2 de junho, Faisal decreta a abolição da escravatura na ArábiaPorJoana Teles02 Junho 2016
Escravatura_900A 2 de junho de 1963, o príncipe regente Faisal decreta a abolição da escravatura na Arábia, num dos poucos países do mundo onde esta exploração humana persistia. Hoje, Portugal, o primeiro país do mundo a acabar com a servidão, assinala esse facto.
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Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr. (Louisville, 17 de janeiro de 1942
Foi o único boxeador que até hoje suportou 12 assaltos com o maxilar quebrado (luta com Ken Norton, em 1973). Converteu-se ao Islamismo (mudando de nome para Muhammad Ali-Haj) e lutou contra o racismo.
Muhammad Ali pode ser considerado o primeiro esportista a aliar marketing com política. Exemplo disso foi seu desempenho antes da luta com George Foreman no Zaire. Ali utilizou todo seu conhecimento do pan-africanismo para se colocar como o lutador da África, enquanto Foreman ficou como símbolo da alienação negra americana, episódio este retratado no filme "Quando Éramos Reis", de 1974. Ali entrou para história da década de 60 quando se negou a lutar na Guerra do Vietnã. "Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?".
ENTÃO O GAJO MUDOU DE NOME E CONVERTEU-SE POR CAUSA DA "ESCRAVATURA"?COMO SE PROVA ACIMA O GAJO ERA MESMO ESTÚPIDO...
Monday, June 6, 2016
Ó VARA PÁ GINDUNGO NO CU DOS OUTROS PARA NÓS É REFRESCO...
Economistas defendem comissão de inquérito à CGD
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“Convinha que o Governo explicasse por que se vai injetar quatro mil milhões de euros na Caixa geral de Depósitos” e deveria haver uma comissão parlamentar de inquérito para apurar “o que conduziu a este buraco” nas contas do banco público e de quem é a responsabilidade, defendeu ontem Marques Mendes, na SIC.
MAS IRIAM SER APANHADOS MUITOS MAIS CLARO.PARA AMIGOS TUDO SAI CARO AO CONTRIBUINTE...
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“Convinha que o Governo explicasse por que se vai injetar quatro mil milhões de euros na Caixa geral de Depósitos” e deveria haver uma comissão parlamentar de inquérito para apurar “o que conduziu a este buraco” nas contas do banco público e de quem é a responsabilidade, defendeu ontem Marques Mendes, na SIC.
MAS IRIAM SER APANHADOS MUITOS MAIS CLARO.PARA AMIGOS TUDO SAI CARO AO CONTRIBUINTE...
DEPOIS DAS TEMPESTADES PERFEITAS NA PHAROL EIS A DO BCP
Tempestade perfeita afunda acções do BCP
E MEUS HÁ QUEM GOSTE DE ANDAR NA CHUVA.SAÍ DUMA E ENTREI NA OUTRA...
E MEUS HÁ QUEM GOSTE DE ANDAR NA CHUVA.SAÍ DUMA E ENTREI NA OUTRA...
O MAMADOU BA DO SOS RACISMO BEM NOS ENSINA QUE AGORA NINGUÉM É ILEGAL.E COMO O SEF ANDA COM OS REFUGIADOS NAS MÃOS...
Seixal: Homem interrogado usava identificação do principal suspeito
PSP localizou homem detido o concelho da Amadora | JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Detido é familiar do principal suspeito da autoria dos disparos que provocaram um morto e dois feridos junto a discoteca em Corroios
O homem detido por suspeitas da autoria dos disparos no exterior de uma discoteca em Corroios, Seixal, que provocaram este domingo um morto e dois feridos, usava a identificação do principal suspeito, seu familiar.
O homem foi localizado na freguesia da Mina, Amadora, e encaminhado para a Esquadra de Investigação Criminal da PSP, na qual foi ouvido por inspetores da Polícia Judiciária, embora não tenha sido formalmente detido.
Fonte policial explicou à agência Lusa que as autoridades verificaram depois que o homem usava, afinal, a identificação do principal suspeito, seu primo, além de estar ilegal no país, razão pela qual ficou detido. Segundo a mesma fonte, este homem esteve no local quando se deram os disparos, "mas nada terá a ver com o crime".
