Friday, November 2, 2007

ESTES SABEM O QUE LHES VAI ACONTECER...

Los estudiantes venezolanos salen de nuevo a la calle
La marcha en protesta a la reforma constitucional que adelanta Hugo Chávez terminó en manifestaciones violentas que fueron dispersadas por la policía

AOS IMIGRANTES EM ITÁLIA FALTA O NOSSO COMISSARIO...

Italia se prepara a expulsar los primeros inmigrantes “peligrosos”
El país está conmocionado por el homicidio y violación de una señora de 47 años a manos de un ciudadano rumano que ya ha sido arrestado
ELPAIS.com - Madrid - 02/11/2007


El Gobierno italiano está poniendo en práctica en tiempos récord el decreto que otorga a sus autoridades el poder para expulsar a ciudadanos europeos "peligrosos" para evitar "episodios de extrema violencia y crímenes feroces" como el que ha sacudido la opinión pública en los últimos días. En Roma, una mujer de 47 años murió anoche tras ser robada, violada y golpeada anteayer presuntamente por un rumano que ha sido arrestado gracias a las indicaciones de una compatriota. Las primeras expulsiones se esperan para el día de hoy.


Giovanna Reggiani, 47, the wife of a naval captain, died last night after being raped, beaten and thrown into a drainage ditch as she walked home in the dark from a railway station in a suburb of Rome. Her assailant had smashed her face into an unrecognisable pulp with a stone before leaving her for dead, police said.

Nicolae Romulus Mailat, 24, who came to Italy from Transylvania four months ago, was arrested at an immigrant bivouac of makeshift shacks on the Tiber embankment near the station at Tor di Quinto. Police were alerted by a Romanian woman who saw Mr Mailat returning to his shack covered in blood. She flagged down a bus and asked the driver to call police. Mr Mailat admitted robbing Ms Reggiani but denied raping her, police said.

The horrific attack has appalled Italians, who blame Romanian immigrants for a wave of crime in the biggest cities since January, when Romania joined the European Union, and now threatens to drive a wedge between two nations that have a long history of cultural ties.


Romano Prodi, the Italian Prime Minister, telephoned Calin Popescu Tariceanu, the Romanian Prime Minister, yesterday to demand urgent action to prevent criminals from crossing the border. On Wednesday Mr Prodi chaired a Cabinet meeting that approved a measure allowing police chiefs to expel EUcitizens who posed a threat to public security, as well as immigrants from outside the EU.

The measure, which would appear to contravene EU legislation on the free movement of people from member states, was due to be debated in Parliament within 60 days. Mr Prodi said yesterday that it would be imposed immediately by decree. He said: “These acts must not be repeated. We are not acting out of rage but we are determined to keep a high level of security for our citizens.”

The furious reaction to the attack on Mrs Reggiani has exposed the anger felt by many Italians at what they perceive to be the inability of authorities to deal with a sharp rise in burglaries and assaults involving migrants from Eastern Europe, particularly Romania. In a front-page editorial Il Messaggero, the Rome daily, said “Our anger, frustration, fear and grief cannot be underestimated. This atrocious and vicious attack goes beyond our darkest imaginings, and is the direct consequence of excessive tolerance. We have blindly accepted anyone who wanted to come to Italy. We should have reacted much earlier.”

Corriere della Sera said that Romanians had “replaced Moroccans and Albanians as Italians’ No 1 nightmare. The difference is that Romanians are now Europeans like us.”

Walter Veltroni, the Mayor of Rome, said that Italy should have followed the example of Britain and other EU countries in imposing immigration limits for new EU members.

Mr Veltroni said that before Romania’s EU accession Rome had been one of the safest cities in Europe. “These are not immigrants who came here to live, but criminal types,” he said. Mr Veltroni said 75 per cent of street crimes in Rome so far this year had been committed by Romanians, and there was a “risk of xenophobia”.

Despite fears that Romanians would flood into Britain after their country joined the EU, most have headed for Southern Europe, especially Italy, because of affinities of language and culture. Cristian David, the Romanian Interior Minister, called on his compatriots to “help the Italian authorities combat crimes committed by our fellow nationals”. He said that the majority of Romanians were honest, and a “criminal minority” should not be allowed to damage the image of Romania as a whole.

