Tuesday, December 23, 2008

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Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2008
A guerra da Maçonaria portuguesa
(em actualização)



Imagem picada daqui



Descendo do limbo da história ao inferno do presente, vamos falar de política dura.

O domínio quase-absoluto da Maçonaria sobre o poder político português provoca uma sentimento de cobiça e alienação tal que desencadeia até guerras fratricidas, dentro das próprias obediências (irregular e regular). Noutro contexto, teriam de se preocupar com a imagem projectada no exterior, para além da sua política de imposição às instituições públicas e da sociedade civil do dogma da laicismo e da redução ao culto privado. Mas neste, a guerra, as lutas palacianas, a esgrima florentina das lâminas pretas de irmãos vermelhos, negros e brancos.

Ora, fique claro que a exposição destas guerras intestinas e a "profanação" das lojas e dos seus segredos pelas facções intestinas é deliberada e comandada de dentro e não tem origem na sociedade civil: não se culpe a sociedade não-maçónica pela exposição dessas guerras, das lojas e dos seus membros.

Mais ainda, essas guerras são desencadeadas mesmo em ambiente de reacção das instituições da sociedade civil, da magistratura judicial aos procuradores do Ministério Público (DN de 10-12-2008), entidades justamente preocupadas com a ética e independência da função, que não podem ser subalternizadas por qualquer juramento de favorecimento preferencial de irmãos, obediência e segredo.

O registo (ou declaração) de interesses dos magistrados não é uma solução de transparência que possa ser considerada imoral, anti-democrática ou atentatória dos direitos humanos - veja-se a situação britânica desmistificada pelo insuspeito António Arnault. E não é por o actual grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), dr. António Reis, dizer que essa declaração obrigatória seria inconstitucional que assim se torna (Jornal Nacional da TVI de 12-12-2008): o Tribunal Constitucional deste País não é o Tribunal Maçónico, nem o seu grão-mestre fonte de interpretação autêntica da lei fundamental por mais que "os membros eleitos para a Assembleia Constituinte, «muitos pelo PS e outros pelo PSD»" fossem "praticamente todos maçons", como afirmou António Arnault no JN de 27-9-2008.

Tanto é o poder, e o receio social, que as guerras palacianas abandonam a obscuridade das lojas para passar à luz do dia, em ameaças a alvos declarados e expostos em operações profissionais, disfarçadas de reportagem neutra - veja-se a reportagem a páginas 59-68 da revista Sábado de 11-12-2008 (já guardada pelo JPG do Apdeites) que no dia seguinte, a TVI, no seu Jornal Nacional de sexta-feira, desenvolveu pela desassombrada Manuela Moura Guedes. A revista Sábado em 31-5-2007, já tinha publicado uma reportagem com o título "As ligações perigosas da Maçonaria) com informação filtrada sobre a Maçonaria.

Os leitores merecem uma interpretação crua: sectores do GOL (maçonaria irregular) atacam outros da própria "obediência" e "profanam" e menosprezam a Maçonaria regular.

Um sector encoberto do GOL ataca outro (a poderosa loja Universalis, à qual pertencerá alegadamente o grão-mestre António Reis), por meio da Cofina eventualmente desesperada pela perda previsível do abono de sobrevivência do atribuição do quinto canal televisivo nacional, ataca José Sócrates, por interposto alvo identificado: José Manuel Almeida Ribeiro. É ele o alvo, apesar de estar disfarçadamente em último lugar dos rostos identificados na página 60-61 da capa da reportagem da revista Sábado de 11-12-2008 intitulada "Os espiões na Maçonaria", bem abaixo do indiscreto dr. Jorge Silva Carvalho, director do SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) da loja Mozart, cuja ascensão ao grau de "mestre" num templo da Grande Loja Legal de Portugal (GLLP), "na presença do Grande Arquitecto do Universo e desta Respeitável Assembleia de Mestres Maçons" é relatada ao pormenor na página 62 da revista... José Almeida Ribeiro é o centróide do poder oculto. O dr. José Manuel Almeida Ribeiro, de origem "analista de informação" do SIS (Serviço de Informações de Segurança) que acompanhando o primeiro-ministro "praticamente em permanência" (sic) tem uma importância superlativa na política socratina: ele é não só o spymaster, colocado em staff na estrutura inorgânica do poder, no núcleo do inner circle, acima da direcção dos serviços, encarregado da organização de dossiês sobre alvos e planeamento operacional de controlo discreto; ou o metódico agenda-setter e especialista em comunicação do Governo. É o maître à penser do primeiro-ministro, o estratego-chefe, sob a capa parda de assessor político principal. Atacar José Almeida Ribeiro é atacar José Sócrates. Um xeque com ameaça de mate.

