FILOSOFIA POLÍTICA
As curtas férias do Diabo
Gabriel Mithá RibeiroSeguir
11/7/2017, 0:01123
Os equilíbrios entre sociedade e instituições têm sido destruídos pelo poder avassalador do marxismo cultural. Vimos esse filme nos sistemas de ensino, na justiça, na degradação da segurança interna.
Importa insistir em ideias apresentadas neste espaço de opinião. As ordens morais coletivas são férteis e sustentáveis no tempo, isto é, favoráveis à estabilidade da vida quotidiana, ao desenvolvimento económico, a avanços técnicos, culturais ou civilizacionais quando fundadas em complexos de culpa coletivamente partilhados. Tal implica a saliência de atitudes e comportamentos autoassumidos, genuínos e consequentes de remorsos, arrependimentos e manifestação de culpas próprias quando as práticas com as quais nos identificamos geram sofrimento em terceiros, no passado ou no presente. Em “Totem e Tabu” (1912-1913), Freud considera que esse sentimento de culpa manifesta-se nas práticas simbólicas que regulam a vida das comunidades.i
Não custa inferir que as práticas simbólicas com poder de regulação estão hoje fortemente concentradas na ação política que, por essa razão, está remetida para o âmago da ordem moral das nossas sociedades.
Subvertendo as teses edipianas de Freud datadas de 1912-1913, o restante século XX e o século XXI viram afirmar-se e tornar-se dominante o poder das esquerdas, cuja génese ideológico-intelectual está fundada num referente moral completamente diferente, o complexo de vitimização. Daí a impossibilidade de uma ordem moral das esquerdas no sentido freudiano do termo.
Não será historicamente plausível que as esquerdas, das moderadas às radicais, algum dia se libertem da sua génese patológica. A necessidade congénita de falsificação do sentido da história e a atitude imperturbável face à violência própria e dos seus (ao menos nisto a direita é substantivamente distinta) materializa-se na canalização sistemática para terceiros de responsabilidades próprias sobre o que é moralmente incómodo. A substância mantém-se, mudando apenas os rótulos. As culpas são do “imperialismo”, “colonialismo”, fascismo, norte-americanos, “ricos”, “neoliberalismo”, natureza, forças do terreno, oficiais de baixa patente ou do que der jeito.
Num caldo ideológico-intelectual dominado pelo marxismo cultural, torna-se muito difícil consolidar um qualquer sentido de civismo ou, em rigor, de cultura cívica. Esta mais não é do que a arte do compromissos entre a tradição e a modernidade, isto é, a arte de inovar sem romper com o que se herdou. É esse o sentido que dois autores, Gabriel Almond e Sidney Verba, atribuem à cultura cívica. Portanto, os ideais e práticas revolucionárias situam-se nos antípodas do civismo.
Basta acrescentar mais dois ingredientes para perceber como tudo isso é uma ameaça infalível à dignidade e progresso dos povos.
Primeiro, uma noção básica de política. Esta, na substância, mais não é do que aquilo que resulta da relação entre o poder tutelar dos estados e as respetivas sociedades. Nessa relação, quanto mais o estado pesa tanto maior a autoridade e, em sentido contrário, quanto mais a sociedade pesa tanto maior a liberdade.
É necessário ser intelectualmente muito limitado para admitir que os que defendem radicalmente o poder do Estado possam alguma vez ser, ao mesmo tempo, defensores da liberdade dos indivíduos e da autonomia da vida social, cultural ou económica. Tem sido o controlo dos sistemas de ensino pelo marxismo cultural que vai transformando povos inteiros em imbecis intelectuais. Assim é fácil disseminar patranhas.
Segundo, vivemos dominados por instrumentalizações também nocivas de noções elementares de sociedade e de instituição. Suponho ser consensual a ideia de apenas existirem sociedades saudáveis quando nelas existem instituições fortes. Mas para isso umas e outras não se podem confundir. Sociedade e instituição são objetivamente opostas.
Para ser simples, sociedade é uma entidade (ou espaço) aberta da qual ninguém pode ser excluído e na qual, em princípio, tudo pode ser negociado. Desde o tipo de governação à interdição da pena de morte, entre inúmeras possibilidades. Por seu lado, existe uma parte fundamental das sociedades que é institucionalizada. Neste caso, a instituição só faz sentido se for uma entidade (ou espaço) tendencialmente fechada, limitada aos agentes de dentro, com margens de negociação de obrigações e direitos muito mais restrita e necessariamente governada de dentro para fora.
O que liga a instituição à sociedade é o facto de a última outorgar à primeira a legitimidade de gerir funções específicas em benefício do coletivo. É o caso da família, da religião, do ensino, das mais variadas associações, dos clubes desportivos, da proteção civil, entre tantas outras instituições. A sociedade, por seu lado, apenas se transforma em estado no caso de instituições que tutelam funções de soberania, sendo que haverá maior liberdade e um estado bem mais eficaz quanto mais restritas forem as funções de soberania que diretamente tutela (defesa, segurança, relações externas, justiça, impostos e pouco mais).
Os equilíbrios entre sociedade e respetivas instituições têm sido sistematicamente colocados em causa pelo poder avassalador do marxismo cultural. Isto porque a sua génese permite que os que com ele se identificam vivam de consciência tranquila e tenham as mãos livres para todo o tipo de engenharias sociais. Na substância, estas traduzem-se em intromissões abusivas e corrosivas, de fora para dentro, na vida das mais variadas instituições.
Vimos esse filme nos sistemas de ensino por via da promoção irresponsável da abertura e aproximação entre a comunidade, a família e a escola, o que sacrificou a função específica do ensino, a saber, a gestão de conhecimentos científicos ou académicos num ambiente institucional autorregulado. Vimos na justiça a partir do momento em que as tutelas políticas passaram a brincar às engenharias sociais por via de uma incontinente produção legislativa, o que corroeu até ao limite a dignidade institucional do exercício da justiça. Vemos no episódio do furto de armamento militar em Tancos, na senda de outros episódios que têm mantido a instituição militar na praça pública, em resultado de décadas de militares que se galanteiam enquanto políticos, mas não menos de políticos que se viciaram na compra de votos à custa de um pacifismo tão simpático quanto irresponsável, o que degradou seriamente a dignidade institucional da função soberana da defesa. Vimos o mesmo filme com a segurança interna quando a polícia foi forçada a suportar o achincalhamento sistemático da sua autoridade institucional na praça pública graças a disputas políticas e académicas em torno da proteção de umas sacralizadas minorias étnico-raciais. Aconteceu com… etc, etc, etc..
E tudo animado por uma comunicação social carnavalesca.
De resto, o filme de terror do marxismo cultural segue um guião invariável.
Primeiro, corroem-se os circuitos económicos herdados. Porque se nacionalizam empresas e propriedades. Porque se usa e abusa do ascende do estado sobre a sociedade. Porque se aumentam as funções e responsabilidades do estado para além do razoável na compra de suportes políticos e, depois, só resta sobrecarregar as economias de impostos e dívidas, fragilizando-as estruturalmente. Porque se arriscam engenharias sociais que desregulam os circuitos económicos herdados, como aconteceu em Moçambique em que, no tempo colonial, a economia de mercado e as economias tradicionais africanas funcionavam em complemento sem grandes atropelos e, com a independência, tudo foi estatizado em prol de um modelo socialista estatizante homogéneo que desregulou tanto a economia de mercado, quanto as economias tradicionais africanas, bastando para tanto imaginar que as últimas têm valor equivalente ao papel das pequenas empresas numa economia de tipo ocidental e, uma vez chegada a fome e a guerra pós-coloniais em poucos anos com os seus milhões de mortos, a culpa foi remetida para as heranças do “colonialismo” português, para sabotagens dos países vizinhos governados por minorias brancas, para o Ocidente e, quando foi necessário renovar a linguagem, para as imposições do “neoliberalismo” e patetices do género.
Depois, estranguladas as economias e condicionadas as liberdades, passa-se à fase da desregulação sistemática das instituições, geridas como se se tratassem dos espaços abertos das sociedades onde qualquer ativista sente o direito de meter o nariz. As consequências perversas a este nível tendem a ser extraordinariamente perduráveis no tempo.