In the past 18 months Romanians have been responsible for 76 murders, more than 300 rapes and 2,000 robberies in Italy, according to police statistics. Nearly 400 Romanians have been charged with kidnappings, mostly involving prostitution, and 6,000 with receiving stolen goods.

Concern that Bulgaria and Romania were let into the EU too soon means that most Balkan countries will have to wait at least a decade before they can join, officials in Brussels said yesterday. The slow pace of judicial reform in Bucharest and Sofia created a backlash against rapid membership.

A progress report on EU applicants will paint a damning picture of political and judicial corruption, The Times understands. The draft report, due to be published on Tuesday, covers the three official candidate countries – Croatia, Turkey and Macedonia – as well as the potential applicants Albania, Bosnia-Herzegovina, Montenegro, Serbia and the breakaway Serbian province of Kosovo.

In numbers

2 million Romanians live abroad, 10 per cent of the country’s population
1 in 2 of those is in Italy or Spain
€114 monthly minimum wage in Romania, a tenth of that in the UK

Sources: Eurostat, Euromonitor



AQUI OS "COITADINHOS" ERAM LOGO NACIONALIZADOS PARA NÃO SEREM DISCRIMINADOS E COMO BONS SELVAGENS , SEM CULPA, QUE SERIA REMETIDA PARA A "SOCIEDADE" QUE TERIA DE "PENAR" MAIS UM BOCADINHO...
A ESQUERDA ITALIANA É DE FACTO FRACA COMPARADA COM A PORTUGUESA.AQUI O SOCIALISMO É MAIORITÁRIO E SEGUIDO Á RISCA.COM UMA IMENSA VARIEDADE DE FORMAS.PENA OS GAJOS NÃO SE PEGAREM COMO NOUTROS LOCAIS E SE MATAREM UNS AOS OUTROS... POR CAUSA DE FRACÇIONISMOS, REVISIONISMOS E OUTRAS MERDAS DE QUE SÓ ELES PERCEBEM.

MARROCOS O MAIOR PRODUTOR DE HAXIXE

"Me han caído cuatro años por medio porro"
Un turista español cuenta cómo acabó encarcelado en Dubai por llevar hachís

COMO SE VÊ O HAXIXE É CONDENADO PELO ISLÃO, MAS APESAR DISSO OS MARROQUINOS PRODUZEM-NO ÁS TONELADAS E EXPORTAM-NO PARA OS "INFIÉIS" QUE CONVÉM ATÉ "ENFRAQUECER" PARA FACILITAR TALVEZ A REOCUPAÇÃO DO AL-ANDALUZ...
SRS MARROQUINOS, O HAXIXE TAMBÉM SE PODE CULTIVAR EM PORTUGAL E ESPANHA E A NÃO SER CLANDESTINAMENTE NÃO O É... PORTANTO DEIXEM-SE DE MERDAS E SUBSTITUAM O SEU CULTIVO POR OUTRA COISA QUALQUER, POIS QUE SE FOSSE EU A MANDAR JÁ TINHAM LEVADO COM DESFOLHANTES EM CIMA QUER QUISESSEM , QUER NÃO QUISESSEM.E PASSEM A CONTROLAR MELHOR AS VOSSA INVASÕES PORQUE TAMBÉM SE FOSSE EU A MANDAR CADA LANCHA QUE MANDASSEM ERA DESTRUÍDA COM OS OCUPANTES NO MAR...

