Tuesday, March 27, 2007
TEMOS PORTAS ESCANCARADAS E DAMOS MEL
vec l'affaire de la rue Rampal, c'est la question de la régularisation des sans-papiers qui s'invite dans la campagne, poussant les principaux candidats à la présidentielle à prendre position. Dimanche soir, Ségolène Royal avait estimé que les enfants scolarisés en France devaient "pouvoir poursuivre leur scolarité et donc leurs parents [devraient] pouvoir rester sur le territoire".
"La régularisation des parents doit pouvoir suivre la scolarisation en fonction d'un examen au cas par cas, comme l'a toujours indiqué Ségolène Royal", a précisé lundi son codirecteur de campagne, Jean-Louis Bianco. "C'est tout simplement une question de respect et d'humanité, comme en sont convaincus beaucoup d'hommes et de femmes de bonne volonté, ainsi qu'en témoigne la solidarité des parents d'élèves face aux mesures d'expulsion", a-t-il ajouté.
Le Parti socialiste a précisé sa position. Pour le premier secrétaire du PS, François Hollande, "le problème qui est posé c'est celui précisément des lois Sarkozy, qui ont créé des situations où des familles ne sont ni expulsables ni régularisables. Il faudra revenir sur ces dispositions". Pour lui,"il faut éviter aussi, lors de l'inscription des enfants, qu'il puisse y avoir des abus", notamment "qu'une personne venant avec un visa touristique puisse inscrire ses enfants". "Il faut un peu de vigilance", a-t-il prôné lors d'un point de presse.
"Mais lorsque les familles sont là depuis longtemps (...) et ont scolarisé les enfants, a-t-il poursuivi, la régularisation doit venir." "C'est un critère quand l'enfant est scolarisé et qu'il l'est depuis plusieurs mois. C'est un des éléments qui attestent que la famille est installée, qu'elle a un logement, qu'elle a des ressources." Ségolène Royal et le PS prônent également le rétablissement de l'octroi automatique du titre de séjour au bout de dix ans de présence.
EM PORTUGAL AS ESCOLAS MATRICULAM QUEM SE APRESENTAR , MESMO QUE NÃO DIGA UMA ÚNICA PALAVRA EM PORTUGUÊS, PORQUE AS DITAS ESCOLAS NÃO SÃO A POLICIA DE FRONTEIRA... MAS PAGAM LOGO OS SUBSÍDIOS...IRRESPONSABILIDADE GOVERNAMENTAL E UM ABUSO FEITO AOS CONTRIBUINTES E PRINCIPALMENTE AOS NOSSOS EMIGRANTES...
Monday, March 26, 2007
O "É DEXÁ-LO IR..." FEZ ESCOLA...
Cadastrado "rei" das fugas
Dorizete Quirino Oliveira, 26 anos Valdemar PinheiroUm cadastrado de nacionalidade brasileira, referenciado como perigoso e violento, evadido desde Janeiro da cadeia do Linhó, foi recapturado pela PSP na madrugada do passado sábado e, horas depois, conseguiu libertar-se das algemas e voltou a fugir, desta vez da viatura policial que o transportava do tribunal para o departamento da Esquadra de Investigação Criminal, em Cascais. Encontra-se desde então a monte.Nascido em Minas Gerais (Brasil), em 1981, Dorizete Quirino Oliveira integrava um perigoso gangue de assaltantes a blindados de transportes de valores e sequestradores, desmantelado pela Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal em 2005.Na madrugada de 8 de Janeiro último, com outro conterrâneo, Reinaldo Freitas, evadiu-se do Estabelecimento Prisional do Linhó (Sintra), onde cumpria pesada pena por roubos e sequestros. A fuga deu-se um dia depois de o ministro da Justiça, Alberto Costa, ter visitado a cadeia. Dorizete e o companheiro conseguiram saltar um muro da prisão com mais de três metros, situado entre duas torres de vigia com guardas de serviço. Suspeita-se de que terão contado com ajudas interiores e exteriores, mas o inquérito interno instaurado pelos serviços prisionais ainda não é conhecido.Dorizete foi, finalmente, recapturado no último sábado, de madrugada, em S. João do Estoril (Cascais). Por meio de arrombamento, com a ajuda de um pé-de-cabra, tinha-se introduzido pelas 3 horas da manhã no "snack-bar" Maçaroca, na Rua Campo Santo. Todavia, alguém se apercebeu de algo estranho e alertou a PSP, que o surpreendeu em flagrante.Cerco e lutaNo final de um cerco montado discretamente por agentes da Esquadra de Investigação de Investigação Criminal (EIC) e da 51ª Esquadra do Estoril, o cadastrado recebeu voz de detenção quando abandonava o estabelecimento transportando dois sacos com 279 maços de tabaco, bebidas e ferramentas usadas nos assaltos, além de luvas cirúrgicas que utilizava para não deixar impressões digitais.Ao ouvir o aviso "Polícia!", Dorizete fugiu mas foi alcançado por um dos agentes, com o qual acabou por envolver-se numa luta corpo a corpo, vindo a ser dominado e neutralizado. Posteriormente, na Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Cascais, no antigo forte junto à Marina, ter-se-á identificado verbalmente como Deivid Prado. À cautela, os agentes recolheram as suas impressões digitais, que enviaram para a Polícia Judiciária (PJ). A resposta veio pouco depois tratava-se de Dorizete, de alcunha "Noé", o evadido da cadeia do Linhó, com largo cadastro por sequestros e roubos e contra quem pendia um pedido de detenção.Ao princípio da tarde de sábado, no regresso do Tribunal Judicial de Cascais, onde foi submetido a interrogatório judicial, antes da chegada de um veículo celular, com escolta fortemente armada dos serviços prisionais, conseguiu libertar-se das algemas quando viajava no veículo da PSP, entre o tribunal e as instalações da EIC, em Cascais.A fuga deu-se quando o agente motorista parou o carro à entrada das instalações, para abrir o portão do forte. Dorizete que viajava no banco traseiro, acompanhado de um outro agente, abriu a porta e pôs-se em louca correria em direcção ao parque Marechal Carmona. O polícia, que seguia a seu lado, só lhe conseguiu agarrar o blusão.