Mas por que é que esse sector do GOL ataca Sócrates?

Porque esse sector mais poderoso do GOL não está contente com Sócrates - e isso acontece já desde que a deriva autoritária, inseparável do estilo colérico do primeiro-ministro, começou a impor-se com maior descontrolo e radicalismo sobre as liberdades públicas, maxime a liberdade de expressão (v.g. o caso do Dossiê do currículo). Esse sector entende que essa política anti-democrática de direita cesarista e capitalista de Sócrates põe em perigo as conquistas da Maçonaria no Estado (o político-mediático-económico-institucional) e terá como consequência inevitável a reforma do regime. Nessa reforma, se continuar a agravar-se o confronto apenas político, ou revolução, se a situação economico-social se precipitar, esse sector entende que, nada sendo feito entretanto, a Maçonaria perderá o seu domínio quase-absoluto do Estado português, uma consequência mais próxima quanto aumenta o radicalismo do acossado Sócrates.

No plano economico-social, a conjuntura económica deslizante para a grande depressão arrastará as classes baixa e sectores menos protegidos da classe média para o sufoco financeiro, o desemprego e a fome, ao mesmo tempo que fecham empresas industriais e também comerciais e se protegem os bancos, grandes construtoras e multinacionais. A contestação social tornar-se-á mais activa contra o Partido Socialista de Sócrates, a esquerda de Louçã e Jerónimo subirá nas sondagens-sondagens sob a aliança com a facção alegre e o PSD beneficiará à direita da desordem económico-social. Não é só o Partido Socialista que (des)governou Portugal em 10 dos últimos 13 anos que perderá o poder: é o próprio regime (e os interesses económicos a ele ligados) pacientemente dominado pela Maçonaria que será mudado.

No plano político, existe o enfrentamento de Sócrates com o Presidente da República, Cavaco Silva. Cavaco traçou um risco no chão, com o varapau dos poderes que restam ao presidente, além do qual avisou que Sócrates não poderia passar: o estatuto político-administrativo dos Açores. E traçou esse risco à frente do público que ele convocou para a solenidade de uma comunicação ao País. Não pode aceitar que Sócrates o transponha. Sócrates está pressionado, na vizinhança das eleições europeias em que todos os votos e forças contam, pelo apoio do vice-rei dos Açores Carlos César, que pretende emular a autonomia de Alberto João Jardim, e ainda pela tensão pré-presidencial de Manuel Alegre. Ao mesmo tempo, sente o abandono desse sector da Maçonaria que prepara já o tempo pós-Sócrates. E extrema as suas políticas, os últimos ganhos, e acentua o confronto: tudo ou nada.

Porém, esse sector da Maçonaria, entende, e eu creio que entende bem, que Cavaco não perdoará esse ofensa que tomará como uam declaração de "guerra" e retaliará com a falta de suporte às políticas mais duras, como a luta contra os professores e os sindicatos (onde o aliado ex-férrico Carvalho da Silva perdeu objectivamente poder), mas também com a contestação política mais activa da política do Governo, nomeadamente através de vetos. Mesmo sem a dissolução da Assembleia da República que Ramalho Eanes considerou em 19-12-2008 na Rádio Renascença que deveria ser ponderada, se o País não estivesse na situação de crise actual. Assim, nessa guerra de atrito, Cavaco erode a pericilitante base eleitoral socratina até às eleições europeias de Junho e o desfecho natural das eleições legislativas de Outubro de 2009. Isto é, esse sector e aliados, teme uma derrota estrondosa do Partido Socialista e as suas consequências no controlo político efectivo - e nos negócios públicos -, de um longo afastamento do poder. Acham que Sócrates está com o descontrolo perigoso dos moribundos e precisa de ser travado sem demora. Nessa área temos elementos como António Vitorino, Jorge Coelho, Vera Jardim, António Costa e os escondidos ex-férricos - além de desalinhados como Vital Moreira, substituído no seu orgulhoso papel de eminência cinzenta pelo filósofo José Almeida Ribeiro.