Em Portugal do século XXI, a relação moral patológica das esquerdas com o legado desastroso do governo de José Sócrates e, descontado o intervalo de uma legislatura, com o rumo preocupante do atual governo de António Costa saltam à vista. O último resiste sem incómodos de consciência significativos entre os seus apoiantes, mesmo por cima de dezenas de cadáveres. Não se dá por remorsos, arrependimentos ou sentimentos de culpa própria por se instigar e colaborar ativamente no naufrágio de um país ao longo de bem mais de uma década. O socialismo nunca passará disso.
QUANDO ISTO AFUNDAR DE VEZ VAMOS TER ACERTO DE CONTAS.DO 8 PARA O 80...CUIDEM-SE!
Tuesday, July 11, 2017
O RICARDO SALGADO DEVE ANDAR SATISFEITO VOLTAMOS AO PREC DE ESQUERDA...
Violência policial: "Todos viraram as costas!"
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"Para aqueles agentes fardados nós não éramos pessoas"
Flávio Almada, uma das vítimas da violência policial, recordou a "humilhação". A polícia "deixou de ser sinal de segurança"
Estudante do ISCTE, mediador social da Associação Moinho da Juventude, na Cova da Moura, rapper (LPC), Flávio Almada foi uma das seis vítimas da violência policial naquele dia 5 de fevereiro de 2015. Em fevereiro último, quando se completavam dois anos sobre os incidentes, acedeu a falar ao DN sobre a "humilhação", a "tortura" a que foi sujeito.
MAS ATENÇÃO AGORA OS DIFERENTES E OS SEUS ALIADOS CASEIROS DE SEMPRE NÃO LUTAM POR ATIRAR OS BRANCOS DE ÁFRICA AO MAR SE FOSSE PRECISO.NÃO AGORA É MALHAR EM QUEM NÃO SE DEIXAR COLONIZAR SEGUNDO AS VIAS AFRICANAS.COM DIREITO À CIDADE E A NACIONALIDADE PORTUGUESA E NA HORA.PARA QUÊ? PORRA SE É COISA QUE SE PERGUNTE.BEM PELO MENOS OS PANELEIROS TÊM AQUILO QUE ADORAM:CHOURIÇO MOURO...O RESTO DO INDIGENATO BRANCO ESSES SÓ TÊM QUE PAGAR E AGUENTAR TODO O TIPO DE DESASSOSSEGO MULTICULTURAL E CLARO BEM PAGO PARA ELES NÃO FICAREM TERRORISTAS.APESAR DE CHEIOS DE AFECTOS QUANDO CONVÉM...
OS MORTOS BRANCOS CÁ FORAM DANOS COLATERAIS APESAR DE MUITO MAS MUITO MAIS NUMEROSOS DO QUE AS BAIXAS AFRICANAS.ESSAS SIM BEM COMBATIDAS COM GRANDE VONTADE POLÍTICA.
MEUS ESTÃO ENTREGUES AO PESSOAL DAS SECRETARIAS QUE NAS COSTAS DO PESSOAL TRABALHADOR INTERPRETAM QUE AGORA OS OPERÁRIOS E CAMPONESES SÓ QUEREM UM CAPATAZ ESCURINHO E PODER ENTREGAR A FILHINHA A UM DIFERENTE QUE O RAPAZ ESSE FOI AGARRADO PELAS DROGAS O NEGÓCIO MAIS VALIOSO DOS ENRIQUECEDORES IMPORTADOS...
QUEM NÃO SE SENTE NÃO É FILHO DE BOA GENTE.E DEIXAREM ANDAR OS GAJOS DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO À SOLTA E COM FREIO NOS DENTES VAI-VOS SAIR MUITO CARO...
OS INTERNACIONALISTAS DERRUBARAM A NAÇÃO PORTUGUESA COM SUCESSIVOS ACTOS DE ALTA TRAIÇÃO.QUEM É QUE OS VAI JULGAR?E JUSTIÇAR?
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"Para aqueles agentes fardados nós não éramos pessoas"
Flávio Almada, uma das vítimas da violência policial, recordou a "humilhação". A polícia "deixou de ser sinal de segurança"
Estudante do ISCTE, mediador social da Associação Moinho da Juventude, na Cova da Moura, rapper (LPC), Flávio Almada foi uma das seis vítimas da violência policial naquele dia 5 de fevereiro de 2015. Em fevereiro último, quando se completavam dois anos sobre os incidentes, acedeu a falar ao DN sobre a "humilhação", a "tortura" a que foi sujeito.
MAS ATENÇÃO AGORA OS DIFERENTES E OS SEUS ALIADOS CASEIROS DE SEMPRE NÃO LUTAM POR ATIRAR OS BRANCOS DE ÁFRICA AO MAR SE FOSSE PRECISO.NÃO AGORA É MALHAR EM QUEM NÃO SE DEIXAR COLONIZAR SEGUNDO AS VIAS AFRICANAS.COM DIREITO À CIDADE E A NACIONALIDADE PORTUGUESA E NA HORA.PARA QUÊ? PORRA SE É COISA QUE SE PERGUNTE.BEM PELO MENOS OS PANELEIROS TÊM AQUILO QUE ADORAM:CHOURIÇO MOURO...O RESTO DO INDIGENATO BRANCO ESSES SÓ TÊM QUE PAGAR E AGUENTAR TODO O TIPO DE DESASSOSSEGO MULTICULTURAL E CLARO BEM PAGO PARA ELES NÃO FICAREM TERRORISTAS.APESAR DE CHEIOS DE AFECTOS QUANDO CONVÉM...
OS MORTOS BRANCOS CÁ FORAM DANOS COLATERAIS APESAR DE MUITO MAS MUITO MAIS NUMEROSOS DO QUE AS BAIXAS AFRICANAS.ESSAS SIM BEM COMBATIDAS COM GRANDE VONTADE POLÍTICA.
MEUS ESTÃO ENTREGUES AO PESSOAL DAS SECRETARIAS QUE NAS COSTAS DO PESSOAL TRABALHADOR INTERPRETAM QUE AGORA OS OPERÁRIOS E CAMPONESES SÓ QUEREM UM CAPATAZ ESCURINHO E PODER ENTREGAR A FILHINHA A UM DIFERENTE QUE O RAPAZ ESSE FOI AGARRADO PELAS DROGAS O NEGÓCIO MAIS VALIOSO DOS ENRIQUECEDORES IMPORTADOS...
QUEM NÃO SE SENTE NÃO É FILHO DE BOA GENTE.E DEIXAREM ANDAR OS GAJOS DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO À SOLTA E COM FREIO NOS DENTES VAI-VOS SAIR MUITO CARO...
OS INTERNACIONALISTAS DERRUBARAM A NAÇÃO PORTUGUESA COM SUCESSIVOS ACTOS DE ALTA TRAIÇÃO.QUEM É QUE OS VAI JULGAR?E JUSTIÇAR?
COVA DA MOURA UMA BASE AFRICANA DE COLONIZAÇÃO LIBERTADA DA ACÇÃO DAS FORÇAS REPRESSIVAS POLICIAIS EM PORTUGAL
ÁFRICA 1... PORTUGAL 0
AGORA COM BASE NAS TEORIAS AFECTUOSAS DO AMÍLCAR CABRAL HÁ QUE IR ALARGANDO A BASE ATÉ TEREM REPRESENTAÇÃO E MAIS UM PALOP AGORA SÓ NA LINHA DE SINTRA...DEPOIS DE DERROTADAS AS FORÇAS REPRESSIVAS POLICIAIS!COM A AJUDA PRECIOSA DAQUELES QUE AJUDARAM AS LIBERTAÇÕES DE ÁFRICA.QUEM NÃO LAMBER CUS A PRETOS LEVA!
AGORA COM BASE NAS TEORIAS AFECTUOSAS DO AMÍLCAR CABRAL HÁ QUE IR ALARGANDO A BASE ATÉ TEREM REPRESENTAÇÃO E MAIS UM PALOP AGORA SÓ NA LINHA DE SINTRA...DEPOIS DE DERROTADAS AS FORÇAS REPRESSIVAS POLICIAIS!COM A AJUDA PRECIOSA DAQUELES QUE AJUDARAM AS LIBERTAÇÕES DE ÁFRICA.QUEM NÃO LAMBER CUS A PRETOS LEVA!