Dorizete Quirino Oliveira, 26 anos Valdemar PinheiroUm cadastrado de nacionalidade brasileira, referenciado como perigoso e violento, evadido desde Janeiro da cadeia do Linhó, foi recapturado pela PSP na madrugada do passado sábado e, horas depois, conseguiu libertar-se das algemas e voltou a fugir, desta vez da viatura policial que o transportava do tribunal para o departamento da Esquadra de Investigação Criminal, em Cascais. Encontra-se desde então a monte.Nascido em Minas Gerais (Brasil), em 1981, Dorizete Quirino Oliveira integrava um perigoso gangue de assaltantes a blindados de transportes de valores e sequestradores, desmantelado pela Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal em 2005.Na madrugada de 8 de Janeiro último, com outro conterrâneo, Reinaldo Freitas, evadiu-se do Estabelecimento Prisional do Linhó (Sintra), onde cumpria pesada pena por roubos e sequestros. A fuga deu-se um dia depois de o ministro da Justiça, Alberto Costa, ter visitado a cadeia. Dorizete e o companheiro conseguiram saltar um muro da prisão com mais de três metros, situado entre duas torres de vigia com guardas de serviço. Suspeita-se de que terão contado com ajudas interiores e exteriores, mas o inquérito interno instaurado pelos serviços prisionais ainda não é conhecido.Dorizete foi, finalmente, recapturado no último sábado, de madrugada, em S. João do Estoril (Cascais). Por meio de arrombamento, com a ajuda de um pé-de-cabra, tinha-se introduzido pelas 3 horas da manhã no "snack-bar" Maçaroca, na Rua Campo Santo. Todavia, alguém se apercebeu de algo estranho e alertou a PSP, que o surpreendeu em flagrante.Cerco e lutaNo final de um cerco montado discretamente por agentes da Esquadra de Investigação de Investigação Criminal (EIC) e da 51ª Esquadra do Estoril, o cadastrado recebeu voz de detenção quando abandonava o estabelecimento transportando dois sacos com 279 maços de tabaco, bebidas e ferramentas usadas nos assaltos, além de luvas cirúrgicas que utilizava para não deixar impressões digitais.Ao ouvir o aviso "Polícia!", Dorizete fugiu mas foi alcançado por um dos agentes, com o qual acabou por envolver-se numa luta corpo a corpo, vindo a ser dominado e neutralizado. Posteriormente, na Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Cascais, no antigo forte junto à Marina, ter-se-á identificado verbalmente como Deivid Prado. À cautela, os agentes recolheram as suas impressões digitais, que enviaram para a Polícia Judiciária (PJ). A resposta veio pouco depois tratava-se de Dorizete, de alcunha "Noé", o evadido da cadeia do Linhó, com largo cadastro por sequestros e roubos e contra quem pendia um pedido de detenção.Ao princípio da tarde de sábado, no regresso do Tribunal Judicial de Cascais, onde foi submetido a interrogatório judicial, antes da chegada de um veículo celular, com escolta fortemente armada dos serviços prisionais, conseguiu libertar-se das algemas quando viajava no veículo da PSP, entre o tribunal e as instalações da EIC, em Cascais.A fuga deu-se quando o agente motorista parou o carro à entrada das instalações, para abrir o portão do forte. Dorizete que viajava no banco traseiro, acompanhado de um outro agente, abriu a porta e pôs-se em louca correria em direcção ao parque Marechal Carmona. O polícia, que seguia a seu lado, só lhe conseguiu agarrar o blusão.
