Vítor Constâncio é o terceiro mais bem pago do mundo
por Ana Rita Guerra, Publicado em 21 de Maio de 2009
.Governador admitiu que 250 mil euros anuais constituem valor elevado
Vitor Constâncio espera altos níveis de incumprimento do crédito 1/1 + fotogalería .Só os governadores do banco central de Hong Kong e do banco central de Itália são mais bem pagos que Vítor Constâncio. O governador do Banco de Portugal, no cargo desde 2000, recebe cerca de 250 mil euros por ano. Ou seja, quase o dobro dos 140 mil euros que aufere o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Ben Bernanke. As contas foram feitas no final do ano passado pelo "Jornal de Negócios" e indicam que Constâncio ganha 18 vezes o rendimento per capita de Portugal, um dos rácios mais elevados de todos os governadores analisados.
A comparação não é fácil de fazer, uma vez que não se conhece quanto ganham os governadores dos bancos de Espanha, Itália, Malta, Grécia, Áustria, Chipre e Eslovénia. Sabe-se que o governador do banco de Itália recebia 650 mil euros em 2003, mas esta informação deixou de ser pública. Além dos 896 mil euros por ano que o presidente do banco central de Hong Kong ganha, só mesmo o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, rivaliza com Constâncio no salário anual (345 mil euros). Mas este não é um banco nacional. E se o governador do Banco de Portugal admitiu em Dezembro que o seu salário é demasiado elevado, a verdade é que nada mudou desde então. "Já tenho dito que deveria haver uma redução", afirmou então Vítor Constâncio, falando à margem de um almoço da Câmara do Comércio e Indústria Luso-Espanhola.
O governador lembrou ainda que o nível salarial não depende dele e que é o Ministério das Finanças que deve decidir sobre uma redução.
MAS GOSTAM MUITO DOS POBRES.EM ESPECIAL DOS DIFERENTES...
Tuesday, May 26, 2009
QUEM SEMEIA COLHE
O desordenado
"António Marinho Pinto está para o PS de Sócrates como o estão Vitalino Canas, Augusto Santos Silva ou Pedro Silva Pereira. É um indefectível. Tal como Sócrates, Marinho Pinto vê em tudo o que o prejudica uma urdidura de travestis do trabalho informativo. Tal como Sócrates, o Bastonário dos Advogados vê insultos nos factos com que é confrontado. E reage em disparatado ultraje e descontrolo, indigno de quem tem funções públicas. Marinho Pinto na TVI foi tão sectário como Vitalino Canas ou Santos Silva e conseguiu o prodígio de ser mais grosseiro numa entrevista do que Sócrates foi na RTP e Pedro Silva Pereira na SIC. É obra.
Marinho Pinto não tem atenuantes. Não trabalhou no Ministério do Ambiente de Sócrates e, que se saiba, não faz parte do seu núcleo duro. É pois de supor que não esteja vinculado ao voto de obediência cega que tem levado os mais próximos de Sócrates à defesa do indefensável, à justificação do injustificável e a encontrar razão no irracional. Não tendo atenuantes, Marinho Pinto tem agravantes. O Estado de direito delegou na Ordem dos Advogados importantes competências reguladoras de um exercício fundamental para a sociedade. O Bastonário tem que as exercer garantindo uma série de valores que lhe foram confiados pelos seus pares. O comportamento público do Bastonário sugere que ele está a cumprir uma bizarra agenda pessoal com um registo de regularidade na defesa apaixonada de José Sócrates e do PS.
O que provavelmente provocou em Marinho Pinto o seu lamentável paroxismo esbracejante em directo foi a dura comparação entre as suas denúncias sobre crimes de advogados e os denunciantes do Freeport. Se a denúncia de irregularidades na administração de bens públicos é um dever, a atoarda não concretizada é indigna. O que o Bastonário da Ordem dos Advogados disse sobre o envolvimento dos seus pares nos crimes dos seus constituintes é o equivalente aos desabafos ébrios tipo: "são todos uns ladrões" ou "carrada de gatunos". Elaborações interessantes e de bom-tom, se proferidas meio deitado num balcão de mármore entre torresmos e copos de três. Presumo que a Ordem dos Advogados não seja isso.
Nem sirva de câmara de eco às teorias esotéricas do Bastonário de que a Casa Pia foi uma Cabala para decapitar o PS ou que o Freeport é uma urdidura politico-judicial-jornalistica. Se num caso, um asilo do Estado com crianças abusadas fala por si, no outro, um mega centro comercial paredes-meias com a Rede Natura, tem uma sonoridade tão estridente como o grito de flamingos desalojados. A imagem que deu na TVI foi de um homem vítima de si próprio, dos seus excessos, do seu voluntarismo, das suas inseguranças e das suas incompetências. Marinho Pinto tentou mostrar que era o carrasco do mensageiro que tão más notícias tem trazido a José Sócrates.
Fê-lo vociferando uma caterva de insultos como se tivesse a procuração bastante passada pelo Primeiro Ministro para desencorajar e punir este jornalismo de pesquisa e denúncia que tantas e embaraçosas vezes tem andado à frente do inquérito judicial. E a verdade é que sem o jornalismo da TVI não havia "caso Freeport" e acabar com Manuela Moura Guedes não o vai fazer desaparecer."
