PÁ ARRANJAM TRABALHINHO EM QUALQUER PALOP...FORÇA SOCIÓLOGOS E INTELECTUAIS!
PS
E APROVEITEM PARA "DESCOLONIZAR" NA PARTE DA "DESPESA" E ACABAR COM A POLÍTICA DO "TUDO E DO SEU CONTRÁRIO"...
Saturday, May 26, 2012
QUE TAL UMA "COMISSÃO DE VERDADE" AQUI?
7. Em 25 de Abril de 1974 acontece o Golpe de Estado em Portugal que ficou conhecido pela Revolução dos Cravos pondo fim a uma ditadura que durava quase 50 anos.
8. Pouco tempo depois do Golpe de 25 de Abril, o PAIGC instala-se oficiosamente em Bissau, e assiste-se a uma onda de "raptos" seguidos de fuzilamentos no mato de indivíduos que haviam abandonado o PAIGC, e se encontravam em Bissau, e de outros que eram acusados de colaborar com o "colon". Nem sequer havia julgamentos. Uma "brigada" composta por uma suposta gente na clandestinidade ávida de mostrar serviço apontava-os e localizava-os não se sabe com que critério. Eram levados e fuzilados. Quando se perguntava por um fulano, que se supunha nessa situação, a resposta era: Partido lêba'l! (O Partido levou-o!) As coisas passavam-se à calada da noite e sob a cumplicidade silenciosa de todos. Tudo era permitido ao PAIGC, inclusive tirar vida aos seus concidadãos, por simples decisão dos seus dirigentes e sem que tenha de prestar quaisquer justificações públicas.
9. A entrada do PAIGC após o reconhecimento de jure fora deveras triunfal. O mundo inteiro rendia-se à gesta dos obreiros da independência. E os guineenses orgulhosos dos seus combatentes reverenciavam-se humilde e generosamente perante eles. Entregaram-se de alma lavada e de corpo inteiro ao anunciado projecto da (re)construção nacional. Acreditaram todos, com raríssimas excepções, que aqueles que foram capazes de levar de vencida, com todo o brilhantismo que se lhes reconhece, um exército europeu, também poderiam ser competentes para gerir o País. Tanto mais que anunciavam em grandes parangonas a chegada do "Homem Novo forjado na luta" prenhe de virtudes e convicções nacionalistas.
10. O sucesso da luta embriagou o PAIGC e cegou os seus dirigentes. Declaram guerra à uma indefesa e descuidada (politicamente) sociedade de "civis" e não só decretaram o seu desaparecimento, como arrogantemente dispensaram a sua participação como cidadãos de pleno direito no processo da (re)construção nacional. Um amigo meu, a este propósito, e comentando um artigo que eu escrevera, disse:
"Para o cúmulo disso tudo, o que está a atrasar o país é que introduziram na vida social guineense um elemento perturbador que é a divisão entre os que fizeram a luta, «os melhores filhos», que a si arrogam tudo, e os que já cá estavam que lhes devem prestar vassalagem e a nada têm direito."
11. O governo instalou-se em Bissau após o reconhecimento de jure por parte de Portugal. Os ministros eram chamados "comissários" e ao primeiro-ministro "comissário principal". Logo nos primeiros sinais verificamos que estávamos perante gente incapaz e incompetente para gerir um país. Arrogantes e com tiques autistas para esconder as enormes insuficiências e total impreparação; e a culminar uma moral muito duvidosa dado o comportamento perante a sociedade.
12. O período desse governo foi de seis anos (1974 - 1980). Teve o privilégio e o benefício de ter sido o governo que maior ajuda per capita recebeu no mundo inteiro. Desbaratou-a completamente em projectos megalómanos decididos de forma acéfala e autocrática. Sobre este período escrevi num artigo de opinião:
"O novo poder que se instalou em Bissau (1974), não escondia o seu carácter repressivo, autoritarista, intimidatório e revanchista. O medo e a intolerância instalaram-se. O ajuste de contas havia já substituído a reconciliação mesmo antes da sua instalação (do poder) com desaparecimentos misteriosos e execuções sumárias. Algumas ocorrências e mortes, designadamente a do Primeiro-Ministro Francisco Mendes (Chico Té) encontram-se até hoje envoltas em profundos enigmas e mistérios. A debandada dos quadros e de toda uma administração com o seu "know how" processava-se de forma assustadora criando um negligenciado vazio real na Administração do Estado, de efeitos não devidamente dimensionados e sopesados e, por isso, arrogantemente desprezados pelas novas autoridades. Os projectos megalómanos pontificavam-se como verdadeiros elefantes brancos desbaratando a eito toda a ajuda da cooperação internacional; sinais exteriores de riqueza exibiam-se denunciando na mesma medida um certo novo-riquismo e o despontar despudorado da corrupção; os bens essenciais escasseavam; o peso, moeda nacional, depreciava-se a um ritmo acelerado agravando o já muito débil poder de compra; e a economia degradava-se a uma taxa galopante. A insatisfação era total."
13. Perante o cenário descrito, que talvez peque por defeito, pois funções de director-geral de importantes empresas públicas chegaram a ser exercidas por autênticos analfabetos cujo único curriculum era ter participado na luta para a independência, rumores permanentes percorriam toda a cidade de Bissau sobre a iminência de um golpe de estado. O que variava era apenas a identidade do seu eventual autor que oscilava entre 2 a 3 nomes;
14. A 14 de Novembro de 1980, Nino Vieira consuma aquilo que todos esperavam pondo fim a esse governo, do qual ele era primeiro-ministro, através daquilo a que chamou "Movimento Reajustador". Suspende a Assembleia Nacional e cria o "Conselho da Revolução".
15. Foi na sequência desse golpe que aparecem as valas comuns com algumas centenas de cadáveres, pondo a descoberto a máscara humanística do PAIGC e que pela sua gravidade e dimensão humana e no quadro do sistema de funcionamento do PAIGC - estrutura marxista-leninista - não se podem alhear, como bem o tentaram, os seus dirigentes de topo (ainda em Unidade) em Cabo Verde e na Guiné-Bissau. Todos "sabiam" e foram igualmente responsáveis. A este respeito um outro articulista depois de confirmar o quadro descrito no ponto 12, acrescentava:
"O que não sabíamos (nem podíamos imaginar) era que nessa altura o regime já tinha embarcado num projecto criminoso para o qual não havia volta. Nesse preciso momento Guineenses estavam a matar Guineenses e a enterrá-los em valas comuns em Jugudul,Cumeré, e outros sítios, num genocídio que nem os colonialistas nos seus mais criminosos sonhos ousaram apenas imaginar."(Fim de transcrição)
16. Com o golpe de 14 de Novembro na Guiné, Cabo Verde apressou-se, num gesto pleno de oportunismo e imediatismo, a romper com o processo de Unidade que tantas vítimas gerara na Guiné e em Cabo Verde tendo até estado nas especulações quanto às causas próximas do assassínio de Amílcar Cabral. De ambos os lados, as congratulações superaram de longe as lamentações que não passaram, na maior parte dos casos, de algum decoro e de puras formalidades.
17. O chamado "Movimento Reajustador" mostrou logo a sua verdadeira face e fez desvanecer toda a esperança que nele se havia depositado de promover a concórdia nacional e "reajustar" aquilo que se considerava desvio da linha orientadora do PAIGC. Liberto da ala cabo-verdiana do PAIGC, o que foi fortemente aclamado pelos quadros "lutistas" ávidos de afirmação num ambiente de vazio, nasce um corpo de "nacionalistas guineístas" que se apressa a depurar a já muito débil administração do estado através de autêntica caça às bruxas com o beneplácito do poder instituído e dos seus acólitos. O aparelho repressivo é aperfeiçoado e a debandada dos quadros técnicos, sobretudo, de origem cabo-verdiana é praticamente geral. A incompetência e a iliteracia tomam conta do próprio governo; a desilusão e a decepção regressam com o mesmo fulgor dos primórdios da independência.
18. Nino Vieira tendo enveredado pelo mesmo caminho do seu antecessor, e temendo que lhe acontecesse o que ele próprio havia feito, engendrou a sua eternização no poder, com a eliminação de todos aqueles que com o prestígio também de antigos combatentes, fonte da sua legitimação, lhe podiam fazer frente. Uma figura despontava e impunha-se pela sua postura de discrição, honestidade, fino trato, sensatez e clarividência, tanto entre aqueles que de perto trabalharam e trabalhavam com ele, como em toda a sociedade guineense - Paulo Correia.
