22 Janeiro 2009 - 00h30
Lisboa: Polícia Judiciária segue no rasto dos assassinos
“Abatido como se fosse um cão”
Depois de José António ter sido abatido com quatro tiros na zona do tronco, na sequência de uma discussão no bairro da Cruz Vermelha, em Lisboa, anteontem à noite, a família Barreto estava em choque. Mais conhecido por ‘Santos’, o homem de 32 anos, natural de S. Tomé, era o mais velho de quatro irmãos e tinha a seu cargo uma filha de seis, que vive com os avós.
Ontem, o silêncio do bairro era quebrado pelos gritos de dor e desespero dos pais, que viram o filho pela última vez horas antes de ter sido morto por um homem, que ainda não foi capturado. José António saiu da casa dos pais há cerca de três meses, mas visitava a mãe que se encontrava doente, devido ao agravamento dos diabetes.
"Nem queria acreditar quando disseram que o meu irmão tinha levado tiros. Ele nunca fez mal a ninguém e por isso não merecia ser abatido como um cão", conta ao CM Zezinha Barreto, irmã da vítima. Ninguém sabe ao certo o que se passou na noite de terça-feira – mas, segundo uma testemunha, José António foi abordado por três homens, que o abandonaram no local a esvair-se em sangue depois de um disparar à queima-roupa.
O CM apurou que a vítima cumpriu recentemente pena de prisão por tráfico de droga e que o crime poderá estar relacionado com um ajuste de contas motivado por negócios ilícitos. A PJ está a investigar o homicídio.