JS defende integração da caixa dos advogados e solicitadores na Segurança Social
Maria Begonha pede urgência ao Governo na solução da “situação dramática” destes profissionais que “estão sem qualquer tipo de protecção”, mas continuam a ter de pagar mais de 250 euros mensais para a CPAS.
São José Almeida 10 de Maio de 2020
OS DONOS DA DEMOCRACIA E DO INTERNACIONALISTA SÃO MESMO DO CARAÇAS.PRIMEIRO ELES E O RESTO QUE AFRICANIZE QUE ELES BEM ARRANJAM MATERIAL PARA ISSO MESMO...
Sunday, May 10, 2020
Ó BARRETO É MELHOR IRES PELA QUESTÃO DA COERÊNCIA DEMOCRATA.AO ESTILO ENTREGA E DESCOLONIZA COM O BRANCO MAU A FODER-SE PARA LOGO DE SEGUIDA NOS ANDAREM A COLONIZAR COM O NOSSO DINHEIRINHO...
António Barreto
OPINIÃO
Nós e eles
A democracia portuguesa está assim tão frágil que não permite que haja uns tantos tolos racistas e umas dúzias de xenófobos?
SIM PORQUE A COLONIZAÇÃO NÃO COMEÇOU ONTEM.COMEÇOU HÁ ANOS E ANOS E VAMOS VENDO QUE NÃO TEM UM FIM À VISTA.E SEM RECIPROCIDADES EM LADO NENHUM.E DANDO A NACIONALIDADE COMO SE ISSO FOSSE COISA DELES.QUE FAÇAM REFERENDO PARA VER O QUE PENSA O ZÉ POVINHO APESAR DA PROPAGANDA TODA QUE ELES TÊM...
"ESTUDANTES" FALHADOS É ÀS RESMAS.ATÉ DEITAM OS FILHOS PARA O LIXO...
OPINIÃO
Nós e eles
A democracia portuguesa está assim tão frágil que não permite que haja uns tantos tolos racistas e umas dúzias de xenófobos?
SIM PORQUE A COLONIZAÇÃO NÃO COMEÇOU ONTEM.COMEÇOU HÁ ANOS E ANOS E VAMOS VENDO QUE NÃO TEM UM FIM À VISTA.E SEM RECIPROCIDADES EM LADO NENHUM.E DANDO A NACIONALIDADE COMO SE ISSO FOSSE COISA DELES.QUE FAÇAM REFERENDO PARA VER O QUE PENSA O ZÉ POVINHO APESAR DA PROPAGANDA TODA QUE ELES TÊM...
"ESTUDANTES" FALHADOS É ÀS RESMAS.ATÉ DEITAM OS FILHOS PARA O LIXO...
OS FAMOSOS ESTUDIOSOS ARRANJADOS PELA LUSA ESTRATEGICAMENTE ESQUECERAM-SE DO ÉBOLA...
Estudo aponta para dengue, zika ou febre amarela no sul da Europa dentro de uma década
LUSA
O ESTUDIOSO A QUE RECORRERAM DEVE TER-SE ESQUECIDO QUE OS PARASITAS E PREDADORES SEGUEM AS MANADAS...
LUSA
O ESTUDIOSO A QUE RECORRERAM DEVE TER-SE ESQUECIDO QUE OS PARASITAS E PREDADORES SEGUEM AS MANADAS...
Saturday, May 9, 2020
ACHO QUE A GRAÇA TEM QUE MANTER CONFINADAS ESTAS MINORIAS TODAS INCLUINDO OS CIGANOS E FAZER TRABALHAR MAIS OS BRANCOS...
Vírus mais letal para as minorias
Comunidades negras no País de Gales e em Inglaterra correm quatro vezes mais o risco de morrerem por covid-19 do que os cidadãos brancos. Desigualdade vem de trás.
Os cidadãos britânicos de etnia negra a viverem em Inglaterra e no País de Gales enfrentam o quádruplo do risco de morte por covid-19 em relação às pessoas consideradas brancas, concluiu um estudo realizado pelo Office for National Statistics (ONS) e publicado esta quinta-feira. O documento expõe uma realidade dramática da desigualdade socioeconómica vigente no Reino Unido.