A rixa ocorreu ao início da manhã de domingo, na rua, à saída de uma discoteca, em Santa Marta de Corroios, no concelho do Seixal, distrito de Setúbal, tendo o alerta sido dado às 07:31.
O confronto aconteceu após uma festa realizada na discoteca, envolveu várias pessoas, entre seguranças e clientes, e disparos, alegadamente feitos a partir de uma viatura.
A investigação está a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da Polícia Judiciária (PJ).
As operações de socorro mobilizaram seis operacionais e três ambulâncias dos Bombeiros do Seixal, além da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Almada e a PSP.
SÓ FALTA MESMO É UM NOVO AMÍLCAR CABRAL PARA REPRESENTAR ESSAS MASSAS CLANDESTINAS QUE NOS VIERAM ENRIQUECER DEPOIS DE TEREM ENTREGUE TUDO O QUE TINHA PRETO E NÃO ERA NOSSO.E QUE SEGUNDO O GUTERRES DEVEM SER PAGAS COM ABUNDÂNCIA SENÃO...
PSP localizou homem detido o concelho da Amadora | JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Detido é familiar do principal suspeito da autoria dos disparos que provocaram um morto e dois feridos junto a discoteca em Corroios
O homem detido por suspeitas da autoria dos disparos no exterior de uma discoteca em Corroios, Seixal, que provocaram este domingo um morto e dois feridos, usava a identificação do principal suspeito, seu familiar.
O homem foi localizado na freguesia da Mina, Amadora, e encaminhado para a Esquadra de Investigação Criminal da PSP, na qual foi ouvido por inspetores da Polícia Judiciária, embora não tenha sido formalmente detido.
Fonte policial explicou à agência Lusa que as autoridades verificaram depois que o homem usava, afinal, a identificação do principal suspeito, seu primo, além de estar ilegal no país, razão pela qual ficou detido. Segundo a mesma fonte, este homem esteve no local quando se deram os disparos, "mas nada terá a ver com o crime".
A rixa ocorreu ao início da manhã de domingo, na rua, à saída de uma discoteca, em Santa Marta de Corroios, no concelho do Seixal, distrito de Setúbal, tendo o alerta sido dado às 07:31.
O confronto aconteceu após uma festa realizada na discoteca, envolveu várias pessoas, entre seguranças e clientes, e disparos, alegadamente feitos a partir de uma viatura.
A investigação está a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da Polícia Judiciária (PJ).
As operações de socorro mobilizaram seis operacionais e três ambulâncias dos Bombeiros do Seixal, além da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Almada e a PSP.
SÓ FALTA MESMO É UM NOVO AMÍLCAR CABRAL PARA REPRESENTAR ESSAS MASSAS CLANDESTINAS QUE NOS VIERAM ENRIQUECER DEPOIS DE TEREM ENTREGUE TUDO O QUE TINHA PRETO E NÃO ERA NOSSO.E QUE SEGUNDO O GUTERRES DEVEM SER PAGAS COM ABUNDÂNCIA SENÃO...
Sunday, June 5, 2016
COITADINHO DO INDIGENATO NAS MÃOS DE VENDILHÕES E ABRIDORES DE PORTAS...
Polícias crêem que dinheiro público para as mesquitas ajuda à integração
NUNO RIBEIRO 05/06/2016 - 10:13
O financiamento externo dos templos pode abrir uma “caixa de Pandora”, temem os peritos. Na Europa há críticas aos apoios financeiros estrangeiros a algumas comunidades muçulmanas. Em Portugal, as ajudas vêm tradicionalmente de países árabes
Uma passagem do Corão na mesquita do Porto
Uma Mouraria "mais acessível" e com uma mesquita
Dar às religiões é roubar ao erário público?