Mário Crespo
"António Marinho Pinto está para o PS de Sócrates como o estão Vitalino Canas, Augusto Santos Silva ou Pedro Silva Pereira. É um indefectível. Tal como Sócrates, Marinho Pinto vê em tudo o que o prejudica uma urdidura de travestis do trabalho informativo. Tal como Sócrates, o Bastonário dos Advogados vê insultos nos factos com que é confrontado. E reage em disparatado ultraje e descontrolo, indigno de quem tem funções públicas. Marinho Pinto na TVI foi tão sectário como Vitalino Canas ou Santos Silva e conseguiu o prodígio de ser mais grosseiro numa entrevista do que Sócrates foi na RTP e Pedro Silva Pereira na SIC. É obra.
Marinho Pinto não tem atenuantes. Não trabalhou no Ministério do Ambiente de Sócrates e, que se saiba, não faz parte do seu núcleo duro. É pois de supor que não esteja vinculado ao voto de obediência cega que tem levado os mais próximos de Sócrates à defesa do indefensável, à justificação do injustificável e a encontrar razão no irracional. Não tendo atenuantes, Marinho Pinto tem agravantes. O Estado de direito delegou na Ordem dos Advogados importantes competências reguladoras de um exercício fundamental para a sociedade. O Bastonário tem que as exercer garantindo uma série de valores que lhe foram confiados pelos seus pares. O comportamento público do Bastonário sugere que ele está a cumprir uma bizarra agenda pessoal com um registo de regularidade na defesa apaixonada de José Sócrates e do PS.
O que provavelmente provocou em Marinho Pinto o seu lamentável paroxismo esbracejante em directo foi a dura comparação entre as suas denúncias sobre crimes de advogados e os denunciantes do Freeport. Se a denúncia de irregularidades na administração de bens públicos é um dever, a atoarda não concretizada é indigna. O que o Bastonário da Ordem dos Advogados disse sobre o envolvimento dos seus pares nos crimes dos seus constituintes é o equivalente aos desabafos ébrios tipo: "são todos uns ladrões" ou "carrada de gatunos". Elaborações interessantes e de bom-tom, se proferidas meio deitado num balcão de mármore entre torresmos e copos de três. Presumo que a Ordem dos Advogados não seja isso.
Nem sirva de câmara de eco às teorias esotéricas do Bastonário de que a Casa Pia foi uma Cabala para decapitar o PS ou que o Freeport é uma urdidura politico-judicial-jornalistica. Se num caso, um asilo do Estado com crianças abusadas fala por si, no outro, um mega centro comercial paredes-meias com a Rede Natura, tem uma sonoridade tão estridente como o grito de flamingos desalojados. A imagem que deu na TVI foi de um homem vítima de si próprio, dos seus excessos, do seu voluntarismo, das suas inseguranças e das suas incompetências. Marinho Pinto tentou mostrar que era o carrasco do mensageiro que tão más notícias tem trazido a José Sócrates.
Fê-lo vociferando uma caterva de insultos como se tivesse a procuração bastante passada pelo Primeiro Ministro para desencorajar e punir este jornalismo de pesquisa e denúncia que tantas e embaraçosas vezes tem andado à frente do inquérito judicial. E a verdade é que sem o jornalismo da TVI não havia "caso Freeport" e acabar com Manuela Moura Guedes não o vai fazer desaparecer."
Mário Crespo
A RECOMPENSA DOS BONS ACOLHIMENTOS E DAS "NACIONALIZAÇÕES" NA HORA
Enquanto esbofeteia a criança
Alexandra: mãe biológica aponta o dedo à família Pinheiro
HojeComentar
A NTV exibiu imagens da criança russa que foi retirada à família Pinheiro a ser esbofeteada pela mãe biológica que acusou o casal português de querer vender Alexandra para "retirar órgãos".
Portugal já não pode proteger menina russa
UMA "PORTUGUESA" DE NASCIMENTO ASSIM EXPORTADA?AFINAL ISTO DEMONSTRA QUE "PORTUGUESES" HÁ MUITOS.UNS MAIS DO QUE OUTROS.OS VERDADEIROS SÃO OS QUE SÓ PAGAM...
Alexandra: mãe biológica aponta o dedo à família Pinheiro
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A NTV exibiu imagens da criança russa que foi retirada à família Pinheiro a ser esbofeteada pela mãe biológica que acusou o casal português de querer vender Alexandra para "retirar órgãos".
Portugal já não pode proteger menina russa
UMA "PORTUGUESA" DE NASCIMENTO ASSIM EXPORTADA?AFINAL ISTO DEMONSTRA QUE "PORTUGUESES" HÁ MUITOS.UNS MAIS DO QUE OUTROS.OS VERDADEIROS SÃO OS QUE SÓ PAGAM...
