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A Alta Comissária para as Migrações, prestes a concluir o mandato, espera “que o foco em novas políticas não traga desinvestimento nas outras áreas” e que “o diálogo intercultural não desapareça” na nova orgânica criada.
Em entrevista à Lusa, Rosário Farmhouse diz que está “otimista” face ao futuro do Alto Comissariado para as Migrações (antes ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural), que deixará na próxima segunda-feira.
Frisando que vê no diálogo intercultural “a única forma de construir paz e coesão social”, confessa que o novo Alto Comissariado para as Migrações “não era” o seu “nome de eleição”, tendo preferido ver mantido “a interculturalidade” que existia na sigla ACIDI.
Respeitando a “opção política” do Governo, que amplia as funções do ACIDI, Farmhouse espera que, na prática, “o nome mude, mas o diálogo intercultural não desapareça”.
O Governo já anunciou a intenção de criar sinergias entre políticas de emigração e de imigração, o que Farmhouse vê como “positivo, embora sejam dois mundos muito grandes”. Antecipando uma mudança “difícil de pôr em prática”, a comissária considera, porém, que tal “só será possível com muito mais recursos humanos e financeiros”.
Sobre os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística, entre 2003 e 2013, o número de imigrantes permanentes em Portugal caiu 44 por cento, de 31.425 para 17.554.
Farmhouse reconhece que “não estão a chegar novos fluxos”, mas também não acredita “que estejam a sair tantos assim”, já que “alguns adquiriram nacionalidade portuguesa e deixaram de estar tão visíveis nas estatísticas”.
Contabilizados imigrantes e portugueses de origens estrangeiras, “são mais de 800 mil pessoas, é um número grande”, refere. “Alguns estão a sair, é verdade", admite. Angolanos e brasileiros são quem "mais retorna ao país de origem, porque as suas economias estão a crescer”, refere, notando, porém, que muitos brasileiros acabam por regressar de novo a Portugal, que lhes garante uma segurança, paz e tranquilidade social que ainda não encontram no Brasil, onde, além disso, “o nível de vida é muito caro”.
Em relação às outras comunidades, Farmhouse descarta que estejam “a regressar em peso, antes pelo contrário, por exemplo a comunidade ucraniana está a vir outra vez para Portugal, até pelas dificuldades” vividas atualmente no país de origem.
Por outro lado, Portugal está a receber estrangeiros com “novos perfis”, nomeadamente estudantes estrangeiros e reformados do norte da Europa.
Após “seis anos muito intensos”, Farmhouse deixa o cargo de alta comissária “tranquila”, na certeza de ter tentado “fazer o melhor” possível. “Conseguimos consolidar as políticas de integração”, diz, destacando ainda “o foco” nas comunidades ciganas.
Porém, confessa que gostava de ter deixado o instituto mais "estruturado” e "sustentável". Por exemplo, “ainda não tem o seu mapa de pessoal consolidado, o que faz com que haja alguma fragilidade do ponto de vista dos recursos humanos”, indica.
“A crise também trouxe grandes desafios”, obrigando a "fazer muito com pouco”, vinca. “Algumas áreas tiveram que ser mais abrandadas para podermos focar naquilo que era para nós prioritário”, reconhece.
Os seis anos como comissária permitiram-lhe também experimentar o funcionamento do Estado, pois sempre trabalhara na sociedade civil. Farmhouse teve de viver com “a frustração” do tempo entre “o momento em que se decide” e “o momento em que se concretiza” e dos obstáculos de uma “máquina pesada”, mas respondeu com “persistência”.
Para fazer a reforma do Estado, é preciso definir concretamente o que se quer, sustenta. “Certamente que nessa reforma alguns serviços vão ter que morrer, mas há outros que vão ter de sobreviver e com condições para sobreviver. A impressão que tenho, neste momento, é que estamos todos ligados às máquinas”, lamenta.
Vincando a “imensa admiração” pelas “pessoas fantásticas” que conheceu na administração pública, nomeadamente pelos “dirigentes”, que “todos os dias fazem milagres”, Farmhouse reclama “oxigénio”.
Do sucessor, espera alguém “apaixonado” pelas migrações. “Se não é apaixonado por esta área, não vai ter forças para aguentar os obstáculos diários”, alerta.
Em entrevista à Lusa, Rosário Farmhouse diz que está “otimista” face ao futuro do Alto Comissariado para as Migrações (antes ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural), que deixará na próxima segunda-feira.
Frisando que vê no diálogo intercultural “a única forma de construir paz e coesão social”, confessa que o novo Alto Comissariado para as Migrações “não era” o seu “nome de eleição”, tendo preferido ver mantido “a interculturalidade” que existia na sigla ACIDI.