CEUTA A CIDADE DAS QUINAS













Marruecos expresa su rechazo al viaje de los Reyes a Ceuta y Melilla

CEUTA PERDEU-SE POR NA RESTAURAÇÃO O RESPECTIVO GOVERNADOR SE TER MANTIDO FIEL AO REI ESPANHOL, COMO ALIÁS CÁ FIZERAM OUTROS QUE RAPIDAMENTE FORAM NEUTRALIZADOS.
CURIOSAMENTE TERIA SIDO CERTAMENTE CONSIDERADA "COLÓNIA" COMO CABO VERDE , S.TOMÉ E RAPIDAMENTE ENTREGUE A QUEM A QUISESSE RECEBER.FOI A GRANDE ESTRATÉGIA DO REGIME
DE 1974.
OS MARROQUINOS ANDAM MAL DA CABEÇINHA.AO FIM DESTES ANOS TODOS QUEREM O QUÊ?E AINDA POR CIMA AINDA LÁ NÃO ESTIVEMOS TANTO TEMPO COMO CÁ ESTIVERAM.SÓ ESPERO QUE OS ESPANHÓIS NÃO SE LEMBREM DE PICAR AS PEDRAS COM AS ARMAS PORTUGUESAS COMO FIZERAM EM OLIVENÇA...
DE RESTO FELICITO ESTA VISITA DOS REIS DE ESPANHA A UM TERRITÓRIO ESPANHOL E QUE ESPERO O CONTINUE A SER POR MUITOS SÉCULOS!

DONDE VEM O PESO DO ESTADO NA ECONOMIA

João Cravinho, Odete Santos e Marques Mendes, ex-deputados do PS, PCP e PSD, pediram, no decurso deste ano, a atribuição da subvenção mensal vitalícia, uma pensão concedida para toda a vida aos ex-titulares de cargos políticos. O antigo parlamentar socialista, que renunciou ao mandato de deputado em Janeiro deste ano para assumir o cargo de administrador no Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), já tem a subvenção atribuída, mas os processos de Odete Santos e Marques Mendes estão ainda em fase de apreciação.







Cravinho, Odete e Mendes foram, segundo a Assembleia da República, os únicos ex-deputados que solicitaram, no decurso deste ano, a subvenção vitalícia. Eleito em 1976, João Cravinho tem 30 anos de vida parlamentar e governamental. Como “a subvenção vitalícia é calculada à razão de quatro por cento do vencimento base por ano de exercício, correspondente à data da cessação de funções em regime de exclusividade, até ao limite de 80 por cento”, segundo a lei 26/95, Cravinho poderá receber, tendo em conta o salário bruto mensal de 3631 euros de deputado, uma pensão vitalícia de quase três mil euros por mês.

Odete Santos tem também uma longa experiência parlamentar: eleita em 1980, a ex-deputada do PCP conta com 27 anos de deputada. O seu processo está em apreciação na Caixa Geral de Aposentações (CGA) e poderá receber uma pensão mensal próxima de três mil euros. Já o processo de Marques Mendes, que tem 20 anos de carreira parlamentar e governamental, está ainda em análise no Parlamento. Mendes poderá receber uma pensão vitalícia acima de dois mil euros.

DESPESA DE 7,8 MILHÕES EM 2007

A despesa anual com as pensões vitalícias de 383 ex-titulares de cargos políticos será de 7,8 milhões de euros, em 2007. No Orçamento do Estado para este ano prevê-se um custo anual de 7,6 milhões de euros, mas, segundo o cálculo da própria Caixa Geral de Aposentações (CGA), aquela verba foi aumentada para 7,8 milhões de euros, um acréscimo de 2,1 por cento face ao previsto inicialmente.

Com esta revisão orçamental, a despesa com as subvenções vitalícias em 2008, ao ascender a oito milhões de euros, como prevê a proposta do Orçamento do Estado, terá um acréscimo de 3,2 por cento. A pensão vitalícia foi extinta com a Lei 52-A/2005, mas cerca de 30 ex-deputados ainda podem beneficiar desta subvenção.

SAIBA MAIS

20 anos foi o período em que esteve em aplicação a Lei n.º4/85, de 9 de Abril, que atribuía a subvenção vitalícia aos titulares de cargos políticos.

10 de Outubro de 2005 foi o dia em que a Lei n.º52-A revogou a pensão vitalícia. Esta pode ser pedida ainda por quem, àquela data, adquiriu esse direito ou reúna, até 2009, condições para dela beneficiar.

LEI Nº4/85

Este diploma diz que “os membros do Governo, os deputados à Assembleia da República e os juízes do Tribunal Constitucional que não sejam magistrados têm direito a uma subvenção vitalícia mensal”.

PERÍODO TEMPORAL

Para obter a pensão vitalícia, começou por ser necessário exercer as funções, após o 25 de Abril, durante oito ou mais anos consecutivos ou interpolados. Mais tarde, o limite temporal aumentou para 12 anos.