Quando se tem em conta na análise a idade, refere o ONS, nos cidadãos negros masculinos a possibilidade de falecerem com o vírus é 4,2 vezes maior do que nos homens de etnia branca; nas mulheres negras o rácio é 4,3 vezes superior, comparando tanto com homens como com mulheres brancas das referidas nações do Reino Unido.
O impacto causado pelo vírus na comunidade negra não tem a ver apenas com as diferenças socioeconómicas, de saúde, níveis de educação e condições de habitabilidade, refere o ONS. Mesmo retirando estes fatores sociodemográficos, os negros do País de Gales e de Inglaterra têm o dobro da probabilidade, em relação aos brancos, de falecerem por covid-19.
Já entre os cidadãos masculinos com origem no Bangladeche e do Paquistão, a probabilidade de morrerem com covid-19 é 1,8 vezes maior do que entre os homens brancos, depois de retirados da equação os fatores sociodemográficos preexistentes. Já as mulheres provenientes dos mesmos países correm um risco 1,6 vezes superior aos das suas congéneres brancas.
«As diferenças no risco de morte ao longo dos grupos étnicos pode estar relacionada com fatores demográficos e socio-económicos tal como com o perfil clínico de uma pessoa», lê-se no documento. Explica o ONS que estas diferenças podem estar relacionadas com a probabilidade de infeção (ou seja, estarem mais expostos) ou com o risco de morte uma vez que se é infetado. Estes grupos têm maior probabilidade de se encontrarem na linha da frente do Serviço Nacional de Saúde: 21% dos trabalhadores são de minorias étnicas, enquanto representam 14% da população de Inglaterra e do País de Gales, diz o Guardian.
Enquanto apenas 2% das famílias brancas experienciaram a sobrelotação nos seus lares, entre 2014 e 2017, 30% das famílias do Bangladeche, 16% das famílias paquistanesas e 12% das famílias negras sofreram desse flagelo, de acordo com um estudo da English House Survey.
«As disparidades sociais e de saúde subjacentes que impulsionam a desigualdade na saúde e na expectativa de vida estão presentes o tempo todo, e esse vírus apenas as expôs», disse Riayaz Patel, professor da University College of London, ao New York Times.
O equivalente britânico ao Instituto Nacional de Estatística recolheu os dados de mortalidade registados entre 2 de março e 17 de abril, cruzando-os com os censos de 2011, pois a etnia não é registada no momento do óbito.
ISTO DA PROPAGANDA DIZER QUE ENRIQUECEMOS COM A IMPORTAÇÃO E NACIONALIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS É MENTIRA MENTIRA MENTIRA COMO DISSE A JOACINE!
Comunidades negras no País de Gales e em Inglaterra correm quatro vezes mais o risco de morrerem por covid-19 do que os cidadãos brancos. Desigualdade vem de trás.
Os cidadãos britânicos de etnia negra a viverem em Inglaterra e no País de Gales enfrentam o quádruplo do risco de morte por covid-19 em relação às pessoas consideradas brancas, concluiu um estudo realizado pelo Office for National Statistics (ONS) e publicado esta quinta-feira. O documento expõe uma realidade dramática da desigualdade socioeconómica vigente no Reino Unido.
Quando se tem em conta na análise a idade, refere o ONS, nos cidadãos negros masculinos a possibilidade de falecerem com o vírus é 4,2 vezes maior do que nos homens de etnia branca; nas mulheres negras o rácio é 4,3 vezes superior, comparando tanto com homens como com mulheres brancas das referidas nações do Reino Unido.
O impacto causado pelo vírus na comunidade negra não tem a ver apenas com as diferenças socioeconómicas, de saúde, níveis de educação e condições de habitabilidade, refere o ONS. Mesmo retirando estes fatores sociodemográficos, os negros do País de Gales e de Inglaterra têm o dobro da probabilidade, em relação aos brancos, de falecerem por covid-19.
Já entre os cidadãos masculinos com origem no Bangladeche e do Paquistão, a probabilidade de morrerem com covid-19 é 1,8 vezes maior do que entre os homens brancos, depois de retirados da equação os fatores sociodemográficos preexistentes. Já as mulheres provenientes dos mesmos países correm um risco 1,6 vezes superior aos das suas congéneres brancas.