DEPOIS DOS PORTUGUESES LUTAREM CONTRA O TERRORISMO EM ÁFRICA AGORA SÃO TERRORISTAS CÁ DENTRO....UI UI UI
Cova da Moura é Portugal
Editorial
11 DE JULHO DE 2017
Paulo Baldaia
A ideia de que uma esquadra da polícia pode ser o local mais inseguro para um qualquer cidadão é aterradora, mas ainda se torna mais difícil de aceitar que um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tenha servido de nada para repor a justiça. No mínimo, houve pouco empenho nesse sentido. O Diário de Notícias revela hoje a acusação que o Ministério Público faz a uma esquadra inteira (18 agentes de Alfragide), depois de uma longa investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária. Racismo, sequestro, violência e tortura na Cova da Moura. Mas não é apenas a atuação daqueles agentes que pode estar em causa (uma investigação e uma acusação não substituem o julgamento em tribunal), é também a IGAI, pelo que não fez, e o poder político, por fazer de conta que nada se passou.
Em 2015, quando tudo isto terá acontecido, não faltaram as promessas de que seria feita justiça. O Alto-Comissariado para as Migrações e a Comissão para a Igualdade contra a Discriminação Racial fizeram-se ouvir e foi criada uma Comissão de Alerta Precoce para a Cova da Moura. Dois anos depois, em fevereiro deste ano, a advogada dos jovens agredidos escrevia no seu blogue que "todos viraram as costas". A acusação é de tal forma grave e as ofensas que a investigação dá como provadas de tal forma violentas que a opção que fizemos no DN, numa exceção que confirma a regra, foi a de transcrever algumas das ofensas racistas que o Ministério Público acusa os agentes de terem feito. É uma discussão que importa ter sempre presente. O uso ilegítimo da força por uma polícia é sempre condenável e esse crime é agravado se é cometido pelo ódio e discriminação racial em relação às vítimas. Não podemos dizer orgulhosamente que Portugal não é um país racista e aceitar que um caso como este se fique pelas meias-tintas da IGAI e pelo esquecimento dos políticos. Porque se trata de "terrorismo", a investigação foi feita pela UNCT, agora tem a palavra o Ministério Público e os tribunais. Faça-se justiça.
POR ACASO A COVA DA MOURA NÃO É PORTUGAL.ASSIM COMO CABO VERDE NÃO O É.PARA MIM E PARA MUITOS OUTROS.DESDE LOGO "OCUPARAM" AQUILO QUE NÃO ERA DELES.SEM QUE A "JUSTIÇA" FAÇA UM MÍNIMO DOS MÍNIMOS PARA REPOR A LEGALIDADE.DEPOIS SEMPRE FOI UM CANCRO DE VENDA DE DROGAS QUE ENVENENOU A NOSSA JUVENTUDE, UM RECUO DE CRIMINOSOS QUE REAGEM EM GRUPO RECUSANDO À CIGANA A ACTUAÇÃO DA JUSTIÇA.É O TODOS AO MONTE E FÉ EM DEUS, QUE POR ACASO PODE SER O ALLAH.VÁRIOS ASSASSINATOS ALGUNS SEM CASTIGO PESAM NAQUELAS GENTES CHEIAS DE "AFECTOS" COMO QUE NOS VENDEM NA PROPAGANDA DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO.NÃO PODE.E QUEM ANDA A FAZER ISSO É TRAIDOR E MAIS NADA.EM TRABALHOS SUBTERRÂNEAS NAS SECRETARIAS DO ESTADO PORTUGUÊS QUE QUEREM DERRUBAR A TODO O CUSTO!
NÃO HÁ NENHUM DIREITO À CIDADE E À NACIONALIDADE SEM CONSULTA AO VERDADEIRO POVO PORTUGUÊS TÃO MISERAVELMENTE TRAÍDO PELAS SUAS ALEGADAS ELITES
Editorial
11 DE JULHO DE 2017
Paulo Baldaia
A ideia de que uma esquadra da polícia pode ser o local mais inseguro para um qualquer cidadão é aterradora, mas ainda se torna mais difícil de aceitar que um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tenha servido de nada para repor a justiça. No mínimo, houve pouco empenho nesse sentido. O Diário de Notícias revela hoje a acusação que o Ministério Público faz a uma esquadra inteira (18 agentes de Alfragide), depois de uma longa investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária. Racismo, sequestro, violência e tortura na Cova da Moura. Mas não é apenas a atuação daqueles agentes que pode estar em causa (uma investigação e uma acusação não substituem o julgamento em tribunal), é também a IGAI, pelo que não fez, e o poder político, por fazer de conta que nada se passou.
Em 2015, quando tudo isto terá acontecido, não faltaram as promessas de que seria feita justiça. O Alto-Comissariado para as Migrações e a Comissão para a Igualdade contra a Discriminação Racial fizeram-se ouvir e foi criada uma Comissão de Alerta Precoce para a Cova da Moura. Dois anos depois, em fevereiro deste ano, a advogada dos jovens agredidos escrevia no seu blogue que "todos viraram as costas". A acusação é de tal forma grave e as ofensas que a investigação dá como provadas de tal forma violentas que a opção que fizemos no DN, numa exceção que confirma a regra, foi a de transcrever algumas das ofensas racistas que o Ministério Público acusa os agentes de terem feito. É uma discussão que importa ter sempre presente. O uso ilegítimo da força por uma polícia é sempre condenável e esse crime é agravado se é cometido pelo ódio e discriminação racial em relação às vítimas. Não podemos dizer orgulhosamente que Portugal não é um país racista e aceitar que um caso como este se fique pelas meias-tintas da IGAI e pelo esquecimento dos políticos. Porque se trata de "terrorismo", a investigação foi feita pela UNCT, agora tem a palavra o Ministério Público e os tribunais. Faça-se justiça.
POR ACASO A COVA DA MOURA NÃO É PORTUGAL.ASSIM COMO CABO VERDE NÃO O É.PARA MIM E PARA MUITOS OUTROS.DESDE LOGO "OCUPARAM" AQUILO QUE NÃO ERA DELES.SEM QUE A "JUSTIÇA" FAÇA UM MÍNIMO DOS MÍNIMOS PARA REPOR A LEGALIDADE.DEPOIS SEMPRE FOI UM CANCRO DE VENDA DE DROGAS QUE ENVENENOU A NOSSA JUVENTUDE, UM RECUO DE CRIMINOSOS QUE REAGEM EM GRUPO RECUSANDO À CIGANA A ACTUAÇÃO DA JUSTIÇA.É O TODOS AO MONTE E FÉ EM DEUS, QUE POR ACASO PODE SER O ALLAH.VÁRIOS ASSASSINATOS ALGUNS SEM CASTIGO PESAM NAQUELAS GENTES CHEIAS DE "AFECTOS" COMO QUE NOS VENDEM NA PROPAGANDA DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO.NÃO PODE.E QUEM ANDA A FAZER ISSO É TRAIDOR E MAIS NADA.EM TRABALHOS SUBTERRÂNEAS NAS SECRETARIAS DO ESTADO PORTUGUÊS QUE QUEREM DERRUBAR A TODO O CUSTO!
NÃO HÁ NENHUM DIREITO À CIDADE E À NACIONALIDADE SEM CONSULTA AO VERDADEIRO POVO PORTUGUÊS TÃO MISERAVELMENTE TRAÍDO PELAS SUAS ALEGADAS ELITES
ENQUANTO O REBANHO É CONDUZIDO PARA A RAÇA MISTA EM CONSTANTE DESASSOSSEGO OUTROS TRATAM DO QUE É SEU...
Análise jurídica ao contrato do SIRESP pelo mesmo escritório que assessorou contrato inicial
A MAIS BEM PREPARADA GERAÇÃO DE SEMPRE NUNCA TEM IDEIAS PRÓPRIAS...
A MAIS BEM PREPARADA GERAÇÃO DE SEMPRE NUNCA TEM IDEIAS PRÓPRIAS...
OI BRASILINO GODINHO OLHA QUE GAJOS E GAJAS COM PÓS-DOUTORAMENTOS E MAIS NOVOS QUE TU À PROCURA DE EMPREGO SÃO ÀS RESMAS.O QUE NÃO CUSTA NADA AO PAÍS CLARO...
AÇORES
Doutoramento aos 85 anos: o sonho agora é encontrar emprego
11 DE JULHO DE 2017 - 07:00
Casou aos 24 anos e entrou na universidade aos... 77. Aos 85, doutorado, promete continuar a vida académica. Apaixonado pelas letras, quer arranjar emprego e mudar o nome da Universidade dos Açores.
