Câmara de Beja quer atrair fábrica de produção de morfina para fins medicinais
15/07/2013 - 09:08
A Câmara de Beja quer atrair para o concelho uma fábrica de produção de morfina para fins medicinais, prevista no projecto de plantação de papoila no Alentejo de uma empresa escocesa ligada à indústria farmacêutica, avança a agência Lusa.
"Queremos atrair a instalação da fábrica e estamos a criar as melhores condições possíveis para que Beja seja a zona escolhida para o investimento", que "irá permitir criar postos de trabalho e gerar riqueza e dinâmica empresarial", disse na sexta-feira à agência Lusa o presidente do município, Jorge Pulido Valente.
A empresa Macfarlan Smith, através de agricultores de vários concelhos da área de influência do Alqueva, começou este ano a plantação industrial de papoila, no Alentejo, para produção de morfina para fins medicinais.
"A empresa já tem um escritório em Beja e está à procura de um espaço para instalar uma unidade agroindustrial", a qual, numa primeira fase, irá servir para armazenar e tratar as papoilas (separar as sementes do resto da palha da planta) e, numa segunda fase, extrair a morfina, explicou o autarca.
Nesse sentido, disse, a autarquia "tem vindo a ajudar a empresa a encontrar o espaço mais adequado" para a instalação da unidade agroindustrial e já propôs um "memorando de entendimento" à Macfarlan Smith para que Beja seja a zona escolhida.
"O objectivo principal do memorando, se vier a ser assinado, é levar e apoiar a Macfarlan Smith a instalar a fábrica, em definitivo, na zona de Beja", disse Jorge Pulido Valente.
A proposta de memorando, que está a ser analisada pela Macfarlan Smith, prevê que a autarquia e a empresa "estabeleçam princípios de colaboração para viabilizar a instalação" da unidade agroindustrial no concelho de Beja, revelou o autarca.
Fonte da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) disse à Lusa que o projecto de plantação de papoila no Alentejo por parte da Macfarlan Smith decorre dos "resultados positivos das experiências desenvolvidas" pela empresa na região, nos últimos três anos, supervisionadas pelo Ministério da Agricultura.
No âmbito do projecto, licenciado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e que resulta de um memorando assinado entre a AICEP e a Macfarlan Smith, a empresa prevê cultivar 4.000 hectares de papoila em três anos e, dependendo do sucesso da colheita deste ano, admite instalar a unidade agroindustrial no Alentejo.
O projecto em Portugal visa "complementar operações" da Macfarlan Smith no Reino Unido, para "assegurar a necessária capacidade de fornecimento de matéria-prima" (papoila) à unidade industrial existente em Edimburgo, na Escócia, disse fonte da AICEP.
AINDA UM DIA VENDEREMOS PÓ PARA A BOLÍVIA, HAXIXE PARA MARROCOS E HEROÍNA PARA O AFEGANISTÃO...PARA ALÉM DE ACABAR COM AS MULAS DA DROGA.É TUDO INCONOMIA...