«As diferenças no risco de morte ao longo dos grupos étnicos pode estar relacionada com fatores demográficos e socio-económicos tal como com o perfil clínico de uma pessoa», lê-se no documento. Explica o ONS que estas diferenças podem estar relacionadas com a probabilidade de infeção (ou seja, estarem mais expostos) ou com o risco de morte uma vez que se é infetado. Estes grupos têm maior probabilidade de se encontrarem na linha da frente do Serviço Nacional de Saúde: 21% dos trabalhadores são de minorias étnicas, enquanto representam 14% da população de Inglaterra e do País de Gales, diz o Guardian.
Enquanto apenas 2% das famílias brancas experienciaram a sobrelotação nos seus lares, entre 2014 e 2017, 30% das famílias do Bangladeche, 16% das famílias paquistanesas e 12% das famílias negras sofreram desse flagelo, de acordo com um estudo da English House Survey.
«As disparidades sociais e de saúde subjacentes que impulsionam a desigualdade na saúde e na expectativa de vida estão presentes o tempo todo, e esse vírus apenas as expôs», disse Riayaz Patel, professor da University College of London, ao New York Times.
O equivalente britânico ao Instituto Nacional de Estatística recolheu os dados de mortalidade registados entre 2 de março e 17 de abril, cruzando-os com os censos de 2011, pois a etnia não é registada no momento do óbito.
ISTO DA PROPAGANDA DIZER QUE ENRIQUECEMOS COM A IMPORTAÇÃO E NACIONALIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS É MENTIRA MENTIRA MENTIRA COMO DISSE A JOACINE!
O COSTA PINTO DEVE TER DESCOBERTO ALGUM MANUSCRITO DA MAÇONARIA NA CLANDESTINIDADE...
"Salazar teve uma estratégia clara desde o início da Guerra: a neutralidade. Mas também se preparou para uma 'Europa alemã'"
Entrevista ao historiador António Costa Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, nos 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, que se assinala nesta sexta-feira.
OS ESQUERDISTAS "INTELECTUAIS" DA TRETA POR MAIS QUE TENTEM NÃO CONSEGUEM DEMOLIR O MAIOR PORTUGUÊS DE MUITOS SÉCULOS.MESMO COM O APOIO DE MUITO IDIOTA ÚTIL QUE SE DIGA DE "DIREITA"...
Entrevista ao historiador António Costa Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, nos 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, que se assinala nesta sexta-feira.
OS ESQUERDISTAS "INTELECTUAIS" DA TRETA POR MAIS QUE TENTEM NÃO CONSEGUEM DEMOLIR O MAIOR PORTUGUÊS DE MUITOS SÉCULOS.MESMO COM O APOIO DE MUITO IDIOTA ÚTIL QUE SE DIGA DE "DIREITA"...
OS MARXISTAS FAZEM MUITO BARULHO HÁ ANOS E ANOS GOVERNAM MAS CARAMBA O ZÉ POVINHO CADA VEZ ESTÁ MAIS POBRE E A CAMINHO DO ESCURINHO...
Nuno Melo
OPINIÃO
A supremacia do marxismo cultural
Rui Tavares não é só um historiador. É um dirigente político, fundador do Livre, que o PS estrategicamente acarinha, depois de eleito eurodeputado nas listas do BE
9 de Maio de 2020
E DEPOIS O OBSCURANTISMO ALEGADO DO ANTIGAMENTE COM A MÁQUINA TODA NA MÃO AGRAVOU-SE.A TODO O MOMENTO SE VÊ A INEFICÁCIA DA ESCOLA PÚBLICA QUE PROMOVE O COITADINHO A DEUS E O DEIXA NAVEGAR À BOLINA ATÉ ENTRAR NA UNIVERSIDADE PELO "PROFISSIONAL" MAS SEM NADA SABER FAZER.COM TANTA EDUCAÇÃO MODERNA OS PAIS ABUSAM DOS FILHOS, SÃO PEDÓFILOS,BÊBADOS E DROGADOS, MUDAM DE MULHER COMO QUEM MUDA DE CAMISA,E NÃO TRABALHAM MAS EIS QUE VOTAM BEM...METADE DA POPULAÇÃO SEM PAGAR IRS E A SUBSÍDIO É DE FACTO UMA GRANDE CLIENTELA.ENTÃO COM OS REFORÇOS AFRICANOS UI UI UI
O RUI RIO BEM PODE PEDALAR À ESQUERDA QUE SERÁ SEMPRE COMIDO.A COISA SÓ LÁ VAI NUMA DE QUEM TRABALHA COME E QUEM NÃO TRABALHAR CHEIRA...DISCIPLINA E RIGOR NAS ESCOLAS, COM EXAMES E TUDO, ALÉM DE TER QUE VOLTAR O ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL.DEPOIS Ó RUI RIO É PROFISSIONALIZAR TODA A FUNÇÃO PÚBLICA E EXTINGUIR UM MONTÃO DE MERDAS QUE SÓ SERVEM PARA ESPALHAR O MARXISMO KULTURAL.E OS GAJOS GANHAM BEM...ISTO ALÉM DAS AGÊNCIAS TODAS DE COLONIZAÇÃO QUE SÃO MUITAS.E VOLTAR-SE A DAR VALOR AO PORTUGUESISMO E À GENUINIDADE(PORRA QUASE UM NACIONALISTA AFRICANO!).E ACABAR COM A DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONALISTA DO LEITINHO QUE SACAM DAS ETERNAS VACAS LEITEIRAS PORTUGUESAS : OS CONTRIBUINTES QUE SÃO MINORIA NA MERDA DE PAÍS QUE GEREM...
