"Somos um país de pequenos mas importantes doutores e não gostamos de ser criticados. Levamos tudo muito a peito. Todas as críticas são pessoais pondo em causa a nossa honra (...). Independentemente da realidade das nossas vidas, temos uma honra do tamanho do mundo (...) Uma vez alcandorados a uma qualquer posição de poder, não temos de prestar contas. As nossas qualidades presumem-se por estarmos a ocupar esse mesmo lugar. E, como é evidente, quem nos criticar, falta-nos ao respeito ... que nos é devido!".
Teixeira da Mota, que desvaloriza a honra dos políticos em benefício da liberdade de expressão desta maneira, foi ao Tribunal de Cascais defender a honra do conselheiro de Estado Francisco Louçã - essa "alta figura do Estado" - contra o direito à liberdade de expressão de Pedro Frazão, vice-presidente do Chega.
"Também o que é a honra?", pergunta-se Francisco Teixeira da Mota numa entrevista ao Inevitável em 2013. Ele próprio responde "Uma chachada porque a gente conhece-os a todos e sabe que não têm uma especial honra a defender" (cf. aqui)
A resposta era dirigida aos políticos, como Francisco Louçã. Mas aplica-se também aos advogados, como Francisco Teixeira da Mota.