Depois de ter concluído o doutoramento aos 85 anos, Brasilino Godinho quer arranjar emprego. O doutoramento em Estudos Culturais foi concluído no passado dia 5 de julho e investigou Antero de Quental. Depois da defesa de tese, o agora doutor Brasilino Godinho lançou uma proposta: dar o nome de Antero de Quental à Universidade dos Açores. A proposta já seguiu para o governo regional dos Açores e para a Assembleia da República. Agora, enquanto ainda há tempo, aos 85 anos, segue para um pós-doutoramento.
Chega à reitoria da Universidade de Aveiro com passo enérgico, retira a boina e apresenta-se: Brasilino Godinho ao seu dispor.
Entrou na licenciatura de Línguas, Literaturas e Culturas aos 77 anos. Concluiu o doutoramento aos 85. "Reporta ao tempo de adolescência quando pretendi ir para a universidade".
E, agora, concluído o doutoramento, há uma vontade forte. Depois de uma vida de trabalho como topógrafo, quer, de novo, arranjar emprego: "a prioridade é arranjar emprego. Não faria sentido que um indivíduo com a experiência como eu, e com a valorização de oito anos académicos, que tudo isto não fosse aproveitado".
Não vai parar e, com ou sem emprego, segue-se o pós-doutoramento. Brasilino Godinho tem agora um desejo, e para concretizá-lo fez uma proposta: "a ideia é que seja dada a designação de Universidade Antero de Quental à Universidade dos Açores".
Desde o dia 5 de julho que a agenda se preencheu de forma diferente, chegam pedidos de entrevistas de aquém e além-mar. "Ainda há pouco recebi um pedido de entrevista de um jornal de São Paulo", assegura.
Brasilino Godinho viveu uma vida para uma profissão técnica, que lhe dava o ganha-pão... mas o sonho esteve sempre nas letras. Ao longo da vida foi partilhando a profissão de topógrafo com a de colunista em jornais como o Diário de Aveiro ou o ABC, de Montreal, no Canadá.
QUEM SE VAI SAFANDO SÃO OS DOUTORES DAS MATÉRIAS ESOTÉRICAS QUE ENSINAM.EM ESPECIAL DE HOJE EM DIA OS LIGADOS À DEMOGRAFIA E A TUDO O QUE CHEIRE A RAÇA MISTA...POR NOSSA CONTA!
ENSINAREM A PRODUZIR QUALQUER COISINHA VENDÁVEL NO UNIVERSO FICA RESERVADA PARA OS CHINESES POIS QUE POR CÁ É MAIS ESPECIALISTAS EM SALVAMENTOS DO DITO E COM MUITA PROPAGANDA...QUE TEM CONDUZIDO O INDIGENATO AO CÉU NA TERRA...
Doutoramento aos 85 anos: o sonho agora é encontrar emprego
11 DE JULHO DE 2017 - 07:00
Casou aos 24 anos e entrou na universidade aos... 77. Aos 85, doutorado, promete continuar a vida académica. Apaixonado pelas letras, quer arranjar emprego e mudar o nome da Universidade dos Açores.
Depois de ter concluído o doutoramento aos 85 anos, Brasilino Godinho quer arranjar emprego. O doutoramento em Estudos Culturais foi concluído no passado dia 5 de julho e investigou Antero de Quental. Depois da defesa de tese, o agora doutor Brasilino Godinho lançou uma proposta: dar o nome de Antero de Quental à Universidade dos Açores. A proposta já seguiu para o governo regional dos Açores e para a Assembleia da República. Agora, enquanto ainda há tempo, aos 85 anos, segue para um pós-doutoramento.
Chega à reitoria da Universidade de Aveiro com passo enérgico, retira a boina e apresenta-se: Brasilino Godinho ao seu dispor.
Entrou na licenciatura de Línguas, Literaturas e Culturas aos 77 anos. Concluiu o doutoramento aos 85. "Reporta ao tempo de adolescência quando pretendi ir para a universidade".
E, agora, concluído o doutoramento, há uma vontade forte. Depois de uma vida de trabalho como topógrafo, quer, de novo, arranjar emprego: "a prioridade é arranjar emprego. Não faria sentido que um indivíduo com a experiência como eu, e com a valorização de oito anos académicos, que tudo isto não fosse aproveitado".
Não vai parar e, com ou sem emprego, segue-se o pós-doutoramento. Brasilino Godinho tem agora um desejo, e para concretizá-lo fez uma proposta: "a ideia é que seja dada a designação de Universidade Antero de Quental à Universidade dos Açores".
Desde o dia 5 de julho que a agenda se preencheu de forma diferente, chegam pedidos de entrevistas de aquém e além-mar. "Ainda há pouco recebi um pedido de entrevista de um jornal de São Paulo", assegura.
Brasilino Godinho viveu uma vida para uma profissão técnica, que lhe dava o ganha-pão... mas o sonho esteve sempre nas letras. Ao longo da vida foi partilhando a profissão de topógrafo com a de colunista em jornais como o Diário de Aveiro ou o ABC, de Montreal, no Canadá.
QUEM SE VAI SAFANDO SÃO OS DOUTORES DAS MATÉRIAS ESOTÉRICAS QUE ENSINAM.EM ESPECIAL DE HOJE EM DIA OS LIGADOS À DEMOGRAFIA E A TUDO O QUE CHEIRE A RAÇA MISTA...POR NOSSA CONTA!
ENSINAREM A PRODUZIR QUALQUER COISINHA VENDÁVEL NO UNIVERSO FICA RESERVADA PARA OS CHINESES POIS QUE POR CÁ É MAIS ESPECIALISTAS EM SALVAMENTOS DO DITO E COM MUITA PROPAGANDA...QUE TEM CONDUZIDO O INDIGENATO AO CÉU NA TERRA...
PORTANTO TUDO O QUE OS ENRIQUECEDORES DA COVA DA MOURA DISSEREM PODE SER LOGO METIDO NA BÍBLIA...SEGUNDO A PROPAGANDA TRAIDORA
PSP
Agentes da PSP acusados de crimes de tortura, racismo e injúria
Ministério Público concluiu que seis jovens negros, da Cova da Moura, foram vítimas de racismo e tortura: 18 agentes da PSP vão ser acusados. Processos policiais contra os jovens foram arquivados.
RUI MINDERICO/LUSA
É uma investigação do Ministério Público sem precedentes: dezoito agentes da PSP da esquadra de Alfragide vão ser acusados dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física, agravados pelo crime de ódio e discriminação racial, avança o Diário de Notícias. Em causa está um episódio de violência dos agentes contra seis jovens de origem cabo-verdiana, habitantes da Cova da Moura.
A acusação surge dois anos depois de a Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária ter iniciado a investigação, sendo que o caso remonta a 5 de fevereiro de 2015. Além dos crimes principais de que todos os 18 agentes são acusados, há ainda alguns a que acrescem os crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e testemunho, havendo também uma subcomissária e uma agente acusadas de omissão de auxílio e denúncia. Todos os polícias daquela esquadra de Alfragide estão acusados de ter participado naqueles crimes.
De acordo com o DN, o Ministério Público mandou arquivar todos os processos policiais contra os seis jovens.
Em causa está um processo longo que começou com os jovens a serem constituídos arguidos, por alegadamente terem invadido a esquadra de Alfragide para libertarem um outro jovem que tinha sido detido: foram indiciados pelos crimes de resistência e coação contra funcionários, injúria, dano e ofensa à integridade física. Mas o caso não ficou por aí, com vários testemunhos a contrariarem esta narrativa. A PJ interveio e, ouvidos 30 testemunhos e recolhidas provas, entre relatórios médicos e cruzamento de informação, foi a versão dos jovens que prevaleceu sobre a dos polícias.
Primeira detenção foi arbitrária
De acordo com o DN, o Ministério Público concluiu que a detenção do primeiro jovem foi arbitrária e violenta, não tendo sido motivada por nenhum apedrejamento contra a viatura da polícia, ao contrário do que tinha sido relatado pela PSP, e que o jovem não resistiu à detenção como fora afirmado nos relatos da PSP. O MP concluiu que foram os polícias que o encostaram contra a parede e disseram “estás a rir de quê, macaco? Encosta-te à parede!”, tendo-o depois espancado, fazendo-o cair a sangrar da boca e do nariz.
O MP conclui agora que os agentes da PSP mentiram e espancaram violentamente também os seis jovens que foram à esquadra à procura do amigo. Sem que fossem provocados, os agentes da PSP algemaram-nos, atiraram-nos ao chão na esquadra e começaram as agressões: pontapés em todo o corpo, socos, bofetadas, incluindo na cabeça, pisadelas e tiros com balas de borracha, descreve aquele jornal, citando o despacho de acusação.