19. É assim, que:
i. A 17 de Outubro de 1985, uma alegada intentona "balanta" para derrubar Nino Vieira foi atribuída a Paulo Correia que no seu seguimento foi "julgado" e condenado à morte com mais 5 (Binhanquerem na Tchuda, Braima Bangura, N'Baná Sambú, Pedro Ramos, e Viriato Pam) de entre mais de meia centena de acusados. Outros 5 terão perdido a vida na prisão (Agostinho Gomes, B'nhate na Biate, Foré na ‘Mbitna, João da Silva e Zacarias António Pereira). Processa-se a partir desta data uma autêntica antropofagia entre os dirigentes do PAIGC que se vêem privados por eliminação física dos seus mais proeminentes quadros da luta armada.
ii. A 7 de Junho de 1997 uma tentativa de golpe de estado levada a cabo por uma "Junta Militar" chefiada por Ansumane Mané, ex-CEMGFA, deposto uma semana antes por alegado envolvimento no tráfico de armas com os rebeldes de Casamança, gera uma guerra civil.
iii. A 7 de Maio de 1999 Nino Vieira é deposto. Parte para o exílio depois de obrigado a renunciar o cargo de PR que é assumido interinamente, nos termos da Constituição, pelo Presidente da ANP, Malam Bacai Sanhá pondo fim a uma guerra civil de 11 meses.
iv. Em Julho de 1999, processam-se importantes emendas na Constituição: Abolição da pena de morte; limitação de mandatos de presidente da república a dois; estabelecimento de que os principais titulares de cargos de estado têm que ser guineenses, filhos de pais guineenses. [ii]
v. A 16 de Janeiro de 2000, Kumba Yalá, do PRS, vence as eleições presidenciais contra o candidato do PAIGC, Malam Bacai Sanhá. Com a eleição de Kumbá Yalá as funções presidenciais perderam dignidade e respeito devido a postura histriónica do presidente potenciada com actos caricatos e indignos para a imagem interna e externa do País. Mas o mais grave é a tentativa de "balantização" do exército com a elevação a patentes de comando de muitos militares.
vi. O acto de promoção por parte do PR desagradou o então CEMGFA, Ansumane Mané, que numa atitude pública e mediática provocatória, insensata e humilhante para os protagonistas processou de forma arrogante a retirada, pelas suas próprias mãos, das patentes que tinham sido conferidas a esses militares.
vii. A 30 de Novembro de 2000 é assassinado Ansumane Mané, de forma bárbara, ao que parece depois de ele se ter entregado, estando ainda por desvendar os autores e as verdadeiras razões do seu assassínio.
viii. A 14 de Setembro de 2003, Kumba Yalá, através de um golpe comandado por Veríssimo Seabra, então CEMGFA, à frente de um "Comité Militar", é deposto. Renuncia formalmente 3 dias depois, tendo sido substituído pelo empresário Henrique Pereira Rosa.
ix. A 6 de Outubro de 2004, Veríssimo Seabra, CEMGFA, é assassinado supostamente por um levantamento dos militares que tinham estado na Libéria como força de interposição, aparentemente, por corrupção ligada à questão salarial.
x. A 24 de Julho de 2005 Nino Vieira volta ao poder através de eleições, demite o governo de Carlos Gomes, Jr. (discricionariedade que gera polémica constitucional) e nomeia em seu lugar Aristides Gomes (1 de Novembro de 2005) que é deposto através de uma moção de censura em 19 de Março de 2007. Carlos Gomes regressa ao poder em Dezembro de 2008 através de eleições ganhas pelo PAIGC com larga maioria.
xi. A 1 de Março de 2009, Tagma na Waié, CEMGFA, é assassinado através de um atentado bombista que, dadas a sofisticação, técnica e precisão utilizadas, dizem uns, ter a assinatura dos narcotraficantes estrangeiros não obstante também ele, Tagma, ser acusado de controlar uma das várias redes militares de narcotráfico; dizem outros, que é obra de especialistas militares estrangeiros. Acontece que Tagma na Waié previa o seu assassínio e apontava o seu futuro autor, pelo menos moral. Tinha deixado uma mensagem aos seus camaradas de armas: "Se ele me matar de manhã, matem-no à noite". A este propósito um amigo meu escreveu: "Talvez tenha sido a primeira vez que um morto mata um vivo."
xii. A 2 de Março de 2009, cumpria-se rigorosamente as ordens de ex-CEMGFA, com o assassínio de Nino Vieira que se diz ter sido uma mistura de tiros e catanadas da forma mais selvagem e bárbara que se possa imaginar. Dizem uns, por gente ligada a Zamora Induta a mando do PM Carlos Gomes, Jr. e outros que a operação fora levado a cabo por membros do Batalhão de Mansôa que se encontrava sob o comando de António Injai que:
"Uma semana antes Indjai assinara em Bissau, perante uma comissão composta pelo Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, CEMGFA, Zamora Induta, Procurador-Geral da República e o Presidente, um documento onde reconhecia estar envolvido numa operação de narcotráfico que ocorrera no aeródromo de Cufar, sul da Guiné, desmantelada «in extremis» pelos militares de Zamora Induta. Na mesma ocasião ficou estabelecido que António Indjai seria automaticamente exonerado do cargo de número dois das forças armadas e partiria para Cuba, oficialmente, em «tratamentos médicos»." (Fim de transcrição)
xiii. A 5 de Junho de 2009 são assassinados Baciro Dabó, candidato às presidenciais e Helder Proença (Político dinâmico, ex-Ministro da Defesa de Nino Vieira). Sobre o assassínio de Baciro Dabó, escreve um analista num artigo intitulado "Figuras de Narcotráfico na Guiné-Bissau:
"Pedra basilar de todo o fenómeno do narcotráfico na Guiné-Bissau foi Baciro Dabó, assassinado na madrugada de 5 de Junho de 2009 em mais uma alegada tentativa de Golpe de Estado a assolar a ex-colónia portuguesa. Baciro Dabó ocupou entre 2006 e 2008 as pastas de Secretário de Estado da Ordem Pública e posteriormente de Ministro da Administração Interna. Em final de 2008, e não obstante o avolumar de suspeitas internacionais de envolvimento no narcotráfico, Baciro foi nomeado Ministro da Administração Territorial."
Mais adiante, continua o mesmo articulista:
"Mas a transformação da Guiné - Bissau em Narco-Estado não foi trabalho exclusivo de Baciro Dabó. Apesar do lugar central que desempenhou, Baciro teve a conivência e o apoio das principais figuras do Estado Guineense, desde políticos, militares a empresários e deputados, alguns deles ainda em funções.
Nino Vieira, o ex- Presidente da República Guineense assassinado a 2 de Março de 2009, ocupou um lugar central em todo este processo."
xiv. Bacai Sanhá é eleito Presidente da República a 28 de Junho de 2009 vencendo Kumba Yalá numa 2ª volta.
xv. A 1 de Abril de 2010, uma tentativa de golpe de estado conduzida pelo vice-CEMGFA, Gen. António Injai e pelo Alm. Bubo na Tchuto, detém o PM Carlos Gomes, Jr. com ameaça de morte, caso houvesse reacção popular de apoio bem como o seu CEMGFA, Alm. Zamora Induta. O silêncio inicial do então-Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, foi notória e a sua condenação tímida e tardia foi grave, sobretudo ao classificar a ocorrência como um "pequeno problema entre militares". Mas mais grave ainda foi o facto do autor do atentado ter sido, por ele, nomeado no seguimento do seu acto a CEMGFA tal como reivindicava apesar do aviso americano através de um comunicado transmitido da sua embaixada em Dakar:
"É impossível para os EUA contribuir para o processo de reforma da segurança e da defesa se essas pessoas, ou outros implicados no tráfico de estupefacientes, forem nomeados ou permanecerem em postos de responsabilidade nas forças armadas", acrescentando em outro passo:
É "imperativo" que o chefe das Forças Armadas - que deve ser nomeado em breve pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá - não esteja "implicado nos acontecimentos de 01 de Abril", evocando implicitamente o major-general António Indjai.
Mais tarde, num despacho da Lusa lê-se:
"O governo americano espera trabalhar com as autoridades guineenses para desalojar as pessoas que ocupam funções oficiais e que se servem do seu poder para facilitar o tráfico de estupefacientes".