OS POLICIAS SE TIVESSEM DISPARADO TINHAM PROBLEMAS ASSIM, SEGUNDO AS MELHORES ORIENTAÇÕES DO INSPECTOR RESPEITADOR DOS DIREITOS HUMANOS QUEM SE VAI LIXAR?
POR ALGUMA RAZÃO ISTO ESTÁ APINHADO DE CIDADÃOS DO MUNDO DO MAIS FINO RECORTE QUE SE PODE IMAGINAR...
Sunday, March 25, 2007
ESTE NÃO CONTAVA
Um homem de 32 anos morreu ontem, de madrugada, carbonizado, na sequência de um incêndio que destruiu a barraca de madeira onde viva, em Maceda, Ovar. A família de Sérgio Paulo Pinto da Rocha, garante que fez tudo para o salvar, antes de chegarem os bombeiros, mas as chamas não o terão permitido.
SE FOSSE UM MULTICULTURAL HAVIA LOGO POR AÍ MUITA INDIGNAÇÃO MAS TRATANDO-SE DE UM BRANCO E DO NORTE BASTAVA-LHE PAGAR IMPOSTOS...
SE FOSSE UM MULTICULTURAL HAVIA LOGO POR AÍ MUITA INDIGNAÇÃO MAS TRATANDO-SE DE UM BRANCO E DO NORTE BASTAVA-LHE PAGAR IMPOSTOS...
TUBERCULOSE RESISTENTE
"O mapa geográfico da distribuição da doença mantém-se pouco homogéneo. As diferenças são as mesmas de sempre, com Porto, Viana do Castelo e toda a região Sul a apresentarem valores acima da média. A estes dados juntam-se outros: 373 casos de tuberculose entre imigrantes, o que corresponde a 11 por cento das notificações, 440 casos associados ao VIH/sida (13 por cento das notificações) e 424 casos em toxicodependentes (13 por cento das novas situações). "
GOSTAVA DE SABER COMO É QUE APRESENTAM ESTA ESTATÍSTICA SEM O CONTROLO DE CENTENAS DE MILHAR DE IMIGRANTES ILEGAIS
Saturday, March 24, 2007
SHEET!!!!!
Thanks for writing in. Unfortunately, once you have deleted your GoogleAccount, you can no longer access your blog. Please note that all servicesyou may have used with this Google Account, including Blogger, are deletedalong with your Google Account. If you'd like to recreate a blog, you cando so by creating a Google Account with Blogger:
Friday, March 23, 2007
COVA DA MOURA - A ÁFRICA EM PORTUGAL
Cova da Moura: retratos del último gueto africano
Los 7.000 habitantes del olvidado barrio de Amadora (Lisboa) tratan de escapar del estigma de las drogas y la conflictividad
MIGUEL MORA - Lisboa - 23/03/2007
Son las diez y media de la mañana, hora de salir al patio en el jardín de infancia del barrio de Cova de Moura, cerca de Lisboa. Ahí vienen: más de 100 pequeños, casi todos negros y mulatos, con sus batas azules relucientes. Muchos hablan en criollo, el dialecto nativo de Cabo Verde. Es la lengua del barrio, pero sus cuidadoras les hablan en portugués.
Enseguida los sientan en el suelo, junto a unas huertas pequeñas. Los enanos miran con curiosidad al jardinero que mueve la tierra con una azada. La escena habla del respeto a la memoria de la diáspora africana y de la utópica esperanza de este barrio maltratado, miserable, digno y olvidado a partes iguales. Cova da Moura es quizá el último gueto africano de Portugal. Está habitado por 7.000 personas, la mayoría obreros de la construcción y mujeres limpiadoras que llegaron a Europa en los años setenta. Gente honrada y de bien. Pero en los últimos años la Kova se ha hecho célebre por la violencia, el tráfico de drogas y las muertes de jóvenes y policías.
"Más fama que provecho", dicen los vecinos, que tratan de escapar a toda costa de ese estigma. Por ejemplo, enseñando su cultura, su forma de vida y su normalidad a quien quiera visitarlos. La asociación cultural Molino de Juventud, que lleva 25 años luchando por los derechos del barrio, ofrece visitas guiadas, y por cinco euros / persona, el guía Silvino te acompaña durante seis horas. Turismo en el gueto: comes "feijoão congo" en La Princesa del Barrio, charlas con el camello y filósofo Euclides, visitas a la optimista peluquera Irma, conoces al albañil João y al abuelo Diniz, y, si tienes suerte, bailas funaná con una belleza descalza o ves ensayar al grupo femenino de batuque Finka-pé, que ha participado en la película "Fados" de Carlos Saura. Bienvenidos a "Kova M.", barrio maldito y alegre, lugar lleno de gente memorable.
