Saúde dos migrantes piora à medida que ficam mais tempo em Portugal
Segundo uma investigação, os migrantes quando chegam a território nacional "reportam um bom estado de saúde”, muitos até com "melhor estado de saúde" do que os portugueses
A saúde dos migrantes é boa quando chegam e “tende a piorar com o aumento do tempo” da sua estadia em Portugal, segundo uma investigação do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) que será apresentada quinta-feira, em Lisboa.
A investigação, intitulada “Os migrantes são um risco para a população dos países de acolhimento?”, foi coordenada pela professora do IHMT Sónia Dias e vai ser apresentada durante o seminário “Migração e Saúde”.
As conclusões do estudo mostram que “os migrantes quando chegam a Portugal reportam um bom estado de saúde”.
Os migrantes “tendem muitas vezes a apresentar até melhor estado de saúde do que os nacionais”, o que contraria “a ideia, muitas vezes socialmente preconcebida, de que os imigrantes que chegam são uma ameaça à saúde das populações de acolhimento e um peso para os serviços de saúde”.
A investigação cita dados do último Inquérito Nacional de Saúde, segundo o qual 65% dos migrantes reporta um bom estado de saúde, em contraste com 43% dos portugueses. Dados semelhantes são encontrados na área da saúde mental e doença crónica.
O estudo do IHMT revela ainda que “o estado de saúde dos migrantes varia com o tempo de residência, ou seja, o estado de saúde tende a piorar com o aumento do tempo em Portugal”.
Os subgrupos socialmente mais vulneráveis, com baixo nível educacional e baixo rendimento, são os que apresentam piores indicadores de saúde.
São também estes grupos que menos acede aos serviços, “o que contribui para a acumulação de vulnerabilidades e maior probabilidade de adoecer”.
Segundo a investigação, a maioria dos participantes (52%) do estudo nunca tinha realizado o teste do VIH antes e, entre os que apresentaram positividade para o vírus, quase 35% não tinham conhecimento de que eram portadores da infeção.
Por esta razão, os autores alertam para “a necessidade de melhorar o acesso a serviços de saúde, incluindo na área da saúde sexual e aumentar a cobertura do teste para o VIH na população imigrante”.
Para Sónia Dias, “mais do que considerar os migrantes como uma população de risco, é necessário entender o que faz com que alguns grupos sejam uma população vulnerável e as razões que contribuem para que ao longo do tempo estes migrantes adoeçam mais”.
Dados do estudo indicam que “populações migrantes, oriundas de países de baixa e média renda, ao longo do tempo em Portugal, estão desproporcionalmente mais vulneráveis a doenças infeciosas, como o VIH e tuberculose, além de problemas de saúde mental”.
Este estudo foi desenvolvido pelo IHMT (Universidade Nova de Lisboa) por solicitação e com financiamento da Direção-Geral da Saúde/Programa Nacional para a Infeção VIH/sida.
ESPERO QUE A INVESTIGADORA NÃO TENHA ESQUECIDO OUTRAS DOENÇAS PARA ALÉM DO SIDA.PÁ A MAIS MODERNA É A HEPATITE A , MAS HÁ AINDA A C, A TUBERCULOSE E MUITAS OUTRAS QUE IMPORTAMOS E ATÉ NACIONALIZAMOS OS DOENTES PORQUE O SERÃO PARA TODA A VIDA.O QUE TEM QUE SE REPETIR É QUE VEM TUDO SAUDÁVEL.SÓ PARA NOS ENRIQUECER EMBORA TENHA QUE SER O "ESTADO SOCIAL INTERNACIONALISTA" A DIVIDIR TUDO:CASINHA, SAÚDE, EDUCAÇÃO E DEMAIS SUBSÍDIOS SENÃO LÁ TEMOS PROBLEMAS COM AS FORÇAS REPRESSIVAS COM OS TRIBUNAIS E PRISÕES... QUE MUITO ME ADMIRA DE AINDA NÃO TEREM SIDO APELIDADAS DE RACISTAS POR TEREM TANTOS INOCENTES LÁ DENTRO...