Ainda no decorrer deste caso e sobre o Alm. Bubo na Tchuto, seu cúmplice, escreve um analista:
"No dia 1 de Abril, soldados leais a Bubo Na Tchuto entraram no edifício da ONU e resgataram-no[iii], enquanto detinham o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o Chefe do Estado-Maior General, almirante Zamora Induta.
"Bubo Na Tchuto é a força por trás de todas as outras forças", disse à reportagem o director político da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Abdel Fatau Musah. "O facto de ele estar a controlar as coisas é muito desagradável".
xvi. Malam Bacai Sanhá morre em França a 9 de Janeiro de 2012 e as eleições presidenciais para a sua substituição têm lugar a 18 de Março de 2012, data que buscava o cumprimento de um preceito constitucional e tinha a concordância de todos os partidos e de todos os putativos candidatos avisados da desactualização dos Cadernos Eleitorais e da impossibilidade de os regularizar nesse lapso de tempo.
xvii. O decorrer das eleições e os resultados da 1ª volta não deixaram qualquer dúvida aos observadores internacionais que se pronunciaram e a diferença de votos entre os candidatos também não deixava espaço para a reclamação posteriormente engendrada. O peso das eventuais irregularidades, seria insignificante para alterar o curso normal das eleições. E a existirem seria mais fácil encontrarem-se entre o 2º e o 3º classificados do que entre o 1º e os outros. (vide quadro)
xviii. A iminência de uma derrota anunciada na 2ª volta por parte da oposição levou que o seu mais bem classificado candidato, por coincidência da etnia balanta, um ex-presidente, eterno contestatário e pertencente ao maior partido da oposição "manipulasse" - só assim se compreende - os outros que se lhe seguiam e os levasse de forma absolutamente inconsequente a se lhe juntarem no coro de protestos.
xix. No dia 11 de Abril os 5 candidatos mais votados depois de Carlos Gomes, Jr, encabeçados por Kumba Yalá, seu porta-voz, dão uma conferência de imprensa, em que o porta-voz afirma que não só ele não compareceria à 2ª volta, como ela, a 2ª volta, não se iria realizar, num anúncio claro de interrupção do processo eleitoral.
xx. No dia 12 de Abril, dá-se o golpe de estado, com a detenção de PR interino, Raimundo Pereira, e do candidato Carlos Gomes, Jr. (PM com funções suspensas e destacado 1º classificado na 1ª volta) de entre outros importantes membros do Governo.
20. Registe-se que esta onda de violência que vem desde o início da luta armada, não pode ser atribuída a este ou aquele actor político-militar em especial, mas a uma cultura de violência interiorizada e que se manifestou na luta pelo poder.
21. O mais estranho é que os que matam são do PAIGC e os que morrem também o são num ritual de antropofagia sem precedentes. O PAIGC ontem, um partido de heróis; o PAIGC hoje um partido de assassinos. É uma triste e deprimente constatação.
22. O sonho de Cabral do seu PAIGC gerar um "homem novo forjado na luta" com princípios e valores bem sintonizados com o respeito pela dignidade do Homem e defesa do humanismo e da humanidade foi completamente defraudado pela metamorfose que esse homem sonhado e idealizado terá sofrido, surgindo como o mais acabado homo belicus, perito na arte de matar.
MAS O MAU DA FITA É AINDA O "COLON".QUE SÓ SERVE PARA "PAGAR".E "ACOLHER" PELOS VISTOS "UNILATERALMENTE"
GOSTARIA É DE SABER PARA ONDE FORAM OS CABO-VERDIANOS CORRIDOS DA GUINÉ E QUE INSTRUMENTALIZARAM A REVOLTA...
OS 300000 GUINEENSES "NACIONALIZADOS" POR PORTUGAL TIRANDO AÍ MEIA DÚZIA SOBREVIVERAM AOS FUZILAMENTOS, LOGO ERAM PAIGC´S...E AGORA SERÃO O QUÊ?CÁ...
VÊM COMO NOS AFUNDARAM?SÓ A "DESPESA" É QUE PODE SER "NACIONAL", O RESTO PÁ É DO MUNDO...
8. Pouco tempo depois do Golpe de 25 de Abril, o PAIGC instala-se oficiosamente em Bissau, e assiste-se a uma onda de "raptos" seguidos de fuzilamentos no mato de indivíduos que haviam abandonado o PAIGC, e se encontravam em Bissau, e de outros que eram acusados de colaborar com o "colon". Nem sequer havia julgamentos. Uma "brigada" composta por uma suposta gente na clandestinidade ávida de mostrar serviço apontava-os e localizava-os não se sabe com que critério. Eram levados e fuzilados. Quando se perguntava por um fulano, que se supunha nessa situação, a resposta era: Partido lêba'l! (O Partido levou-o!) As coisas passavam-se à calada da noite e sob a cumplicidade silenciosa de todos. Tudo era permitido ao PAIGC, inclusive tirar vida aos seus concidadãos, por simples decisão dos seus dirigentes e sem que tenha de prestar quaisquer justificações públicas.
9. A entrada do PAIGC após o reconhecimento de jure fora deveras triunfal. O mundo inteiro rendia-se à gesta dos obreiros da independência. E os guineenses orgulhosos dos seus combatentes reverenciavam-se humilde e generosamente perante eles. Entregaram-se de alma lavada e de corpo inteiro ao anunciado projecto da (re)construção nacional. Acreditaram todos, com raríssimas excepções, que aqueles que foram capazes de levar de vencida, com todo o brilhantismo que se lhes reconhece, um exército europeu, também poderiam ser competentes para gerir o País. Tanto mais que anunciavam em grandes parangonas a chegada do "Homem Novo forjado na luta" prenhe de virtudes e convicções nacionalistas.
10. O sucesso da luta embriagou o PAIGC e cegou os seus dirigentes. Declaram guerra à uma indefesa e descuidada (politicamente) sociedade de "civis" e não só decretaram o seu desaparecimento, como arrogantemente dispensaram a sua participação como cidadãos de pleno direito no processo da (re)construção nacional. Um amigo meu, a este propósito, e comentando um artigo que eu escrevera, disse:
"Para o cúmulo disso tudo, o que está a atrasar o país é que introduziram na vida social guineense um elemento perturbador que é a divisão entre os que fizeram a luta, «os melhores filhos», que a si arrogam tudo, e os que já cá estavam que lhes devem prestar vassalagem e a nada têm direito."
11. O governo instalou-se em Bissau após o reconhecimento de jure por parte de Portugal. Os ministros eram chamados "comissários" e ao primeiro-ministro "comissário principal". Logo nos primeiros sinais verificamos que estávamos perante gente incapaz e incompetente para gerir um país. Arrogantes e com tiques autistas para esconder as enormes insuficiências e total impreparação; e a culminar uma moral muito duvidosa dado o comportamento perante a sociedade.
12. O período desse governo foi de seis anos (1974 - 1980). Teve o privilégio e o benefício de ter sido o governo que maior ajuda per capita recebeu no mundo inteiro. Desbaratou-a completamente em projectos megalómanos decididos de forma acéfala e autocrática. Sobre este período escrevi num artigo de opinião:
"O novo poder que se instalou em Bissau (1974), não escondia o seu carácter repressivo, autoritarista, intimidatório e revanchista. O medo e a intolerância instalaram-se. O ajuste de contas havia já substituído a reconciliação mesmo antes da sua instalação (do poder) com desaparecimentos misteriosos e execuções sumárias. Algumas ocorrências e mortes, designadamente a do Primeiro-Ministro Francisco Mendes (Chico Té) encontram-se até hoje envoltas em profundos enigmas e mistérios. A debandada dos quadros e de toda uma administração com o seu "know how" processava-se de forma assustadora criando um negligenciado vazio real na Administração do Estado, de efeitos não devidamente dimensionados e sopesados e, por isso, arrogantemente desprezados pelas novas autoridades. Os projectos megalómanos pontificavam-se como verdadeiros elefantes brancos desbaratando a eito toda a ajuda da cooperação internacional; sinais exteriores de riqueza exibiam-se denunciando na mesma medida um certo novo-riquismo e o despontar despudorado da corrupção; os bens essenciais escasseavam; o peso, moeda nacional, depreciava-se a um ritmo acelerado agravando o já muito débil poder de compra; e a economia degradava-se a uma taxa galopante. A insatisfação era total."
