Polémica
Massacre de sérvios que ensombra Kosovo
por CARLOS SANTOS PEREIRAHoje
Nos últimos dia avolumam-se suspeitas de que o UÇK manteve campos de concentração para sérvios na e após a guerra dos anos 90.
Novos dados e testemunhos vindos a lume nos últimos dias estão a avolumar suspeitas de que o UÇK, a guerrilha albanesa que pegou em armas contra a autoridade de Belgrado no Kosovo nos anos 90, terá mantido campos de tortura e execução de prisioneiros sérvios durante e depois do conflito.
Segundo relatos de ex-detidos recolhidos pela BBC e pela Balkan Investigative Reporting Network, presos sérvios, ciganos e albaneses acusados de "colaboracionistas" teriam sido torturados e mortos em prisões do UÇK em diversos pontos do território da Albânia.
As acusações foram já rejeitadas pelos responsáveis de Pristina e antigos lideres da guerrilha, mas a Eulex, a missão europeia no Kosovo, considerou-as suficientemente credíveis para abrir um inquérito. Segundo testemunhos, alguns dos campos continuaram em funcionamento mesmo após a NATO ocupar o Kosovo em Junho de 1999, na sequência de uma campanha de três meses de bombardeamentos contra a Sérvia.
A questão tinha já sido levantada por Carla del Ponte, ex-procuradora do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, num livro publicado em 2008 em que acusava as autoridades internacionais de ignorarem denúncias de que presos sérvios eram levados para prisões do UÇK no Norte da Albânia e mortos para alimentar o tráfico de órgãos humanos.
As autoridades da Albânia e do Kosovo rejeitaram as denúncias, a UNMIK (ex-administração da ONU) prometeu um inquérito e a questão desapareceu dos jornais. A convergência dos relatos e o parecer de ex-responsáveis da Unmik parecem, porém, reforçar a credibilidade dos testemunhos.
As suspeitas ameaçam levantar novas interrogações sobre a questão do Kosovo, num momento em que, apesar do empenho dos EUA e Grã-Bretanha, a independência do Kosovo, proclamada em Fevereiro de 2008, não recolheu mais de meia centena de reconhecimentos. A questão assume ainda outras proporções quando a Albânia, com a Croácia - instrumentos cruciais da estratégia americana nos Balcãs nos anos 90 -, acaba de ganhar um lugar na NATO.
A intervenção da NATO nos Balcãs foi justificada pelo imperativo de combater a "limpeza étnica". Ora, a Croácia distinguiu-se com a operação "Relâmpago", que eliminou ou expulsou a população sérvia da Krajina (com apoio dos EUA e NATO) em Agosto de 1995. Desde então, Zagreb ignorou todos os apelos ao regresso desta população como condição para a integração nas instituições ocidentais, UE em particular.
Para além dos muros de Bondsteel, a gigantesca base militar instalada pelos EUA, a viabilidade do Kosovo como Estado emancipado é cada vez mais questionada. Ora, nada garante que, à sombra protectora da NATO, a Albânia não se sinta tentada a uma maior agressividade na prossecução do sonho de uma "Grande Albânia".
E A AJUDAR A REALIZAR O SONHO DO EVER HOCHA OU COMO SE CHAMAVA O FILHO DA PUTA...EM TEMPOS IDOS COM ADEPTOS POR CÁ E QUE AINDA POR AÍ ANDAM...
GENTE COM "FORMAÇÃO" DESTE GÉNERO O QUE É QUE PODERIAM "ACRESCENTAR" A PORTUGAL?: A MERDA QUE SE TEM VISTO...