Monday, May 25, 2009
A MODERNIDADE DA DEMOCRACIA SOCRÁTICA
Coisas engraçadas
a-)VAIS TER RELAÇÕES SEXUAIS?.... O GOVERNO DÁ UM PRESERVATIVO.
b-)JÁ TIVESTE?........O GOVERNO DÁ A PÍLULA DO DIA SEGUINTE.
c-)ENGRAVIDASTE?... O GOVERNO DÁ O ABORTO.
d-)TIVESTE FILHO?...... O GOVERNO DÁ O ABONO DE FAMÍLIA
e-)ESTÁS DESEMPREGADO?.... O GOVERNO DÁ O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO.
f-)ÉS VICIADO E NÃO GOSTAS DE TRABALHAR?... O GOVERNO DÁ O RENDIMENTO MÍNIMO GARANTIDO
g-)CABULASTE E NÃO FIZESTES O 2º OU O 3º CICLO?..... O GOVERNO DÁ-TO EM 3 MESES NAS NOVAS OPORTUNIDADES.
AGORA.... EXPERIMENTA ESTUDAR, TRABALHAR, PRODUZIR E ANDAR NA LINHA PARA VER O QUE TE ACONTECE!!!..... O GOVERNO DÁ-TE UMA BOLSA DE IMPOSTOS PARA PAGAR AS ALÍNEAS ANTERIORES!!!
* recebido por email
publicado por Francisco Proença de Carvalho às 10:31
link do post | Coreia do Norte fez testes nucleares | onde é está Bush quando precisamos dele? (10) |
a-)VAIS TER RELAÇÕES SEXUAIS?.... O GOVERNO DÁ UM PRESERVATIVO.
b-)JÁ TIVESTE?........O GOVERNO DÁ A PÍLULA DO DIA SEGUINTE.
c-)ENGRAVIDASTE?... O GOVERNO DÁ O ABORTO.
d-)TIVESTE FILHO?...... O GOVERNO DÁ O ABONO DE FAMÍLIA
e-)ESTÁS DESEMPREGADO?.... O GOVERNO DÁ O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO.
f-)ÉS VICIADO E NÃO GOSTAS DE TRABALHAR?... O GOVERNO DÁ O RENDIMENTO MÍNIMO GARANTIDO
g-)CABULASTE E NÃO FIZESTES O 2º OU O 3º CICLO?..... O GOVERNO DÁ-TO EM 3 MESES NAS NOVAS OPORTUNIDADES.
AGORA.... EXPERIMENTA ESTUDAR, TRABALHAR, PRODUZIR E ANDAR NA LINHA PARA VER O QUE TE ACONTECE!!!..... O GOVERNO DÁ-TE UMA BOLSA DE IMPOSTOS PARA PAGAR AS ALÍNEAS ANTERIORES!!!
* recebido por email
publicado por Francisco Proença de Carvalho às 10:31
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O INTERNACIONALISMO HUMANISTA QUER MAIS COMBATE Á XENOFOBIA...
Representam seis por cento do PIB e garantiram 9,7 por cento dos bebés
Regresso de imigrantes está a deixar o país mais pobre e envelhecido
25.05.2009 - 08h07 Natália Faria
Portugal está a perder capacidade de atracção para os imigrantes. E, se o país não for capaz de segurar os imigrantes que tem e atrair novos, vai ficar mais velho e mais pobre, alertam vários especialistas ouvidos pelo PÚBLICO, segundo os quais é urgente colocar um travão à tentação xenófoba que ameaça em tempos de crise.
Por estes dias, os imigrantes representam seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2007, foram responsáveis por 9,7 por cento dos nascimentos. E uma projecção recente do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que, sem imigrantes, a população descerá em 2060 aos 8,2 milhões. Muito antes disso, já a sustentabilidade da Segurança Social terá caído por terra.
Apesar de ainda não ter reflexo nas estatísticas oficiais, a saída de estrangeiros - sobretudo ucranianos -, a par da desaceleração das novas entradas, é uma certeza apontada pelos estudiosos do fenómeno migratório. "Só daqui a um ou dois anos é que esta diminuição terá efeitos estatísticos, porque o imigrante, quando se vai embora, não vai ao centro avisar, aliás, muitas vezes o que acontece é que eles retiram-se mas mantêm activo o visto para Portugal deixando aberta a possibilidade de voltar", explica Pedro Góis, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
Ilegais entre "55 a 75 mil"
No caso dos ucranianos, eram 41.530 em 2006. Em 2007, baixaram para os 39.480. Os números de 2008 deverão demonstrar nova diminuição. Mas longe ainda da "fuga" registada na realidade. "A maior parte escolhe a República Checa ou a Polónia - países de Leste mas mais próximos da União Europeia que começam a crescer em termos económicos", diz Góis. Há também os que vão trabalhar em Espanha "e vêm a Portugal só para renovar documentos", como afirma Manuel Solla, da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes. Segundo Solla, a saída de ucranianos ocorre sobretudo entre os ilegais. "Já são menos de metade".
O mesmo com os brasileiros. Com um total de 66.354 legais, estes perfaziam, em 2007, a maior comunidade de estrangeiros. Agora, e apesar de o salário mínimo português continuar a triplicar o brasileiro, "há indícios de retracção neste fluxo, seja pela desaceleração de entradas seja pelo regresso de muitos ao Brasil", aponta Góis.
Todos concordam que um cenário de retracção dos imigrantes será fatal. "O país só ganha em suster os imigrantes que tem", avisa Eduardo Sousa Ferreira, professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão e autor de um estudo sobre a contribuição dos imigrantes para a economia portuguesa. "A imigração contribui para seis por cento do PIB, o que é uma percentagem enorme", acrescenta, convicto de que "a alternativa à entrada de imigrantes é uma muito maior estagnação da economia".