As forças de segurança consideram que o financiamento externo de mesquitas ou locais de culto por países ou empresários estrangeiros pode abrir uma “caixa de Pandora”. A questão do financiamento da futura mesquita de Lisboa reabriu o debate sobre os apoios à construção de templos e estruturação das comunidades – um assunto sensível que tem sido colocado em diversos países europeus. Apesar de em Portugal não terem sido detectados processos de radicalização pró-jihadista entre as comunidades muçulmanas, a preocupação existe.
“Quando há financiamento vindo do exterior, os países que financiam podem pôr condições, como na escolha dos imãs [líderes religiosos]”, anota, ao PÚBLICO, um especialista. “Quem financia pode considerar que adquire direitos que, de alguma forma, pode controlar”, prossegue.
Este é um princípio geral, um enunciado teórico a que os investigadores dos serviços de informação e das polícias se apegam. À margem fica um meio-termo. Alguns peritos consideram existir diferenças entre o financiamento através de Estados estrangeiros, portanto com uma chancela e visibilidade oficiais, e de empresários ou personalidades daqueles países. A discrição ou anonimato que pode envolver estes últimos suscita reticências aos oficiais das forças de segurança.
Sobre o financiamento dos templos e os apoios à estruturação das comunidades, a opção preferida, considerada mesmo ideal, é outra que não a externa. “Eventuais apoios do Estado, nos seus diversos escalões, são benéficos para as políticas de integração”, garantem. Porque, na dicotomia entre direitos e deveres, são os segundos que emergem quando quem financia é quem recebe as comunidades. Ou seja, o facto de um Estado apoiar economicamente a edificação de templos de uma comunidade contribui para a visibilidade desta na sociedade. E, ser visível, é condição de integração.
Os peritos portugueses falam sem a pressão de acontecimentos adversos que existem nalguns países europeus. “Mesmo os locais de culto em Portugal não têm sido problemáticos, não temos conhecimento de prédicas religiosas radicalizadas em locais informais”, reconhece um dos especialistas. Na Europa, em alguns destes espaços foram detectados durante a última década processos de radicalização e a existência de autênticos vasos comunicantes com organizações jihadistas que operam em acções terroristas na Síria e no Iraque, os designados combatentes estrangeiros.
Os peritos portugueses falam sem a pressão de acontecimentos adversos que existem nalguns países europeus. “Mesmo os locais de culto em Portugal não têm sido problemáticos, não temos conhecimento de prédicas religiosas radicalizadas em locais informais”, reconhece um dos especialistas
E, em Portugal, não são poucos os locais de culto de maior informalidade. A lista de mesquitas e locais de culto em Portugal da Comunidade Islâmica de Lisboa refere 19 lugares, seis salas de culto e cinco associações, enquanto contabiliza 16 mesquitas e uma madressa, a do Laranjeiro. De Norte a Sul, do interior ao litoral, incluindo a região autónoma da Madeira. Já na contabilidade dos serviços de segurança existem cerca de 60 lugares de culto, quatro dezenas na área da grande Lisboa, dez a norte e igual número a sul do país. Contudo, sem registo de quaisquer proclamações intolerantes.
Acusações a Riade
Uma situação bem diferente, portanto, da vivida em outras latitudes europeias. Em Fevereiro do ano passado, a Áustria aprovou mudanças na lei de 1912 que instituía o islamismo como religião oficial com o objectivo de coibir as manifestações radicais. A nova legislação, que também amplia a segurança jurídica da comunidade muçulmana no país – cerca de 7% da população, segundo dados de 2013 -, veta o financiamento estrangeiro das mesquitas ou de imãs. Restrições que não vigoram para os cristãos ortodoxos ou para a comunidade judia.
“A influência de países estrangeiros só existe com a comunidade muçulmana, não temos este problema com outras comunidades religiosas”, justificou Sebastian Kurz, o democrata-cristão ministro da Integração. “Neste momento, temos mais de 60 imãs da Turquia e no futuro teremos os nossos próprios imãs, não será possível termos imãs empregados do Governo turco”, disse Kurz ao defender a nova legislação.