OPINIÃO
A supremacia do marxismo cultural
Rui Tavares não é só um historiador. É um dirigente político, fundador do Livre, que o PS estrategicamente acarinha, depois de eleito eurodeputado nas listas do BE
9 de Maio de 2020
E DEPOIS O OBSCURANTISMO ALEGADO DO ANTIGAMENTE COM A MÁQUINA TODA NA MÃO AGRAVOU-SE.A TODO O MOMENTO SE VÊ A INEFICÁCIA DA ESCOLA PÚBLICA QUE PROMOVE O COITADINHO A DEUS E O DEIXA NAVEGAR À BOLINA ATÉ ENTRAR NA UNIVERSIDADE PELO "PROFISSIONAL" MAS SEM NADA SABER FAZER.COM TANTA EDUCAÇÃO MODERNA OS PAIS ABUSAM DOS FILHOS, SÃO PEDÓFILOS,BÊBADOS E DROGADOS, MUDAM DE MULHER COMO QUEM MUDA DE CAMISA,E NÃO TRABALHAM MAS EIS QUE VOTAM BEM...METADE DA POPULAÇÃO SEM PAGAR IRS E A SUBSÍDIO É DE FACTO UMA GRANDE CLIENTELA.ENTÃO COM OS REFORÇOS AFRICANOS UI UI UI
O RUI RIO BEM PODE PEDALAR À ESQUERDA QUE SERÁ SEMPRE COMIDO.A COISA SÓ LÁ VAI NUMA DE QUEM TRABALHA COME E QUEM NÃO TRABALHAR CHEIRA...DISCIPLINA E RIGOR NAS ESCOLAS, COM EXAMES E TUDO, ALÉM DE TER QUE VOLTAR O ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL.DEPOIS Ó RUI RIO É PROFISSIONALIZAR TODA A FUNÇÃO PÚBLICA E EXTINGUIR UM MONTÃO DE MERDAS QUE SÓ SERVEM PARA ESPALHAR O MARXISMO KULTURAL.E OS GAJOS GANHAM BEM...ISTO ALÉM DAS AGÊNCIAS TODAS DE COLONIZAÇÃO QUE SÃO MUITAS.E VOLTAR-SE A DAR VALOR AO PORTUGUESISMO E À GENUINIDADE(PORRA QUASE UM NACIONALISTA AFRICANO!).E ACABAR COM A DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONALISTA DO LEITINHO QUE SACAM DAS ETERNAS VACAS LEITEIRAS PORTUGUESAS : OS CONTRIBUINTES QUE SÃO MINORIA NA MERDA DE PAÍS QUE GEREM...
A JUSTIÇA A QUE TEMOS DIREITO.OS POLÍCIAS QUE SE SUICIDEM...ESSES E OUTROS CIDADÃOS INJUSTIÇADOS PELO AMIGUISMO DE QUEM PODE...E É DO CLUBE DOS ADVOGADOS
08 maio 2020
Texas
Na extensa entrevista de sete páginas que o advogado João Nabais concede hoje ao i, e que faz a capa do jornal (cf. aqui), houve um momento em que eu fiquei paralisado. E tive de ler aquela parte da entrevista quatro vezes até compreender o que se tinha passado.