Como se não fosse suficiente a desorientação desta encruzilhada política, ainda existem os casos judiciais. A bomba-relógio da revolta da cidadania face à cobertura maçónica do caso Casa Pia, do qual está a parte I em julgamento, mas apesar dos serviços secretos (sim, sim...), ainda falta a parte II... E além destes, os desenvolvimentos temíveis do caso BPN, SSgate, SIRESP, BPP e Freeeport, num quadro de perda contínua de poder face às magistraturas e polícias. Ora, ainda que não conste nenhuma contestação interna da cobertura desses escândalos, acredito que essa política desagrade a muitos irmãos descomprometidos desses grupos que protegem promiscuamente confrades aflitos e queiram que a irmandade os deixe cair, mesmo com estrondo, promovendo o saneamento da organização. A Maçonaria há-de ter muitos membros a quem desagrade esta promiscuidade.

Toda esta conjunção económico-social, política e judicial, que acima analisei, e as suas consequências eleitorais, que se verificarão apesar do controlo mediático socratino, preocupa aquele sector irregular e forçam-no a agir. Um trabalho autorizado, promovido, orquestrado e profissional.

Paralelamente, na táctica cunícula de matar dois com um só golpe, atingindo o adversário e ao mesmo tempo camuflando a manobra acima descrita, esse sector irregular patrocina a "profanação" profissional da Maçonaria regular da Grande Loja Legal de Portugal (GLLP) com a a reportagem do edifício de aspecto degradado onde se reúnem, a entrada dos irmãos (a quem disfarçam as caras) e a apresentação de registos internos.


Chamam a tudo isto "alta política" - por se passar num nível palaciano a que o povo não chega. A massa popular não entra nos jogos de xadrez destes pretorianos. E enquanto se dão golpes no palácio, desgraça-se o País na enxurrada da alienação obscura das elites, à margem da democracia e do povo.


Actualizações: este post foi actualizado às 1:54 de 19-12-2008 e 13:29 de 20-12-2008; e emendada às 22:49 de 20-12-2008.

QUEM GARANTE QUE NÃO ANDAM A FAZER ASNEIRAS E TRAIÇÕES?

Maçon não mete cunha
Ex-grão mestre da maçonaria diz que esta já esteve "inundada de oportunistas". Mas garante que se trata de "uma associação de homens honrados", a que a democracia tem retirado poder
2008-09-27
NELSON MORAIS
A maçonaria perdeu influência política, os magistrados-maçons não fazem fretes a "irmãos", nem as relações maçónicas propiciam cunhas, tráfico de influências ou negociatas. São ideias defendidas, em Coimbra, pelo maçon António Arnaut.

O anterior grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) intervinha numa tertúlia, comemorativa do 90º aniversário do Tribunal da Relação de Coimbra, sobre "A influência da maçonaria no sistema jurídico português".

António Arnaut assumiu que a organização secreta "inspirou ou participou em todas as grandes reformas, sociais e políticas, dos últimos 250 anos". "Deixou uma marca impressiva na história do nosso sistema jurídico", defendeu, exemplificando, apenas, com leis e códigos anteriores a 1975.

O ex-grão mestre do GOL ainda confessou que "a Constituição actual tem muito espírito maçónico", porque os membros eleitos para a Assembleia Constituinte, "muitos pelo PS e outros pelo PSD, eram praticamente todos maçons". Porém, nada disse sobre a influência da maçonaria na s reformas dos últimos 32 anos.

"Hoje, felizmente, a maçonaria tem menos influência, porque num regime democrático estabilizado não se torna tão necessária a sua intervenção", disse, antes de assumir que a organização "continua a ter um papel relevante".

