Jiadista português era figura influente em Raqqa
05.01.2018 às 11h50
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Steve Duarte é um dos nomes referidos num interrogatório realizado a um jiadista belga preso no Iraque. Não se sabe se está vivo
Quando Raqqa era um bastião do autodenominado Estado Islâmico (Daesh) o luso-descendente Steve Duarte, de 29 anos, conhecido por Abu Muhajir Al-Andalusi, era uma figura influente do grupo terrorista.
Um interrogatório realizado no Iraque ao jiadista belga Tarik Jadaoun, suspeito de ser um dos cérebros de alguns dos ataques terroristas na Europa, levanta um pouco mais o véu sobre a figura de Steve Duarte, um operacional convertido ao Islão radical com família na Figueira da Foz.
Segundo o belga, Abu Muhajir Al-Andalousi era o responsável pelo departamento de media naquela cidade, algo que os serviços de informações já tinham conhecimento. O que não se sabia é que o radical que cresceu no Luxemburgo detinha igualmente o pelouro da Educação em Raqqa.
Um artigo publicado esta sexta-feira na imprensa belga refere que nessa altura Jadaoun foi passar uns dias a casa do luso-luxemburguês quando o belga trabalhava em Raqqa para o Diwan (espécie de político ou autarca) da Educação.
Uma fotografia revelada ao Expresso por fontes belgas mostra os dois homens juntos em Raqqa, no início de 2015, no parque al-Rachid. Steve Duarte é o segundo a contar da esquerda e o belga o terceiro. Jadaoun, que foi padrinho de casamento de Steve Duarte, tinha ido passar uma semana em casa do lusodescendente, em março desse ano.
Na parte do interrogatório relacionada com Steve Duarte, a que o Expresso teve acesso, o belga revela que o lusodescendente foi escolhido para o departamento de media devido sobretudo aos conhecimentos de línguas como o francês, árabe, português e alemão.
Em fevereiro de 2016, este lusodescendente era a figura central num vídeo de oito minutos do Daesh, em que mata um dos cinco reféns. Disse na altura querer reconquistar a Península Ibérica.
Detentor de nacionalidade e passaporte português, nunca perdeu a ligação ao país dos pais. Cresceu no Luxemburgo mas regressava frequentemente à Figueira da Foz, terra onde ainda tem família. Criado numa família católica, converteu-se em 2010 ao Islão numa mesquita da Argélia e até pôs o video do ritual no YouTube. Foi também aí que se casou com uma mulher argelina.
Atualmente, as autoridades não sabem se está vivo, morto ou preso na Síria ou Iraque.
ENTRETANTO O MENINO JÁ DEVE CÁ ESTAR.SE OS ESTRANGEIROS NOS ESCOLHEM PORQUE MOTIVO ESTE NÃO ESCOLHERIA O PARAÍSO DOS CRIMINOSOS?A COMEÇAR PELA CLASSE POLÍTICA...