Os 420.189 imigrantes que, no final de 2007, se encontravam em território nacional, segundo o SEF, perfazem cinco por cento da população do país e oito por cento da população activa. Aqui não entram em linha de conta os ilegais. Serão entre "55 mil a 75 mil", nas contas de Solla, para quem, mais do que preocupar-se com quotas, o Governo devia "dar autorizações de residência a quem, tendo entrado de forma irregular, tenha contrato de trabalho válido e contribua para a Segurança Social".
Tal nem sempre acontece, segundo Eduardo Sousa Ferreira, "porque há um custo administrativo associado e, por outro lado, os empresários também não estão interessados nisso, porque um ilegal tem um grau de obediência que não teria se estivesse legal". Dito de outro modo, "os empresários portugueses aproveitam para ganhar mais à custa dos imigrantes e o Governo não está interessado em contradizê-los".
Algarve com mais bebés
Pedro Góis nota que Portugal até tem sido muito generoso com os imigrantes. "Desde 1992 que há sucessivas campanhas de regularização", recorda. E o mais urgente, para o investigador, é contrariar a lógica xenófoba que ameaça irromper ao virar da esquina. "Os imigrantes não são parasitas, são contribuintes líquidos para a nossa economia", enfatiza. Sublinhando que "as diferenças salariais entre Portugal e Luxemburgo vão continuar a ser elevadas", Góis lembra que "se o país der sinais de racismo e xenofobia, alguns dos melhores imigrantes, que já cá entram qualificados, vão-se embora". O que é mau. Culturalmente, "a diversidade é aquilo que fará avançar o país". Demograficamente, "os imigrantes são quem nos garantirá a sustentabilidade económica".
Porque "os imigrantes são essenciais à nossa dinâmica geográfica" é que Leston Bandeira, da Associação Portuguesa de Demografia, assiste horrorizado aos políticos com um discurso a puxar para a diabolização dos imigrantes. "O que os políticos tinham a obrigação de fazer era acalmar as pulsões xenófobas e racistas das camadas mais baixas - que são as mais xenófobas porque vêem no imigrante um concorrente".
Em Portugal, como no resto da Europa. "É um absurdo, mais não fosse porque as projecções feitas o ano passado pelo Eurostat mostram que até 2035 os países vão conseguir crescer graças à imigração. A partir de 2035, a imigração já não chegará e, aliás, vai passar a haver uma grande competição entre países para ver quem consegue atrair mais imigrantes", antecipa Leston.
Por estes dias, a importância dos imigrantes lê-se, por exemplo, nas projecções do INE segundo as quais, sem imigrantes, a população residente em Portugal descerá em 2060 aos 8,2 milhões. No final de 2007, éramos 10.617.575 milhões, mais 18,5 mil do que em 2006. E este crescimento baseou-se unicamente na entrada de imigrantes, já que Portugal registou nesse ano - pela primeira vez desde 1918 - um saldo natural negativo (mais mortes do que nascimentos).
Entre 2002 e de 2007, o salto populacional foi de 270 mil pessoas. Para este acréscimo, o saldo migratório contribuiu 91 por cento e o natural apenas nove por cento. Ora, mesmo nos nascimentos os imigrantes são importantes, já que, como salienta a investigadora Maria José Carrilho, numa análise à situação demográfica em Portugal, as estrangeiras foram responsáveis por 9,7 por cento dos bebés nascidos em 2007. Se somarmos os casos em que é o pai a ter nacionalidade estrangeira, a percentagem sobe para os 11,8 por cento. Não por acaso, o Algarve passou a perna ao Minho e é hoje a região portuguesa com maior taxa de natalidade. "O Algarve está com uma fertilidade parecida com a Suécia, de 1,8 filhos por mulher, contra uma média nacional de 1,33 filhos por mulher. E isso deve-
-se às imigrantes que se fixaram na região para trabalhar na restauração e nos serviços", aponta Bandeira. Não é só por causa dos turistas que o Algarve fala estrangeiro.
Quotas obedecem "à lógica do analfabeto"
A fixação de quotas através das quais o Estado procura limitar a entrada de imigrantes extracomunitários "falhou sempre, mesmo quando era mais generosa", diz Pedro Góis. Porquê? "Porque o Estado não controla a economia, que, de resto, é muito mais dinâmica do que o Estado consegue prever", precisa o investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Por isso é que, reforça Manuel Solla, da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes, a recente redução em 56 por cento da quota de imigrantes extracomunitários - baixou de 8.600 para 3.800 - tem uma relevância prática igual a zero. "No ano em que a quota admitia 8.600 pessoas, foram recrutadas 5.000 e não acredito que no Brasil, Senegal ou em Angola, não existissem interessados naquelas vagas: o que não houve foi divulgação das ofertas porque Portugal nunca teve uma política de divulgação das necessidades de mão-de-
-obra no exterior".
