O historiador Riccardo Marchi nem precisa de ler a convocatória feita pelo Partido Nacional Renovador (PNR) para uma concentração no próximo sábado, na praça Martim Moniz, epicentro da multiculturalidade lisboeta, para saber do que se trata: “É o clássico. É o discurso anti-imigração.”
O PNR já pouco surpreende o investigador, a fazer pós-doutoramento no Instituto de Ciências Socias da Universidade de Lisboa. Interessa-se pelos regimes autoritários, em particular pelas direitas radicais, e estuda o caso português há 15 anos. “Uma crise económica brutal! Noutros países europeus, partidos nacionalistas conseguem aproveitar-se. O PNR não conseguiu, nem vai conseguir".
~~~~~~~~~~~~~~~~~
email riccardo.marchi@ics.ul.pt
Nasceu em Itália, na cidade de Pádua, em 1974.
Diplomado pelo Liceu Clássico "Tito Lívio" em 1991, ingressou na Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Pádua, no ramo de especialização histórico-política.
A formação histórico-filosófica adquirida no Liceu e a abordagem política na Universidade despertaram, desde muito cedo, o interesse pelas história das doutrinas políticas, principalmente nas suas vertentes radicais e pela narrativa dos movimentos sociais, com particular atenção aos de cariz anti-sistema.
No ano de 1998-1999 estudou em Lisboa, na Universidade Lusíada, no âmbito do programa Erasmus. Desta experiencia surgiu a posterior investigação para a tese de licenciatura, subordinada ao tema da crise do Estado Novo e a queda do Império português entre 1945 e 1974. A monografia foi discutida na cadeira de História da Europa Ocidental, em Março de 2000, na Universidade de Pádua.
O encontro entre o aprofundamento da história contemporânea lusitana e os seus antigos interesses de investigação, levaram à procura, também em Portugal, no contexto do regime autoritário, dos vestígios das subculturas políticas radicais europeias, com particular interesse pelas direitas radicais e pelas suas matizes mais “intervencionistas”: desde o nacionalismo revolucionário ao neo-fascismo às “terceiras posições”.
Esta área de estudos, ainda virgem na historiografia portuguesa, permitiu a tradução das investigações num projecto de doutoramento, coordenado pelo Professor António Costa Pinto no departamento de História do ISCTE de Lisboa. Projecto financiado, desde 2005, pela Fundação da Ciência e da Tecnologia (FCT).
O MAÇON PINTO É UM DOS 45000 DOUTORADOS A COBRAR DO ESTADO SOCIAL QUE QUEREM INTERNACIONALISTA.INVESTIGAÇÃO PARA PRODUÇÃO ESTÁ QUIETO.QUANTO MAIS POBRES MELHOR SE VERGA O ZÉPOVINHO.COMO SE VÊ NOS BAIRROS SOCIAIS MULTICULTURAIS ONDE DESPONTA O NOVO HOMEM E MULATO CLARO...TUDO POR NOSSA CONTA COM ESTES DOUTORES A INVESTIGAR...
MAS NUNCA FALEM EM TRAIÇÃO...