13. Perante o cenário descrito, que talvez peque por defeito, pois funções de director-geral de importantes empresas públicas chegaram a ser exercidas por autênticos analfabetos cujo único curriculum era ter participado na luta para a independência, rumores permanentes percorriam toda a cidade de Bissau sobre a iminência de um golpe de estado. O que variava era apenas a identidade do seu eventual autor que oscilava entre 2 a 3 nomes;
14. A 14 de Novembro de 1980, Nino Vieira consuma aquilo que todos esperavam pondo fim a esse governo, do qual ele era primeiro-ministro, através daquilo a que chamou "Movimento Reajustador". Suspende a Assembleia Nacional e cria o "Conselho da Revolução".
15. Foi na sequência desse golpe que aparecem as valas comuns com algumas centenas de cadáveres, pondo a descoberto a máscara humanística do PAIGC e que pela sua gravidade e dimensão humana e no quadro do sistema de funcionamento do PAIGC - estrutura marxista-leninista - não se podem alhear, como bem o tentaram, os seus dirigentes de topo (ainda em Unidade) em Cabo Verde e na Guiné-Bissau. Todos "sabiam" e foram igualmente responsáveis. A este respeito um outro articulista depois de confirmar o quadro descrito no ponto 12, acrescentava:
"O que não sabíamos (nem podíamos imaginar) era que nessa altura o regime já tinha embarcado num projecto criminoso para o qual não havia volta. Nesse preciso momento Guineenses estavam a matar Guineenses e a enterrá-los em valas comuns em Jugudul,Cumeré, e outros sítios, num genocídio que nem os colonialistas nos seus mais criminosos sonhos ousaram apenas imaginar."(Fim de transcrição)
16. Com o golpe de 14 de Novembro na Guiné, Cabo Verde apressou-se, num gesto pleno de oportunismo e imediatismo, a romper com o processo de Unidade que tantas vítimas gerara na Guiné e em Cabo Verde tendo até estado nas especulações quanto às causas próximas do assassínio de Amílcar Cabral. De ambos os lados, as congratulações superaram de longe as lamentações que não passaram, na maior parte dos casos, de algum decoro e de puras formalidades.
17. O chamado "Movimento Reajustador" mostrou logo a sua verdadeira face e fez desvanecer toda a esperança que nele se havia depositado de promover a concórdia nacional e "reajustar" aquilo que se considerava desvio da linha orientadora do PAIGC. Liberto da ala cabo-verdiana do PAIGC, o que foi fortemente aclamado pelos quadros "lutistas" ávidos de afirmação num ambiente de vazio, nasce um corpo de "nacionalistas guineístas" que se apressa a depurar a já muito débil administração do estado através de autêntica caça às bruxas com o beneplácito do poder instituído e dos seus acólitos. O aparelho repressivo é aperfeiçoado e a debandada dos quadros técnicos, sobretudo, de origem cabo-verdiana é praticamente geral. A incompetência e a iliteracia tomam conta do próprio governo; a desilusão e a decepção regressam com o mesmo fulgor dos primórdios da independência.
18. Nino Vieira tendo enveredado pelo mesmo caminho do seu antecessor, e temendo que lhe acontecesse o que ele próprio havia feito, engendrou a sua eternização no poder, com a eliminação de todos aqueles que com o prestígio também de antigos combatentes, fonte da sua legitimação, lhe podiam fazer frente. Uma figura despontava e impunha-se pela sua postura de discrição, honestidade, fino trato, sensatez e clarividência, tanto entre aqueles que de perto trabalharam e trabalhavam com ele, como em toda a sociedade guineense - Paulo Correia.
19. É assim, que:
i. A 17 de Outubro de 1985, uma alegada intentona "balanta" para derrubar Nino Vieira foi atribuída a Paulo Correia que no seu seguimento foi "julgado" e condenado à morte com mais 5 (Binhanquerem na Tchuda, Braima Bangura, N'Baná Sambú, Pedro Ramos, e Viriato Pam) de entre mais de meia centena de acusados. Outros 5 terão perdido a vida na prisão (Agostinho Gomes, B'nhate na Biate, Foré na ‘Mbitna, João da Silva e Zacarias António Pereira). Processa-se a partir desta data uma autêntica antropofagia entre os dirigentes do PAIGC que se vêem privados por eliminação física dos seus mais proeminentes quadros da luta armada.
ii. A 7 de Junho de 1997 uma tentativa de golpe de estado levada a cabo por uma "Junta Militar" chefiada por Ansumane Mané, ex-CEMGFA, deposto uma semana antes por alegado envolvimento no tráfico de armas com os rebeldes de Casamança, gera uma guerra civil.
iii. A 7 de Maio de 1999 Nino Vieira é deposto. Parte para o exílio depois de obrigado a renunciar o cargo de PR que é assumido interinamente, nos termos da Constituição, pelo Presidente da ANP, Malam Bacai Sanhá pondo fim a uma guerra civil de 11 meses.
iv. Em Julho de 1999, processam-se importantes emendas na Constituição: Abolição da pena de morte; limitação de mandatos de presidente da república a dois; estabelecimento de que os principais titulares de cargos de estado têm que ser guineenses, filhos de pais guineenses. [ii]
v. A 16 de Janeiro de 2000, Kumba Yalá, do PRS, vence as eleições presidenciais contra o candidato do PAIGC, Malam Bacai Sanhá. Com a eleição de Kumbá Yalá as funções presidenciais perderam dignidade e respeito devido a postura histriónica do presidente potenciada com actos caricatos e indignos para a imagem interna e externa do País. Mas o mais grave é a tentativa de "balantização" do exército com a elevação a patentes de comando de muitos militares.
vi. O acto de promoção por parte do PR desagradou o então CEMGFA, Ansumane Mané, que numa atitude pública e mediática provocatória, insensata e humilhante para os protagonistas processou de forma arrogante a retirada, pelas suas próprias mãos, das patentes que tinham sido conferidas a esses militares.
vii. A 30 de Novembro de 2000 é assassinado Ansumane Mané, de forma bárbara, ao que parece depois de ele se ter entregado, estando ainda por desvendar os autores e as verdadeiras razões do seu assassínio.
viii. A 14 de Setembro de 2003, Kumba Yalá, através de um golpe comandado por Veríssimo Seabra, então CEMGFA, à frente de um "Comité Militar", é deposto. Renuncia formalmente 3 dias depois, tendo sido substituído pelo empresário Henrique Pereira Rosa.
ix. A 6 de Outubro de 2004, Veríssimo Seabra, CEMGFA, é assassinado supostamente por um levantamento dos militares que tinham estado na Libéria como força de interposição, aparentemente, por corrupção ligada à questão salarial.
x. A 24 de Julho de 2005 Nino Vieira volta ao poder através de eleições, demite o governo de Carlos Gomes, Jr. (discricionariedade que gera polémica constitucional) e nomeia em seu lugar Aristides Gomes (1 de Novembro de 2005) que é deposto através de uma moção de censura em 19 de Março de 2007. Carlos Gomes regressa ao poder em Dezembro de 2008 através de eleições ganhas pelo PAIGC com larga maioria.
xi. A 1 de Março de 2009, Tagma na Waié, CEMGFA, é assassinado através de um atentado bombista que, dadas a sofisticação, técnica e precisão utilizadas, dizem uns, ter a assinatura dos narcotraficantes estrangeiros não obstante também ele, Tagma, ser acusado de controlar uma das várias redes militares de narcotráfico; dizem outros, que é obra de especialistas militares estrangeiros. Acontece que Tagma na Waié previa o seu assassínio e apontava o seu futuro autor, pelo menos moral. Tinha deixado uma mensagem aos seus camaradas de armas: "Se ele me matar de manhã, matem-no à noite". A este propósito um amigo meu escreveu: "Talvez tenha sido a primeira vez que um morto mata um vivo."
xii. A 2 de Março de 2009, cumpria-se rigorosamente as ordens de ex-CEMGFA, com o assassínio de Nino Vieira que se diz ter sido uma mistura de tiros e catanadas da forma mais selvagem e bárbara que se possa imaginar. Dizem uns, por gente ligada a Zamora Induta a mando do PM Carlos Gomes, Jr. e outros que a operação fora levado a cabo por membros do Batalhão de Mansôa que se encontrava sob o comando de António Injai que:
"Uma semana antes Indjai assinara em Bissau, perante uma comissão composta pelo Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, CEMGFA, Zamora Induta, Procurador-Geral da República e o Presidente, um documento onde reconhecia estar envolvido numa operação de narcotráfico que ocorrera no aeródromo de Cufar, sul da Guiné, desmantelada «in extremis» pelos militares de Zamora Induta. Na mesma ocasião ficou estabelecido que António Indjai seria automaticamente exonerado do cargo de número dois das forças armadas e partiria para Cuba, oficialmente, em «tratamentos médicos»." (Fim de transcrição)
xiii. A 5 de Junho de 2009 são assassinados Baciro Dabó, candidato às presidenciais e Helder Proença (Político dinâmico, ex-Ministro da Defesa de Nino Vieira). Sobre o assassínio de Baciro Dabó, escreve um analista num artigo intitulado "Figuras de Narcotráfico na Guiné-Bissau:
"Pedra basilar de todo o fenómeno do narcotráfico na Guiné-Bissau foi Baciro Dabó, assassinado na madrugada de 5 de Junho de 2009 em mais uma alegada tentativa de Golpe de Estado a assolar a ex-colónia portuguesa. Baciro Dabó ocupou entre 2006 e 2008 as pastas de Secretário de Estado da Ordem Pública e posteriormente de Ministro da Administração Interna. Em final de 2008, e não obstante o avolumar de suspeitas internacionais de envolvimento no narcotráfico, Baciro foi nomeado Ministro da Administração Territorial."