VALOR MENSAL

A subvenção mensal vitalícia é, segundo o artigo 25 da Lei n.º26/95, calculada “à razão de 4% do vencimento base por ano de exercício, correspondente à data da cessação de funções em regime de exclusividade, até ao limite de 80%”. E “é acumulável com pensão de aposentação ou de reforma”. É processada quando o titular atingir 55 anos de idade.

AGORA VÃO ÁS CÂMARAS MUNICIPAIS E FREGUESIAS E ÁS RESPECTIVAS REFORMAS E VERÃO COMO ISTO COMEÇOU A AFUNDAR QUANDO SE COMEÇARAM A PAGAR ESTES LUXOS ASIÁTICOS... BEM PODEM CONTINUAR A DESPEDIR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, A ELIMINAR FORÇAS ARMADAS QUE ENQUANTO A MALTA QUE TEM 2 E 3 REFORMAS NÃO MORRER ISTO NÃO SE ENDIREITA E SÃO MESMO MUITOS...

343 CARJACKING DESDE JANEIRO

E, se por um lado, a maioria dos automóveis são para utilização própria (condução ilícita), uma minoria é para exportar "para o Norte de África e Europa", diz a polícia. "Temos apanhados alguns nos portos de embarque. Quando a viatura é para ser entregue na Europa são os próprios que fazem a entrega", continua a responsável

SERIA INTERESSANTE VERIFICAR NA EXPORTAÇÃO OS PART NUMBERS PARA ALGUNS PAÍSES...
A OPORTUNIDADE FAZ O LADRÃO.COM TANTA FACILIDADE NA LEI VIGENTE SÓ OS RESPEITADORES FICAM PREJUDICADOS.O SOCIALISMO É MESMO REAL POIS QUE QUEM NÃO TEM VAI BUSCÁ-LO ONDE O HOUVER...,

PIDE/DGS

Entrevista com Irene Flunser Pimentel, historiadora

Este seu livro é uma tese. A que conclusão chegou sobre o papel da PIDE no Estado Novo?

Foi uma polícia que ajudou o regime a manter-se, embora não tenha sido a arma principal desse regime. O que o sustentou foram, penso eu, as Forças Armadas. Mas foi um elemento que, com outros, como a censura e a inculcação de ideologia e da censura, ajudou a ditadura a manter-se.

No prefácio fala do historiador francês Henry Rousso, que estabeleceu quatro fases para o estudo da memória histórica. Em que momento desses estamos no caso da PIDE?

Ainda não é fácil falar da PIDE. Há muitos mitos e uma certa polémica à volta. A memória está coberta por esses mitos, mas é o momento de destapar.

Na história que faz da PIDE, optou por prescindir dos testemunhos orais. Porquê?

Sim. Decidi recorrer apenas aos elementos escritos, aos Arquivos da PIDE e testemunhos já publicados. Optei por não fazer história oral apesar de não ter nada contra. Mas também não tinha elementos da PIDE para fazer. Eles não querem falar e estão numa fase de autojustificação. A memória atraiçoa as pessoas, mas nos casos dos elementos da PIDE há uma forma de mentir voluntária, de esconder.

É sentimento de culpa?

Não sei . É esconder o que foi feito. Se eu fosse atrás apenas de depoimentos da PIDE chegava à conclusão de que a PIDE não teria torturado. Felizmente, a seguir ao 25 de Abril, a PIDE foi extinta e foi mesmo criminalizada durante um período e nessa altura houve elementos da PIDE que disseram que realmente houve tortura.

Fala da sua necessidade de se colocar no lugar do outro enquanto investigadora; no lugar do preso e do polícia. Esse distanciamento é possível?

Claro que esse distanciamento nunca se consegue totalmente. Aliás, a própria escolha de um tema como o da PIDE já é subjectiva. Eu tinha os meus mitos e as minhas ideias e as minhas hipóteses iniciais. A História tem a ver com pessoas e tem de haver um mínimo de empatia; tentar colocar-se no lugar do outro. E empatia não é a mesma coisa que simpatia. É tentar perceber como pessoas consideradas normais, bons pais de família, eram capazes das maiores violências. Cheguei a uma conclusão: a ideologia não era importante, era secundária.

