Thursday, August 28, 2025

O JOÃO CERQUEIRA ACERTOU NA MOUCHE...

Romanos, bárbaros e multiculturais Os bárbaros invadiram o império e barbarizam toda a Europa. Mas, séculos depois, os europeus imitaram os romanos… Avatar de João Cerqueira JOÃO CERQUEIRA 27 de Agosto 2025 Os romanos chamavam bárbaros a todos os povos que não fossem romanos. Embora eles próprios tivessem sido assim designados pelos gregos no tempo em que estes colonizaram a Península Itálica, gostaram tanto do nome que passaram a aplicá-lo ao resto do mundo. A diferença era que um bárbaro não era apenas um estrangeiro no sentido grego da palavra; no sentido romano era um selvagem, um bruto, uma besta quadrada que não se sabia comportar. Os romanos ficavam sobretudo horrorizados quando os ouviam misturar o seu Latim com uma língua bárbara, à semelhança dos cidadãos que em agosto regressam a Portugal nas suas voitures. Tácito ainda tenta encontrar-lhes algumas virtudes, mas Suetónio é impiedoso para com eles. Infelizmente para os romanos, os bárbaros invadiram o império e barbarizam toda a Europa. Mas, séculos depois, os europeus imitaram os romanos passando a considerar bárbaros todos os povos que não tinham os seus usos e costumes. Porém, numa nova reviravolta da História, eis que os europeus decidem que chamar bárbaros aos outros era ofensivo – mesmo que praticassem a mutilação genital, a poligamia, o casamento de menores e enforcassem LGTB’s – e o que era bárbaro passa a ser multicultural. Nas universidades de Sociologia foi encontrado o solutio problematum para justificar aquelas e outras barbaridades. Cada povo deve reger-se pela sua cultura; logo, se certa cultura considera a mulher inferior ao homem e ao camelo, não há mal nenhum em amestrá-las e em bater-lhes de vez em quando. A igualdade entre os sexos é uma invenção ocidental que só se aplica às mulheres brancas. Libertar as outras mulheres de costumes b0árbaros, isso, sim, é uma autêntica barbaridade. Entretanto, com António Costa a tocar lira enquanto escancarava as fronteiras, 1,5 milhões de imigrantes entrou em Portugal. Depois, a paróquia universitária e jornalística iniciou a catequização multicultural. Bárbaro é quem critica os costumes dos imigrantes; em Roma sê tudo menos romano; não façam o Jogo do Chega. E assim Portugal transformou-se num modelo multicultural acolhedor de todo o tipo de barbaridades. Poligamia, mutilação genital de crianças, burkas, execuções públicas de traficantes de droga, proliferação de barracas, gastronomia com cães e gatos, e outras práticas que os portugueses têm dificuldade em aceitar. Por isso, ignorando a paróquia, os portugueses parecem ter recuperado a sua herança romana e, desde Bracara Augusta a Pax Julia, começaram a chamar bárbaros a estes povos. A questão que se coloca é se a antiga Lusitânia irá romanizar os imigrantes ou será barbarizada por alguns deles? Alea jacta est.

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