Santinho y María, mediadores culturales
Ze, Angoi, Edgar, Cuca, Céle, Amerikano, Ozerbe, Kabalo, Garybaldy. La espalda del joven Santinho está tatuada con los nombres de los nueve colegas caídos en la Kova en choques y tiroteos con la policía desde el año 2000. Son las 11.30 y los amigos de Santinho se acaban de levantar. Helder sale de la casa y se lía un canuto. "Es mi desayuno", cuenta, "hachís pakistaní, el mejor de Lisboa". "En el barrio el hachís no se considera droga", aclara Catarina Laranjeiro, la psicóloga del Molino. "Pero mezclado con el alcohol está produciendo psicosis graves". Por la ventana atruena un CD de música tecno. Sale otro colega. "¿Tudo ok, tudo bom, tudo fixe?", pregunta. Lleva en la mano un mando de Play Station. "Juego tanto que sueño con la Play", dice.
Todos llevan gorras, trenzas, pendientes, pulseras, collares, tatuajes, vaqueros, zapatillas: el uniforme del joven negro de barrio negro y problemático. Todos se consideran africanos aunque nacieron en Portugal y aunque se saludan con los gestos hip-hoperos de la MTV. El 50% de la población de Kova tiene menos de 20 años. "Casi todos los hombres hemos trabajado o trabajamos en la construcción desde que a los 13 o 14 dejamos el colegio", explica Silvino, el guía, nacido aquí hace 25 años. Santinho, el de los tatuajes, está feliz porque tiene un trabajo de oficina. "Hice un curso en el Moínho, el Gobierno me dio una beca y me coloqué en el Servicio de Extranjeros y Fronteras del Ministerio del Interior. Soy mediador cultural, y atiendo al público en criollo, inglés, francés y portugués. ¿Sueldo? ¡Mucho, 700 euros!".
En la calle de al lado está María Furtado, de 22 años, risueña y con bufanda. Trabaja con Santinho, atendiendo llamadas en el "call center", y gana lo mismo, aunque habla más: "El salario es fantástico. Para ropa no me llega, pero voy ahorrando y puedo vivir aquí, donde nací. En el futuro quiero comprarme una casa fuera del barrio, porque sé que esto tarde o temprano se acabará". ¿Te gusta el barrio? "¡Lo amo! Tenemos problemas, igual que todos los barrios, pero sobre todo mala fama. El problema es el tráfico de drogas, pero si quitas eso, es estupendo. La convivencia, la vida tradicional? Puedes ir a ver a las amigas a ver cómo se han despertado, hablas con la gente por la calle, te saludas? Fuera de aquí nadie habla con nadie. ¡Esto es como vivir en África!".
El abuelo Diniz, albañil jubilado
Diniz José Duarte tiene 88 años y vio nacer Cova da Moura. "Llegué hace más de 30 años. Al principio sólo estábamos caboverdianos, luego empezaron a llegar los portugueses que regresaban de Angola y otros africanos". Hoy, en la Cova siguen viviendo algunos portugueses. No hay ni hubo conflictos raciales. Pero muchos habitantes se sienten fuera del sistema, marginados. El barrio está a 10 minutos en coche del centro de Lisboa, muy cerca del Ikea, en medio de Amadora, una ciudad dormitorio. En los años sesenta solo había huertas y una cantera de piedra. En la montaña había una cueva (cova) y un molino viejo (todavía en pie) que habían pertenecido a la familia Moura. Eso le dio el nombre. La pérdida de las colonias fue clave para el desarrollo del barrio, construido por los vecinos con sus propias manos. Don Diniz era carpintero y herrero en Cabo Verde y vino buscando "una condición mejor". "Por suerte la encontré. Trabajé siempre en las obras, estuve contratado con Entrecanales varias veces y pasé cuatro años en España. Hoy los jóvenes lo tienen más difícil. Unos son buenos, otros menos; es así. Pero la unión hace la fuerza. Si no llega la pensión, nos ayudamos".
Irma, la peluquera optimista
Nació en Praia, Isla de Santiago, y emigró a Portugal hace tres años. Como el 75% de sus vecinos, llegó al barrio después de 1997. A sus 24, es la reina de La Pérola Negra, una de las peluquerías del barrio. Mientras en la radio suena una morna, Irma cuenta que aprendió sola el oficio a los ocho años, y que hace trenzas por diez euros y rastas (dos horas de trabajo) por 35. Cobra de sueldo 450 euros, aunque echa el día entero. "Aquí adoran venir al "cabeleireiro". A veces acabo a media noche". ¿El barrio? "Ya no paso miedo. Hay muchas personas buenas y vivimos bien, parecido a Cabo Verde".
Ermelindo Quaresma, profesor de informática
Otra de las actividades del Mohíno son las clases de informática. El profesor es Ermelindo Quaresma, un tipo fornido de 35 años que nació en Santo Tomé y Príncipe, diminuta isla del Atlántico que fue colonia portuguesa. Antes de ser informático, Quaresma fue albañil, "mano de obra barata y desechable"; y pasó, una por una, por las obras más emblemáticas del país: "Ayudé a construir la línea férrea de Sintra; Autoeuropa, la fábrica de Volkswagen en Palmela; estuve en el Puente Vasco de Gama, en el Centro Cultural de Belém, cuando se acabó el boom, vendí contratos de teléfono de puerta en puerta?". De aquellos años recuerda las condiciones de trabajo: eran salvajes: "De esos doce años trabajando, solo coticé uno; si cotizabas, te lo descontaban del sueldo; íbamos a destajo y nunca tenías vacaciones?".