Marcelo Rebelo de Sousa, no dia da sua posse como Presidente da Republica Portuguesa, na visita a Mesquita Central de Lisboa,com o presidente da comunidade islamica, Abdool Karim Vakil NUNO FERREIRA SANTOS
No final do ano passado, no auge do afluxo de refugiados à Alemanha, Sigmar Gabriel, do SPD [Partido Social Democrata alemã], desde 17 de Dezembro de 2013 vice-chanceler e ministro da Economia e Tecnologia de Ângela Merkel, protagonizou uma polémica. Reagiu violentamente à proposta da Arábia Saudita da construção de 200 mesquitas na Alemanha, uma por cada 100 refugiados acolhidos por aquele país. “As mesquitas Wahhabi no mundo são financiadas pela Arábia Saudita e muitos islamistas, que são uma ameaça à segurança pública na Alemanha, vêm dessas comunidades”, disse Gabriel.
Esta declaração do líder do partido da coligação que governa em Berlim surgiu dias depois dos serviços secretos alemães – Bundesnachrichtendienst ou BND [Serviço Federal de Informações] – terem considerado o regime de Riade como uma ameaça à estabilidade do mundo árabe. O Governo alemão distanciou-se publicamente, no entanto, desta posição da sua secreta.
Contudo, na Grã-Bretanha, em Janeiro deste ano, o primeiro-ministro David Cameron autorizou uma investigação ao financiamento externo dos jihadistas e grupos radicais fornecedores de milicianos para os combatentes estrangeiros, surpreendendo desagradavelmente um dos seus mais fortes aliados no Médio Oriente. Esta iniciativa de Londres, reiterada no passado mês de Maio pelas autoridades britânicas, pretende apurar a veracidade das acusações de que sauditas financiam o Estado Islâmico e a Al Qaeda.
“Em Portugal, nunca houve uma posição de interferência na vida da comunidade muçulmana, muitos dos nossos imãs são formados na Arábia Saudita, mas felizmente nunca houve uma atitude xenófoba”, refere, ao PÚBLICO, Abdool Magid Vakil, presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa.
Conselho Islâmico
Desde 1975, a comunidade muçulmana em Lisboa fazia as suas orações na residência do embaixador egípcio, General Shazlyz, “a águia egípcia”, herói da guerra do Yom Kippur. “Disponibilizou a casa para as orações de sexta-feira e também pagou um imã que veio do Egipto”, lembra. Enquanto durou a construção do templo, o então primeiro-ministro Carlos Mota Pinto decidiu pôr à disposição da comunidade um edifício público desocupado, junto à rua do Século, ao Príncipe Real.
“As nossas mesquitas e locais de culto são construídos com as contribuições de países islâmicos aos quais pedimos apoio”, prossegue Magid Vakil: “São sempre os mesmos países, Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Qatar, quer os Estados quer empresários daqueles países.”
“Em Portugal não temos ninguém que nos possa financiar, e sabemos que o Estado português não tem disponibilidades, não é possível, mas tem havido muita simpatia por parte das autarquias”, destaca. Um exemplo: desde 3 de Junho, a iluminação exterior da Mesquita de Lisboa tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.
Aliás, a construção da mesquita da Praça de Espanha só foi possível pela “generosa oferta de um terreno pela câmara numa zona bem situada de Lisboa”, segundo consta de um memorandum de Abdool Magid Vakil dirigido aos embaixadores de diversos países árabes. Foi em 1977, quando o presidente da autarquia da capital, o socialista Aquilino Ribeiro Machado, fez a doação.
Arábia Saudita, através da embaixada em Madrid, Turquia, Egipto, Koweit, Paquistão, Emirados Árabes, Líbia (entre 1981 e 83), Omã, Jordânia e Irão contribuíram para a edificação do templo e do centro islâmico. “Quando, em 1977, tivemos a oferta do terreno, começámos a pensar na edificação e tivemos a ajuda de vários embaixadores, o grande doador foi a Arábia Saudita que até ajudou à definição do projecto”, revela o presidente da comunidade islâmica. Na verdade, o projecto foi de “mesquita ‘chave na mão’”.