Confessou que tinha alguns mitos antes de partir para este trabalho. Que mitos eram esses?

Pensava, por exemplo, que a PIDE teria matado muito mais gente. Mas houve um cuidado, que era não apenas cosmética para a opinião mundial, mas tinha a ver com a razão de ser da PIDE: prender para investigar e através da tortura investigar. Achave era que a PIDE não divulgava as prisões, mas vamos aos jornais e vemos muitas notas oficiosa. A PIDE estava interessada em mostrar que estava por todo o lado, pelo exemplo, e que era eficaz. Isso teve eficácia e explica em parte a razão de haver poucos mortos e apesar de tudo menos presos do que noutras ditaduras. Tem a ver com uma certa apatia e apolitização que se criou na sociedade portuguesa. São muitos anos e introduziu-se esse medo.

A PIDE foi feita à imagem de Salazar?

A PIDE é um reflexo de Salazar. Ele estava informado de tudo. A PIDE e a DGS foram as polícias políticas de um ditador. Não da ditadura mas do ditador e respondiam perante ele. Portanto, não foi um Estado dentro do Estado. Foi um instrumento que se ocupava do trabalho sujo desse regime.

No início do livro estabelece uma comparação entre as polícias políticas dos regimes fascistas, sobretudo da Alemanha e da Itália, com a portuguesa...

Estamos a falar de um período diferente daquele que eu estudo [1945 a 1974]. Tive de ir um pouco atrás, à PVDE (Polícia de Vigilância do Estado). A PIDE veio substituí-la e havia a ideia de que fora criada à imagem da Gestapo. Só que a PIDE é um produto bastante nacional mas com aspectos parecidos com as polícias das ditaduras, nos informadores, na tortura, nas prisões que se faziam preventivamente, o potencial delinquente...

Referiu-se à PIDE como um produto nacional. Que características a definem enquanto tal?

Fiz uma análise não só social, quer dos presos quer dos elementos da PIDE, e eram muito à imagem do próprio povo. Muitos só tinham a quarta classe ou o primeiro ciclo, vinham do Norte e centro do País, tinham uma origem camponesa. Não tinham nada a ver com a Gestapo, com inspectores treinados.

Houve alguma história no meio desta investigação que a tivesse surpreendido especialmente?

Muitas. Sempre achei que as mulheres eram tão torturadas como os homens. Não. Isso também tinha a ver com a ideologia salazarista e o Código Civil. As mulheres só começam a ser torturadas como os homens a partir dos anos 70. Corresponde a um período em que passam também a agentes da PIDE. Outra coisa de que não tinha bem a noção era se a PIDE violava mulheres. Não havia violação expressa. O que há é a violação de tabus, despindo-as, obrigando-as a fazer as necessidades no meio dos elementos da PIDE. Esse tipo de coisas são uma violação, uma humilhação. A seguir ao 25 de Abril achava-se que toda a gente tinha sido vítima da PIDE e a PIDE era uma monstruosidade. Hoje já se pode dizer é uma polícia sinistra, execrável, mas que faz parte da nossa história.

Há a ideia de que a PIDE, comparativamente com outras polícias, foi uma força muito amadora.

Não. Antes achava que sim, que eram uns matarruanos. Sei agora que teve uma certa eficácia. Mas não é necessário ser muito eficaz para ter eficácia. Não precisavam de ser muito elaborados.

Contabilizou os presos e os mortos?

De 1945 a 1975 houve cerca de 15 mil presos, o que dá uma média de 400 por ano. Pode parecer pouco, mas são 400 a mais.

E mortes?

O assunto é mais delicado. A PIDE era bastante cínica e hipócrita: deixava que as pessoas definhassem. Ou seja, não provocou muitas mortes directas. Por isso na minha tese não contabilizei os mortos. Contei 15 entre 1945 e 74.

ESTA POLÍCIA PODERIA TER SIDO REFORMADA E NÃO EXTINTA.PORTUGAL NO SEU CONJUNTO MUITO FICOU CERTAMENTE A PERDER COM ISSO.MAIS UMA VEZ OBRA DO INTERNACIONALISMO QUE ACTUALMENTE NEM SEQUER TEM A QUEM SE VENDER.