Acresce que o diagnóstico das necessidades em termos de trabalho "demora muito tempo a ser aprovado" e, quando "finalmente é aprovado, as empresas já decidiram recorrer a ilegais", acrescenta Solla. Pedro Góis concorda. E acrescenta que "entrar na quota exige todo um processo consular demorado a que muitas vezes as empresas não recorrem porque lhes é mais fácil angariar a mão-de-obra localmente". Assim, a fixação de quotas "serve para dar a ilusão de controlo e para convencer os portugueses de que podem estar descansados porque o Governo não deixa que ninguém lhes tire o emprego", reforça o investigador Eduardo Sousa Ferreira, lamentando que as quotas estejam eivadas desta "lógica do analfabeto".
OLHEM RICOS FILHINHOS VÃO PREGAR PARA O DESERTO...
COM AS VOSSA FALAS DE SEREIA TIVEMOS UM NAUFRÁGIO E FICAMOS NAS MÃOS DOS CAFRES...
QUE SE VÃO EMBORA E OS QUE NÃO QUISEREM IR "DESCONTOS QUE FIZERAM NA MÃO" E GUIA DE MARCHA...
FIM Á AFRICANIZAÇÃO PROMOVIDA PELA MULATAGEM DEPOIS DA LUTA DA "DESCOLONIZAÇÃO".
VALE MAIS SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO...
MAS COM 500000 DESEMPREGADOS E COM 700000 A RECEBER SUBSÍDIOS É UM ENRIQUECIMENTO DO CARAÇAS NÃO É?OS REFORMADOS SABEM DOQ UE EU ESTOU A FALAR... ATÉ COMEÇARAM A PAGAR IRS PARA "DAR" A QUEM GANHA MENOS(E QUE NEM SEQUER TRABALHA)...
ERA BOM ERA QUE DEIXASSEM CORRER O MARFIM... FIM Á AFRICANIZAÇÃO.MESMO QUE FIQUEM SÓ OS VELHINHOS NÃO HÁ PROBLEMA...
Regresso de imigrantes está a deixar o país mais pobre e envelhecido
25.05.2009 - 08h07 Natália Faria
Portugal está a perder capacidade de atracção para os imigrantes. E, se o país não for capaz de segurar os imigrantes que tem e atrair novos, vai ficar mais velho e mais pobre, alertam vários especialistas ouvidos pelo PÚBLICO, segundo os quais é urgente colocar um travão à tentação xenófoba que ameaça em tempos de crise.
Por estes dias, os imigrantes representam seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2007, foram responsáveis por 9,7 por cento dos nascimentos. E uma projecção recente do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que, sem imigrantes, a população descerá em 2060 aos 8,2 milhões. Muito antes disso, já a sustentabilidade da Segurança Social terá caído por terra.
Apesar de ainda não ter reflexo nas estatísticas oficiais, a saída de estrangeiros - sobretudo ucranianos -, a par da desaceleração das novas entradas, é uma certeza apontada pelos estudiosos do fenómeno migratório. "Só daqui a um ou dois anos é que esta diminuição terá efeitos estatísticos, porque o imigrante, quando se vai embora, não vai ao centro avisar, aliás, muitas vezes o que acontece é que eles retiram-se mas mantêm activo o visto para Portugal deixando aberta a possibilidade de voltar", explica Pedro Góis, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
Ilegais entre "55 a 75 mil"
No caso dos ucranianos, eram 41.530 em 2006. Em 2007, baixaram para os 39.480. Os números de 2008 deverão demonstrar nova diminuição. Mas longe ainda da "fuga" registada na realidade. "A maior parte escolhe a República Checa ou a Polónia - países de Leste mas mais próximos da União Europeia que começam a crescer em termos económicos", diz Góis. Há também os que vão trabalhar em Espanha "e vêm a Portugal só para renovar documentos", como afirma Manuel Solla, da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes. Segundo Solla, a saída de ucranianos ocorre sobretudo entre os ilegais. "Já são menos de metade".
O mesmo com os brasileiros. Com um total de 66.354 legais, estes perfaziam, em 2007, a maior comunidade de estrangeiros. Agora, e apesar de o salário mínimo português continuar a triplicar o brasileiro, "há indícios de retracção neste fluxo, seja pela desaceleração de entradas seja pelo regresso de muitos ao Brasil", aponta Góis.
Todos concordam que um cenário de retracção dos imigrantes será fatal. "O país só ganha em suster os imigrantes que tem", avisa Eduardo Sousa Ferreira, professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão e autor de um estudo sobre a contribuição dos imigrantes para a economia portuguesa. "A imigração contribui para seis por cento do PIB, o que é uma percentagem enorme", acrescenta, convicto de que "a alternativa à entrada de imigrantes é uma muito maior estagnação da economia".
Os 420.189 imigrantes que, no final de 2007, se encontravam em território nacional, segundo o SEF, perfazem cinco por cento da população do país e oito por cento da população activa. Aqui não entram em linha de conta os ilegais. Serão entre "55 mil a 75 mil", nas contas de Solla, para quem, mais do que preocupar-se com quotas, o Governo devia "dar autorizações de residência a quem, tendo entrado de forma irregular, tenha contrato de trabalho válido e contribua para a Segurança Social".
Tal nem sempre acontece, segundo Eduardo Sousa Ferreira, "porque há um custo administrativo associado e, por outro lado, os empresários também não estão interessados nisso, porque um ilegal tem um grau de obediência que não teria se estivesse legal". Dito de outro modo, "os empresários portugueses aproveitam para ganhar mais à custa dos imigrantes e o Governo não está interessado em contradizê-los".