Desde 1975, a comunidade muçulmana em Lisboa fazia as suas orações na residência do embaixador egípcio, General Shazlyz, “a águia egípcia”, herói da guerra do Yom Kippur. “Disponibilizou a casa para as orações de sexta-feira e também pagou um imã que veio do Egipto”, lembra. Enquanto durou a construção do templo, o então primeiro-ministro Carlos Mota Pinto decidiu pôr à disposição da comunidade um edifício público desocupado, junto à rua do Século, ao Príncipe Real.
Uma situação bem diferente da vivida por Abdool Magid Vakil quando, em 1961, a sua família se instalou em Portugal. “Era em minha casa, em Alvalade, que se reunia a comunidade”, recorda: “Em Março de 1968, fundámos a comunidade islâmica de Lisboa, éramos 15, eu era o sócio nº2, o primeiro era o Suleiman Valy Mamede, e o nosso sonho era ter uma mesquita.”
Entre as memórias do processo de construção do templo, o presidente da comunidade islâmica destaca alguns episódios. Em 2001, o príncipe Salman da Arábia Saudita, em visita a Lisboa, trouxe um cheque de um milhão de dólares do rei Fahd Bin Abdul Aziz Al-Saud. Também depois de uma visita à capital portuguesa do primeiro-ministro turco Tayyep Recep Erdogan [hoje Presidente da Turquia] chegaram de Ankara mármores para algumas áreas da mesquita. E, mais recentemente, em 2012, após a visita oficial do ex-Presidente turco Abdullah Gul foi recebida uma doação de meio milhão de dólares.
Hoje, a comunidade islâmica procura novas formas de organização. Há concertação de posições entre, por exemplo, as comunidades de Lisboa e Porto, mas o objectivo é mais ambicioso que estes simples contactos. “Estamos a ver se, como na Inglaterra, criamos um Conselho Islâmico de Portugal, seria um guarda-chuva de todas as associações muçulmanas”, anuncia Magid Vakil.
“Há muitas vantagens em termos uma estrutura semelhante à que existe em Inglaterra”, reconhece o presidente da comunidade islâmica de Lisboa. Tal estruturação, admitem especialistas em segurança, facilitaria ainda mais os contactos e potenciaria a integração.
OS FILHOS DA LILIANA MELO VÃO TER MESQUITA ALELUIA...
NUNO RIBEIRO 05/06/2016 - 10:13
O financiamento externo dos templos pode abrir uma “caixa de Pandora”, temem os peritos. Na Europa há críticas aos apoios financeiros estrangeiros a algumas comunidades muçulmanas. Em Portugal, as ajudas vêm tradicionalmente de países árabes
Uma passagem do Corão na mesquita do Porto
Uma Mouraria "mais acessível" e com uma mesquita
Dar às religiões é roubar ao erário público?
As forças de segurança consideram que o financiamento externo de mesquitas ou locais de culto por países ou empresários estrangeiros pode abrir uma “caixa de Pandora”. A questão do financiamento da futura mesquita de Lisboa reabriu o debate sobre os apoios à construção de templos e estruturação das comunidades – um assunto sensível que tem sido colocado em diversos países europeus. Apesar de em Portugal não terem sido detectados processos de radicalização pró-jihadista entre as comunidades muçulmanas, a preocupação existe.
“Quando há financiamento vindo do exterior, os países que financiam podem pôr condições, como na escolha dos imãs [líderes religiosos]”, anota, ao PÚBLICO, um especialista. “Quem financia pode considerar que adquire direitos que, de alguma forma, pode controlar”, prossegue.
Este é um princípio geral, um enunciado teórico a que os investigadores dos serviços de informação e das polícias se apegam. À margem fica um meio-termo. Alguns peritos consideram existir diferenças entre o financiamento através de Estados estrangeiros, portanto com uma chancela e visibilidade oficiais, e de empresários ou personalidades daqueles países. A discrição ou anonimato que pode envolver estes últimos suscita reticências aos oficiais das forças de segurança.