Também houve agressões verbais: “Vão morrer todos, pretos de merda!”; “Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a vossa deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados”; “É melhor irem para o ISIS”; “Vocês vão desaparecer, vocês, a vossa raça e o vosso bairro de merda!”.
Dois dias depois do ocorrido, a 7 de fevereiro, os jovens foram presentes ao juiz de instrução criminal. Na sequência disto, um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) à conduta policial optou pelo arquivamento do caso, limitando-se a suspender um dos polícias e por transferir outro.
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O Ministério Público acusa PSP de racismo e tortura
Negócios jng@negocios.pt
11 de julho de 2017 às 09:09
É, segundo conta o Diário de Notícias, uma acusação sem precedentes no país. Dezoito agentes da PSP, incluindo um chefe, vão ser acusados dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racional contra seis jovens na Cova da Moura, na Amadora, onde a maioria dos habitantes são de origem cabo-verdiana.
A acusação surge após dois anos de investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária (PJ) ao caso ocorrido a 5 de Fevereiro de 2015 na esquadra da PSP de Alfragide.
Numa primeira fase os jovens foram constituídos arguidos, acusados de terem tentado invadir a esquadra para libertar outro jovem detido. Mas a PJ revelou que essa narrativa não era verdadeira, com base em trinta testemunhos, relatórios médicos nas provas e numa investigação feita pela IGAI.
O caso começou com a detenção de um jovem que apedrejou uma viatura da polícia. Mas, ao contrário do que foi descrito, Bruno não resistiu nem agrediu os polícias. Segundo contou, foi espancado violentamente pelos agentes.
Seis amigos digiram-se à esquadra para saber dele. E de acordo com o Ministério público, sem que fossem provocados, os agentes começara a agredir os quatro jovens que não conseguiram fugir, mais um quinto elemento que estava a sair de uma loja de telemóveis ao lado da esquadra. Algemados, atirados para o cão da esquadra, fora pontapeados, levaram socos, tiros com balas de borracha.
Um dos jovens sofre de uma paralisia por ter tido um AVC aos 9 anos e pedia ajuda. "Então não morreste (do AVC?) Agora vai dar-te um que vais morrer. Ainda por cima és pretoguês, filho da puta!"
De acordo com o Ministério Público, durante os dois dias em que estiveram detidos, os cinco jovens foram vítima de violência física e psicológica. "Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados", declarava um agente, citado pelo jornal.
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Ministério Público acusa PSP de racismo e tortura
Investigação sem precedentes concluiu que seis jovens negros foram vítimas de racismo. E que os polícias mentiram
Dezoito agentes da PSP, entre os quais um chefe, vão ser acusados dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens da Cova da Moura, na Amadora.
É uma acusação sem precedentes no nosso país e surge após dois anos de investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) ao caso de violência policial contra seis jovens, ocorrido a 5 de fevereiro de 2015, que teve como palco a esquadra da PSP de Alfragide, que serve o bairro da Cova da Moura, onde a maioria dos habitantes são de origem cabo-verdiana.
O Ministério Público (MP) acusa também alguns dos polícias por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho. Há ainda uma subcomissária e uma agente acusadas também pelos crimes de omissão de auxílio e denúncia. Na esquadra todos participaram nos crimes, segundo o MP, que mandou arquivar todos os processos dos polícias contra os jovens.
Numa primeira fase os jovens chegaram a ser constituídos arguidos, sob a acusação da PSP - corroborada pelo Ministério Público (MP) e pelo juiz de instrução - de terem tentado invadir a esquadra para libertar outro jovem que tinha sido detido. Ficaram sujeitos a termo de identidade e residência (TIR) indiciados pelos crimes de resistência e coação contra funcionário, injúria, dano, tirada de presos e ofensa à integridade física. Mas a PJ demonstrou que tal narrativa não era verosímil, face a todos os testemunhos e provas recolhidas, bem como em parte da investigação anteriormente feita pela IGAI, no âmbito dos processos disciplinares. Foi a versão dos jovens que vingou na investigação, baseada em dezenas de testemunhos (trinta para ser exato), relatórios médicos e cruzamento de informações recolhidas.
Tudo começou com a detenção, que o MP concluiu ter sido arbitrária e violenta de um jovem (não na sequência do apedrejamento por parte deste contra uma viatura da polícia, como contou a PSP), Bruno Lopes, no bairro, levado para a esquadra pelas 14.00 do dia 5 de fevereiro de 2015. Ao contrário do que foi descrito nos autos de notícia da PSP, Bruno não resistiu à detenção nem agrediu os polícias. Tal como contou, estes encostaram-no a uma parede, de braços e pernas abertos e disseram-lhe "estás a rir de quê, macaco? Encosta-te aí à parede!". De seguida espancaram-no violentamente e caiu no chão a sangrar da boca e do nariz.
Sendo conhecido da Associação Moinho da Juventude, uma instituição que desenvolve vários projetos de inclusão social no bairro, foram alertados amigos, entre os quais Flávio Almada e Celso Barros, conhecidos, até pela polícia, por serem ativos mediadores desta associação. Seis deles (não 20 a 25, como contou a PSP) dirigiram-se à esquadra para saber da situação de Bruno. O MP diz que, sem que fossem provocados, os agentes começaram a agredir os jovens, arrastando-os para a esquadra enquanto gritavam palavras de ódio racial. Dois deles ainda conseguiram fugir por entre as estreitas ruas do bairro. Ficaram Flávio, Celso, Paulo e Miguel. Um quinto elemento, Rui Moniz, que estava nas imediações, a sair de uma loja de telemóveis ao lado da esquadra, acabou por ser também arrastado para dentro pelos polícias. Um dos agentes, apontando para Flávio Almada, exclamou para os seus colegas: "Apanhem aquele que tem a mania que é esperto", indo atrás dele e espancando-o com o bastão.
Algemados, foram atirados para o chão da esquadra. "Vão morrer todos, pretos de merda!", ouviram dizer a um dos polícias. Pontapés em todo o corpo, socos, bofetadas, incluindo na cabeça, pisadelas, tiros com balas de borracha. Rui Moniz, que teve um AVC aos 9 anos e sofre de uma paralisia na mão direita, gritava por ajuda, mas ainda era mais agredido. Gozando com a doença, um dos agentes quis humilhá-lo: "Então não morreste (do AVC)? Agora vai dar-te um que vais morrer. Ainda por cima és pretoguês filho da puta!" Bruno, Flávio, Celso, Rui, Miguel e Paulo estiveram detidos dois dias.
Durante esse tempo, sustenta o MP, foram humilhados, vítimas de enorme violência física e psicológica por parte de agentes da autoridade dominados por sentimentos de xenofobia, ódio e discriminação racial. "Não é nada comigo", respondeu uma agente a quem Rui Moniz suplicava que o salvasse. Outro agente dizia, apoiado pelos colegas, olhando para os seis jovens do chão: "Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a vossa deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados." Ou, como contaram ainda os jovens, declarava outro agente: "É melhor irem para o ISIS", "vocês vão desaparecer, vocês, a vossa raça e o vosso bairro de merda!".
Só no dia 7 de fevereiro os jovens foram presentes ao juiz de instrução criminal. Regressados à esquadra, quando aguardavam pelos bombeiros e o INEM, finalmente chamados, para os conduzirem ao hospital, ainda assistiram a uma última cena, que ficou registada pelos investigadores: uma subcomissária de serviço, com o objetivo de esconder vestígios do sangue provocado pelas agressões, pegou numa esfregona e limpou o chão manchado de vermelho.
Inspeção tinha arquivado o caso
Estas conclusões vêm contrariar as do inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) à conduta policial: arquivou o inquérito ao caso e arquivou sete dos nove processos disciplinares abertos, por considerar "inexistir prova dos factos geradores da factualidade em causa". Só dois polícias sofreram penalizações, um foi suspenso seis meses, outro transferido.
Segundo a IGAI, o processo de inquérito "acabou por ser arquivado, em virtude de as diligências entretanto realizadas evidenciarem a ausência de fundamento para a instauração de outros processos disciplinares".