POR ACASO SE VIREM ALGUM ESCRITO NOS ÓRGÃOS DE PROPAGANDA A DIZER O CONTRÁRIO AVISEM...PORQUE MEUS A REGRA AGORA É SÓ DAR A OUTRA FACE E NACIONALIZAR POR AFECTOS A EITO...
Thursday, June 8, 2017
Wednesday, June 7, 2017
OS JUDEUS QUEREM ACABAR COM OS BRANCOS.QUE GOVERNAM ATRAVÉS DOS SEUS BANCOS, JORNAIS,ACADÉMICOS E MONTES DE IDIOTAS ÚTEIS QUE SEMPRE SE HABITUARAM A SEGUIR A SUA CARTILHA DESDE MARX...
"A Europa não será mais constituída pelas sociedades monolíticas que a caracterizaram no passado. Os judeus vão estar no centro desta mudança. É uma enorme transformação que a Europa vai fazer. Ela está agora a entrar em modo multicultural e os judeus vão ser odiados devido ao seu papel de liderança neste processo." - Barbara Lerner Spectre, académica judia
ACABANDO COM OS BRANCOS ACABAM-SE AS PERSEGUIÇÕES...UM DIA SEREMOS TODOS SEFARDITAS!PÁ JÁ TEMOS A MAIOR SINAGOGA DA PENÍNSULA IBÉRICA!
ACABANDO COM OS BRANCOS ACABAM-SE AS PERSEGUIÇÕES...UM DIA SEREMOS TODOS SEFARDITAS!PÁ JÁ TEMOS A MAIOR SINAGOGA DA PENÍNSULA IBÉRICA!
NA VENDA DO MULTIBANCO DEVE CONSTAR UMA CLÁUSULA QUE OBRIGUE A TER PERMANENTEMENTE CARREGADOS E SEM TINTA MEIA DÚZIA DE MULTIBANCOS NOS BAIRROS MULTICULTURAIS...
Bancos põem dona do Multibanco à venda
A SIBS está à procura de um parceiro para dar escala ao negócio. Modelo final ainda não está fechado, mas pode passar pela venda de 100% do capital. Deutsche Bank será o assessor financeiro da operação.
ASSIM NÃO PRECISAM DE ANDAR A ASSASSINAR TAXISTAS, VENDER DROGAS E PROSTITUÍREM-SE.AFINAL PODEM CONTABILIZAR ISSO NOS PREJUÍZOS DOS BANCOS QUE TODOS TEMOS ANDADO ALEGREMENTE A PAGAR E SEM FIM À VISTA...
PS
PARECE QUE ELES SABEM JÁ QUE NÃO SÃO DESEJADOS...SERÁ PEDIR MUITO QUE REGRESSEM AOS SEUS PARAÍSOS LIBERTOS DE BRANCOS?
PS
QUANTO A ESCRAVATURAS PODEM COMEÇAR COM QUEM ANDOU A ARREBANHAR E A VENDER OS PRETOS AOS BRANCOS.ELES CONTINUAM LÁ...
A SIBS está à procura de um parceiro para dar escala ao negócio. Modelo final ainda não está fechado, mas pode passar pela venda de 100% do capital. Deutsche Bank será o assessor financeiro da operação.
ASSIM NÃO PRECISAM DE ANDAR A ASSASSINAR TAXISTAS, VENDER DROGAS E PROSTITUÍREM-SE.AFINAL PODEM CONTABILIZAR ISSO NOS PREJUÍZOS DOS BANCOS QUE TODOS TEMOS ANDADO ALEGREMENTE A PAGAR E SEM FIM À VISTA...
PS
PARECE QUE ELES SABEM JÁ QUE NÃO SÃO DESEJADOS...SERÁ PEDIR MUITO QUE REGRESSEM AOS SEUS PARAÍSOS LIBERTOS DE BRANCOS?
PS
QUANTO A ESCRAVATURAS PODEM COMEÇAR COM QUEM ANDOU A ARREBANHAR E A VENDER OS PRETOS AOS BRANCOS.ELES CONTINUAM LÁ...