Sobre o financiamento dos templos e os apoios à estruturação das comunidades, a opção preferida, considerada mesmo ideal, é outra que não a externa. “Eventuais apoios do Estado, nos seus diversos escalões, são benéficos para as políticas de integração”, garantem. Porque, na dicotomia entre direitos e deveres, são os segundos que emergem quando quem financia é quem recebe as comunidades. Ou seja, o facto de um Estado apoiar economicamente a edificação de templos de uma comunidade contribui para a visibilidade desta na sociedade. E, ser visível, é condição de integração.
Os peritos portugueses falam sem a pressão de acontecimentos adversos que existem nalguns países europeus. “Mesmo os locais de culto em Portugal não têm sido problemáticos, não temos conhecimento de prédicas religiosas radicalizadas em locais informais”, reconhece um dos especialistas. Na Europa, em alguns destes espaços foram detectados durante a última década processos de radicalização e a existência de autênticos vasos comunicantes com organizações jihadistas que operam em acções terroristas na Síria e no Iraque, os designados combatentes estrangeiros.
Os peritos portugueses falam sem a pressão de acontecimentos adversos que existem nalguns países europeus. “Mesmo os locais de culto em Portugal não têm sido problemáticos, não temos conhecimento de prédicas religiosas radicalizadas em locais informais”, reconhece um dos especialistas
E, em Portugal, não são poucos os locais de culto de maior informalidade. A lista de mesquitas e locais de culto em Portugal da Comunidade Islâmica de Lisboa refere 19 lugares, seis salas de culto e cinco associações, enquanto contabiliza 16 mesquitas e uma madressa, a do Laranjeiro. De Norte a Sul, do interior ao litoral, incluindo a região autónoma da Madeira. Já na contabilidade dos serviços de segurança existem cerca de 60 lugares de culto, quatro dezenas na área da grande Lisboa, dez a norte e igual número a sul do país. Contudo, sem registo de quaisquer proclamações intolerantes.
Acusações a Riade
Uma situação bem diferente, portanto, da vivida em outras latitudes europeias. Em Fevereiro do ano passado, a Áustria aprovou mudanças na lei de 1912 que instituía o islamismo como religião oficial com o objectivo de coibir as manifestações radicais. A nova legislação, que também amplia a segurança jurídica da comunidade muçulmana no país – cerca de 7% da população, segundo dados de 2013 -, veta o financiamento estrangeiro das mesquitas ou de imãs. Restrições que não vigoram para os cristãos ortodoxos ou para a comunidade judia.
“A influência de países estrangeiros só existe com a comunidade muçulmana, não temos este problema com outras comunidades religiosas”, justificou Sebastian Kurz, o democrata-cristão ministro da Integração. “Neste momento, temos mais de 60 imãs da Turquia e no futuro teremos os nossos próprios imãs, não será possível termos imãs empregados do Governo turco”, disse Kurz ao defender a nova legislação.
Marcelo Rebelo de Sousa, no dia da sua posse como Presidente da Republica Portuguesa, na visita a Mesquita Central de Lisboa,com o presidente da comunidade islamica, Abdool Karim Vakil NUNO FERREIRA SANTOS
No final do ano passado, no auge do afluxo de refugiados à Alemanha, Sigmar Gabriel, do SPD [Partido Social Democrata alemã], desde 17 de Dezembro de 2013 vice-chanceler e ministro da Economia e Tecnologia de Ângela Merkel, protagonizou uma polémica. Reagiu violentamente à proposta da Arábia Saudita da construção de 200 mesquitas na Alemanha, uma por cada 100 refugiados acolhidos por aquele país. “As mesquitas Wahhabi no mundo são financiadas pela Arábia Saudita e muitos islamistas, que são uma ameaça à segurança pública na Alemanha, vêm dessas comunidades”, disse Gabriel.
Esta declaração do líder do partido da coligação que governa em Berlim surgiu dias depois dos serviços secretos alemães – Bundesnachrichtendienst ou BND [Serviço Federal de Informações] – terem considerado o regime de Riade como uma ameaça à estabilidade do mundo árabe. O Governo alemão distanciou-se publicamente, no entanto, desta posição da sua secreta.