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MP vai acusar 18 agentes da PSP por crimes de tortura e discriminação Terão sido "agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens [do bairro] da Cova da Moura". Por Lusa|02:02PARTILHE 6 0 1 / 4 Polícia de Segurança Pública Direitos Reservados 6 0O Ministério Público vai constituir como arguidos 18 agentes da PSP, entre os quais um chefe, que serão acusados dos crimes de "tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada", refere o Diário de Notícias. Segundo a edição 'online' daquele diário, estes crimes terão sido "agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens [do bairro] da Cova da Moura", no concelho da Amadora (distrito de Lisboa). A acusação deriva de uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, que durou dois anos, adianta o jornal. O caso remonta a 05 de fevereiro de 2015 e os crimes terão decorrido na esquadra da PSP de Alfragide. O Diário de Notícias aponta que o Ministério Público (MP) "acusa também alguns dos polícias por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho", sendo que uma subcomissária e uma agente serão acusadas também dos crimes de "omissão de auxílio e denúncia". A 05 de fevereiro, cinco jovens com idades entre os 23 e os 25 anos foram detidos depois de, segundo a PSP, terem "tentado invadir" a esquadra de Alfragide, na sequência da detenção de um outro jovem, no bairro da Cova da Moura. Segundo um ativista do movimento SOS Racismo, os cinco jovens tinham-se deslocado à esquadra de Alfragide para saberem da situação de um amigo que tinha sido detido no bairro da Cova da Moura, após ter sido revistado pelas autoridades. No decurso da operação policial, a PSP "efetuou disparos" para tentar dispersar os moradores do bairro, que protestavam pela forma como trataram o jovem. A versão da PSP é a de que, na sequência da detenção, os restantes jovens "tentaram invadir" a esquadra, tendo sido disparado um novo tiro para o ar. Foram detidos cinco elementos do grupo e os restantes fugiram. O jovem que foi detido na Cova da Moura saiu em liberdade, depois de ouvido por um juiz, que obrigou o arguido a "apresentações periódicas". A 07 de julho de 2015, o Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou a instauração de processos disciplinares contra nove elementos da PSP, na sequência de incidentes ocorridos no Bairro da Cova da Moura. Em comunicado, o MAI dava conta de que a ministra "determinou a instauração de processo disciplinar contra nove elementos da PSP e o arquivamento dos autos em relação a outros cinco elementos da PSP". A decisão da ministra tem por base o relatório final apresentado pela Inspeção-geral da Administração Interna (IGAI) sobre os incidentes. A investigação da IGAI foi anunciada três dias depois dos incidentes ocorridos, que levaram à detenção de seis jovens. Segundo a edição 'online' do DN, o Ministério Público "mandou arquivar todos os processos dos polícias contra os jovens".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/ministerio-publico-vai-acusar-18-agentes-da-psp-por-crimes-de-tortura-e-discriminacao?ref=HP_Grupo1
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“Não sabem como odeio a vossa raça.” Ministério Público acusa 18 agentes da PSP da Cova da Moura de tortura e racismo
11.07.2017 às 7h32
http://expresso.sapo.pt/revista-de-imprensa/2017-07-11-Nao-sabem-como-odeio-a-vossa-raca.-Ministerio-Publico-acusa-18-agentes-da-PSP-da-Cova-da-
Para além dos crimes de tortura e ofensa à integridade física, o Ministério Público irá acusar também alguns dos agentes da PSP por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho
EXPRESSO
Eis uma situação inédita em Portugal: dezoito agentes da PSP – uma esquadra inteira – vão ser acusados pelo Ministério Público dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens da Cova da Moura, na Amadora. Esta notícia é avançada esta terça-feira pelo “Diário de Notícias”.
Esta acusação surge após dois anos de investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária a um caso de violência policial contra seis jovens, ocorrido a 5 de fevereiro de 2015, que teve como palco a esquadra da PSP de Alfragide, que serve o bairro da Cova da Moura.
Para além dos crimes de tortura e ofensa à integridade física, o MP irá acusar também alguns dos polícias por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho.
Os seis jovens em causa chegaram a ser constituídos arguidos, numa primeira fase, sob a acusação da PSP de terem tentado invadir a esquadra para libertar outro jovem que tinha sido detido. Contudo, a investigação da UNCT apurou uma realidade muito diferente daquela que havia sido reportada pelos agentes da polícia.
De acordo com o Ministério Público, tudo começou com a detenção arbitrária e violenta de um jovem, Bruno Lopes, no bairro, levado para a esquadra pelas 14 horas do dia 5 de fevereiro de 2015. Ao contrário do que terá sido descrito nos autos de notícia da PSP, o jovem não resistiu à detenção nem agrediu os polícias. Estes encostaram-no a uma parede, insultaram-no e espancaram-no.
Bruno era conhecido da Associação Moinho da Juventude, uma instituição que desenvolve vários projetos de inclusão social no bairro. Seis amigos de Bruno, ligados a esta instituição, dirigiram-se à esquadra para saber da situação do colega.
Segundo o MP, sem que fossem provocados, os agentes começaram a agredir os jovens, arrastando-os para a esquadra enquanto gritavam palavras de ódio racial. Dois deles ainda conseguiram fugir por entre as estreitas ruas do bairro.
“Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a vossa deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados”, ouviram dizer a um dos polícias. Durante dois dias, estes jovens foram espancados e insultados em vários momentos.
Só no dia 7 de fevereiro os jovens foram presentes ao juiz de instrução criminal. Regressados à esquadra, estes assistiram ainda a uma última cena, que ficou registada pelos investigadores, conta o “DN”. Uma subcomissária de serviço, com o objetivo de esconder vestígios do sangue provocado pelas agressões, pegou numa esfregona e limpou o chão onde tinham estavam os jovens, que estava manchado de vermelho.
QUEM SE MANIFESTAR CONTRA A RAÇA MISTA ...LEVA!ENTÃO NA COVA DA MOURA CUJO DONO AGUARDA PACIENTEMENTE QUE OS INTERNACIONALISTAS LHE DEVOLVAM A PROPRIEDADE O ROL DE ENRIQUECIMENTOS É MESMO LONGO.ASSASSINATOS, DROGA, COMBOIOS, AMÍLCAR CABRAL.AI DE QUEM SE OPUSER AGORA À COLONIZAÇÃO DEPOIS DA DESCOLONIZAÇÃO...VIRTUOSA!E AGORA CONTINUAM OS VIRTUOSISMOS...
PS
É DE IR VENDO COMO AS RAÇAS MISTAS ÀS TANTAS ENTRAM EM CONFUSÕES.BASTA REPARAR NA SÍRIA E EM MOSSUL.UM RESULTADO BRILHANTE.EM ÁFRICA NEM SE DEVE FALAR PORQUE A FELICIDADE DOS LIBERTADOS É IMENSA.SÓ NÃO SE PERCEBE AQUELE MOVIMENTO TODO NO MEDITERRÂNEO E PORQUE CARGA DE ÁGUA OS FRENTISTAS CASEIROS QUE AJUDARAM NESSA LIBERTAÇÕES ANDAM AGORA CÁ DENTRO A PROMOVER AS COLONIZAÇÕES BEM DISFARÇADOS NAS SECRETARIAS...
Agentes da PSP acusados de crimes de tortura, racismo e injúria
Ministério Público concluiu que seis jovens negros, da Cova da Moura, foram vítimas de racismo e tortura: 18 agentes da PSP vão ser acusados. Processos policiais contra os jovens foram arquivados.
RUI MINDERICO/LUSA
É uma investigação do Ministério Público sem precedentes: dezoito agentes da PSP da esquadra de Alfragide vão ser acusados dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física, agravados pelo crime de ódio e discriminação racial, avança o Diário de Notícias. Em causa está um episódio de violência dos agentes contra seis jovens de origem cabo-verdiana, habitantes da Cova da Moura.
A acusação surge dois anos depois de a Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária ter iniciado a investigação, sendo que o caso remonta a 5 de fevereiro de 2015. Além dos crimes principais de que todos os 18 agentes são acusados, há ainda alguns a que acrescem os crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e testemunho, havendo também uma subcomissária e uma agente acusadas de omissão de auxílio e denúncia. Todos os polícias daquela esquadra de Alfragide estão acusados de ter participado naqueles crimes.
De acordo com o DN, o Ministério Público mandou arquivar todos os processos policiais contra os seis jovens.
