Palmela: Unidade Contra-Terrorismo da PJ segue rasto dos assaltantes
Gang da bomba ataca três vezes
Vidros estilhaçados, as portas e os tectos falsos rebentados, pouco sobrou do pequeno centro comercial na Quinta do Anjo, Palmela. Ficou arrasado, ontem, em mais uma explosão de gás provocada pelo gang que já atacou 13 vezes, em Maio, para roubar as caixas multibanco à bomba.
Destruíram tudo à volta, pelas 06h00, mas não chegaram ao dinheiro, tal como duas horas antes, ali perto, na Lagoinha, e sexta-feira, em Fernão Ferro, Seixal. Na primeira tentativa chegaram à caixa ATM com um Honda Civic branco, roubado na Baixa da Banheira e abandonado depois na Quinta do Conde, mas não conseguiram roubar a máquina porque chegou a GNR quando preparavam a explosão de gás – botija ligada por fios eléctricos à caixa e à bateria de um automóvel. E na segunda vez, às 04h00 de ontem, o gang foi surpreendido pela chegada de populares.
Já não conseguiam consumar um roubo à bomba desde quarta--feira, quando arrecadaram cerca de 40 mil euros da caixa ATM no Hotel Isidro, Setúbal, fazendo explodir tudo à volta. Estilhaçaram vidros de um autocarro de turistas espanhóis e destruíram parte da sala de jantar do hotel. Por isso, ontem de madrugada, não desistiram quando foram surpreendidos por populares num posto de combustíveis na Lagoinha, Palmela.
Seguiram para um centro comercial ali perto e, às 06h00, atacaram a caixa ATM. O proprietário do espaço, Rui Oliveira, era o rosto do desespero. "Tinha inaugurado alguns serviços há dois meses, um investimento de cerca de 50 mil euros. Ficou tudo arrasado. Não sei se não é melhor desfazer-me de tudo e emigrar", disse ao CM.
A explosão que destruiu parte do centro causou pânico. "Moro a 500 metros e até pensei que tivesse sido um acidente com camiões", disse ao CM Casimiro Miranda.
ASSALTANTES FILMADOS COM CALÇAS MILITARES
A primeira fotografia do gang que atacou à bomba 13 caixas de multibanco (ATM) nos últimos 29 dias foi tirada na madrugada da última sexta-feira, em Alto da Guerra, Setúbal. Quatro elementos do grupo, vestidos de fato-macaco e com calças militares, foram captados na videovigilância das empresas Air Liquide e Gasin. Conforme o CM avançou, 36 botijas de gás acetileno (usado pelo grupo nos ataques ) foram furtadas pelo gang. Apesar de as filmagens não permitirem uma identificação concreta das caras, vislumbrou-se que se tratava de suspeitos corpulentos – possíveis praticantes de musculação.
OS GAJOS NÃO DEVEM É SABER ONDE ANDA A MASSA.PÁ ATAQUEM NA PAISAGEM PROTEGIDA DE SINTRA.AQUILO DEVE SER UMA MINA DE OURO... QUE A RAPAZIADA NÃO CONFIA MUITO NA BANCA NÃO VÁ A JUDITE VER OS MOVIMENTOS...