O Ministério Público acusou 64 pessoas no processo relativo a um grupo especializado em assaltar marcos de correio, que terá efectuado mais de um milhar de furtos de correspondência, sobretudo na região de Lisboa.
A informação foi ontem avançada pela agência Lusa, que citava uma nota do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). O núcleo central do grupo seria constituído por 15 indivíduos, nove dos quais se encontram em prisão preventiva desde a altura em que foram detidos, em Julho do ano passado, pela Polícia Judiciária. Mais 49 colaboradores são arguidos.
Apenas em Lisboa e nos concelhos limítrofes tinham sido identificados 780 furtos, sobretudo na Baixa da capital e em zonas de grande aglomeração de empresas. Mais assaltos terão ocorrido noutros pontos do país, rendendo ao grupo cerca de meio milhão de euros, segundo o DCIAP, que considera provada a existência de uma associação criminosa.
Envelopes com aspecto de conter cheques eram retirados dos marcos, por arrombamento ou com chave falsa. Os cheques eram depois falsificados com recurso a computadores, impressoras com papel de cores correspondentes às dos documentos autênticos, um cunho com selo branco e vários carimbos.
Normalmente, eram falsificados o endosso e a assinatura do cheque, que era depositado em contas (regra geral, no mesmo banco) tituladas por pessoas ligadas ao grupo e que recebiam uma percentagem.
Quando se tratava de grandes empresas, os montante dos cheques eram substancialmente aumentados, nalguns casos mais de dez vezes. Logo que os depósitos eram efectuados, o dinheiro era levantado. Métodos semelhantes aos deste grupo - cujo núcleo duro era composto por cidadãos estrangeiros e um português - foram referenciados em Itália e na Ir landa.
PORQUE SERÁ QUE TODO O LIXO DO MUNDO NOS ANDA A ROUBAR?
O INTERNACIONALISMO PELOS VISTOS SÓ SE DÁ COM CRIMINOSOS...