OS KWASSA-KWASSA DAS ONG´S EUROPEIAS A PESCAR PRETOS NO MEDITERRÂNEO...
POINT DE VUE
« M. Macron, les kwassa-kwassa ont fait plus de 10 000 morts »
Dans une lettre ouverte au chef de l’Etat, le président de la Fondation des Comores rappelle la responsabilité de la France dans le drame que vit son archipel.
Par Hachim Saïd Hassane
LE MONDE Le 07.06.2017 à 10h32
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image: http://s2.lemde.fr/image/2017/06/07/768x0/5139871_3_0ebc_un-pecheur-comorien-a-bord-de-son_6209f741b80c7034cef42ab8d4293862.jpg
Un pêcheur comorien à bord de son kwassa-kwassa, à une quarantaine de kilomètres de Moroni.
Monsieur le Président,
Sourire en coin, vos propos le 1er juin dans le Morbihan au sujet des « kwassa-kwassa [bateau long à fond plat] qui pêchent plus du comorien que du poisson » ont indigné les Comoriens et plus largement tous les humanistes de la terre.
Lire aussi : « Kwassa-kwassa » : les Comoriens exigent des excuses de Macron, qui prône « l’apaisement »
Depuis l’instauration en janvier 1995 du visa Balladur, qui a supprimé la liberté de circuler entre Mayotte et le reste de l’archipel des Comores et qui est quasiment impossible à obtenir pour n’importe quel Comorien, plus de 10 000 personnes [entre 7 000 et 10 000 selon un rapport sénatorial établi en 2012] ont péri lorsque les frêles kwassa-kwassa ont chaviré au milieu de l’océan Indien.
Décompte macabre
Au palmarès macabre du nombre de migrants morts noyés, le bras de mer qui sépare les trois îles sœurs (Anjouan, Grande-Comore et Moheli) de Mayotte, restée française, le dispute à la Méditerranée. Et la responsabilité du pays dont vous avez la charge depuis le 7 mai est immense dans ce tragique décompte.
Lire aussi : Migrants : plus de 10 000 morts en Méditerranée depuis 2014, selon l’ONU
En savoir plus sur http://www.lemonde.fr/afrique/article/2017/06/07/m-macron-les-kwassa-kwassa-ont-fait-plus-de-10-000-morts_5139872_3212.html#Q1P7qjYbUEf9v03o.99
DEPOIS SEGUNDO A KATAR SÓ TEMOS QUE OS NACIONALIZAR E IR PAGANDO O BEM BOM.SÓ NÃO ENTENDO A QUE TÍTULO E PORQUÊ...PORQUE SEGUNDO O BOM PRINCÍPIO DAS RECIPROCIDADES NÓS SÓ DEVERÍAMOS ORGANIZAR UNS FESTEJOS COM TIROS PARA ELES FUGIREM A 7 PÉS...E ATÉ PODEM LEVAR OS SEUS BENS!
FIM À NACIONALIZAÇÃO DOS AFRICANOS POR CARIDADE.FIM À NOSSA COLONIZAÇÃO.LIBERTAÇÃO NACIONAL DE FORÇAS OCUPANTES!
QUERIDO RICARDO COSTA.PRECISAS ESCREVER É SOBRE A DESCOLONIZAÇÃO AGORA...
RICARDO COSTA
Ensino profissional: ora aqui está uma reforma estrutural
no próximo ano, 46,3% dos alunos estarão em vias profissionalizantes.
