Autarca italiana pede que violem a ministra da Emigração
Cecile Kyenge
A actual ministra italiana da Emigração (i.e. da Integração Racial), Cecile
Kyenge,
Kyenge,
foi polémica desde o início. Assim que a nomearam, começou a ouvir insultos.
Pela cor da pele e por ser oriunda do Congo. Embora viva em Itália desde
a adolescência,
a adolescência,
tenha 48 anos e seja oficialmente italiana desde há muito tempo, há quem não lhe
perdoe. Dizem que representa a tendência da esquerda para armar em boazinha.
Pela sua parte Kyenge faz questão de explicar que não é "de cor". É negra,
ponto final. Uma afirmacão que não a torna mais estimada pelos racistas.
Agora o ódio atingiu expressão mais directa pela boca de uma autarca de
Pádua. Escrevendo no seu blog, Dolores
Pádua. Escrevendo no seu blog, Dolores
Valandro (da Liga do Norte, proto-fascista), lamentou: "MAS NÃO HÁ
QUEM A VIOLE, PARA ELA PERCEBER?".
QUEM A VIOLE, PARA ELA PERCEBER?".
Isto supostamente em reacção às notícias sobre um somali que terá tentado violar duas mulheres.
Os protestos surgiram logo, veementes como se esperaria. Entre eles, o do primeiro-ministro Enrico Letta e de
outras sumidades dentro e fora de Itália. Valandro pediu desculpa - relativamente. Explicou que estava enervada,
e quando se enerva fala assim.
Pelo menos teve o mérito de pôr à vista, uma vez mais, o que anda pela cabeça de gente como ela.