Wednesday, August 7, 2019

O REGIME CONTRA SINDICATOS "INDEPENDENTES".VALE TUDO...

Cara
JOÃO VIEIRA PEREIRA
DIRETOR
O que nos ensina o Chile sobre o poder dos camionistas
7 de Agosto de 2019

https://expresso.pt/newsletters/expressomatinal/2019-08-07-O-que-nos-ensina-o-Chile-sobre-o-poder-dos-camionistas
Discutíamos o nosso trajeto entre Santiago do Chile e Tilcoco. Pouco mais de 120 quilómetros. A opção óbvia era o carro. Perguntei pela possibilidade de usarmos o comboio. A resposta veio na ponta do dedo que indicava a longa fila de camiões que enchem as estradas entre a capital, a zona agrícola e os portos do Chile. “Não há caminho de ferro e a culpa é dos camionistas”. Antes do sangrento golpe militar, que derrubou Salvador Allende, a 11 de setembro de 1973, o Chile esteve parado duas vezes com custos enormes para a economia. “Estavam todos comprados por Pinochet, com dinheiro americano”. O impacto da greve dos camionistas ajudou a implementação da ditadura no Chile e como contrapartida Pinochet congelou todos os investimentos na ferrovia. “Acabou por ficar também ele refém dos camionistas e do seu poder”.

O Chile do início da década de 70 está longe mas a sua história mostra como o uso político da força de determinados grupos de pressão pode deixar o poder preso na sua própria armadilha.

À medida que se aproxima o dia D para o início da greve dos camionistas não conheço ninguém que seja a seu favor, exceto alguns camionistas e as suas famílias. Toda a classe está cada vez mais isolada numa luta que, por mais que seja justa, se está a virar contra quem a organiza e patrocina. O alerta de Marcelo Rebelo de Sousa não podia ser mais lúcido.

Esta greve está a ser vista como sendo “contra muitos dos portugueses”. E, no limite, até contra ele, que acompanhou “as preocupações deste sector” com “simpatia”. Essa simpatia parece ter-se esfumado. O Presidente que fez questão em se sentar num trator e sentir o peso da profissão, fala agora em “ponderação” e uso dos “meios adequados”. Numa reação ao pré-aviso de greve dos motoristas de matérias perigosas, Marcelo considera que “não basta que as aspirações sejam legítimas”.

E o Governo aposta nessa dramatização — com a ajuda da CGTP, que se sente ameaçada por mais um sindicato independente do PCP. A mesma estratégia que teve com os enfermeiros e que dividiu o país. Só que naquela altura a greve era dirigida contra o Governo, esta é contra empresas privadas. A intervenção política justifica-se pelas consequências públicas que pode ter a greve. Para o bem e para o mal esta contestação está ligada ao Governo. Até porque, em abril passado, Pedro Nuno Santos cantou, e bem, vitória por ter travado a greve. Uma vitória que se pode virar agora contra ele pois, por mais dramatização que exista, por mais pessoas que queiram colocar contra os motoristas, espera-se que Nuno Santos consiga, no mínimo, voltar a travar a paralisação. A grande questão é o preço a pagar. Até que ponto pode o país ficar refém de motoristas de matérias perigosas? Não pode. Jamais.

Para já, o impasse irá manter-se nos próximos dias. As reuniões no Ministério das Infraestruturas deram em nada. Uma possível desconvocação da greve só deverá ser conhecida no próximo sábado, depois dos plenários agendados para esse dia, onde os associados irão decidir se aprovam, ou não, a proposta avançada pelo Governo: a do mecanismo legal de mediação. Mas a proposta está longe de ser consensual entre os motoristas. E há sindicatos que nem apoiam a greve.

É o caso da Federação dos Sindicatos dos Transportes e das Comunicações, da CGTP, que conta com cerca de 5 mil filiados, muito mais que os 1900 do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias. Contudo, a maioria pode ficar refém da minoria. O Expresso explica-lhe porquê.

Entretanto, cinco empresas de transportes anunciaram que vão dar entrada com uma providência cautelar a pedir a ilegalidade do pré-aviso de greve dos motoristas.

SE OS SINDICATOS FALHAREM VÃO TER MUITOS COLEGAS AFRICANOS.PORTANTO VÃO AFRICANIZAR CÁ DENTRO.COMO NA SONANGIL ONDE É TUDO ESCURINHO...E EM CERTAS ESCOLAS ONDE JÁ HOUVE TURMAS SÓ COM UM BRANCO.COISA QUE EVIDENTEMENTE NUNCA PREOCUPOU A FRANCISCA A MINISTRA DA JUSTIÇA...

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