QUE QUANTO A EDUCAÇÃO ESTAMOS CONVERSADOS.ESBANJA-SE DINHEIRO PÚBLICO A RODOS PARA ANDAR A ANIMAR A MALTA.45000 DOUTORADOS A MAIORIA NO "SOCIAL" E ACABARAM COM AS ESCOLAS TÉCNICO PROFISSIONAIS DO SALAZAR.O VIVEIRO DOS NOSSOS EMPREENDEDORES.ESSES 46,3 % DE QUE FALAS É NA SUA GRANDE MAIORIA UMA TRETA PROPAGANDISTICA.COMO A DOS LICENCIADOS SEM EMPREGO QUE VÃO TER AGORA CURSOS DE PROGRAMAÇÃO.OU COMO GAJOS QUE CONTINUAM SEMPRE A ESTUDAR ATÉ SEREM VELHINHOS SEM NUNCA PRATICAREM NO PROCESSO PRODUTIVO.NÃO HÁ ESCOLAS COMO HAVIA PORQUE AS EXTINGUIRAM.AGORA SÓ PRECISAM DA AFRICANIDADE PARA PROGRAMAS TECNOLÓGICOS...
QUANDO OS QUE TÊM ANDADO A DESCONTAR NÃO RECEBEREM CUIDEM-SE E FUJAM DEPRESSA...
OS DIREITOS HUMANOS GLOBAIS AINDA VÃO ACABAR.DEVEM ACABAR.O MUNDO NÃO É UM SÓ NEM EXISTE UM DIREITO A ESCOLHER ONDE SE PODE IR VIVER POR CONTA DO OUTRO...
May promete alterar Convenção dos Direitos Humanos
Se for eleita primeira-ministra nas eleições, o combate ao terrorismo será um dos seus objetivos. Theresa May quer fazê-lo mesmo que isso implique mudar as leis que acolhem direitos humanos.
Ó KATAR VAI-TE PREPARANDO.QUE ESSA COISA DE PAPÉIS ATÉ PODEM SER METIDOS NO CU...COMO JÁ FIZERAM AOS BRANCOS...
Se for eleita primeira-ministra nas eleições, o combate ao terrorismo será um dos seus objetivos. Theresa May quer fazê-lo mesmo que isso implique mudar as leis que acolhem direitos humanos.
Ó KATAR VAI-TE PREPARANDO.QUE ESSA COISA DE PAPÉIS ATÉ PODEM SER METIDOS NO CU...COMO JÁ FIZERAM AOS BRANCOS...
A TRILOGIA DOS 3 P ´S .OU O DESENCANTO DE O MUNDO NÃO SER AGORA UM SÓ COM MUITA SEGURANÇA SOCIAL E PAPEL PASSADO...OLHA FILHA ORGANIZA LÁ UM MASSACRE DE BRANCOS E LIBERTA ESSAS ZONAS DE PRETOS PARA FICAREM COM REPRESENTAÇÃO E SE PODEREM GOVERNAR COMO EM ÁFRICA...
JOACINE KATAR MOREIRA
OPINIÃO
Os três “P” ou a trilogia do racismo
O sentimento de muitos cidadãos de origem africana de que “não nos querem cá” tem bases sólidas.
7 de Junho de 2017,
Depois da conferência Racismo e Cidadania, no passado 24 de Maio no Teatro S. Luiz, uma iniciativa do historiador Francisco Bethencourt e da EGEAC, urge continuar o debate público sobre o tema. Bethencourt e outros intervenientes — o activista Mamadou Ba, o psicólogo Jorge Vala e eu provámos que o racismo preocupa a todos, mesmo que de diferentes maneiras e prismas de análise.
O racismo é a negação da pessoa negra como seu semelhante, colocando-a na “zona do não ser”, como diz Frantz Fanon, uma negação secular e normalizada, que se transformou na sua sujeição a uma violência com consequências em diferentes gerações. Uma negação que é fruto de um delírio colectivo de superioridade.
O sentimento de muitos cidadãos de origem africana de que “não nos querem cá” tem bases sólidas quando pensamos na actual lei da nacionalidade que limita e bloqueia as suas vidas, na invisibilidade e secundarização dos negros em todos os campos da sociedade e na falta de reconhecimento do seu contributo para a edificação da sociedade portuguesa. Na verdade, o racismo institucional é responsável pela manutenção da maioria da população negra na pobreza cíclica gerada por empregos precários, em bairros “sociais” marcados por problemas de saneamento e servidos por piores serviços públicos como escolas e centros de saúde, por exemplo, e cujo resultado mais visível é a marginalização, exclusão e a aparente alienação política e cívica desta população.
