Showing posts with label PARECE QUE O VENTURA NADA LIMPA EM PORTUGAL.... Show all posts
Showing posts with label PARECE QUE O VENTURA NADA LIMPA EM PORTUGAL.... Show all posts

Thursday, October 10, 2024

MORREU EM PORTUGAL O ANGOLANO RUI RAMOS.QUE TINHA CONTUDO REFORMA EM PORTUGAL.O CUNHAL TAMBÉM ERA CONSELHEIRO DA EX-URSS...

A luta dava um livro Rui Ramos teve um caminho solitário na busca pela justiça social, mas ajudado por vários autores. "Frantz Fanon, Camus, Sartre, Albert Memmi... fiz uma pequena biblioteca no quarto, onde juntava os amigos negros e dois brancos. Aos 23 anos "Lulendo" era preso. O Kimangua tinha escrito nas paredes de Luanda, sobre as eleições de 1969 para a Assembleia Nacional: "Não votamos porque não somos portugueses." "A PIDE libertou-nos passado algum tempo, mas estávamos proibidos de fazer qualquer contacto." A segunda prisão foi no ano seguinte. Regressava a Luanda proveniente da metrópole, onde frequentava o curso de Direito. "Viajava num semicargueiro da CUF, com um PIDE no camarote. Fui preso quando chegámos a Luanda, nem me deixaram desembarcar. Levava uma policopiadora para a nossa actividade." Voou prisioneiro num avião da TAP para Lisboa. Passou por Caxias e por Peniche. Três anos e meio. "Os negros do grupo tiveram pior sorte. Foram para São Nicolau e Tarrafal, com penas de 11 anos sem julgamento." A PIDE apreendeu em casa de Rui Ramos um manual de guerrilha urbana que vinha dactilografando para distribuir aos militantes de um centro de instrução revolucionária urbana que queriam organizar. "Visava treinar militantes clandestinos na luta anticolonial. Claro que era uma utopia lançar a guerrilha urbana em Angola, pois as cidades eram muito controladas pela PIDE e serviços de informações militares." Uma outra vez foi apanhado com instruções para fabricar explosivos destinados a rebentar carros de grandes colonos. Tudo explicadinho. "A PIDE pediu para mim 24 anos de prisão e medidas de segurança a seguir à pena." A luta de Rui Ramos daria um livro. Foi professor, membro do Governo de Transição pelo MPLA, em 1975, chefiou e dirigiu revistas e jornais. Quinze dias antes da independência de Angola defendeu a pluralidade de opiniões pacíficas. Quinze dias depois, em finais de Novembro de 1975, era novamente preso pela DISA. Saiu definitivamente em liberdade em 1980, sem julgamento, quando José Eduardo dos Santos, que admira, assumiu a presidência. Em Portugal foi editor no Expresso, director do África Confidencial e colaborador da TSF, BBC e Rádio France. "Sempre com o coração no MPLA." Reformou-se em Portugal, onde trabalhou e reside há mais de 20 anos. Optou pela nacionalidade angolana em 1975. Quando morrer, quer ser coberto com a bandeira de Angola. Nunca duvidou da sua identidade: "Não sou europeu. Sou de África. Sou "negro". Aliás... sou crioulo. A minha naturalidade anímica é africana. Portugal para mim é um país estranho." UM BRANCO A ESTUDAR O FRANTZ FANON QUE COMO SE SABE É O MAIOR HERÓI DO ETERNO DIRIGENTE DO SOS RACISMO MAMADOU BAILA BAH.AS LUTAS CONTRA OS BRANCOS MUDARAM DE CONTINENTE...MAS ATENÇÃO QUE OS AMIGOS DE SEMPRE SÃO OS MESMOS E SEMPRE PRONTOS A AJUDAR.CUIDEM-SE E AJUDEM O MORTO A VOLTAR PARA ANGOLA SIM?