Mais adiante, continua o mesmo articulista:
"Mas a transformação da Guiné - Bissau em Narco-Estado não foi trabalho exclusivo de Baciro Dabó. Apesar do lugar central que desempenhou, Baciro teve a conivência e o apoio das principais figuras do Estado Guineense, desde políticos, militares a empresários e deputados, alguns deles ainda em funções.
Nino Vieira, o ex- Presidente da República Guineense assassinado a 2 de Março de 2009, ocupou um lugar central em todo este processo."
xiv. Bacai Sanhá é eleito Presidente da República a 28 de Junho de 2009 vencendo Kumba Yalá numa 2ª volta.
xv. A 1 de Abril de 2010, uma tentativa de golpe de estado conduzida pelo vice-CEMGFA, Gen. António Injai e pelo Alm. Bubo na Tchuto, detém o PM Carlos Gomes, Jr. com ameaça de morte, caso houvesse reacção popular de apoio bem como o seu CEMGFA, Alm. Zamora Induta. O silêncio inicial do então-Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, foi notória e a sua condenação tímida e tardia foi grave, sobretudo ao classificar a ocorrência como um "pequeno problema entre militares". Mas mais grave ainda foi o facto do autor do atentado ter sido, por ele, nomeado no seguimento do seu acto a CEMGFA tal como reivindicava apesar do aviso americano através de um comunicado transmitido da sua embaixada em Dakar:
"É impossível para os EUA contribuir para o processo de reforma da segurança e da defesa se essas pessoas, ou outros implicados no tráfico de estupefacientes, forem nomeados ou permanecerem em postos de responsabilidade nas forças armadas", acrescentando em outro passo:
É "imperativo" que o chefe das Forças Armadas - que deve ser nomeado em breve pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá - não esteja "implicado nos acontecimentos de 01 de Abril", evocando implicitamente o major-general António Indjai.
Mais tarde, num despacho da Lusa lê-se:
"O governo americano espera trabalhar com as autoridades guineenses para desalojar as pessoas que ocupam funções oficiais e que se servem do seu poder para facilitar o tráfico de estupefacientes".
Ainda no decorrer deste caso e sobre o Alm. Bubo na Tchuto, seu cúmplice, escreve um analista:
"No dia 1 de Abril, soldados leais a Bubo Na Tchuto entraram no edifício da ONU e resgataram-no[iii], enquanto detinham o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o Chefe do Estado-Maior General, almirante Zamora Induta.
"Bubo Na Tchuto é a força por trás de todas as outras forças", disse à reportagem o director político da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Abdel Fatau Musah. "O facto de ele estar a controlar as coisas é muito desagradável".
xvi. Malam Bacai Sanhá morre em França a 9 de Janeiro de 2012 e as eleições presidenciais para a sua substituição têm lugar a 18 de Março de 2012, data que buscava o cumprimento de um preceito constitucional e tinha a concordância de todos os partidos e de todos os putativos candidatos avisados da desactualização dos Cadernos Eleitorais e da impossibilidade de os regularizar nesse lapso de tempo.
xvii. O decorrer das eleições e os resultados da 1ª volta não deixaram qualquer dúvida aos observadores internacionais que se pronunciaram e a diferença de votos entre os candidatos também não deixava espaço para a reclamação posteriormente engendrada. O peso das eventuais irregularidades, seria insignificante para alterar o curso normal das eleições. E a existirem seria mais fácil encontrarem-se entre o 2º e o 3º classificados do que entre o 1º e os outros. (vide quadro)
xviii. A iminência de uma derrota anunciada na 2ª volta por parte da oposição levou que o seu mais bem classificado candidato, por coincidência da etnia balanta, um ex-presidente, eterno contestatário e pertencente ao maior partido da oposição "manipulasse" - só assim se compreende - os outros que se lhe seguiam e os levasse de forma absolutamente inconsequente a se lhe juntarem no coro de protestos.
xix. No dia 11 de Abril os 5 candidatos mais votados depois de Carlos Gomes, Jr, encabeçados por Kumba Yalá, seu porta-voz, dão uma conferência de imprensa, em que o porta-voz afirma que não só ele não compareceria à 2ª volta, como ela, a 2ª volta, não se iria realizar, num anúncio claro de interrupção do processo eleitoral.
xx. No dia 12 de Abril, dá-se o golpe de estado, com a detenção de PR interino, Raimundo Pereira, e do candidato Carlos Gomes, Jr. (PM com funções suspensas e destacado 1º classificado na 1ª volta) de entre outros importantes membros do Governo.
20. Registe-se que esta onda de violência que vem desde o início da luta armada, não pode ser atribuída a este ou aquele actor político-militar em especial, mas a uma cultura de violência interiorizada e que se manifestou na luta pelo poder.
21. O mais estranho é que os que matam são do PAIGC e os que morrem também o são num ritual de antropofagia sem precedentes. O PAIGC ontem, um partido de heróis; o PAIGC hoje um partido de assassinos. É uma triste e deprimente constatação.
22. O sonho de Cabral do seu PAIGC gerar um "homem novo forjado na luta" com princípios e valores bem sintonizados com o respeito pela dignidade do Homem e defesa do humanismo e da humanidade foi completamente defraudado pela metamorfose que esse homem sonhado e idealizado terá sofrido, surgindo como o mais acabado homo belicus, perito na arte de matar.
MAS O MAU DA FITA É AINDA O "COLON".QUE SÓ SERVE PARA "PAGAR".E "ACOLHER" PELOS VISTOS "UNILATERALMENTE"
GOSTARIA É DE SABER PARA ONDE FORAM OS CABO-VERDIANOS CORRIDOS DA GUINÉ E QUE INSTRUMENTALIZARAM A REVOLTA...
OS 300000 GUINEENSES "NACIONALIZADOS" POR PORTUGAL TIRANDO AÍ MEIA DÚZIA SOBREVIVERAM AOS FUZILAMENTOS, LOGO ERAM PAIGC´S...E AGORA SERÃO O QUÊ?CÁ...
VÊM COMO NOS AFUNDARAM?SÓ A "DESPESA" É QUE PODE SER "NACIONAL", O RESTO PÁ É DO MUNDO...
TAL COMO CÁ OS REVOLUCIONÁRIOS BRASILEIROS MAIS AFOITOS SÃO OS MENOS BRASILEIROS...
Le Brésil fait face à ses années de plomb
Mots clés : Brésil, Dilma Rousseff
Torturée pendant la dictature, au début des années 70, le présidente brésilienne, Dilma Rousseff est en pleurs, le 16 mai dernier à Brasilia, lors de la mise en place de la commission vérité. Crédits photo : PEDRO LADEIRA/AFP
C'est le dernier pays de la région à mettre en place une commission de la vérité sur les crimes de la dictature.