O racismo tem a ver com uma sequência de construções e produções discursivas que se foram solidificando com o tempo, fruto do colonialismo e da escravatura e baseadas em três pilares fundamentais: poder, privilégio e presunção. Os três “P”:
1. O poder de enunciar, de decidir e de transformar uma realidade noutra realidade, mesmo que esta última não passe de uma realidade virtual, através, por exemplo, do epistemicídio (como refere Boaventura Sousa Santos), ou seja, a negação dos negros como sujeitos produtores de conhecimento, que se estende à ocultação e desvalorização do contributo dos africanos e afrodescendentes no continente africano e na diáspora. Ou através de visões etnocêntricas, que culminaram na inferiorização e diabolização do sujeito negro, ou na erotização da mulher negra, tão presentes nas manifestações culturais (ver exposição Racismo e Cidadania patente no Padrão dos Descobrimentos). O poder tem também a ver com a estrutura que condiciona, que limita, que define e que enquadra os desígnios do poder. Por isso, o racismo é essencialmente estrutural, visto tratar-se não apenas do desejo de dominação e rasuramento do “outro”, mas também da sua história e cultura. Estas experiências estão inscritas nas instituições e na consciência colectiva da sociedade portuguesa.
2. O privilégio que se auto-atribui e que se nega a outrem, neste caso a garantia do privilégio branco sobre todos os “não-brancos” e a normatização, mesmo que hoje em dia ela seja informal, desse privilégio. O privilégio tem a ver com a hierarquia que discrimina, que separa, que enaltece e que submete uns a outros, garantindo a univocidade (neste caso Ocidental) e silenciando e menosprezando todas as outras vozes, corpos, histórias e experiências. A naturalização do privilégio branco (privilégio da branquitude) faz com que quem o usufrua possa não conseguir reconhecê-lo, mesmo beneficiando dele ao longo da sua vida.
3. E, por último, a presunção, de que é constituída a ideologia racista e supremacista, que serve de alicerce mental para o sentimento de que se é naturalmente superior, mais capaz e mais dotado com base no fenótipo. A presunção tem a ver com motivações e interesses diversos, geralmente fruto da ignorância e da ganância, que podem ser de cariz político, económico, cultural e religioso, legitimando a captura de riquezas, de bens e de território de outros povos.
Se acrescentarmos a estas construções e produções discursivas o sentimento do bom samaritano, chegamos ao cerne do racismo português: um racismo histórico e estrutural que se alimenta através exatamente da sua negação. Isto deve-se, em parte, ao barulho ensurdecedor das concepções lusotropicalistas que sobreviveram ao fim do colonialismo e que permanecem bem vivas, e cuja difusão profunda tem-se repercutido na ausência de um debate público sobre a responsabilidade histórica de Portugal no colonialismo e no tráfico de pessoas escravizadas.
Resiste-se ainda a debater o tema de forma científica, académica e profícua e insiste-se no mito de que a colonização portuguesa foi menos violenta, de que o tráfico de escravos sempre existiu, naturalizando-o, e de que Portugal se misturou com outros povos — como se estas tivessem sido relações estabelecidas em igualdade de circunstâncias e não pressupusessem uma violência, nomeadamente sobre o corpo da mulher negra. É também a causa da recusa na recolha de dados étnicos-raciais dos cidadãos em Portugal que permitiria (re)conhecer as diferentes realidades e criar medidas concretas de combate ao racismo estrutural.
A trilogia poder, privilégio e presunção funciona também como motor para a manutenção das ideologias raciais. O medo de perder o poder e o privilégio da branquitude, e a presunção de que se trata de uma questão de natural superioridade, tem feito com que o racismo sobreviva às diferentes dinâmicas históricas. No caso português, como lutar contra aquilo que se nega sistematicamente a existência?
