18 Novembro 2009 - 00h30
Madrid: Julgamento de grupo islamita ligado à al-Qaeda
Portugal na mira de terroristas
Uma testemunha protegida confirmou, durante a segunda sessão do julgamento dos 11 islamitas que planeavam atacar o metro de Barcelona, a decorrer em Madrid, que após aquele atentado iriam ser feitas várias exigências, as quais, se não fossem cumpridas, seriam seguidas de novos ataques em Portugal, Alemanha, França e Reino Unido.
A testemunha protegida, conhecida como ‘F1’, já tinha afirmado que Portugal era um dos países na mira da al-Qaeda quando decidira colaborar com a polícia, no início do ano passado. Foi graças a ele que a polícia conseguiu desmantelar a célula terrorista e evitar o ataque em Barcelona.
Agora, perante a Audiência Nacional, ‘F1’ explicou que chegou a Espanha, procedente de França, a 15 de Janeiro de 2008, com instruções para se reunir com Maroof Ahmed Mirza – acusado de ser o líder da célula – na mesquita de Barcelona. Adiantou que trabalhava desde 2005 para a al-Qaeda e que o ataque ao metro de Barcelona era orquestrado por Baitullah Mehsud, líder do grupo radical Tehrik Taleban Pakistan, e estava marcado para 19 de Janeiro de 2008. Os explosivos seriam fabricados na véspera, dia em que os terroristas foram detidos.
‘F1’ denunciou o ataque iminente em Barcelona após Mirza o ter informado de que ia ser um dos suicidas. Foi então que caiu em si e telefonou a um polícia francês amigo para ser testemunha protegida.