À margem da prelecção, o JN perguntou se houve influência da maçonaria na feitura da última reforma penal, que é criticada por alguns sectores por impor prazos aos inquéritos que podem inviabilizar a investigação da grande criminalidade económica. "Eu suponho que não deve ter havido, porque a maçonaria não está para se meter em minudências", respondeu Arnaut, não obstante o chefe do grupo de missão que gizou a reforma ter sido Rui Pereira, o maçon, ministro e juiz que foi apanhado em escutas telefónicas do processo Portucale a falar da maçonaria (outra inovação da reforma penal é a proibição de a imprensa publicar escutas que já não estão sob segredo de justiça).

Ao contrário do que sugerem escutas do Portucale que apanharam outro maçon, acusado de tráfico de influências, "não é verdade" que a maçonaria seja terreno fértil para os seus membros meterem cunhas ou combinarem negócios, frisou Arnaut. Apesar de reconhecer que "também há pessoas que vão para a maçonaria por interesses" alheios aos princípios da organização e que esta, noutros tempos, "esteve inundada de oportunistas", asseverou que, genericamente, "a maçonaria é uma associação de homens honrados".

De resto, o advogado de Coimbra, militante do PS que é visto como "pai" do Sistema Nacional de Saúde, contrariou a ideia de que os maçons que são juízes e magistrados do Ministério Público possam ser permeáveis a pedidos de "irmãos". "Não se pode pedir nada a um juiz, que é uma ofensa (...). O facto de um magistrado pertencer à maçonaria não afecta a sua independência", garantiu, depois de ter informado a plateia, de umas escassas três dezenas de pessoas, que, em Inglaterra, os magistrados são "obrigados a declarar se são maçons".

O QUE SERIA DE ESPERAR DE GAJOS DAS NOVAS OPORTUNIDADES?

East Timor on brink of anarchy admits UNAnne Barrowclough, Sydney
East Timor remains on the brink of anarchy and could easily slide back into the violence that fractured the country in 2006 according to a UN report.

The country's dysfunctional police force, divided political leadership and weak economy has left it vulnerable to rapid political collapse said the report by the UN's Department of Peacekeeping Operations.

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/asia/article5386984.ece

QUANTO É QUE CUSTA AOS CONTRIBUINTES PORTUGUESES ESTE LUXO ASIÁTICO E OS OUTROS LUXOS ANTES CONSIDERADOS "NÃO NOSSOS" MAS QUE AGORA "PAGAMOS"?

PS

TRAGAM MAIS UNS TERRORISTAS DE GUANTANAMO PARA O CALDINHO EXPLOSIVO SE ACELERAR...

MESMO SEM QUINITO A LUTA CONTINUA

CABEÇILHA PRESO

Fábio R., conhecido por ‘Quinito’, foi detido pela GNR a 15 de Dezembro e aguarda julgamento na zona prisional da PJ. É suspeito de ser um dos cabecilhas do gang do multibanco e foi identificado por uma vítima de carjacking.

ASSALTAM AUTOEUROPA

A última acção do grupo foi a 4 de Dezembro, num assalto a ATM na Autoeuropa, Palmela, e na estação de serviço da A2 de Aljustrel.

GANG AMEALHA FORTUNA

Este ano, em mais de 60 assaltos a caixas ATM de norte a sul do País, o gang já juntou mais de dois milhões de euros. Contam com mais de vinte operacionais mas o núcleo duro são 5, 6 homens, que gerem uma fortuna a partir de Setúbal.

A PJ relaciona o assalto ao ATM com um carjacking feito ontem, cerca das 23h30, na avenida António Sérgio, perto do bairro da Bela Vista, em Setúbal. O automóvel roubado, com recurso a arma de fogo, terá sido o BMW Serie 3 usado para a fuga no Parque das Nações.

A LISTA VAI ENGROSSAR

23 Dezembro 2008 - 09h18

Grupo de calçado não pagou subsídios de Natal
Aerosoles sem dinheiro para salários
O maior grupo português de calçado, fabricante da conhecida marca Aerosoles, está a atravessar uma delicada situação financeira. A empresa não pagou os subsídios de Natal e já confessou não ter dinheiro para pagar os salários de Dezembro.