Contudo, na Grã-Bretanha, em Janeiro deste ano, o primeiro-ministro David Cameron autorizou uma investigação ao financiamento externo dos jihadistas e grupos radicais fornecedores de milicianos para os combatentes estrangeiros, surpreendendo desagradavelmente um dos seus mais fortes aliados no Médio Oriente. Esta iniciativa de Londres, reiterada no passado mês de Maio pelas autoridades britânicas, pretende apurar a veracidade das acusações de que sauditas financiam o Estado Islâmico e a Al Qaeda.
“Em Portugal, nunca houve uma posição de interferência na vida da comunidade muçulmana, muitos dos nossos imãs são formados na Arábia Saudita, mas felizmente nunca houve uma atitude xenófoba”, refere, ao PÚBLICO, Abdool Magid Vakil, presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa.
Conselho Islâmico
Desde 1975, a comunidade muçulmana em Lisboa fazia as suas orações na residência do embaixador egípcio, General Shazlyz, “a águia egípcia”, herói da guerra do Yom Kippur. “Disponibilizou a casa para as orações de sexta-feira e também pagou um imã que veio do Egipto”, lembra. Enquanto durou a construção do templo, o então primeiro-ministro Carlos Mota Pinto decidiu pôr à disposição da comunidade um edifício público desocupado, junto à rua do Século, ao Príncipe Real.
“As nossas mesquitas e locais de culto são construídos com as contribuições de países islâmicos aos quais pedimos apoio”, prossegue Magid Vakil: “São sempre os mesmos países, Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Qatar, quer os Estados quer empresários daqueles países.”
“Em Portugal não temos ninguém que nos possa financiar, e sabemos que o Estado português não tem disponibilidades, não é possível, mas tem havido muita simpatia por parte das autarquias”, destaca. Um exemplo: desde 3 de Junho, a iluminação exterior da Mesquita de Lisboa tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.
Aliás, a construção da mesquita da Praça de Espanha só foi possível pela “generosa oferta de um terreno pela câmara numa zona bem situada de Lisboa”, segundo consta de um memorandum de Abdool Magid Vakil dirigido aos embaixadores de diversos países árabes. Foi em 1977, quando o presidente da autarquia da capital, o socialista Aquilino Ribeiro Machado, fez a doação.
Arábia Saudita, através da embaixada em Madrid, Turquia, Egipto, Koweit, Paquistão, Emirados Árabes, Líbia (entre 1981 e 83), Omã, Jordânia e Irão contribuíram para a edificação do templo e do centro islâmico. “Quando, em 1977, tivemos a oferta do terreno, começámos a pensar na edificação e tivemos a ajuda de vários embaixadores, o grande doador foi a Arábia Saudita que até ajudou à definição do projecto”, revela o presidente da comunidade islâmica. Na verdade, o projecto foi de “mesquita ‘chave na mão’”.
Desde 1975, a comunidade muçulmana em Lisboa fazia as suas orações na residência do embaixador egípcio, General Shazlyz, “a águia egípcia”, herói da guerra do Yom Kippur. “Disponibilizou a casa para as orações de sexta-feira e também pagou um imã que veio do Egipto”, lembra. Enquanto durou a construção do templo, o então primeiro-ministro Carlos Mota Pinto decidiu pôr à disposição da comunidade um edifício público desocupado, junto à rua do Século, ao Príncipe Real.
Uma situação bem diferente da vivida por Abdool Magid Vakil quando, em 1961, a sua família se instalou em Portugal. “Era em minha casa, em Alvalade, que se reunia a comunidade”, recorda: “Em Março de 1968, fundámos a comunidade islâmica de Lisboa, éramos 15, eu era o sócio nº2, o primeiro era o Suleiman Valy Mamede, e o nosso sonho era ter uma mesquita.”