À Rio de Janeiro
Nom: Dilma Vana Rousseff. Âge: 64 ans. Statut: victime de la dictature. C'est à ce titre qu'un tribunal vient de contraindre l'État de Rio de Janeiro à verser une indemnisation de 7 700 euros à la présidente brésilienne, pour les tortures subies au début des années 1970. L'annonce intervient trois jours après la mise en place de la première commission de la vérité au Brésil. Alors que l'Argentine, le Chili, l'Uruguay et le Paraguay ont mis la lumière sur les crimes des régimes militaires, envoyant des responsables derrière les barreaux, à Brasilia, le sujet restait tabou. En cause, la résistance des militaires, qu'aucun chef d'État n'a affrontée, et l'absence de mobilisation de la société, étant donné le nombre relativement bas de victimes. Le Brésil a officiellement enregistré 400 morts et disparus sous la dictature, contre 3 200 au Chili et 30 000 en Argentine.
Dès son élection, Dilma Rousseff a fait de la commission de la vérité une priorité. Sept juristes ont été nommés, parmi lesquels Paulo Sérgio Pinheiro, sociologue et actuel président de la Commission internationale d'enquête de l'ONU pour la Syrie, et Rosa Maria da Cunha, qui avait été l'avocate de la présidente durant la dictature, un choix perçu comme une provocation par les militaires.
Soucieuse de déjouer les conflits, Dilma Rousseff a invité tous les présidents vivants depuis le rétablissement de la démocratie en 1985 à accompagner le lancement des travaux de la commission dont le chemin de cette dernière est semé d'embûches. Elle a peu de moyens financiers, un pouvoir d'invitation et non de convocation des témoins et responsables, et ne peut délivrer aucune condamnation. En outre, les militaires ont obtenu que les enquêtes concernent la période de 1946 à 1988. Comme la commission n'a que deux ans pour présenter ses conclusions, le temps consacré aux années de plomb (1964-1985) sera d'autant plus limité.
Contre-attaque des militaires
La contre-attaque n'a pas tardé. Des officiers de la réserve ont créé une commission parallèle pour faire connaître leur version des faits. Ils demandent à ce que soient également examinés les crimes des guérilleros contre la dictature. Une vision inacceptable aux yeux de Daniel Aarao Reis, professeur à l'Université fédérale fluminense: «Il n'y avait pas deux côtés, comme dans un combat conventionnel. La vérité, c'est que l'État a massacré des centaines de révolutionnaires dans des conditions extrêmement inégales, utilisant la police et les armées pour violer les droits de l'homme.» Pour l'historien, il faudra non seulement que la commission dévoile les noms des tortionnaires, mais aussi le fonctionnement de la hiérarchie qui a fait de cette répression une politique d'État, ainsi que ses relais au sein du monde des affaires.
Les associations de droits de l'homme veulent en profiter pour inciter les Brésiliens à repenser l'usage de la torture, banale dans bien des commissariats. «La dernière dictature n'a rien inventé, c'est une tradition qui vient des temps coloniaux de l'esclavage ; il suffit d'ouvrir n'importe quel journal pour voir que la pratique est vue comme un instrument naturel par plusieurs segments de la société», insiste Daniel Aarao Reis.
Le véritable enjeu est de savoir si les travaux de la commission relanceront les débats sur la légalité de l'amnistie de 1979, qui protège les tortionnaires. Alors que les juristes n'ont pas tranché, une partie de la société civile est sortie de la léthargie, en organisant des «esculachos», comme en Argentine. Il s'agit de se réunir un groupe de militants à la porte d'un responsable de la dictature connu pour ses méfaits et de recouvrir son domicile de peinture, tags et banderoles. Impossible dès lors, pour ses voisins, d'ignorer que le respectable retraité était en fait un tortionnaire.
APESAR DA DERROCADA DO "SOL NA TERRA", A EX-URSS, CUBA,PEQUIM QUE EMANAVAM "ORDENS" DE REBELIÃO PARA TODO O PLANETA NÃO ESQUECERAM A TÁCTICA DO SALAME.QUE É CONSEGUIREM O QUE QUEREM ÀS FATIAS MUITO FININHAS.COMO CÁ ASSALTAR BANCOS, METER BOMBAS, DESTRUIR PROPRIEDADES, PACTUAR E AJUDAR O "INIMIGO", PROMOVER A TRAIÇÃO ERA "DEMOCRÁTICO"
TAL COMO CÁ OS MENOS FILHOS DA NAÇÃO, POR SEREM RECÉM-CHEGADOS, CONSEGUEM FAZER-SE ELEGER.COITADOS DOS BRASILEIROS PATRIOTAS SE NÃO OS CONSEGUIREM TRAVAR...
REPAREM QUE ESSES "INTELECTUAIS" MARXISTAS NUNCA EXIGEM "COMISSÕES DE VERDADE" ONDE OS "SEUS" FUZILAMENTOS, PRISÕES ARBITRÁRIAS,ROUBOS, EXPULSÕES,LIMPEZAS ÉTNICAS FORAM AOS MILHARES OU AOS MILHÕES...
CONCLUSÃO:PASSARAM A VIDA A ACREDITAR EM MENTIRAS E RECUSAM-SE A VER AS VERDADES.ESTES FALSOS TOUREIROS QUERIAM TOUREAR SEM LEVAR CORNADAS...UNS FALHADOS!
Mots clés : Brésil, Dilma Rousseff
Torturée pendant la dictature, au début des années 70, le présidente brésilienne, Dilma Rousseff est en pleurs, le 16 mai dernier à Brasilia, lors de la mise en place de la commission vérité. Crédits photo : PEDRO LADEIRA/AFP
C'est le dernier pays de la région à mettre en place une commission de la vérité sur les crimes de la dictature.
À Rio de Janeiro
Nom: Dilma Vana Rousseff. Âge: 64 ans. Statut: victime de la dictature. C'est à ce titre qu'un tribunal vient de contraindre l'État de Rio de Janeiro à verser une indemnisation de 7 700 euros à la présidente brésilienne, pour les tortures subies au début des années 1970. L'annonce intervient trois jours après la mise en place de la première commission de la vérité au Brésil. Alors que l'Argentine, le Chili, l'Uruguay et le Paraguay ont mis la lumière sur les crimes des régimes militaires, envoyant des responsables derrière les barreaux, à Brasilia, le sujet restait tabou. En cause, la résistance des militaires, qu'aucun chef d'État n'a affrontée, et l'absence de mobilisation de la société, étant donné le nombre relativement bas de victimes. Le Brésil a officiellement enregistré 400 morts et disparus sous la dictature, contre 3 200 au Chili et 30 000 en Argentine.
Dès son élection, Dilma Rousseff a fait de la commission de la vérité une priorité. Sept juristes ont été nommés, parmi lesquels Paulo Sérgio Pinheiro, sociologue et actuel président de la Commission internationale d'enquête de l'ONU pour la Syrie, et Rosa Maria da Cunha, qui avait été l'avocate de la présidente durant la dictature, un choix perçu comme une provocation par les militaires.
Soucieuse de déjouer les conflits, Dilma Rousseff a invité tous les présidents vivants depuis le rétablissement de la démocratie en 1985 à accompagner le lancement des travaux de la commission dont le chemin de cette dernière est semé d'embûches. Elle a peu de moyens financiers, un pouvoir d'invitation et non de convocation des témoins et responsables, et ne peut délivrer aucune condamnation. En outre, les militaires ont obtenu que les enquêtes concernent la période de 1946 à 1988. Comme la commission n'a que deux ans pour présenter ses conclusions, le temps consacré aux années de plomb (1964-1985) sera d'autant plus limité.
Contre-attaque des militaires
La contre-attaque n'a pas tardé. Des officiers de la réserve ont créé une commission parallèle pour faire connaître leur version des faits. Ils demandent à ce que soient également examinés les crimes des guérilleros contre la dictature. Une vision inacceptable aux yeux de Daniel Aarao Reis, professeur à l'Université fédérale fluminense: «Il n'y avait pas deux côtés, comme dans un combat conventionnel. La vérité, c'est que l'État a massacré des centaines de révolutionnaires dans des conditions extrêmement inégales, utilisant la police et les armées pour violer les droits de l'homme.» Pour l'historien, il faudra non seulement que la commission dévoile les noms des tortionnaires, mais aussi le fonctionnement de la hiérarchie qui a fait de cette répression une politique d'État, ainsi que ses relais au sein du monde des affaires.
Les associations de droits de l'homme veulent en profiter pour inciter les Brésiliens à repenser l'usage de la torture, banale dans bien des commissariats. «La dernière dictature n'a rien inventé, c'est une tradition qui vient des temps coloniaux de l'esclavage ; il suffit d'ouvrir n'importe quel journal pour voir que la pratique est vue comme un instrument naturel par plusieurs segments de la société», insiste Daniel Aarao Reis.
