A Casa do Brasil estima que, nos últimos dois anos, "dez mil" imigrantes brasileiros tenham regressado ao país de origem, mas assinala também "o retorno dos retornados", desiludidos com o que lá encontraram."O retorno [ao Brasil] deve ter atingido umas dez mil pessoas pelo menos, nos últimos dois anos. Não será menos do que isso, dez por cento da comunidade", contabiliza Carlos Vianna, presidente da Casa do Brasil de Lisboa, associação de brasileiros residentes em Portugal e portugueses amigos do Brasil.
Porém, "há gente que voltou [para o Brasil] e voltou de novo para Portugal", destaca, em declarações à Lusa. "Há uma desilusão com o Brasil, sim. Estavam à espera de mais, lógico", reconhece.
"O Brasil está hoje muito caro, continua com problemas estruturais, como a insegurança, que é uma coisa que assusta e assusta mais quem viveu na Europa alguns anos e já se desacostumou disso", explica.
Por outro lado, o Brasil oferece "quase pleno emprego", mas "ganha-se mal". Entre os retornados não estavam apenas pessoas em "situação social de emergência", mas também "empreendedores". Ora, como noutras paragens, "as empresas brasileiras também fecharam ou começaram a ter dificuldades", verifica.
"Psicologicamente, o regresso ao país de origem é complicado", afirma Luís Carrasquinho, da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
"Quando [se] regressa, as referências que [se] tinha, sejam eles familiares ou socioeconómicas, desapareceram, já não existem", realça o responsável pelo Programa de Retorno Voluntário (PRV), que apoia imigrantes que queiram regressar às origens.
"Pode ser muito mais complicado regressar ao país de origem, depois de um tempo de permanência no exterior, do que (...) a saída do país de origem para vir para um país de acolhimento", compara.
Isto porque, diz, quando chega ao país de acolhimento, "a pessoa tem objectivos concretos" e "não há aquele estigma do regresso, aquela sensação do fracasso".
Os brasileiros, assinala o responsável da OIM, continuam a representar "a grande maioria" dos pedidos de apoio no contexto do PRV -- 85,5 por cento em 2012.
Apoiado financeiramente pelo Estado português, o PRV impõe aos imigrantes contemplados que não regressem a Portugal por um período de três anos.
Admitindo que não há "como controlar se a pessoa chega ao Brasil e depois regressa", Carrasquinho realça que a OIM tem registado apenas casos "pontuais".
Com os brasileiros, "o que acontece muitas vezes é que a entrada não é feita directamente em Portugal", refere. Ou seja, se uma pessoa chegar a Espanha, vinda do Brasil, irá ser contabilizada no posto de fronteira que atravessou e não ficará registado o país para onde indicou que tencionava deslocar-se.
As estatísticas relativas a 2012 ainda não foram divulgadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), mas Carlos Vianna acredita que vão "acusar bastante o decréscimo" de brasileiros residentes em Portugal.
Os trabalhadores na construção civil foram os mais afectados, seguindo-se os ligados ao comércio e à restauração, aponta.
Luís Carrasquinho confirma que tem havido uma redução geral nos pedidos de apoio à OIM - dos 2114 em 2011, para os 1799 em 2012 -, mas dizer que "há uma tendência para diminuição é um bocadinho prematuro".
Segundo os dados que facultou à Lusa, a OIM embarcou, em 2012, 753 candidatos, dos quais 644 eram brasileiros. Até Maio deste ano, já embarcaram 299 candidatos, dos quais 253 brasileiros.
"Há uma estabilização da comunidade. A maioria dos brasileiros ficou, não retornou", assinala Carlos Vianna. "A maioria dos brasileiros, dos 115 mil legalizados em 2011, (...) continua aqui, sofrendo a crise, como todos os portugueses, mas vão resistindo", descreve.
Ao mesmo tempo, "nitidamente" não há novos imigrantes brasileiros a escolherem Portugal como destino. "Em relação a outros anos, de 2010 para trás, é uma diferença brutal", compara, referindo que os que vêm são sobretudo estudantes, número que está "a crescer muito".
Lusa/ SOL
E NEM SÃO PRECISOS EXAMES.CÁ NINGUÉM É ILEGAL...
OS INTERNACIONALISTAS DO HOMEM NOVO E MULATO AFUNDARAM E FIZERAM FALIR POR MUITAS DÉCADAS A NAÇÃO PORTUGUESA.POR TRAIÇÃO PURA.
DESCOLONIZARAM, AGORA COLONIZAM E A DOUTRINA É A DO HOMEM NOVO E MULATO...