Algarve com mais bebés
Pedro Góis nota que Portugal até tem sido muito generoso com os imigrantes. "Desde 1992 que há sucessivas campanhas de regularização", recorda. E o mais urgente, para o investigador, é contrariar a lógica xenófoba que ameaça irromper ao virar da esquina. "Os imigrantes não são parasitas, são contribuintes líquidos para a nossa economia", enfatiza. Sublinhando que "as diferenças salariais entre Portugal e Luxemburgo vão continuar a ser elevadas", Góis lembra que "se o país der sinais de racismo e xenofobia, alguns dos melhores imigrantes, que já cá entram qualificados, vão-se embora". O que é mau. Culturalmente, "a diversidade é aquilo que fará avançar o país". Demograficamente, "os imigrantes são quem nos garantirá a sustentabilidade económica".
Porque "os imigrantes são essenciais à nossa dinâmica geográfica" é que Leston Bandeira, da Associação Portuguesa de Demografia, assiste horrorizado aos políticos com um discurso a puxar para a diabolização dos imigrantes. "O que os políticos tinham a obrigação de fazer era acalmar as pulsões xenófobas e racistas das camadas mais baixas - que são as mais xenófobas porque vêem no imigrante um concorrente".
Em Portugal, como no resto da Europa. "É um absurdo, mais não fosse porque as projecções feitas o ano passado pelo Eurostat mostram que até 2035 os países vão conseguir crescer graças à imigração. A partir de 2035, a imigração já não chegará e, aliás, vai passar a haver uma grande competição entre países para ver quem consegue atrair mais imigrantes", antecipa Leston.
Por estes dias, a importância dos imigrantes lê-se, por exemplo, nas projecções do INE segundo as quais, sem imigrantes, a população residente em Portugal descerá em 2060 aos 8,2 milhões. No final de 2007, éramos 10.617.575 milhões, mais 18,5 mil do que em 2006. E este crescimento baseou-se unicamente na entrada de imigrantes, já que Portugal registou nesse ano - pela primeira vez desde 1918 - um saldo natural negativo (mais mortes do que nascimentos).
Entre 2002 e de 2007, o salto populacional foi de 270 mil pessoas. Para este acréscimo, o saldo migratório contribuiu 91 por cento e o natural apenas nove por cento. Ora, mesmo nos nascimentos os imigrantes são importantes, já que, como salienta a investigadora Maria José Carrilho, numa análise à situação demográfica em Portugal, as estrangeiras foram responsáveis por 9,7 por cento dos bebés nascidos em 2007. Se somarmos os casos em que é o pai a ter nacionalidade estrangeira, a percentagem sobe para os 11,8 por cento. Não por acaso, o Algarve passou a perna ao Minho e é hoje a região portuguesa com maior taxa de natalidade. "O Algarve está com uma fertilidade parecida com a Suécia, de 1,8 filhos por mulher, contra uma média nacional de 1,33 filhos por mulher. E isso deve-
-se às imigrantes que se fixaram na região para trabalhar na restauração e nos serviços", aponta Bandeira. Não é só por causa dos turistas que o Algarve fala estrangeiro.
Quotas obedecem "à lógica do analfabeto"
A fixação de quotas através das quais o Estado procura limitar a entrada de imigrantes extracomunitários "falhou sempre, mesmo quando era mais generosa", diz Pedro Góis. Porquê? "Porque o Estado não controla a economia, que, de resto, é muito mais dinâmica do que o Estado consegue prever", precisa o investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Por isso é que, reforça Manuel Solla, da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes, a recente redução em 56 por cento da quota de imigrantes extracomunitários - baixou de 8.600 para 3.800 - tem uma relevância prática igual a zero. "No ano em que a quota admitia 8.600 pessoas, foram recrutadas 5.000 e não acredito que no Brasil, Senegal ou em Angola, não existissem interessados naquelas vagas: o que não houve foi divulgação das ofertas porque Portugal nunca teve uma política de divulgação das necessidades de mão-de-
-obra no exterior".
Acresce que o diagnóstico das necessidades em termos de trabalho "demora muito tempo a ser aprovado" e, quando "finalmente é aprovado, as empresas já decidiram recorrer a ilegais", acrescenta Solla. Pedro Góis concorda. E acrescenta que "entrar na quota exige todo um processo consular demorado a que muitas vezes as empresas não recorrem porque lhes é mais fácil angariar a mão-de-obra localmente". Assim, a fixação de quotas "serve para dar a ilusão de controlo e para convencer os portugueses de que podem estar descansados porque o Governo não deixa que ninguém lhes tire o emprego", reforça o investigador Eduardo Sousa Ferreira, lamentando que as quotas estejam eivadas desta "lógica do analfabeto".
OLHEM RICOS FILHINHOS VÃO PREGAR PARA O DESERTO...
COM AS VOSSA FALAS DE SEREIA TIVEMOS UM NAUFRÁGIO E FICAMOS NAS MÃOS DOS CAFRES...
QUE SE VÃO EMBORA E OS QUE NÃO QUISEREM IR "DESCONTOS QUE FIZERAM NA MÃO" E GUIA DE MARCHA...