Ainda agora, passadas mais de sete horas, não estou certo de ter compreendido. É essa parte da entrevista que vou reproduzir a seguir, terminando com um comentário que é necessariamente precário e tentativo.
O trecho refere-se a um episódio da vida pessoal do advogado Nabais na altura em que ele namorava com uma juíza identificada na entrevista como Conceição. É um episódio triste porque termina com um suicídio.
Jornalista (J) - Há um caso célebre nessa fase em que vivia com Conceição. Há uma detenção no Cais do Sodré a um polícia que é condenado a três anos de pena efectiva. Que se suicidou depois…
Nabais (N) - Lembro-me desse caso perfeitamente. Aí o que se passa não tem nada a ver com o facto de ela ser juíza e eu ser advogado. Teve a ver com uma passagem de ano. Eu tinha começado a viver com a Conceição há relativamente pouco tempo. Estamos a falar da passagem de ano de 1990 para 1991 ou de 1991 para 1992. Por aí. Em que vamos sair com amigos e acabámos a noite num Cais do Sodré que não era este. E fomos beber um copo ao Texas. Nesse tempo, o Cais do Sodré estava já a viver um processo de mudança, de metamorfose. Já havia o Tokyo e o Jamaica. O Cais do Sodré é um local híbrido e nós fomos para esse local híbrido como toda a gente ia. À saída, eram 3 horas da manhã, havia um polícia completamente bêbado. Fiquei a olhar para ele. E há um outro polícia que vem e me vê a olhar. Acha que não devia estar a olhar para o polícia e começa a meter-se comigo, a empurrar-me, a pedir a minha identificação. Primeiro, começo por lhe dizer que não tinha nada que me identificar porque não estava a praticar nenhum ilícito. E estava com a Conceição. O outro casal tinha ido embora e eu sou conduzido à esquadra. Tiro o meu bilhete de identidade e ele diz para irmos para a esquadra. Aliás, a caminho da esquadra, diz-me que dali vou para a esquadra e só saio para ir para o Hospital de São José. E vai a empurrar-me até à esquadra, que é junto ao elevador da Bica. E a Conceição vem comigo. O que havia de fazer? Entrámos na esquadra e, curiosamente, o indivíduo que me levava, acalmou. Começa a ver a minha identificação, ficou um bocado incomodado com o facto e o graduado de serviço chama a Conceição lá para dentro. E ela vai. Perguntaram-lhe qual era a profissão e ela disse juíza. "E não tem aí o seu cartão de juíza?". Disse que não. "Tenho o meu bilhete de identidade mas se quiser ligue para o piquete da Polícia Judiciária e logo lhe dizem se eu sou juíza ou não". Porque ela era juíza de instrução criminal, que ficava no quarto andar da Polícia Judiciária. E disseram-lhe que não. Mas ela disse que podia ir buscar o cartão a casa, uma vez que morávamos ali perto, na zona de Campo de Ourique. E ele rosna e diz que quem ia lá a casa com a senhora era ele. E ela diz que é um escândalo. Ele sente-se afectado porque ela denuncia que está a ser alvo de uma atitude de assédio e ele não faz mais nada: pega em duas algemas e algema-nos aos dois. Isto foi assim. Não tem nada a ver com o facto de ser advogado.
(J) - Mas a pena para esse polícia, de três anos, foi um bocado insólita, não acha?
(N) - Não, não acho.
(J) - Onde é que um polícia, por agredir pessoas, era condenado a três anos?
(N) - Sim, mas ele começa por ser condenado a três anos com pena suspensa. E, atenção, ele comete vários crimes. Comete um crime em que nos mantém detidos ali, contra a lei, e é gravíssimo. E só somos salvos porque entretanto chega lá um subcomissário que estava a comandar aquela área toda que percebe o que está a acontecer e manda libertar-nos. Nós saímos da esquadra às 9 horas da manhã e demos entrada às 3h30. E depois insultou-a: "Juízas como-as ao pequeno almoço" e outras coisas do outro mundo. Portanto, ele leva uma pena que até me pareceu bastante simpática na primeira instância. A procuradora era Maria José Morgado e o presidente do colectivo era Ricardo Cardoso, que hoje é desembargador. O nosso advogado era o Francisco Teixeira da Mota - a Conceição constituiu-se assistente. E o Francisco Teixeira da Mota recorreu. Na altura, foi o salto directo para o Supremo, que lhe retirou a suspensão. Foram os conselheiros do Supremo que lhe retiraram a suspensão da pena. E depois ele suicidou-se.
