Ex-presidente do INEM preso por corrupção na 'máfia do sangue' Cunha Ribeiro subornado pela Octapharma com apartamentos de luxo. Veja em direto na CMTV Por Henrique Machado| Luis Cunha Ribeiro Pedro Catarino 390 1 Luís Cunha Ribeiro, médico que chegou a presidente do INEM e mais recentemente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, é um dos responsáveis de Saúde que estão a ser detidos esta manhã pela Polícia Judiciária, sob suspeita de corrupção no caso conhecido por 'máfia do sangue', apurou o CM. Cunha Ribeiro, depois de ter feito parte do júri do concurso que, em 2000, entregou à farmacêutica Octapharma o monopólio do negócio milionário da venda do plasma sanguíneo aos hospitais públicos portugueses, passou os últimos 16 anos a beneficiar dessa e de outras decisões - corrompido pela empresa de Lalanda de Castro, ex-patrão de José Sócrates, com dois apartamentos de luxo: um, precisamente no prédio onde também vivia o ex-primeiro-ministro, no edifício Heron Castilho, em Lisboa; outro, um duplex na alameda Eça de Queirós, no Porto. Ambas as casas eram propriedade da Convida, sociedade imobiliária de Lalanda de Castro, sendo que em relação à primeira terá sido simulado um contrato de arrendamento a Cunha Ribeiro, que na prática nada pagou enquanto lá viveu, anos a fio; e, quanto à segunda, o antigo líder do INEM 'comprou-a' à Convida por valores muito abaixo do mercado. Buscas em casa de Cunha Ribeiro e no Hospital de S. João no Porto A PJ realizou diligências numa das casa de Luís Cunha Ribeiro, no Porto, que terá sido uma das contrapartidas da troca de favores feita à Octapharma, adquirida em 2003. Os inspetores chegaram ainda antes das 8h00 desta terça-feira e, pelas 9h20 tinham terminado as buscas à casa. Cunha Ribeiro não estaria naquela habitação há cerca de uma semana, encontrando-se em Lisboa. RELACIONADAS Exclusivos Casas de luxo a preço de saldo na máfia do sangue Exclusivos Negócio do sangue vigiado Cunha Ribeiro é assim o principal alvo desta operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, mas há outros envolvidos, sabe o CM - que estão igualmente a ser detidos ou alvo de buscas. A operação, depois de mais de um ano de investigação coordenada no DIAP de Lisboa, passa também por buscas ao Ministério da Saúde, à sede do INEM, à ARS de Lisboa e por exemplo ao Hospital de São João, no Porto, em representação do qual Cunha Ribeiro fez parte do concurso cujo júri beneficiou a Octapharma. O polémico negócio do sangue, recorde-se, passa pelo não aproveitamento, em Portugal, do plasma sanguíneo dos quase 500 mil dadores benévolos, anónimos e voluntários. Em vez disso, os hospitais portugueses são obrigados, por contrato, a comprar à Octapharma, por milhões de euros por ano, aquele componente do sangue obtido noutros países - e que visa salvar vidas de hemofílicos, queimados e vítimas de VIH ou de cancro.
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SEM UM PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO DE NOVAS CADEIAS NÃO PODEM COMEÇAR POR AÍ A PRENDER A EITO PORRA...