OLHEM QUE O MELHOR É TRAZER INDONÉSIOS.TRABALHAM BARATINHO.DEPOIS SE NACIONALIZADOS AUMENTAM O "FLUXO" DO PAGAMENTO À POBREZA...

MAIS UM CANDIDATO A FUTURO PERDÃO PRESIDENCIAL DE EXPULSÃO?

2 Dezembro 2008 - 23h19

Almada: GNR prende traficante que tinha provadora de droga em casa
Mulher era cobaia para provar droga
A relação do casal era baseada em dívidas por droga. E o traficante, 30 anos, usava isso para que a mulher, toxicodependente, lhe servisse de cobaia. Forçou-a semanas a fio a deslocar-se a um apartamento no Monte da Caparica, Almada, usado para corte de heroína e de cocaína puras. Ele só vendia o produto depois de dar a provar à mulher – que comprovava a qualidade.


Há dois meses que o Núcleo de Investigação de Crimes de Droga (NIC-D) da GNR de Almada andava atento à acção deste traficante. O suspeito acabou preso na quarta-feira da semana passada e os militares perceberam como a mulher consentira transformar-se numa cobaia do traficante.

A viver com outra mulher, e com filhos desse relacionamento, o traficante abusava da toxicodependente sem que se soubesse. "Uma dívida que ela foi incapaz de saldar, levou a que o traficante a ameaçasse e a obrigasse a deslocar-se diariamente à casa do Bairro Branco, no Monte da Caparica", adiantou ontem ao CM uma fonte policial.

Enquanto usava o apartamento como local de entrega de droga a passadores de rua, para posterior venda, o traficante reservou a cave da mesma habitação como "local de corte e prova da droga".

"Quando recebia a mulher, dizia-lhe para ela descer a essa cave e fazia-a esperar enquanto ele cortava a heroína e a cocaína puras", acrescentou a mesma fonte.

A mulher era coagida, física e psicologicamente, a snifar cocaína e a injectar heroína em diferentes graus de pureza, consoante as substâncias de corte utilizadas pelo traficante. Só depois de dar a sua aprovação, relativamente à qualidade da droga que havia provado, é que ele procedia à sua venda.

O NIC-D de Almada prendeu o suspeito num apartamento da Amora, Seixal. Apesar da pouca quantidade de droga apreendida, um juiz de instrução criminal do Tribunal de Almada não hesitou em colocá-lo em prisão preventiva.

GNR PRENDEU-O E ELE SALTOU DO SEGUNDO ANDAR

Já não é a primeira vez que a GNR de Almada prende este traficante. Há cerca de um ano, o suspeito foi detido, também pelo Núcleo de Investigação de Crimes de Droga, numa operação de combate ao tráfico no Monte da Caparica. O homem e os outros detidos foram levados para interrogatório no Tribunal de Almada. No entanto, o suspeito aproveitou um momento de distracção dos militares que o guardavam e saltou da janela de um segundo andar do tribunal. A GNR, de imediato, mobilizou meios humanos e materiais na perseguição ao fugitivo. Só que nunca mais foi possível apanhá-lo – até à semana passada. O traficante usou várias identidades falsas para escapar a nova detenção, procurando sempre mudar de automóveis.

FAMÍLIA DO TRAFICANTE AGRIDE MULHER

Mal souberam da detenção, os familiares do traficante reagiram mal para com a toxicodependente. Tomada como denunciante da actividade do suspeito, a mulher foi "brutalmente agredida" por várias pessoas na própria noite em que o traficante foi detido, adianta ao CM fonte policial. Ensaguentada e ferida, a mulher deslocou-se ao quartel da GNR de Almada para pedir ajuda. Depois de receber tratamento médico, foi-lhe dada uma refeição quente. Os militares permitiram que passasse a noite nas instalações da GNR, tendo a toxicodependente assegurado, na manhã seguinte, que iria pedir ajuda a familiares.

PORMENORES

TRAFICANTE HÁ DEZ ANOS

O traficante detido nunca foi toxicodependente e vivia há dez anos da venda de droga, já com pena de prisão cumprida.