Respeitando a “opção política” do Governo, que amplia as funções do ACIDI, Farmhouse espera que, na prática, “o nome mude, mas o diálogo intercultural não desapareça”.
O Governo já anunciou a intenção de criar sinergias entre políticas de emigração e de imigração, o que Farmhouse vê como “positivo, embora sejam dois mundos muito grandes”. Antecipando uma mudança “difícil de pôr em prática”, a comissária considera, porém, que tal “só será possível com muito mais recursos humanos e financeiros”.
Sobre os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística, entre 2003 e 2013, o número de imigrantes permanentes em Portugal caiu 44 por cento, de 31.425 para 17.554.
Farmhouse reconhece que “não estão a chegar novos fluxos”, mas também não acredita “que estejam a sair tantos assim”, já que “alguns adquiriram nacionalidade portuguesa e deixaram de estar tão visíveis nas estatísticas”.
Contabilizados imigrantes e portugueses de origens estrangeiras, “são mais de 800 mil pessoas, é um número grande”, refere. “Alguns estão a sair, é verdade", admite. Angolanos e brasileiros são quem "mais retorna ao país de origem, porque as suas economias estão a crescer”, refere, notando, porém, que muitos brasileiros acabam por regressar de novo a Portugal, que lhes garante uma segurança, paz e tranquilidade social que ainda não encontram no Brasil, onde, além disso, “o nível de vida é muito caro”.
Em relação às outras comunidades, Farmhouse descarta que estejam “a regressar em peso, antes pelo contrário, por exemplo a comunidade ucraniana está a vir outra vez para Portugal, até pelas dificuldades” vividas atualmente no país de origem.
Por outro lado, Portugal está a receber estrangeiros com “novos perfis”, nomeadamente estudantes estrangeiros e reformados do norte da Europa.
Após “seis anos muito intensos”, Farmhouse deixa o cargo de alta comissária “tranquila”, na certeza de ter tentado “fazer o melhor” possível. “Conseguimos consolidar as políticas de integração”, diz, destacando ainda “o foco” nas comunidades ciganas.
Porém, confessa que gostava de ter deixado o instituto mais "estruturado” e "sustentável". Por exemplo, “ainda não tem o seu mapa de pessoal consolidado, o que faz com que haja alguma fragilidade do ponto de vista dos recursos humanos”, indica.
“A crise também trouxe grandes desafios”, obrigando a "fazer muito com pouco”, vinca. “Algumas áreas tiveram que ser mais abrandadas para podermos focar naquilo que era para nós prioritário”, reconhece.
Os seis anos como comissária permitiram-lhe também experimentar o funcionamento do Estado, pois sempre trabalhara na sociedade civil. Farmhouse teve de viver com “a frustração” do tempo entre “o momento em que se decide” e “o momento em que se concretiza” e dos obstáculos de uma “máquina pesada”, mas respondeu com “persistência”.
Para fazer a reforma do Estado, é preciso definir concretamente o que se quer, sustenta. “Certamente que nessa reforma alguns serviços vão ter que morrer, mas há outros que vão ter de sobreviver e com condições para sobreviver. A impressão que tenho, neste momento, é que estamos todos ligados às máquinas”, lamenta.
Vincando a “imensa admiração” pelas “pessoas fantásticas” que conheceu na administração pública, nomeadamente pelos “dirigentes”, que “todos os dias fazem milagres”, Farmhouse reclama “oxigénio”.
Do sucessor, espera alguém “apaixonado” pelas migrações. “Se não é apaixonado por esta área, não vai ter forças para aguentar os obstáculos diários”, alerta.
O ACIDI É UMA MERDA A EXTINGUIR DEPRESSA...PORQUE É A NOSSA AGÊNCIA COLONIZADORA DEPOIS DA DESCOLONIZAÇÃO...
ESTES MISSIONÁRIOS DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO E A EITO NÃO SE ENXERGAM E CANTAM COMO AS SEREIAS QUE QUERIAM ULISSES CONTRA OS ROCHEDOS.E NÓS JÁ LÁ ESTAMOS TAMBÉM...
OS GAJOS PASSARAM DA LUTA DA "DESCOLONIZAÇÃO" DIRECTAMENTE PARA A COLONIZAÇÃO SALVADORA DAS ASNEIRAS QUE FIZERAM!!!
ENTRETANTO A DIMINUIÇÃO É FEITA COM BASE NA "NACIONALIZAÇÃO" QUE É PARA GARANTIR OS DIREITOS PERMANENTES NA "DISTRIBUIÇÃO" MESMO SEM NADA FAZEREM...CUIDEM-SE QUE AGORA ESTÁ A CHEGAR A VOSSA VEZ DE FICAREM ESCRAVOS...