11 DE JUNHO DE 2016
Paulo Baldaia
O povo de Marcelo e a elite a que pertence
Anda o Presidente de amores tão perdidos com o povo que o elogio já quase cheira a bajulação. Hierarquicamente invertida. Não de quem, nada tendo, fraca prebenda lhe dava jeito, mas de quem, tudo tendo, jeito lhe dá parecer do povo.
"O povo, sempre o povo a lutar por Portugal", garante Marcelo, atirando de seguida a "algumas elites" que "nos falharam". Algumas, para a opinião pública, são todas, como bem sabe o especialista em comunicação e como provaram os jornalistas ao dizer que "Marcelo elogiou o povo e criticou a elite". Mas o professor vai mais longe quando diz que as elites "nos" falharam, está a incluir-se a ele próprio, Rebelo de Sousa, como fazendo parte do povo que elogia. E bem podemos ficar a pensar que ele não faz parte da elite, só que sempre fez.
Marcelo não é do povo nem veio do povo. Nasceu nas elites, fez-se nas elites e lá continua. E o povo também não é tão bom e tão homogéneo como dá jeito a Marcelo pintá-lo. Sem medo do politicamente correcto, que é muitas vezes hipocrisia, é preciso dizer que há partes dessa massa a que chamamos povo que é gente esforçada, séria, trabalhadora, mas há também uma outra parte que é feita de gente deslumbrada, pouco esforçada, julgando sempre que merece mais do que tem. Gente que ajudou à crise, endividando-se para ter casa própria, carro, férias, telemóvel da última geração e o mais que houvesse. "As prebendas vantajosas, títulos pomposos, meros ouropéis luzidios ou as autoproclamações deslumbradas" não ajudam a distinguir as elites do povo, mostram como o ser humano está sempre disponível para se deixar corromper. Ponto final.
Não existe essa coisa da elite que é má e do povo que é bom. Há em todos nós uma vontade intrínseca de ser bom e fazer bem, mas o mal não tem ADN. É um vírus que ataca elites e ataca o povo. Tudo se resolve com mais educação, mais cultura, mais solidariedade. "Povo" somos todos nós, mas como todos os povos também temos uma elite, feita de gente boa e gente má. Todos contam, bom povo, mau povo, elite boa, elite má.
Marcelo tem-me surpreendido pela positiva. Interventivo, afectuoso, equidistante nas questões políticas mais importantes. Entrou bem no fato presidencial. Convém que ele próprio não se deslumbre com os índices de popularidade. Convém que não entre em populismos que o contaminam, a ele e ao povo, com o "medo de ver a realidade e de decidir com visão e sem preconceitos.
SOMOS ACTUALMENTE UM POVO DE LESADOS.EM ESPECIAL AS "FORMIGUINHAS" QUE FORAM PARA FORA.OS DO ULTRAMAR QUE AGORA OFICIALMENTE VOLTARAM A SER "COLÓNIAS" VIERAM COM UMA MÃO À FRENTE E OUTRA ATRÁS SE NÃO QUISESSEM SER ATIRADOS AO MAR.MAIS MODERNAMENTE SÃO AS MASSAS REMETIDAS QUE "DESAPARECEM" NOS GRANDES BURACOS DOS BPP,BPN,BES/BESA,PHAROL,BANIF E OUTROS QUE TAIS JÁ A SEGUIR...BEM COMO A SALVAÇÃO DO PLANETA E TUDO ISTO EM "LIBERDADE E DEMOCRACIA" E COM TANTOS DIREITOS HUMANOS QUE DE COLONIZADORES PASSAMOS A COLONIZADOS MAS COM DIREITOS.AO ESTADO SOCIAL INTERNACIONALISTA EVIDENTEMENTE O QUE DÁ ÀS VANGUARDAS A POSSIBILIDADE DE IREM MUDANDO O "NOSSO POVO" LOGICAMENTE MAIS ESCURINHO, O MATERIAL DE LABORATÓRIO DOS SOCIÓLOGOS DO "NOVO HOMEM" CONFORME A CARTILHA COMUNISTA...
E AS CIGARRAS DEMOCRATAS FRENTISTAS E FRACTURANTES NUNCA VIVERAM TÃO BEM.ATÉ AO DIA EM QUE OS CORNOS MANSOS SUBMETIDOS A ESSAS EXPERIÊNCIAS SE REVOLTEM E LHES CORTEM O PESCOÇO ANTES QUE SEJA IRREMEDIAVELMENTE TARDE PARA TODA A NAÇÃO QUE ANDA A SER DESTRUÍDA POR DENTRO...