condenada por numerosos arqueólogos e pela Quercus, a obra foi concluída em Setembro de 2001, mas a forma como a câmara geriu o seu envolvimento com a Bragaparques só veio a ser posta em causa no ano seguinte, já com Santana Lopes na autarquia [ e ficou assim, só agora fazendo a manchete do Expresso?]. "No acordo ficou estabelecido que a câmara não iria gastar nada. Entretanto surgiu um projecto de requalificação urbana da praça e agora a câmara recebeu uma factura da Comporest [no valor de 2,4 milhões de euros] que não tem tradução nem no projecto do parque nem no de requalificação da praça", disse o então vice-presidente Carmona Rodrigues. Santana, por seu turno, adiantou que não havia no município documentos justificativos de muitos dos trabalhos a que se reportava a factura e que também não havia qualquer contrato relativo à requalificação da praça solicitada por João Soares. O litígio arrastou-se até ser estabelecido um acordo, já em 2004, acabando a autarquia por pagar à Comporest 3,5 milhões de euros, menos 350 mil do que aquilo que já pedira em tribunal. O assunto nunca foi cabalmente esclarecido.

Este postal fica sem comentários de maior relevo que não este: duvido que na Europa da União, haja uma capital que possa ter exemplos destes para apresentar. Alguém se lembrou da Itália?
Nã…nem na Itália, quer dizer, na Sicília. Em Palermo, cidade com pouco mais de 500 mil habitantes, há um centro de decisão política democrática e ainda um centro de decisão ancestral e pleno de informalidades, onde durante anos a fio se determinava um tipo de imposto conhecido localmente como pizzo que os comerciantes e industriais pagavam sem bufar demasiado e mesmo assim, só dentro de portas. A bufaria exterior era resolvida com remédio tipo lupara.
Em determinada altura, o abuso atingiu tal importância que a população se revoltou contra a estrutura paralela e formou associações de defesa comunitária.
Nem por isso, apesar de tudo, se encontrará em Palermo um exemplo semelhante a este que agora é denunciado pelo Expresso.
Estou certo que não há casos destes na Europa da União e que daqui a dias, assentará arraiais, neste rincão, presidido por um primeiro ministro com uma autoridade moral fortalecida com a história exemplar do seu percurso académico extraordinário e que tem denotado uma dignidade pessoal e institucional acima de qualquer minudência ou fait- divers, perante a maior displicência e complacência dos autóctones mais esclarecidos, principalmente dos institucionalizados no poder político.

Publicado por josé 16:19:00

ROUBADO NA GRANDE LOJA DO QUEIJO LIMIANO

A IMPUNIDADE É GRANDE NÃO É?MUITOS NAPOLEÕES-DONOS DA COISA PÚBLICA...