O advogado e deputado David Mendes declarou ao Correio da Kianda que o seu “problema é com Adalberto Costa Júnior e não com a UNITA”, enquanto partido. Segundo o político, continua a manter boas relações com muitos dirigentes do maior partido político na oposição em Angola.
“Eu já disse muitas vezes e reafirmo: o meu problema é contra a liderança de Adalberto e não propriamente com a UNITA”, disse e realça que tem boas relações com muitos dirigentes do “Galo Negro”, com quem fala e partilha ideias. “O meu problema é com a liderança com quem não concordo”, reafirma.
O então conhecido advogado do povo, por ter defendido vários casos com cunho político em época do executivo liderado pelo ex-presidente José Eduardo dos Santos, garante que se as eleições fossem realizadas hoje, não votaria em Adalberto Costa Júnior por ter renunciado a nacionalidade só para ser Presidente da República.
“Eu não aceito alguém que renunciou uma nacionalidade só para ser Presidente da República”, sem querer argumentar se existe uma dúvida na renúncia do presidente da UNITA, David Mendes, diz que enquanto eleitor não vai “eleger alguém que rejeitou a nacionalidade só para ser angolano e concorrer às presidências”.
O político entende que actualmente, em Angola, reina aquilo que chamou a “teoria de intimidação”. “Estamos num jogo de intimidação, quem não fala como nós é estirpado ou tido como comprado pelo MPLA, isso é uma política de intolerância que está a se instalar nos medias e nas redes sociais, em que as pessoas não alinhadas são tidas como do contra, e quando lhes convém és visto como bom e patriota”.
David Mendes denunciou que as últimas manifestações no país têm sido financiadas por ONG estrangeiras para desacreditar o país, porque, segundo ele, já fez parte destas organizações. Mendes é de opinião que não basta os jovens manifestarem-se, mas também devem apresentar soluções.
O então declarado futuro candidato às autarquias do município do Cazenga, avança que, caso as eleições municipais forem realizadas ainda este ano, venceria folgadamente porque, segundo o parlamentar, nesta região de Luanda, não vê um concorrente em altura para competir em pé de igualdade com ele.