Comentário. Vamos, então, ver se eu entendi este trecho da entrevista depois de o ter lido quatro vezes e após uma reflexão de sete horas. O advogado Nabais e a juíza Conceição vão para os copos no Bar Texas do Cais do Sodré, mas, à saída, quem está completamente bêbado é um polícia que ali estava de serviço, e não eles. Fantástico, eles é que beberam mas quem ficou bêbado foi o polícia de serviço.
Mas não apenas isso. A patrulha da PSP de serviço nessa noite no Cais do Sodré era um desastre. Se um dos polícias estava completamente bêbado, o outro era um desordeiro que se começou a meter com o advogado Nabais e a empurrá-lo. O advogado Nabais e a juíza Conceição, que tinham ido para os copos no Texas, é que estavam impecavelmente sóbrios e ter-se-ão comportado com um civismo exemplar.
O caso acabou na esquadra da Bica onde o advogado Nabais e a juíza Conceição, que tinham estado nos copos no Texas do Cais do Sodré, que é um local "híbrido", deverão ter mantido um comportamento exemplar ao ponto de serem ambos algemados.
Depois o assunto foi para tribunal porque o advogado Nabais e a juíza Conceição fizeram queixa ao Ministério Público. O polícia (presume-se que se trata do "graduado" que estava de serviço na esquadra da Bica) foi condenado a três anos de prisão efectiva. Nada disto tem a ver com o facto de Nabais ser advogado e Conceição ser juíza. (Nabais gosta também de se apresentar na entrevista como um sedutor de juízas).
Presume-se que o polícia não conseguiu aguentar a injustiça. E suicidou-se.
A história termina com o nosso sistema de justiça a fazer uma vítima mortal, como no verdadeiro Texas. Lá mata-se com pistolas, aqui com injustiças e safadezas de toda a espécie.
Posted by Pedro Arroja at 19:37
Sem comentários:
Texas
Na extensa entrevista de sete páginas que o advogado João Nabais concede hoje ao i, e que faz a capa do jornal (cf. aqui), houve um momento em que eu fiquei paralisado. E tive de ler aquela parte da entrevista quatro vezes até compreender o que se tinha passado.
Ainda agora, passadas mais de sete horas, não estou certo de ter compreendido. É essa parte da entrevista que vou reproduzir a seguir, terminando com um comentário que é necessariamente precário e tentativo.
O trecho refere-se a um episódio da vida pessoal do advogado Nabais na altura em que ele namorava com uma juíza identificada na entrevista como Conceição. É um episódio triste porque termina com um suicídio.
Jornalista (J) - Há um caso célebre nessa fase em que vivia com Conceição. Há uma detenção no Cais do Sodré a um polícia que é condenado a três anos de pena efectiva. Que se suicidou depois…
Nabais (N) - Lembro-me desse caso perfeitamente. Aí o que se passa não tem nada a ver com o facto de ela ser juíza e eu ser advogado. Teve a ver com uma passagem de ano. Eu tinha começado a viver com a Conceição há relativamente pouco tempo. Estamos a falar da passagem de ano de 1990 para 1991 ou de 1991 para 1992. Por aí. Em que vamos sair com amigos e acabámos a noite num Cais do Sodré que não era este. E fomos beber um copo ao Texas. Nesse tempo, o Cais do Sodré estava já a viver um processo de mudança, de metamorfose. Já havia o Tokyo e o Jamaica. O Cais do Sodré é um local híbrido e nós fomos para esse local híbrido como toda a gente ia. À saída, eram 3 horas da manhã, havia um polícia completamente bêbado. Fiquei a olhar para ele. E há um outro polícia que vem e me vê a olhar. Acha que não devia estar a olhar para o polícia e começa a meter-se comigo, a empurrar-me, a pedir a minha identificação. Primeiro, começo por lhe dizer que não tinha nada que me identificar porque não estava a praticar nenhum ilícito. E estava com a Conceição. O outro casal tinha ido embora e eu sou conduzido à esquadra. Tiro o meu bilhete de identidade e ele diz para irmos para a esquadra. Aliás, a caminho da esquadra, diz-me que dali vou para a esquadra e só saio para ir para o Hospital de São José. E vai a empurrar-me até à esquadra, que é junto ao elevador da Bica. E a Conceição vem comigo. O que havia de fazer? Entrámos na esquadra e, curiosamente, o indivíduo que me levava, acalmou. Começa a ver a minha identificação, ficou um bocado incomodado com o facto e o graduado de serviço chama a Conceição lá para dentro. E ela vai. Perguntaram-lhe qual era a profissão e ela disse juíza. "E não tem aí o seu cartão de juíza?". Disse que não. "Tenho o meu bilhete de identidade mas se quiser ligue para o piquete da Polícia Judiciária e logo lhe dizem se eu sou juíza ou não". Porque ela era juíza de instrução criminal, que ficava no quarto andar da Polícia Judiciária. E disseram-lhe que não. Mas ela disse que podia ir buscar o cartão a casa, uma vez que morávamos ali perto, na zona de Campo de Ourique. E ele rosna e diz que quem ia lá a casa com a senhora era ele. E ela diz que é um escândalo. Ele sente-se afectado porque ela denuncia que está a ser alvo de uma atitude de assédio e ele não faz mais nada: pega em duas algemas e algema-nos aos dois. Isto foi assim. Não tem nada a ver com o facto de ser advogado.