FIM Á AFRICANIZAÇÃO PROMOVIDA PELA MULATAGEM DEPOIS DA LUTA DA "DESCOLONIZAÇÃO".
VALE MAIS SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO...
MAS COM 500000 DESEMPREGADOS E COM 700000 A RECEBER SUBSÍDIOS É UM ENRIQUECIMENTO DO CARAÇAS NÃO É?OS REFORMADOS SABEM DOQ UE EU ESTOU A FALAR... ATÉ COMEÇARAM A PAGAR IRS PARA "DAR" A QUEM GANHA MENOS(E QUE NEM SEQUER TRABALHA)...
ERA BOM ERA QUE DEIXASSEM CORRER O MARFIM... FIM Á AFRICANIZAÇÃO.MESMO QUE FIQUEM SÓ OS VELHINHOS NÃO HÁ PROBLEMA...
A VERDADE DA MENTIRA
Convidado
Publico a seguir um texto do Dr. Manuel Pinto Coelho sobre a situação em Portugal das políticas da toxicodependência. Manuel Pinto Coelho prepara-se para concluir a sua tese de doutoramento, a apresentar à Universidade de Trás-Os- Montes e Alto Douro, disssertando sobre o tema: "Toxicodependência: da doença ao equívoco". Convidei-o a publicar neste espaço o breve texto que não conseguiu publicar na revista Visão, apesar, entre outras razões, de colaborar, periodicamente, com artigos, sobre a matéria, no Expresso e no Público.
Exmo. Sr. Director
Publicou a Visão nos seus dois últimos números, um estudo de um escritor-advogado americano, Glenn Greenwald, colaborador do até agora desconhecido Cato Institute, que considera um “retumbante sucesso” o sistema português que descriminalizou a posse, o consumo e a aquisição para o consumo da droga, à revelia de toda a Europa e das Convenções Internacionais das Nações Unidas de que Portugal é signatário, convidando o presidente Barak Obama e o mundo a seguir o nosso exemplo.
Como em ambas as edições surgem notícias (estranhamente omissas em relação às fontes) repletas de falsidades apresentadas como factos que podem aproveitar politicamente quem está em campanha eleitoral, o respeito pela verdade da informação, bem como a ética, a deontologia e a promoção duma cultura de cidadania, obrigam-me, a bem da democracia, a convidar a Visão a publicar esta carta-resposta de forma a, restabelecendo a verdade, esclarecer correctamente os seus leitores.
Assim, ao contrário do que é afirmado, 150% de toxicodependentes aderiram em Portugal, entre 2001 e 2006, não a programas de desabituação mas de substituição (com outras drogas) o que como se facilmente se percebe é bem diferente. (INA, 2004).
Quando é referido que “em 2006 o total de mortes por overdose desceu a pique em relação a 2000 enquanto a percentagem de toxicodependentes com sida diminuiu de 57% para 43%”, falseia-se mais uma vez a verdade, pois o que aconteceu é que “Com 219 mortes de “overdose” por ano, Portugal apresenta um dos piores resultados, com uma morte a cada dois dias”... e... “Portugal continua a ser o país com maior incidência de sida relacionada com o consumo de droga injectada ( 85 novos casos por milhão de habitantes em 2005, quando a maioria não ultrapassa os cinco casos) e o único que registou um aumento recente, com 36 novos casos estimados por milhão de habitantes em 2005 quando em 2004 referia apenas 30” (OEDT, 2007).
Por último, quando o estudo do Cato Institute revela que a descriminalização em Portugal fez diminuir os níveis de consumo, referindo que em relação à cocaína o consumo regular é de menos de 1%, na verdade o que se passa é que “o consumo de droga em Portugal aumentou consideravelmente, sendo que a percentagem de pessoas que alguma vez na vida consumiram drogas passou de 7,8% em 2001 para 12% em 2007, (IDT, 2008) e no que se refere ao consumo de cocaína”:“ Os novos dados (inquéritos de 2005-2007) confirmam a tendência crescente registada no último ano em trança, Irlanda, Espanha, Reino Unido, Itália, Dinamarca e Portugal” (OEDT, 2008).
Infelizmente a realidade portuguesa é bem diferente daquela que, seja por razões politico-partidárias ou quaisquer outras, o instituto americano nos quer dar. Se já não bastassem os dados apresentados, um relatório recentemente encomendado pelo IDT ao Centro de Estudos e Sondagens de Opinião/Universidade Católica Portuguesa (CESOP), baseado em entrevistas directas, sobre as atitudes dos portugueses relativamente à toxicodependência (estranhamente nunca vindas a público), revelando que 83,7% dos respondentes considera que o nº de toxicodependentes em Portugal tinha aumentado nos últimos 4 anos, que 66,8% considera que a acessibilidade de drogas nos seus bairros foi fácil ou muito fácil, e que 77,3% sente que o crime relacionado com a droga tinha aumentado ("Toxicodependências" nº 3 de 2007), estes números atestam, infelizmente a realidade.
Depois de tudo isto, uma vez verificadas as infelizmente tristes mas verdadeiras consequências da nossa política de combate à toxicodependência, espero bem que Portugal consiga mesmo inspirar Obama... em não seguir o seu exemplo e nunca descriminalizar as drogas nos Estados Unidos da América.
