O idealista que nunca virou as costas aos pobres
O jovem Alfredo quis ir mais longe. Ser mais eficaz e, consequente, não se limitar a achismos próprios de sociedades ociosas
O desastre eleitoral de António José Seguro teve várias consequências; a entrada de Alfredo Bruto da Costa para o Conselho de Estado foi apenas uma delas. Uma consequência que não pode ser desvalorizada. A substituição de Seguro pelo primeiro suplente disponível permitirá, sem juízos maldosos em relação ao ex- -líder do PS, tornar os conselhos ao Presidente da República um pouco mais reais e menos político-partidários ou, se se preferir, virtuais.
Alfredo, filho de António Anastácio, idealista de Goa que combateu o autismo colonial de Salazar, dedicou toda a sua vida à luta contra a pobreza. Em jovem, mesmo no pesado Instituto Superior Técnico, fazia-lhe espécie que os homens pudessem ser tratados de diferente maneira, como se fossem mais ou menos que alguém com quem se pudessem comparar. O princípio da igualdade passou a ocupar um lugar central no que pensava, dizia ou fazia. Em Bombaim, onde fez os estudos preparatórios de Engenharia; na feroz década de 1960, em que o império português se começou a desmoronar; no órgão central de planeamento económico em que à engenharia juntou a vontade de apreender a realidade e os princípios da justiça.
De certa maneira, vendo o exemplo do pai, um dos líderes do célebre círculo de Margão (grupo de influência que pretendia maior autonomia para Goa), o jovem Alfredo quis ir mais longe. Ser mais eficaz e consequente, não se limitar a achismos próprios de sociedades ociosas. À Engenharia juntou o Direito e a este a Sociologia. Organização, leis e sociedade. Ou, se preferirmos, método, justiça e transformação. Estratégia e competência técnica. Tudo o que parecia faltar a Portugal, país falho de elites.
Se lhe tivesse perguntado, após o 25 de Abril, o que desejava, poderia ter-me respondido que estava preparado. Preparado para ser ministro, o que aconteceu apenas uns meses no consulado de Maria de Lurdes Pintassilgo, em 1979. Aí já representava o que é hoje, o especialista de pobreza, o primeiro provedor da Santa Casa após 1974, o idealista filho de goeses católicos sonhadores como ele. A única diferença era a da idade, a vida estava à sua frente. Para ser engolida.
Saiu de ministro e continuou a caminhar. Já sem o pai, referência da sua vida, defendeu o doutoramento em Inglaterra numa tese que definiu a pobreza em Portugal na década de 1980 - precisamente a da ascensão de Cavaco que agora encontrará à cabeceira da mesa do Palácio de Belém. Ironias da vida.
Alfredo Bruto da Costa passou também pela presidência do CES onde a paciência permitiu criar pontes entre ideias que antes nunca se haviam cruzado. É este sábio que julgou ser possível mudar o mundo um bocadinho que fosse, que o pensou fazer através do conhecimento e da aprendizagem, que no final do seu caminho, sem nada a perder, se sentará num Conselho de Estado degradado pelos interesses do dia-a-dia, pela espuma. Substitui Seguro numa semana em que outro descendente de goeses, António Costa, é o novo líder da oposição, segunda ironia. Está preparado, como sempre. Engenheiro, professor de Direito, sociólogo, adepto da igualdade e da irradicação da pobreza. O problema é que o país, como há 40 anos, continua a não parecer estar preparado para ele.
PORTANTO TEMOS OS INDIANOS A COLOCAR OS INDÍGENAS BRANCOS PORTUGUESES A DIVIDIR COM O MUNDO QUE NOS ESCOLHE E QUE COM A SUA ACÇÃO DECISIVA SÃO NACIONALIZADOS COMO QUEM BEBE UM COPO DE ÁGUA.E MUITO INDIGENATO AGRADECIDO ATÉ VOTA NELES...
O TEMPO DAS EXPULSÕES E ROUBO DE BENS BEM COMO AS CUSPIDELAS DEVEM SER BEM CORTADOS PELA CENSURA DEMOCRATA...DO TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES...
PS
SÓ BABA É QUE JÁ DEU O GOLPE DA BAÚ E DEU O FORA.PROVOCOU UM ENRIQUECIMENTO DO CARAÇAS...
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