Le véritable enjeu est de savoir si les travaux de la commission relanceront les débats sur la légalité de l'amnistie de 1979, qui protège les tortionnaires. Alors que les juristes n'ont pas tranché, une partie de la société civile est sortie de la léthargie, en organisant des «esculachos», comme en Argentine. Il s'agit de se réunir un groupe de militants à la porte d'un responsable de la dictature connu pour ses méfaits et de recouvrir son domicile de peinture, tags et banderoles. Impossible dès lors, pour ses voisins, d'ignorer que le respectable retraité était en fait un tortionnaire.
APESAR DA DERROCADA DO "SOL NA TERRA", A EX-URSS, CUBA,PEQUIM QUE EMANAVAM "ORDENS" DE REBELIÃO PARA TODO O PLANETA NÃO ESQUECERAM A TÁCTICA DO SALAME.QUE É CONSEGUIREM O QUE QUEREM ÀS FATIAS MUITO FININHAS.COMO CÁ ASSALTAR BANCOS, METER BOMBAS, DESTRUIR PROPRIEDADES, PACTUAR E AJUDAR O "INIMIGO", PROMOVER A TRAIÇÃO ERA "DEMOCRÁTICO"
TAL COMO CÁ OS MENOS FILHOS DA NAÇÃO, POR SEREM RECÉM-CHEGADOS, CONSEGUEM FAZER-SE ELEGER.COITADOS DOS BRASILEIROS PATRIOTAS SE NÃO OS CONSEGUIREM TRAVAR...
REPAREM QUE ESSES "INTELECTUAIS" MARXISTAS NUNCA EXIGEM "COMISSÕES DE VERDADE" ONDE OS "SEUS" FUZILAMENTOS, PRISÕES ARBITRÁRIAS,ROUBOS, EXPULSÕES,LIMPEZAS ÉTNICAS FORAM AOS MILHARES OU AOS MILHÕES...
CONCLUSÃO:PASSARAM A VIDA A ACREDITAR EM MENTIRAS E RECUSAM-SE A VER AS VERDADES.ESTES FALSOS TOUREIROS QUERIAM TOUREAR SEM LEVAR CORNADAS...UNS FALHADOS!
Friday, May 25, 2012
O SALVAMENTO DE UM MILHÃO DE IMIGRANTES E AFINS É OU NÃO UMA RIQUEZA?
Governo não trava despesa. E dívida é maior do que se diz
QUINTA, 24 MAIO 2012
Défice aumenta com quebra de 3% nos impostos. Relatório de Execução Orçamental mostra um crescimento de 2,6% da despesa da Administração Central. Saldo da Segurança Social é 62% mais baixo do que o valor registado no mesmo período de 2011
O défice do Estado nos primeiros quatro meses do ano foi de 3,1 mil milhões de euros, mais 25% que no mesmo período de 2011. A justificar a variação está uma quebra na receita e um aumento da despesa. Entre janeiro e abril, a receita caiu 2,2%, empurrada principalmente pela contração de 3% dos impostos. No entanto, é na despesa que a diferença em relação a 2011 é maior. A despesa efetiva do Estado subiu 2,6%, apesar de os gastos primários continuarem a cair (-0,9%).
A subida dos números da despesa é justificada pelo pagamento de juros e outros encargos relacionados com a dívida (57,9%), um calendário de juros de Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro mais pesado do que no mesmo período de 2011 e um incremento de 4,6% das transferências correntes para a Segurança Social, devido à transferência dos fundos de pensões dos bancários. Além do que a contribuição nacional para o orçamento da União Europeia cresceu (102,3 milhões de euros).
Para a descida da despesa, contribuiu a redução das transferências para o Serviço Nacional de Saúde (-9,5%), instituições de Ensino Superior e Ação Social do ES (19,7%) e Administração Local (5,6%); uma contração da despesa com pessoal (-5,8% em remunerações permanentes); e um decréscimo na compra de serviços.
Tudo somado, foram 14,16 mil milhões de euros. Mais 357 milhões do que nos primeiros quatro meses de 2011.
Subsidio de desemprego
Nos primeiros quatro meses, Portugal gastou mais 150 milhões em subsídio de desemprego do que no ano passado. A variação está integrada no aumento da despesa com pensões e outras prestações sociais – que subiram 4,3% e 6,1%, respetivamente.
Segundo os números inscritos no boletim de execução orçamental, a Segurança Social registou um saldo global positivo de 274,3 milhões de euros, menos 451 milhões face a 2011. "A evolução desfavorável da despesa com prestações sociais – sobretudo pensões e subsídios de desemprego e apoios ao emprego -, em paralelo com o decréscimo da receita de contribuições, encontram-se em linha com a conta deste subsetor apresentada em sede de Orçamento Retificativo", lê-se no relatório.
Por um lado, há uma quebra na receita devido à contração de contribuições para a Segurança Social (-2,8%), justificada por mais desemprego e pela compressão da massa salarial – efeito que o Governo admite desejar. Por outro, a despesa com prestações de desemprego subiu 150,3 milhões, enquanto os gastos com formação profissional avançaram 84,7 milhões. No total de 2011, gastou-se 2,1 mil milhões de euros com subsídios de desemprego.
Dívida pública é muito maior do que se diz
O CONSELHO das Finanças Públicas lamenta que os critérios de Maastricht, seguidos pelo Eurostat e pelo Governo, "deixem de fora a dívida comercial e a dívida ainda não devidamente reconhecida".
Para Teodora Cardoso, presidente do recém-formado Conselho das Finanças Públicas (CFP), o problema tem importância e deve ser corrigida quanto antes. "A nossa posição está implícita no relatório que apresentámos. É preciso uma definição mais abrangente não só para a despesa, mas também para a dívida pública. A existência desses valores referem-se a dívida comercial.
Não é muito aconselhável, numa lógica de compromisso, haver entidades que compram ou investem sem que essa despesa apareça", explicou ontem a administradora do Banco de Portugal, na apresentação da primeira análise sobre o Documento de Estratégia Orçamental (DEO), em Lisboa.
Por exemplo, a dívida efetiva detetada pela OCDE é muito maior face à que emerge dos critérios do Eurostat. Outras instituições, aliás, já fizeram o mesmo reparo. A diferença ronda, todos os anos, cerca de dez pontos percentuais do PIB, ou seja, Portugal tem mais cerca de 17 mil milhões de euros de dívida fora das contas oficiais.
Para o Governo, a dívida oficial é menor: será de 113,1% (2012) e 115,7% (2013); a OCDE assume que, mesmo usando a definição do Eurostat, os rácios sobem para 114,5% e 120,3%, respetivamente.
Escritório emprestado
O CFP foi formado em fevereiro, mas ainda não tem instalações autónomas, nem email com domínio próprio (comunica através de uma conta no gmail). "Temos estado a trabalhar em três assoalhadas que o Banco de Portugal nos emprestou. E nos nossos computadores pessoais", lamentou Teodora Cardoso. O CFP é formado por apenas cinco pessoas. A nova instituição voltou a criticar o Governo por o DEO dar pouca informação ou estar incompleto. "A crise da Zona Euro, a questão do desemprego, a crise da economia espanhola não estão explicitadas no DEO. É um documento incompleto na listagem dos riscos", atirou a economista. O CFP sugere ainda que o Governo tenha uma abordagem diferente na contenção de despesa com os funcionários públicos.
Nuno Aguiar | Dinheiro Vivo | 24-05-2012
QUEM FAZ AS LEIS E AS APLICA OU SEJA OS INTERNACIONALISTAS-INTERPRETADORES-MAÇÓNICOS-ADVOGADOS, EX-DESCOLONIZADORES SEM DIREITO A BENS E AGORA COLONIZADORES COM TODOS OS SUBSÍDIOS TÊM "OBRA" PARA APRESENTAR:A TOTAL FALÊNCIA DA NAÇÃO POR MUITOS DECÉNIOS!!!MAS ELES ESTÃO RICOS...E SÃO "DONOS"...
QUINTA, 24 MAIO 2012
Défice aumenta com quebra de 3% nos impostos. Relatório de Execução Orçamental mostra um crescimento de 2,6% da despesa da Administração Central. Saldo da Segurança Social é 62% mais baixo do que o valor registado no mesmo período de 2011
O défice do Estado nos primeiros quatro meses do ano foi de 3,1 mil milhões de euros, mais 25% que no mesmo período de 2011. A justificar a variação está uma quebra na receita e um aumento da despesa. Entre janeiro e abril, a receita caiu 2,2%, empurrada principalmente pela contração de 3% dos impostos. No entanto, é na despesa que a diferença em relação a 2011 é maior. A despesa efetiva do Estado subiu 2,6%, apesar de os gastos primários continuarem a cair (-0,9%).
