Como é que viveu esse período?
Na pós-independência em Angola inventou-se uma guerra para retirarem dali muita gente que não convinha, e para estarem mais a vontade para instalarem o marxismo-leninismo. Esta foi a grande realidade. Eu estava fora e perguntei: "Mas porquê a saída dessas pessoas todas, funcionários públicos, advogados, oficiais? Aviões fretados? Quem é que anunciou essa guerra? A que propósito? Travem os revolucionários. A população é maior do que os revolucionários." E não travaram. Quando eu vim para aqui os hotéis no Estoril estavam cheios. E eu: "Quem é que pensou assim? Não há guerra nenhuma." Fui para Angola para ver e quando chego estou com os tais comandantes que vieram da guerrilha e estou a vê-los. Havia uns tipos honestos que diziam: "A gente nunca pensou que Angola estivesse assim; olha aquela criança com aquele carro."
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Por isso é que eu não gosto do termo lusofonia, CPLP. "Ai falamos todos em português." Está bem, mas eu nunca fui a tua casa. Ao contrário, já entraste na minha.
Olhando para os altos cargos e vendo a ausência de não brancos? É disso que fala?
AINDA FALOU DA LIMPEZA ÉTNICA DOS BRANCOS TODOS E SEM BENS.AFINAL SE O COLONIALISMO CÁ E LÁ ERAM MEIA DÚZIA DE FAMÍLIAS COMO É QUE EXPULSARAM ATÉ OPERÁRIOS E CAMPONESES BRANCOS?
E DEPOIS QUERIAM COLONIZAR-NOS TAMBÉM NA GOVERNAÇÃO OS QUERIDOS...POIS PARA MIM OS QUE LÁ ANDAM JÁ SÃO DEMAIS...