A juicio de Silvino, el guía, el problema del barrio no es la droga, sino el olvido de las instituciones. "Es muy difícil salir del círculo vicioso si no nos ofrecen oportunidades de formación. Pero tienen que ser cursos continuos, no ocasionales. El hecho de tener el valor de salir fuera a buscar trabajo debería ser un plus para que la gente nos contratara, pero es al revés: si te atreves a dar el paso y saben que eres de la Cova, ni te reciben".
¿Y no convendría hacer un poco de planificación familiar? "No, eso es imposible", dice riéndose Ermenildo. "Es un bario muy cerrado, hay muchos bares, música, bailes, las casas son pequeñas, hay mucho contacto y los africanos somos como somos. ¡Promiscuos!".
Catarina Laranjeiro, la psicóloga
Lleva unos seis meses como psicóloga en la asociación vecinal, así que ha tenido tiempo de hacerse una idea. Laranjeiro explica que el gran problema es la falta de pertenencia, el desarraigo, la dificultad de los jóvenes para crearse una identidad social. "Silvino nació aquí, pero es caboverdiano, no tiene derecho a voto, y si tiene problemas legales algún día, quizá tenga que irse a un país que no conoce". La exclusión comienza en la escuela: "Ellos hablan criollo, y cuando llegan a la escuela portuguesa los niños no pueden ni comunicarse". Y se extiende hasta la edad adulta: "El barrio es muy cerrado. Mucha gente no va ni a Lisboa, y hay una enorme desconfianza hacia lo exterior. Nadie vota en las elecciones, nadie confía en el sistema". El tráfico de drogas también está enraizado: "No hay familia que no tenga alguien traficando, pero hay un código ético tácito que les impide consumir. Por eso apenas hay tóxico dependientes".
Euclides, camello a la fuerza
En la sucia plaza del centro de la Cova varios jóvenes sujetan la puerta de un garaje al sol. Encima hay ropa tendida, al lado varias tiendas de fruta, pescado, un taller mecánico desvencijado. La furgoneta de la policía pasa tres veces en 20 minutos. Es uno de los puntos de trapicheo: heroína, coca, hachís, todo en escala diminuta. Droga mala y barata para clientes pobres. Euclides vende a la fuerza, cuenta. "La mala fama y la degradación del barrio nos obliga a vender para dar de comer a los niños. La sociedad no nos ayuda. Algunos hacen tonterías y los demás arrastramos la fama. Yo estuve trabajando en Francia y Luxemburgo cinco años y tuve que volver porque a mi hermano lo metieron preso injustamente. Pero siendo negro y con pendiente, aquí no eres igual que los demás, nadie te da trabajo. Conozco ocho países y ninguno es tan racista como éste. Soy portugués, nací aquí. Pero en cuanto pueda, cojo a los niños y nos vamos. Aquí no hay esperanza. Nadie nos juzga por lo que valemos".
El señor João, albañil, padre de seis hijos: "Aquí nunca hubo chabolas porque todos sabíamos edificar", dice el señor João, un tipo alto y fuerte, de 59 años y manos enormes y acaba de volver de trabajar en una obra en España. Ahora está de baja (se cortó un dedo con una máquina) pero dice que no quiere trabajar más en Portugal: "Aquí por mucho que trabajes nunca ganas 2.000 euros; allí te pagan 2.400 más comida y casa. Aquí los patrones son muy 'malandros', ni pagan la seguridad social. João llegó hace 26 años desde la isla de Fogo (Cabo Verde). "Fue muy costoso levantar las casas porque no había agua ni luz ni camiones para transportar el material y había que traerlo todo de fuera costó mucho sacrificio", recuerda. Está indignado porque los vecinos han tenido que acudir a los juzgados para ver reconocida la propiedad de las casas ("son nuestras porque nadie las ha reclamado en 25 años") y para detener los planes de la alcaldía de Amadora, un proyecto inmobiliario que planea tirar el 80% del barrio y hacerlo de nuevo. Dos arquitectas contactadas por el Molino han proyectado un plan que mantendrá en pie un 80% del barrio y reformaría el resto.
El señor Eduardo, fundador del Moínho Flaco, enjuto y de mirada viva, el señor Eduardo llegó a Cova desde las Azores hace 24 años, "cuando no había alcantarillas y solo había agua potable en una fuente". Enseguida empezó a ayudar, con su mujer belga, en una barraca con un techo de uralita: él prestaba libros y cuidaba a los niños que se criaban en las calles, ella enseñaba costura y limpieza a las mujeres para que pudieran colocarse de asistentas. Luego montó la asociación Moínho da Juventude, que hoy tiene ayudas fijas del ministerio de Trabajo y Solidaridad y apoyos ocasionales del Fondo Social de la UE y otras instituciones. Hace poco ha abierto un centro de formación de adultos y la pequeña biblioteca Ramos Rosa. En total, cuenta con unos 60 trabajadores y voluntarios.