Em causa está um processo longo que começou com os jovens a serem constituídos arguidos, por alegadamente terem invadido a esquadra de Alfragide para libertarem um outro jovem que tinha sido detido: foram indiciados pelos crimes de resistência e coação contra funcionários, injúria, dano e ofensa à integridade física. Mas o caso não ficou por aí, com vários testemunhos a contrariarem esta narrativa. A PJ interveio e, ouvidos 30 testemunhos e recolhidas provas, entre relatórios médicos e cruzamento de informação, foi a versão dos jovens que prevaleceu sobre a dos polícias.
Primeira detenção foi arbitrária
De acordo com o DN, o Ministério Público concluiu que a detenção do primeiro jovem foi arbitrária e violenta, não tendo sido motivada por nenhum apedrejamento contra a viatura da polícia, ao contrário do que tinha sido relatado pela PSP, e que o jovem não resistiu à detenção como fora afirmado nos relatos da PSP. O MP concluiu que foram os polícias que o encostaram contra a parede e disseram “estás a rir de quê, macaco? Encosta-te à parede!”, tendo-o depois espancado, fazendo-o cair a sangrar da boca e do nariz.
O MP conclui agora que os agentes da PSP mentiram e espancaram violentamente também os seis jovens que foram à esquadra à procura do amigo. Sem que fossem provocados, os agentes da PSP algemaram-nos, atiraram-nos ao chão na esquadra e começaram as agressões: pontapés em todo o corpo, socos, bofetadas, incluindo na cabeça, pisadelas e tiros com balas de borracha, descreve aquele jornal, citando o despacho de acusação.
Também houve agressões verbais: “Vão morrer todos, pretos de merda!”; “Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a vossa deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados”; “É melhor irem para o ISIS”; “Vocês vão desaparecer, vocês, a vossa raça e o vosso bairro de merda!”.
Dois dias depois do ocorrido, a 7 de fevereiro, os jovens foram presentes ao juiz de instrução criminal. Na sequência disto, um inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) à conduta policial optou pelo arquivamento do caso, limitando-se a suspender um dos polícias e por transferir outro.
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O Ministério Público acusa PSP de racismo e tortura
Negócios jng@negocios.pt
11 de julho de 2017 às 09:09
É, segundo conta o Diário de Notícias, uma acusação sem precedentes no país. Dezoito agentes da PSP, incluindo um chefe, vão ser acusados dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racional contra seis jovens na Cova da Moura, na Amadora, onde a maioria dos habitantes são de origem cabo-verdiana.
A acusação surge após dois anos de investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária (PJ) ao caso ocorrido a 5 de Fevereiro de 2015 na esquadra da PSP de Alfragide.
Numa primeira fase os jovens foram constituídos arguidos, acusados de terem tentado invadir a esquadra para libertar outro jovem detido. Mas a PJ revelou que essa narrativa não era verdadeira, com base em trinta testemunhos, relatórios médicos nas provas e numa investigação feita pela IGAI.
O caso começou com a detenção de um jovem que apedrejou uma viatura da polícia. Mas, ao contrário do que foi descrito, Bruno não resistiu nem agrediu os polícias. Segundo contou, foi espancado violentamente pelos agentes.
Seis amigos digiram-se à esquadra para saber dele. E de acordo com o Ministério público, sem que fossem provocados, os agentes começara a agredir os quatro jovens que não conseguiram fugir, mais um quinto elemento que estava a sair de uma loja de telemóveis ao lado da esquadra. Algemados, atirados para o cão da esquadra, fora pontapeados, levaram socos, tiros com balas de borracha.
Um dos jovens sofre de uma paralisia por ter tido um AVC aos 9 anos e pedia ajuda. "Então não morreste (do AVC?) Agora vai dar-te um que vais morrer. Ainda por cima és pretoguês, filho da puta!"
De acordo com o Ministério Público, durante os dois dias em que estiveram detidos, os cinco jovens foram vítima de violência física e psicológica. "Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados", declarava um agente, citado pelo jornal.
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Ministério Público acusa PSP de racismo e tortura
Investigação sem precedentes concluiu que seis jovens negros foram vítimas de racismo. E que os polícias mentiram
Dezoito agentes da PSP, entre os quais um chefe, vão ser acusados dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens da Cova da Moura, na Amadora.
É uma acusação sem precedentes no nosso país e surge após dois anos de investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) ao caso de violência policial contra seis jovens, ocorrido a 5 de fevereiro de 2015, que teve como palco a esquadra da PSP de Alfragide, que serve o bairro da Cova da Moura, onde a maioria dos habitantes são de origem cabo-verdiana.
O Ministério Público (MP) acusa também alguns dos polícias por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho. Há ainda uma subcomissária e uma agente acusadas também pelos crimes de omissão de auxílio e denúncia. Na esquadra todos participaram nos crimes, segundo o MP, que mandou arquivar todos os processos dos polícias contra os jovens.
Numa primeira fase os jovens chegaram a ser constituídos arguidos, sob a acusação da PSP - corroborada pelo Ministério Público (MP) e pelo juiz de instrução - de terem tentado invadir a esquadra para libertar outro jovem que tinha sido detido. Ficaram sujeitos a termo de identidade e residência (TIR) indiciados pelos crimes de resistência e coação contra funcionário, injúria, dano, tirada de presos e ofensa à integridade física. Mas a PJ demonstrou que tal narrativa não era verosímil, face a todos os testemunhos e provas recolhidas, bem como em parte da investigação anteriormente feita pela IGAI, no âmbito dos processos disciplinares. Foi a versão dos jovens que vingou na investigação, baseada em dezenas de testemunhos (trinta para ser exato), relatórios médicos e cruzamento de informações recolhidas.
Tudo começou com a detenção, que o MP concluiu ter sido arbitrária e violenta de um jovem (não na sequência do apedrejamento por parte deste contra uma viatura da polícia, como contou a PSP), Bruno Lopes, no bairro, levado para a esquadra pelas 14.00 do dia 5 de fevereiro de 2015. Ao contrário do que foi descrito nos autos de notícia da PSP, Bruno não resistiu à detenção nem agrediu os polícias. Tal como contou, estes encostaram-no a uma parede, de braços e pernas abertos e disseram-lhe "estás a rir de quê, macaco? Encosta-te aí à parede!". De seguida espancaram-no violentamente e caiu no chão a sangrar da boca e do nariz.
Sendo conhecido da Associação Moinho da Juventude, uma instituição que desenvolve vários projetos de inclusão social no bairro, foram alertados amigos, entre os quais Flávio Almada e Celso Barros, conhecidos, até pela polícia, por serem ativos mediadores desta associação. Seis deles (não 20 a 25, como contou a PSP) dirigiram-se à esquadra para saber da situação de Bruno. O MP diz que, sem que fossem provocados, os agentes começaram a agredir os jovens, arrastando-os para a esquadra enquanto gritavam palavras de ódio racial. Dois deles ainda conseguiram fugir por entre as estreitas ruas do bairro. Ficaram Flávio, Celso, Paulo e Miguel. Um quinto elemento, Rui Moniz, que estava nas imediações, a sair de uma loja de telemóveis ao lado da esquadra, acabou por ser também arrastado para dentro pelos polícias. Um dos agentes, apontando para Flávio Almada, exclamou para os seus colegas: "Apanhem aquele que tem a mania que é esperto", indo atrás dele e espancando-o com o bastão.
Algemados, foram atirados para o chão da esquadra. "Vão morrer todos, pretos de merda!", ouviram dizer a um dos polícias. Pontapés em todo o corpo, socos, bofetadas, incluindo na cabeça, pisadelas, tiros com balas de borracha. Rui Moniz, que teve um AVC aos 9 anos e sofre de uma paralisia na mão direita, gritava por ajuda, mas ainda era mais agredido. Gozando com a doença, um dos agentes quis humilhá-lo: "Então não morreste (do AVC)? Agora vai dar-te um que vais morrer. Ainda por cima és pretoguês filho da puta!" Bruno, Flávio, Celso, Rui, Miguel e Paulo estiveram detidos dois dias.
Durante esse tempo, sustenta o MP, foram humilhados, vítimas de enorme violência física e psicológica por parte de agentes da autoridade dominados por sentimentos de xenofobia, ódio e discriminação racial. "Não é nada comigo", respondeu uma agente a quem Rui Moniz suplicava que o salvasse. Outro agente dizia, apoiado pelos colegas, olhando para os seis jovens do chão: "Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a vossa deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados." Ou, como contaram ainda os jovens, declarava outro agente: "É melhor irem para o ISIS", "vocês vão desaparecer, vocês, a vossa raça e o vosso bairro de merda!".