Entre as memórias do processo de construção do templo, o presidente da comunidade islâmica destaca alguns episódios. Em 2001, o príncipe Salman da Arábia Saudita, em visita a Lisboa, trouxe um cheque de um milhão de dólares do rei Fahd Bin Abdul Aziz Al-Saud. Também depois de uma visita à capital portuguesa do primeiro-ministro turco Tayyep Recep Erdogan [hoje Presidente da Turquia] chegaram de Ankara mármores para algumas áreas da mesquita. E, mais recentemente, em 2012, após a visita oficial do ex-Presidente turco Abdullah Gul foi recebida uma doação de meio milhão de dólares.
Hoje, a comunidade islâmica procura novas formas de organização. Há concertação de posições entre, por exemplo, as comunidades de Lisboa e Porto, mas o objectivo é mais ambicioso que estes simples contactos. “Estamos a ver se, como na Inglaterra, criamos um Conselho Islâmico de Portugal, seria um guarda-chuva de todas as associações muçulmanas”, anuncia Magid Vakil.
“Há muitas vantagens em termos uma estrutura semelhante à que existe em Inglaterra”, reconhece o presidente da comunidade islâmica de Lisboa. Tal estruturação, admitem especialistas em segurança, facilitaria ainda mais os contactos e potenciaria a integração.
OS FILHOS DA LILIANA MELO VÃO TER MESQUITA ALELUIA...
PORTANTO NADA DE INTERNACIONALISMOS SUBSIDIADOS
Suíços rejeitam receber 2260 euros por mês só por estarem vivos
Segundo as projeções da televisão pública, 78% dos suíços rejeitaram o referendo que previa dar um subsídio para todos.
Os suíços rejeitaram, sem surpresa, a criação de um Rendimento Básico Incondicional, um projeto revolucionário que implicaria a atribuição mensal de 2500 francos suíços (2260 euros) a cada adulto e 650 francos suíços para cada criança, sem contrapartida. A ideia era a de que este subsídio, que acabaria com qualquer outro abono, iria promover a dignidade humana e o serviço público.
O dinheiro seria atribuído a todos os suíços e aos estrangeiros que vivessem no país há cinco anos, quer tivessem ou não um emprego.
A Suíça é o primeiro país a realizar um referendo sobre o tema, mas outros estados, como a Finlândia, estão a estudar fazer o mesmo. Segundo a AFP, para a maioria dos suíços, que veneram o valor do trabalho, receber dinheiro sem contrapartidas é inconcebível. Em 2012, já tinham recusado aumentar as férias de quatro para seis semanas, temendo uma diminuição da produtividade.
Segundo as projeções da televisão pública, 78% dos suíços rejeitaram o referendo que previa dar um subsídio para todos.
Os suíços rejeitaram, sem surpresa, a criação de um Rendimento Básico Incondicional, um projeto revolucionário que implicaria a atribuição mensal de 2500 francos suíços (2260 euros) a cada adulto e 650 francos suíços para cada criança, sem contrapartida. A ideia era a de que este subsídio, que acabaria com qualquer outro abono, iria promover a dignidade humana e o serviço público.
O dinheiro seria atribuído a todos os suíços e aos estrangeiros que vivessem no país há cinco anos, quer tivessem ou não um emprego.
A Suíça é o primeiro país a realizar um referendo sobre o tema, mas outros estados, como a Finlândia, estão a estudar fazer o mesmo. Segundo a AFP, para a maioria dos suíços, que veneram o valor do trabalho, receber dinheiro sem contrapartidas é inconcebível. Em 2012, já tinham recusado aumentar as férias de quatro para seis semanas, temendo uma diminuição da produtividade.
POIS POIS Ó SÉRGIO DESDE QUE HAJA CHEIRO A MERDA NOS CARALHOS E NÃO HAJA TT 4X4 NAS DUNAS TEMOS A FELICIDADE NA TERRA...
"Como é evidente, não mudei de opinião"
Sérgio Sousa Pinto vai integrar Comissão Nacional do PS
E QUE CLARO HAJA DINHEIRO PÚBLICO A PAGAR TÃO PUGRESSISTAS IDEIAS...
Sérgio Sousa Pinto vai integrar Comissão Nacional do PS
E QUE CLARO HAJA DINHEIRO PÚBLICO A PAGAR TÃO PUGRESSISTAS IDEIAS...
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