Don Eduardo explica que el estigma del barrio empezó a finales de los noventa, cuando "fue desmantelado el supermercado de la droga Casal Ventoso y muchos vendedores vinieron aquí". Después, el alcalde de Amadora ayudó a empeorar las cosas: "Emprendió una campaña en prensa para difamar, abandonar y degradar el barrio, con el fin de poder especular con el terreno".
Pero Cova da Moura no se resigna a desaparecer bajo las excavadoras. El barrio no tiene centro de salud, no tiene farmacia, no tiene escuela secundaria, tiene una tasa de analfabetismo del 10%, un índice de natalidad de 4 niños por mujer y una tasa de abandono escolar altísima. "Pero también tenemos una historia propia, y el barrio está orgulloso de mantener viva la cultura africana y la memoria de la diáspora".
A NOSSA RIQUEZA
Los 7.000 habitantes del olvidado barrio de Amadora (Lisboa) tratan de escapar del estigma de las drogas y la conflictividad
MIGUEL MORA - Lisboa - 23/03/2007
Son las diez y media de la mañana, hora de salir al patio en el jardín de infancia del barrio de Cova de Moura, cerca de Lisboa. Ahí vienen: más de 100 pequeños, casi todos negros y mulatos, con sus batas azules relucientes. Muchos hablan en criollo, el dialecto nativo de Cabo Verde. Es la lengua del barrio, pero sus cuidadoras les hablan en portugués.
Enseguida los sientan en el suelo, junto a unas huertas pequeñas. Los enanos miran con curiosidad al jardinero que mueve la tierra con una azada. La escena habla del respeto a la memoria de la diáspora africana y de la utópica esperanza de este barrio maltratado, miserable, digno y olvidado a partes iguales. Cova da Moura es quizá el último gueto africano de Portugal. Está habitado por 7.000 personas, la mayoría obreros de la construcción y mujeres limpiadoras que llegaron a Europa en los años setenta. Gente honrada y de bien. Pero en los últimos años la Kova se ha hecho célebre por la violencia, el tráfico de drogas y las muertes de jóvenes y policías.
"Más fama que provecho", dicen los vecinos, que tratan de escapar a toda costa de ese estigma. Por ejemplo, enseñando su cultura, su forma de vida y su normalidad a quien quiera visitarlos. La asociación cultural Molino de Juventud, que lleva 25 años luchando por los derechos del barrio, ofrece visitas guiadas, y por cinco euros / persona, el guía Silvino te acompaña durante seis horas. Turismo en el gueto: comes "feijoão congo" en La Princesa del Barrio, charlas con el camello y filósofo Euclides, visitas a la optimista peluquera Irma, conoces al albañil João y al abuelo Diniz, y, si tienes suerte, bailas funaná con una belleza descalza o ves ensayar al grupo femenino de batuque Finka-pé, que ha participado en la película "Fados" de Carlos Saura. Bienvenidos a "Kova M.", barrio maldito y alegre, lugar lleno de gente memorable.
Santinho y María, mediadores culturales
Ze, Angoi, Edgar, Cuca, Céle, Amerikano, Ozerbe, Kabalo, Garybaldy. La espalda del joven Santinho está tatuada con los nombres de los nueve colegas caídos en la Kova en choques y tiroteos con la policía desde el año 2000. Son las 11.30 y los amigos de Santinho se acaban de levantar. Helder sale de la casa y se lía un canuto. "Es mi desayuno", cuenta, "hachís pakistaní, el mejor de Lisboa". "En el barrio el hachís no se considera droga", aclara Catarina Laranjeiro, la psicóloga del Molino. "Pero mezclado con el alcohol está produciendo psicosis graves". Por la ventana atruena un CD de música tecno. Sale otro colega. "¿Tudo ok, tudo bom, tudo fixe?", pregunta. Lleva en la mano un mando de Play Station. "Juego tanto que sueño con la Play", dice.
Todos llevan gorras, trenzas, pendientes, pulseras, collares, tatuajes, vaqueros, zapatillas: el uniforme del joven negro de barrio negro y problemático. Todos se consideran africanos aunque nacieron en Portugal y aunque se saludan con los gestos hip-hoperos de la MTV. El 50% de la población de Kova tiene menos de 20 años. "Casi todos los hombres hemos trabajado o trabajamos en la construcción desde que a los 13 o 14 dejamos el colegio", explica Silvino, el guía, nacido aquí hace 25 años. Santinho, el de los tatuajes, está feliz porque tiene un trabajo de oficina. "Hice un curso en el Moínho, el Gobierno me dio una beca y me coloqué en el Servicio de Extranjeros y Fronteras del Ministerio del Interior. Soy mediador cultural, y atiendo al público en criollo, inglés, francés y portugués. ¿Sueldo? ¡Mucho, 700 euros!".