Só no dia 7 de fevereiro os jovens foram presentes ao juiz de instrução criminal. Regressados à esquadra, quando aguardavam pelos bombeiros e o INEM, finalmente chamados, para os conduzirem ao hospital, ainda assistiram a uma última cena, que ficou registada pelos investigadores: uma subcomissária de serviço, com o objetivo de esconder vestígios do sangue provocado pelas agressões, pegou numa esfregona e limpou o chão manchado de vermelho.
Inspeção tinha arquivado o caso
Estas conclusões vêm contrariar as do inquérito da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) à conduta policial: arquivou o inquérito ao caso e arquivou sete dos nove processos disciplinares abertos, por considerar "inexistir prova dos factos geradores da factualidade em causa". Só dois polícias sofreram penalizações, um foi suspenso seis meses, outro transferido.
Segundo a IGAI, o processo de inquérito "acabou por ser arquivado, em virtude de as diligências entretanto realizadas evidenciarem a ausência de fundamento para a instauração de outros processos disciplinares".
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MP vai acusar 18 agentes da PSP por crimes de tortura e discriminação Terão sido "agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens [do bairro] da Cova da Moura". Por Lusa|02:02PARTILHE 6 0 1 / 4 Polícia de Segurança Pública Direitos Reservados 6 0O Ministério Público vai constituir como arguidos 18 agentes da PSP, entre os quais um chefe, que serão acusados dos crimes de "tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada", refere o Diário de Notícias. Segundo a edição 'online' daquele diário, estes crimes terão sido "agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens [do bairro] da Cova da Moura", no concelho da Amadora (distrito de Lisboa). A acusação deriva de uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária, que durou dois anos, adianta o jornal. O caso remonta a 05 de fevereiro de 2015 e os crimes terão decorrido na esquadra da PSP de Alfragide. O Diário de Notícias aponta que o Ministério Público (MP) "acusa também alguns dos polícias por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho", sendo que uma subcomissária e uma agente serão acusadas também dos crimes de "omissão de auxílio e denúncia". A 05 de fevereiro, cinco jovens com idades entre os 23 e os 25 anos foram detidos depois de, segundo a PSP, terem "tentado invadir" a esquadra de Alfragide, na sequência da detenção de um outro jovem, no bairro da Cova da Moura. Segundo um ativista do movimento SOS Racismo, os cinco jovens tinham-se deslocado à esquadra de Alfragide para saberem da situação de um amigo que tinha sido detido no bairro da Cova da Moura, após ter sido revistado pelas autoridades. No decurso da operação policial, a PSP "efetuou disparos" para tentar dispersar os moradores do bairro, que protestavam pela forma como trataram o jovem. A versão da PSP é a de que, na sequência da detenção, os restantes jovens "tentaram invadir" a esquadra, tendo sido disparado um novo tiro para o ar. Foram detidos cinco elementos do grupo e os restantes fugiram. O jovem que foi detido na Cova da Moura saiu em liberdade, depois de ouvido por um juiz, que obrigou o arguido a "apresentações periódicas". A 07 de julho de 2015, o Ministério da Administração Interna (MAI) anunciou a instauração de processos disciplinares contra nove elementos da PSP, na sequência de incidentes ocorridos no Bairro da Cova da Moura. Em comunicado, o MAI dava conta de que a ministra "determinou a instauração de processo disciplinar contra nove elementos da PSP e o arquivamento dos autos em relação a outros cinco elementos da PSP". A decisão da ministra tem por base o relatório final apresentado pela Inspeção-geral da Administração Interna (IGAI) sobre os incidentes. A investigação da IGAI foi anunciada três dias depois dos incidentes ocorridos, que levaram à detenção de seis jovens. Segundo a edição 'online' do DN, o Ministério Público "mandou arquivar todos os processos dos polícias contra os jovens".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/ministerio-publico-vai-acusar-18-agentes-da-psp-por-crimes-de-tortura-e-discriminacao?ref=HP_Grupo1
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“Não sabem como odeio a vossa raça.” Ministério Público acusa 18 agentes da PSP da Cova da Moura de tortura e racismo
11.07.2017 às 7h32
http://expresso.sapo.pt/revista-de-imprensa/2017-07-11-Nao-sabem-como-odeio-a-vossa-raca.-Ministerio-Publico-acusa-18-agentes-da-PSP-da-Cova-da-
Para além dos crimes de tortura e ofensa à integridade física, o Ministério Público irá acusar também alguns dos agentes da PSP por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho
EXPRESSO
Eis uma situação inédita em Portugal: dezoito agentes da PSP – uma esquadra inteira – vão ser acusados pelo Ministério Público dos crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racial contra seis jovens da Cova da Moura, na Amadora. Esta notícia é avançada esta terça-feira pelo “Diário de Notícias”.
Esta acusação surge após dois anos de investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária a um caso de violência policial contra seis jovens, ocorrido a 5 de fevereiro de 2015, que teve como palco a esquadra da PSP de Alfragide, que serve o bairro da Cova da Moura.
Para além dos crimes de tortura e ofensa à integridade física, o MP irá acusar também alguns dos polícias por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho.
Os seis jovens em causa chegaram a ser constituídos arguidos, numa primeira fase, sob a acusação da PSP de terem tentado invadir a esquadra para libertar outro jovem que tinha sido detido. Contudo, a investigação da UNCT apurou uma realidade muito diferente daquela que havia sido reportada pelos agentes da polícia.
De acordo com o Ministério Público, tudo começou com a detenção arbitrária e violenta de um jovem, Bruno Lopes, no bairro, levado para a esquadra pelas 14 horas do dia 5 de fevereiro de 2015. Ao contrário do que terá sido descrito nos autos de notícia da PSP, o jovem não resistiu à detenção nem agrediu os polícias. Estes encostaram-no a uma parede, insultaram-no e espancaram-no.
Bruno era conhecido da Associação Moinho da Juventude, uma instituição que desenvolve vários projetos de inclusão social no bairro. Seis amigos de Bruno, ligados a esta instituição, dirigiram-se à esquadra para saber da situação do colega.
Segundo o MP, sem que fossem provocados, os agentes começaram a agredir os jovens, arrastando-os para a esquadra enquanto gritavam palavras de ódio racial. Dois deles ainda conseguiram fugir por entre as estreitas ruas do bairro.
“Não sabem como odeio a vossa raça. Quero exterminar-vos a todos desta terra. É preciso fazer a vossa deportação. Se eu mandasse vocês seriam todos esterilizados”, ouviram dizer a um dos polícias. Durante dois dias, estes jovens foram espancados e insultados em vários momentos.
Só no dia 7 de fevereiro os jovens foram presentes ao juiz de instrução criminal. Regressados à esquadra, estes assistiram ainda a uma última cena, que ficou registada pelos investigadores, conta o “DN”. Uma subcomissária de serviço, com o objetivo de esconder vestígios do sangue provocado pelas agressões, pegou numa esfregona e limpou o chão onde tinham estavam os jovens, que estava manchado de vermelho.
QUEM SE MANIFESTAR CONTRA A RAÇA MISTA ...LEVA!ENTÃO NA COVA DA MOURA CUJO DONO AGUARDA PACIENTEMENTE QUE OS INTERNACIONALISTAS LHE DEVOLVAM A PROPRIEDADE O ROL DE ENRIQUECIMENTOS É MESMO LONGO.ASSASSINATOS, DROGA, COMBOIOS, AMÍLCAR CABRAL.AI DE QUEM SE OPUSER AGORA À COLONIZAÇÃO DEPOIS DA DESCOLONIZAÇÃO...VIRTUOSA!E AGORA CONTINUAM OS VIRTUOSISMOS...
PS
É DE IR VENDO COMO AS RAÇAS MISTAS ÀS TANTAS ENTRAM EM CONFUSÕES.BASTA REPARAR NA SÍRIA E EM MOSSUL.UM RESULTADO BRILHANTE.EM ÁFRICA NEM SE DEVE FALAR PORQUE A FELICIDADE DOS LIBERTADOS É IMENSA.SÓ NÃO SE PERCEBE AQUELE MOVIMENTO TODO NO MEDITERRÂNEO E PORQUE CARGA DE ÁGUA OS FRENTISTAS CASEIROS QUE AJUDARAM NESSA LIBERTAÇÕES ANDAM AGORA CÁ DENTRO A PROMOVER AS COLONIZAÇÕES BEM DISFARÇADOS NAS SECRETARIAS...
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