FALTOU A JULGAMENTO

A investigação da GNR de Almada começou depois de o tribunal local ter comunicado que o traficante nunca tinha respondido à notificação de um outro julgamento, por novo crime de tráfico.

COMPROU APARTAMENTO

O traficante comprou o apartamento onde foi detido, na Amora, concelho do Seixal.

ASSIM É QUE A MALTA ENRIQUECE.À NOSSA CONTA

















Sócio da consultora dos CTT passou a gestor do grupo BPN


CARLOS RODRIGUES LIMA
Caso CTT. Auto Aliança aconselhou negócio com Rentilusa, empresa do grupo BPN/SLN

Um ano após o negócio, Paulo Silveira foi presidente da administração da Rentilusa

Um dos sócios da empresa de consultadoria que aconselhou à anterior administração dos CTT o negócio com a Rentilusa, para a renovação da frota automóvel, foi nomeado, um ano depois dos factos, presidente do conselho de administração desta empresa do grupo BPN/SLN que ficou com o contrato.

A actuação da empresa de consultadoria, a AutoAliança, foi alvo de reparos pela Inspecção Geral da Obras Públicas (IGOP), que analisou o negócio de aquisição de viaturas adjudicado pela anterior administração de Carlos Horta e Costa à Rentilusa. Um negócio que, segundo uma auditoria, ficou dois milhões de euros mais caros pela opção feita. Em Janeiro de 2005, apesar de vários pareceres internos, a anterior administração adjudicou o contrato à Rentilusa. O caso, tal como o DN avançou ontem, está a ser investigado pela Polícia Judiciária, no âmbito de um inquérito que tem como temas centrais a venda de dois prédios (um em Coimbra, outro em Lisboa) à empresa TramCrone.

A decisão de adjudicar o contrato de renovação a frota automóvel à Rentilusa foi tomada com base num estudo apresentado pela empresa AutoAliança que pertencia a Paulo Silveira e João Vicente (que o DN não conseguiu localizar para obter uma reacção). Esta empresa, de acordo com a IGOP, foi constituída a 20 de Janeiro de 2005, precisamente um dia depois dos CTT terem decidido avançar para a renovação da frota. Em Fevereiro daquele ano, o contrato foi assinado.

Uma consulta feita pelo DN à base de dados da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa mostrou, entretanto, que a 15 de Março de 2006, Paulo Silveira assumiu o lugar de presidente da administração da Rentilusa. E abandonou o cargo de gerente da AutoAliança em Agosto daquele ano.

Tal como o DN revelou ontem, o anterior conselho de administração dos CTT optaram pela Rentilusa ao arrepio de pareceres internos. Uns que consideravam a opção pelo AOV (Aluguer Operacional de Viaturas) mais dispendiosa do que a gestão directa da frota. Outros, não consideravam a proposta da Rentilusa como a mais vantajosa para a empresa. Certo é que, após parecer da AutoAliança, a administração rubricou o contrato, representando um custo para a empresa de 17,783 milhões de euros. Mais dois milhões do que a proposta apresentada pela Leaseplan, a segunda concorrente.

Em resposta ao inquérito da IGOP, os antigos administradores Carlos Horta e Costa, Luís Fragoso e Manuel Baptista justificaram a contratação da AutoAliança (uma empresa cujo pacto social nada refere quanto a gestão de frotas, mas sim ao comércio de produtos informáticos). Afirmaram que a consultora "não pode seriamente ser posta em causa quando são reconhecidas no meio a reputação e o currículo dos seus sócios". E que a opção pela Rentilusa se deveu face à "mais completa oferta" em termos de serviços e à cobertura geográfica da mesma.

A PGR DIZ QUE NÃO PERCEBE DE CONTAS, O TRIBUNAL DE CONTAS NADA NEM NINGUÉM JULGA.PORTANTO TEMOS QUE NOS LIMITAR A ACREDIRAR NA HONESTIDADE DOS GAJOS.MAS COMO SE SABE A OPORTUNIDADE É QUE CRIA O LADRÃO... E PELOS VISTOS ESTAMOS NUMA TERRA DE OPORTUNIDADES...