En la calle de al lado está María Furtado, de 22 años, risueña y con bufanda. Trabaja con Santinho, atendiendo llamadas en el "call center", y gana lo mismo, aunque habla más: "El salario es fantástico. Para ropa no me llega, pero voy ahorrando y puedo vivir aquí, donde nací. En el futuro quiero comprarme una casa fuera del barrio, porque sé que esto tarde o temprano se acabará". ¿Te gusta el barrio? "¡Lo amo! Tenemos problemas, igual que todos los barrios, pero sobre todo mala fama. El problema es el tráfico de drogas, pero si quitas eso, es estupendo. La convivencia, la vida tradicional? Puedes ir a ver a las amigas a ver cómo se han despertado, hablas con la gente por la calle, te saludas? Fuera de aquí nadie habla con nadie. ¡Esto es como vivir en África!".
El abuelo Diniz, albañil jubilado
Diniz José Duarte tiene 88 años y vio nacer Cova da Moura. "Llegué hace más de 30 años. Al principio sólo estábamos caboverdianos, luego empezaron a llegar los portugueses que regresaban de Angola y otros africanos". Hoy, en la Cova siguen viviendo algunos portugueses. No hay ni hubo conflictos raciales. Pero muchos habitantes se sienten fuera del sistema, marginados. El barrio está a 10 minutos en coche del centro de Lisboa, muy cerca del Ikea, en medio de Amadora, una ciudad dormitorio. En los años sesenta solo había huertas y una cantera de piedra. En la montaña había una cueva (cova) y un molino viejo (todavía en pie) que habían pertenecido a la familia Moura. Eso le dio el nombre. La pérdida de las colonias fue clave para el desarrollo del barrio, construido por los vecinos con sus propias manos. Don Diniz era carpintero y herrero en Cabo Verde y vino buscando "una condición mejor". "Por suerte la encontré. Trabajé siempre en las obras, estuve contratado con Entrecanales varias veces y pasé cuatro años en España. Hoy los jóvenes lo tienen más difícil. Unos son buenos, otros menos; es así. Pero la unión hace la fuerza. Si no llega la pensión, nos ayudamos".
Irma, la peluquera optimista
Nació en Praia, Isla de Santiago, y emigró a Portugal hace tres años. Como el 75% de sus vecinos, llegó al barrio después de 1997. A sus 24, es la reina de La Pérola Negra, una de las peluquerías del barrio. Mientras en la radio suena una morna, Irma cuenta que aprendió sola el oficio a los ocho años, y que hace trenzas por diez euros y rastas (dos horas de trabajo) por 35. Cobra de sueldo 450 euros, aunque echa el día entero. "Aquí adoran venir al "cabeleireiro". A veces acabo a media noche". ¿El barrio? "Ya no paso miedo. Hay muchas personas buenas y vivimos bien, parecido a Cabo Verde".
Ermelindo Quaresma, profesor de informática
Otra de las actividades del Mohíno son las clases de informática. El profesor es Ermelindo Quaresma, un tipo fornido de 35 años que nació en Santo Tomé y Príncipe, diminuta isla del Atlántico que fue colonia portuguesa. Antes de ser informático, Quaresma fue albañil, "mano de obra barata y desechable"; y pasó, una por una, por las obras más emblemáticas del país: "Ayudé a construir la línea férrea de Sintra; Autoeuropa, la fábrica de Volkswagen en Palmela; estuve en el Puente Vasco de Gama, en el Centro Cultural de Belém, cuando se acabó el boom, vendí contratos de teléfono de puerta en puerta?". De aquellos años recuerda las condiciones de trabajo: eran salvajes: "De esos doce años trabajando, solo coticé uno; si cotizabas, te lo descontaban del sueldo; íbamos a destajo y nunca tenías vacaciones?".
A juicio de Silvino, el guía, el problema del barrio no es la droga, sino el olvido de las instituciones. "Es muy difícil salir del círculo vicioso si no nos ofrecen oportunidades de formación. Pero tienen que ser cursos continuos, no ocasionales. El hecho de tener el valor de salir fuera a buscar trabajo debería ser un plus para que la gente nos contratara, pero es al revés: si te atreves a dar el paso y saben que eres de la Cova, ni te reciben".
¿Y no convendría hacer un poco de planificación familiar? "No, eso es imposible", dice riéndose Ermenildo. "Es un bario muy cerrado, hay muchos bares, música, bailes, las casas son pequeñas, hay mucho contacto y los africanos somos como somos. ¡Promiscuos!".
