Francisco Louçã andou meses a apelar a uma "convergência à esquerda" - começou na VI Convenção do Bloco de Esquerda (BE), em Fevereiro do ano passado, insistiu no período eleitoral, e só terminou quando os bloquistas anunciaram o apoio formal à candidatura presidencial de Manuel Alegre (antecipando-se ao PS) -, mas não conseguiu travar as divergências dentro do partido. Mantendo a posição defendida na convenção, os membros do movimento Ruptura/FER (ala interna do BE) não desistem de contestar a decisão de apoiar Alegre e estão já a tentar mobilizar os militantes descontentes com esta escolha para apresentar uma moção e uma lista alternativa na próxima reunião magna dos bloquistas, prevista para o primeiro trimestre de 2011.
Depois de gorada a iniciativa de realizar uma convenção extraordinária para debater o apoio ao socialista, o Ruptura/FER avançou com um manifesto que sublinha uma das eventuais consequências da candidatura conjunta: "O BE enfraqueceu a sua posição de combate ao Governo." Entre os subscritores do documento encontram-se quatro membros da mesa nacional (Gil Garcia, Isabel Faria, João Delgado e João Pascoal), militantes e simpatizantes.
Notando que Alegre não representa qualquer alternativa às políticas da "coabitação cúmplice Sócrates/Cavaco", os signatários desvalorizam ainda os conflitos do candidato com o Governo e com a bancada parlamentar do PS. "Ele ausentou-se do hemiciclo em votações que não lhe convinham ou manifestou oposição, nomeadamente ao Código do Trabalho, quando o seu voto não fazia falta para garantir a maioria", lê-se. E mais adiante antecipam a campanha de Alegre, dizendo que ela representa a "demagogia nacionalista, a nostalgia colonial, a exaltação da disciplina militar, a subserviência aos governos - tudo envolvido em pose marialva e declamado num tom solene e pomposo".
OS 4 DEVEM SER PRETOS.PELO MENOS POR DENTRO SÃO-NO DE CERTEZA.TRAIDORES DOS TRAIDORES.O ALEGRE COLONIALISTA?NACIONALISTA?ESTES VERMES DEVIAM IR DIRECTAMENTE PARA O PAREDÃO...