(J) - Mas a pena para esse polícia, de três anos, foi um bocado insólita, não acha?
(N) - Não, não acho.
(J) - Onde é que um polícia, por agredir pessoas, era condenado a três anos?
(N) - Sim, mas ele começa por ser condenado a três anos com pena suspensa. E, atenção, ele comete vários crimes. Comete um crime em que nos mantém detidos ali, contra a lei, e é gravíssimo. E só somos salvos porque entretanto chega lá um subcomissário que estava a comandar aquela área toda que percebe o que está a acontecer e manda libertar-nos. Nós saímos da esquadra às 9 horas da manhã e demos entrada às 3h30. E depois insultou-a: "Juízas como-as ao pequeno almoço" e outras coisas do outro mundo. Portanto, ele leva uma pena que até me pareceu bastante simpática na primeira instância. A procuradora era Maria José Morgado e o presidente do colectivo era Ricardo Cardoso, que hoje é desembargador. O nosso advogado era o Francisco Teixeira da Mota - a Conceição constituiu-se assistente. E o Francisco Teixeira da Mota recorreu. Na altura, foi o salto directo para o Supremo, que lhe retirou a suspensão. Foram os conselheiros do Supremo que lhe retiraram a suspensão da pena. E depois ele suicidou-se.
Comentário. Vamos, então, ver se eu entendi este trecho da entrevista depois de o ter lido quatro vezes e após uma reflexão de sete horas. O advogado Nabais e a juíza Conceição vão para os copos no Bar Texas do Cais do Sodré, mas, à saída, quem está completamente bêbado é um polícia que ali estava de serviço, e não eles. Fantástico, eles é que beberam mas quem ficou bêbado foi o polícia de serviço.
Mas não apenas isso. A patrulha da PSP de serviço nessa noite no Cais do Sodré era um desastre. Se um dos polícias estava completamente bêbado, o outro era um desordeiro que se começou a meter com o advogado Nabais e a empurrá-lo. O advogado Nabais e a juíza Conceição, que tinham ido para os copos no Texas, é que estavam impecavelmente sóbrios e ter-se-ão comportado com um civismo exemplar.
O caso acabou na esquadra da Bica onde o advogado Nabais e a juíza Conceição, que tinham estado nos copos no Texas do Cais do Sodré, que é um local "híbrido", deverão ter mantido um comportamento exemplar ao ponto de serem ambos algemados.
Depois o assunto foi para tribunal porque o advogado Nabais e a juíza Conceição fizeram queixa ao Ministério Público. O polícia (presume-se que se trata do "graduado" que estava de serviço na esquadra da Bica) foi condenado a três anos de prisão efectiva. Nada disto tem a ver com o facto de Nabais ser advogado e Conceição ser juíza. (Nabais gosta também de se apresentar na entrevista como um sedutor de juízas).
Presume-se que o polícia não conseguiu aguentar a injustiça. E suicidou-se.
A história termina com o nosso sistema de justiça a fazer uma vítima mortal, como no verdadeiro Texas. Lá mata-se com pistolas, aqui com injustiças e safadezas de toda a espécie.
Posted by Pedro Arroja at 19:37
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