A subida dos números da despesa é justificada pelo pagamento de juros e outros encargos relacionados com a dívida (57,9%), um calendário de juros de Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro mais pesado do que no mesmo período de 2011 e um incremento de 4,6% das transferências correntes para a Segurança Social, devido à transferência dos fundos de pensões dos bancários. Além do que a contribuição nacional para o orçamento da União Europeia cresceu (102,3 milhões de euros).
Para a descida da despesa, contribuiu a redução das transferências para o Serviço Nacional de Saúde (-9,5%), instituições de Ensino Superior e Ação Social do ES (19,7%) e Administração Local (5,6%); uma contração da despesa com pessoal (-5,8% em remunerações permanentes); e um decréscimo na compra de serviços.
Tudo somado, foram 14,16 mil milhões de euros. Mais 357 milhões do que nos primeiros quatro meses de 2011.
Subsidio de desemprego
Nos primeiros quatro meses, Portugal gastou mais 150 milhões em subsídio de desemprego do que no ano passado. A variação está integrada no aumento da despesa com pensões e outras prestações sociais – que subiram 4,3% e 6,1%, respetivamente.
Segundo os números inscritos no boletim de execução orçamental, a Segurança Social registou um saldo global positivo de 274,3 milhões de euros, menos 451 milhões face a 2011. "A evolução desfavorável da despesa com prestações sociais – sobretudo pensões e subsídios de desemprego e apoios ao emprego -, em paralelo com o decréscimo da receita de contribuições, encontram-se em linha com a conta deste subsetor apresentada em sede de Orçamento Retificativo", lê-se no relatório.
Por um lado, há uma quebra na receita devido à contração de contribuições para a Segurança Social (-2,8%), justificada por mais desemprego e pela compressão da massa salarial – efeito que o Governo admite desejar. Por outro, a despesa com prestações de desemprego subiu 150,3 milhões, enquanto os gastos com formação profissional avançaram 84,7 milhões. No total de 2011, gastou-se 2,1 mil milhões de euros com subsídios de desemprego.
Dívida pública é muito maior do que se diz
O CONSELHO das Finanças Públicas lamenta que os critérios de Maastricht, seguidos pelo Eurostat e pelo Governo, "deixem de fora a dívida comercial e a dívida ainda não devidamente reconhecida".
Para Teodora Cardoso, presidente do recém-formado Conselho das Finanças Públicas (CFP), o problema tem importância e deve ser corrigida quanto antes. "A nossa posição está implícita no relatório que apresentámos. É preciso uma definição mais abrangente não só para a despesa, mas também para a dívida pública. A existência desses valores referem-se a dívida comercial.
Não é muito aconselhável, numa lógica de compromisso, haver entidades que compram ou investem sem que essa despesa apareça", explicou ontem a administradora do Banco de Portugal, na apresentação da primeira análise sobre o Documento de Estratégia Orçamental (DEO), em Lisboa.
Por exemplo, a dívida efetiva detetada pela OCDE é muito maior face à que emerge dos critérios do Eurostat. Outras instituições, aliás, já fizeram o mesmo reparo. A diferença ronda, todos os anos, cerca de dez pontos percentuais do PIB, ou seja, Portugal tem mais cerca de 17 mil milhões de euros de dívida fora das contas oficiais.
Para o Governo, a dívida oficial é menor: será de 113,1% (2012) e 115,7% (2013); a OCDE assume que, mesmo usando a definição do Eurostat, os rácios sobem para 114,5% e 120,3%, respetivamente.
Escritório emprestado
O CFP foi formado em fevereiro, mas ainda não tem instalações autónomas, nem email com domínio próprio (comunica através de uma conta no gmail). "Temos estado a trabalhar em três assoalhadas que o Banco de Portugal nos emprestou. E nos nossos computadores pessoais", lamentou Teodora Cardoso. O CFP é formado por apenas cinco pessoas. A nova instituição voltou a criticar o Governo por o DEO dar pouca informação ou estar incompleto. "A crise da Zona Euro, a questão do desemprego, a crise da economia espanhola não estão explicitadas no DEO. É um documento incompleto na listagem dos riscos", atirou a economista. O CFP sugere ainda que o Governo tenha uma abordagem diferente na contenção de despesa com os funcionários públicos.
Nuno Aguiar | Dinheiro Vivo | 24-05-2012
QUEM FAZ AS LEIS E AS APLICA OU SEJA OS INTERNACIONALISTAS-INTERPRETADORES-MAÇÓNICOS-ADVOGADOS, EX-DESCOLONIZADORES SEM DIREITO A BENS E AGORA COLONIZADORES COM TODOS OS SUBSÍDIOS TÊM "OBRA" PARA APRESENTAR:A TOTAL FALÊNCIA DA NAÇÃO POR MUITOS DECÉNIOS!!!MAS ELES ESTÃO RICOS...E SÃO "DONOS"...
POR CÁ VAMOS TER MAIS LOJAS DOS 300...
L'allemand BMW monte
en puissance en Chine
Grâce à une nouvelle usine, le constructeur double sa capacité de production dans l'empire du Milieu.
E MAIS CHINESES.VÃO CHEGAR QUALQUER DIA OS ASSESSORES PARA A CGTP...
en puissance en Chine
Grâce à une nouvelle usine, le constructeur double sa capacité de production dans l'empire du Milieu.
E MAIS CHINESES.VÃO CHEGAR QUALQUER DIA OS ASSESSORES PARA A CGTP...
POR CÁ OS DEMOCRATAS ACHAM QUE OS NOSSOS ESTÃO MUITO BEM ONDE ESTÃO...AO DEUS DARÁ...
ASIA Soldados fallecidos en la Guerra de Corea
Corea del Sur recupera por primera vez restos de caídos en el Norte
Se trata de la primera repatriación de este tipo desde el armisticio que puso fin al conflicto entre la dos Coreas hace 59 años.
ISTO AO MESMO TEMPO QUE CONSIDERAM "PORTUGUESES" A UNS GAJOS QUAISQUER A QUEM DÊEM UM PASSAPORTE...VENHA ELE DONDE VIER.DE PREFERÊNCIA POBREZINHO...
Corea del Sur recupera por primera vez restos de caídos en el Norte
Se trata de la primera repatriación de este tipo desde el armisticio que puso fin al conflicto entre la dos Coreas hace 59 años.
ISTO AO MESMO TEMPO QUE CONSIDERAM "PORTUGUESES" A UNS GAJOS QUAISQUER A QUEM DÊEM UM PASSAPORTE...VENHA ELE DONDE VIER.DE PREFERÊNCIA POBREZINHO...
O GOVERNO BEM NOS DIZ QUE COMEÇAMOS A CRESCER LÁ PARA O FIM DO ANO...
Portugal vai precisar não de dois mas de três pacotes de ajuda, diz Citi
25 Maio 2012 | 00:01
Banco admite que o prazo de validade da Grécia no euro pode terminar este ano.
A Grécia vai sair do euro até ao final deste ano, o que atirará Portugal para um segundo plano de assistência, diz o Citi. O banco vaticina, no entanto, que mesmo esse segundo resgate não será suficiente. Em 2014 ou 2015, vai avançar-se para um terceiro programa, que abrangerá um "perdão" da dívida pública de Portugal. A Irlanda também não escapa.
MAS PRONTOS CADA VEZ QUE A GUINÉ FAZ UM GOLPE NÓS FICAMOS MAIS RICOS...
25 Maio 2012 | 00:01
Banco admite que o prazo de validade da Grécia no euro pode terminar este ano.
A Grécia vai sair do euro até ao final deste ano, o que atirará Portugal para um segundo plano de assistência, diz o Citi. O banco vaticina, no entanto, que mesmo esse segundo resgate não será suficiente. Em 2014 ou 2015, vai avançar-se para um terceiro programa, que abrangerá um "perdão" da dívida pública de Portugal. A Irlanda também não escapa.
MAS PRONTOS CADA VEZ QUE A GUINÉ FAZ UM GOLPE NÓS FICAMOS MAIS RICOS...
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QUE AS EMENTAS DA AR NÃO SEJAM SACRIFICADAS
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