Manuel Pinto Coelho ( presidente da APLD – Associação para um Portugal Livre de Drogas)
Postado por PedroSantanaLopes às 11:36 0 comentários
Publico a seguir um texto do Dr. Manuel Pinto Coelho sobre a situação em Portugal das políticas da toxicodependência. Manuel Pinto Coelho prepara-se para concluir a sua tese de doutoramento, a apresentar à Universidade de Trás-Os- Montes e Alto Douro, disssertando sobre o tema: "Toxicodependência: da doença ao equívoco". Convidei-o a publicar neste espaço o breve texto que não conseguiu publicar na revista Visão, apesar, entre outras razões, de colaborar, periodicamente, com artigos, sobre a matéria, no Expresso e no Público.
Exmo. Sr. Director
Publicou a Visão nos seus dois últimos números, um estudo de um escritor-advogado americano, Glenn Greenwald, colaborador do até agora desconhecido Cato Institute, que considera um “retumbante sucesso” o sistema português que descriminalizou a posse, o consumo e a aquisição para o consumo da droga, à revelia de toda a Europa e das Convenções Internacionais das Nações Unidas de que Portugal é signatário, convidando o presidente Barak Obama e o mundo a seguir o nosso exemplo.
Como em ambas as edições surgem notícias (estranhamente omissas em relação às fontes) repletas de falsidades apresentadas como factos que podem aproveitar politicamente quem está em campanha eleitoral, o respeito pela verdade da informação, bem como a ética, a deontologia e a promoção duma cultura de cidadania, obrigam-me, a bem da democracia, a convidar a Visão a publicar esta carta-resposta de forma a, restabelecendo a verdade, esclarecer correctamente os seus leitores.
Assim, ao contrário do que é afirmado, 150% de toxicodependentes aderiram em Portugal, entre 2001 e 2006, não a programas de desabituação mas de substituição (com outras drogas) o que como se facilmente se percebe é bem diferente. (INA, 2004).
Quando é referido que “em 2006 o total de mortes por overdose desceu a pique em relação a 2000 enquanto a percentagem de toxicodependentes com sida diminuiu de 57% para 43%”, falseia-se mais uma vez a verdade, pois o que aconteceu é que “Com 219 mortes de “overdose” por ano, Portugal apresenta um dos piores resultados, com uma morte a cada dois dias”... e... “Portugal continua a ser o país com maior incidência de sida relacionada com o consumo de droga injectada ( 85 novos casos por milhão de habitantes em 2005, quando a maioria não ultrapassa os cinco casos) e o único que registou um aumento recente, com 36 novos casos estimados por milhão de habitantes em 2005 quando em 2004 referia apenas 30” (OEDT, 2007).
Por último, quando o estudo do Cato Institute revela que a descriminalização em Portugal fez diminuir os níveis de consumo, referindo que em relação à cocaína o consumo regular é de menos de 1%, na verdade o que se passa é que “o consumo de droga em Portugal aumentou consideravelmente, sendo que a percentagem de pessoas que alguma vez na vida consumiram drogas passou de 7,8% em 2001 para 12% em 2007, (IDT, 2008) e no que se refere ao consumo de cocaína”:“ Os novos dados (inquéritos de 2005-2007) confirmam a tendência crescente registada no último ano em trança, Irlanda, Espanha, Reino Unido, Itália, Dinamarca e Portugal” (OEDT, 2008).
Infelizmente a realidade portuguesa é bem diferente daquela que, seja por razões politico-partidárias ou quaisquer outras, o instituto americano nos quer dar. Se já não bastassem os dados apresentados, um relatório recentemente encomendado pelo IDT ao Centro de Estudos e Sondagens de Opinião/Universidade Católica Portuguesa (CESOP), baseado em entrevistas directas, sobre as atitudes dos portugueses relativamente à toxicodependência (estranhamente nunca vindas a público), revelando que 83,7% dos respondentes considera que o nº de toxicodependentes em Portugal tinha aumentado nos últimos 4 anos, que 66,8% considera que a acessibilidade de drogas nos seus bairros foi fácil ou muito fácil, e que 77,3% sente que o crime relacionado com a droga tinha aumentado ("Toxicodependências" nº 3 de 2007), estes números atestam, infelizmente a realidade.
Depois de tudo isto, uma vez verificadas as infelizmente tristes mas verdadeiras consequências da nossa política de combate à toxicodependência, espero bem que Portugal consiga mesmo inspirar Obama... em não seguir o seu exemplo e nunca descriminalizar as drogas nos Estados Unidos da América.
Manuel Pinto Coelho ( presidente da APLD – Associação para um Portugal Livre de Drogas)
Postado por PedroSantanaLopes às 11:36 0 comentários
COPIARAM DE CERTEZA O EXEMPLO PORTUGUÊS
Toda la familia al Parlamento
SOLEDAD GALLEGO-DÍAZ
Esposas, hijos, cuñados y primos de conocidos políticos y sindicalistas argentinos proliferan en las listas electorales para las legislativas de junio
SOLEDAD GALLEGO-DÍAZ
Esposas, hijos, cuñados y primos de conocidos políticos y sindicalistas argentinos proliferan en las listas electorales para las legislativas de junio
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