Catarina Laranjeiro, la psicóloga
Lleva unos seis meses como psicóloga en la asociación vecinal, así que ha tenido tiempo de hacerse una idea. Laranjeiro explica que el gran problema es la falta de pertenencia, el desarraigo, la dificultad de los jóvenes para crearse una identidad social. "Silvino nació aquí, pero es caboverdiano, no tiene derecho a voto, y si tiene problemas legales algún día, quizá tenga que irse a un país que no conoce". La exclusión comienza en la escuela: "Ellos hablan criollo, y cuando llegan a la escuela portuguesa los niños no pueden ni comunicarse". Y se extiende hasta la edad adulta: "El barrio es muy cerrado. Mucha gente no va ni a Lisboa, y hay una enorme desconfianza hacia lo exterior. Nadie vota en las elecciones, nadie confía en el sistema". El tráfico de drogas también está enraizado: "No hay familia que no tenga alguien traficando, pero hay un código ético tácito que les impide consumir. Por eso apenas hay tóxico dependientes".
Euclides, camello a la fuerza
En la sucia plaza del centro de la Cova varios jóvenes sujetan la puerta de un garaje al sol. Encima hay ropa tendida, al lado varias tiendas de fruta, pescado, un taller mecánico desvencijado. La furgoneta de la policía pasa tres veces en 20 minutos. Es uno de los puntos de trapicheo: heroína, coca, hachís, todo en escala diminuta. Droga mala y barata para clientes pobres. Euclides vende a la fuerza, cuenta. "La mala fama y la degradación del barrio nos obliga a vender para dar de comer a los niños. La sociedad no nos ayuda. Algunos hacen tonterías y los demás arrastramos la fama. Yo estuve trabajando en Francia y Luxemburgo cinco años y tuve que volver porque a mi hermano lo metieron preso injustamente. Pero siendo negro y con pendiente, aquí no eres igual que los demás, nadie te da trabajo. Conozco ocho países y ninguno es tan racista como éste. Soy portugués, nací aquí. Pero en cuanto pueda, cojo a los niños y nos vamos. Aquí no hay esperanza. Nadie nos juzga por lo que valemos".
El señor João, albañil, padre de seis hijos: "Aquí nunca hubo chabolas porque todos sabíamos edificar", dice el señor João, un tipo alto y fuerte, de 59 años y manos enormes y acaba de volver de trabajar en una obra en España. Ahora está de baja (se cortó un dedo con una máquina) pero dice que no quiere trabajar más en Portugal: "Aquí por mucho que trabajes nunca ganas 2.000 euros; allí te pagan 2.400 más comida y casa. Aquí los patrones son muy 'malandros', ni pagan la seguridad social. João llegó hace 26 años desde la isla de Fogo (Cabo Verde). "Fue muy costoso levantar las casas porque no había agua ni luz ni camiones para transportar el material y había que traerlo todo de fuera costó mucho sacrificio", recuerda. Está indignado porque los vecinos han tenido que acudir a los juzgados para ver reconocida la propiedad de las casas ("son nuestras porque nadie las ha reclamado en 25 años") y para detener los planes de la alcaldía de Amadora, un proyecto inmobiliario que planea tirar el 80% del barrio y hacerlo de nuevo. Dos arquitectas contactadas por el Molino han proyectado un plan que mantendrá en pie un 80% del barrio y reformaría el resto.
El señor Eduardo, fundador del Moínho Flaco, enjuto y de mirada viva, el señor Eduardo llegó a Cova desde las Azores hace 24 años, "cuando no había alcantarillas y solo había agua potable en una fuente". Enseguida empezó a ayudar, con su mujer belga, en una barraca con un techo de uralita: él prestaba libros y cuidaba a los niños que se criaban en las calles, ella enseñaba costura y limpieza a las mujeres para que pudieran colocarse de asistentas. Luego montó la asociación Moínho da Juventude, que hoy tiene ayudas fijas del ministerio de Trabajo y Solidaridad y apoyos ocasionales del Fondo Social de la UE y otras instituciones. Hace poco ha abierto un centro de formación de adultos y la pequeña biblioteca Ramos Rosa. En total, cuenta con unos 60 trabajadores y voluntarios.
Don Eduardo explica que el estigma del barrio empezó a finales de los noventa, cuando "fue desmantelado el supermercado de la droga Casal Ventoso y muchos vendedores vinieron aquí". Después, el alcalde de Amadora ayudó a empeorar las cosas: "Emprendió una campaña en prensa para difamar, abandonar y degradar el barrio, con el fin de poder especular con el terreno".
Pero Cova da Moura no se resigna a desaparecer bajo las excavadoras. El barrio no tiene centro de salud, no tiene farmacia, no tiene escuela secundaria, tiene una tasa de analfabetismo del 10%, un índice de natalidad de 4 niños por mujer y una tasa de abandono escolar altísima. "Pero también tenemos una historia propia, y el barrio está orgulloso de mantener viva la cultura africana y la memoria de la diáspora".
A NOSSA RIQUEZA
Subscribe to:
Posts (Atom)