Amadora-Sintra já identificou 5 casos de mutilação genital feminina em 2022
Objetivo do grupo de vigilância do hospital é tentar evitar que as meninas que nascem de mães excisadas sejam alvo da mesma prática. Barreira linguística e questões culturais são dos maiores entraves para chegar a estas mulheres.
O grupo do Amadora-Sintra foi criado precisamente em 2015. Atualmente é constituído por três enfermeiras especialistas em saúde materna e obstetrícia e uma médica obstetra, oriunda da Guiné-Bissau. Desde a sua criação até 2021, este grupo já identificou naquele hospital 217 mulheres vítimas de mutilação genital feminina, sendo que nenhuma das práticas terá sido efetuada em Portugal. Este ano já foram identificados mais cinco casos. "Temos mulheres da Guiné-Bissau, da Guiné-Conacri, da Nigéria, do Senegal, da Gâmbia e de Cabo Verde. A média de idades é 29 anos e a maioria das mulheres não se lembra quando é que foi feita esta mutilação. Nós supomos que foi numa altura mais de infância", enumera ao DN a enfermeira Débora Almeida.