A autora escreve segundo as normas do novo Acordo Ortográfico
Investigadora do ISCTE-IUL
PRIMEIRO FAÇO NOTAR QUE ESTA RAPAZIADA PRETA JÁ VIVE DOS "NOSSOS" IMPOSTOS.DEPOIS COMO OS COMUNISTAS E SIMPATIZANTES TÊM MEMÓRIAS MUITO SELECTIVAS.NUNCA ABORDAM A XENOFOBIA E RACISMO A QUE SUBMETERAM OS BRANCOS EXPULSOS E SEM BENS DE ÁFRICA DEPOIS DE OS TEREM TENTADO LIQUIDAR DE UMA SÓ VEZ COMO ACONTECEU NO NORTE DE ANGOLA.INDEPENDENTES VIVEM HOJE PIOR DO QUE QUANDO ERAM COLONIZADOS.E SE NÃO VIVEM É POR CAUSA DO QUE AINDA LHES CAI DOS NOSSOS IMPOSTOS.
A NOSSA RAPAZIADA DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO UM DIA VAI TER QUE RESPONDER PELA ACTUAL COLONIZAÇÃO QUE ESCRAVIZA OS BRANCOS PARA SALVAR OS PRETOS.QUE NINGUÉM FOI BUSCAR A ÁFRICA...E QUE NOS COLONIZAM!
PS
FILHA VAI-TE KATAR!
OPINIÃO
Os três “P” ou a trilogia do racismo
O sentimento de muitos cidadãos de origem africana de que “não nos querem cá” tem bases sólidas.
7 de Junho de 2017,
Depois da conferência Racismo e Cidadania, no passado 24 de Maio no Teatro S. Luiz, uma iniciativa do historiador Francisco Bethencourt e da EGEAC, urge continuar o debate público sobre o tema. Bethencourt e outros intervenientes — o activista Mamadou Ba, o psicólogo Jorge Vala e eu provámos que o racismo preocupa a todos, mesmo que de diferentes maneiras e prismas de análise.
O racismo é a negação da pessoa negra como seu semelhante, colocando-a na “zona do não ser”, como diz Frantz Fanon, uma negação secular e normalizada, que se transformou na sua sujeição a uma violência com consequências em diferentes gerações. Uma negação que é fruto de um delírio colectivo de superioridade.
O sentimento de muitos cidadãos de origem africana de que “não nos querem cá” tem bases sólidas quando pensamos na actual lei da nacionalidade que limita e bloqueia as suas vidas, na invisibilidade e secundarização dos negros em todos os campos da sociedade e na falta de reconhecimento do seu contributo para a edificação da sociedade portuguesa. Na verdade, o racismo institucional é responsável pela manutenção da maioria da população negra na pobreza cíclica gerada por empregos precários, em bairros “sociais” marcados por problemas de saneamento e servidos por piores serviços públicos como escolas e centros de saúde, por exemplo, e cujo resultado mais visível é a marginalização, exclusão e a aparente alienação política e cívica desta população.
O racismo tem a ver com uma sequência de construções e produções discursivas que se foram solidificando com o tempo, fruto do colonialismo e da escravatura e baseadas em três pilares fundamentais: poder, privilégio e presunção. Os três “P”:
1. O poder de enunciar, de decidir e de transformar uma realidade noutra realidade, mesmo que esta última não passe de uma realidade virtual, através, por exemplo, do epistemicídio (como refere Boaventura Sousa Santos), ou seja, a negação dos negros como sujeitos produtores de conhecimento, que se estende à ocultação e desvalorização do contributo dos africanos e afrodescendentes no continente africano e na diáspora. Ou através de visões etnocêntricas, que culminaram na inferiorização e diabolização do sujeito negro, ou na erotização da mulher negra, tão presentes nas manifestações culturais (ver exposição Racismo e Cidadania patente no Padrão dos Descobrimentos). O poder tem também a ver com a estrutura que condiciona, que limita, que define e que enquadra os desígnios do poder. Por isso, o racismo é essencialmente estrutural, visto tratar-se não apenas do desejo de dominação e rasuramento do “outro”, mas também da sua história e cultura. Estas experiências estão inscritas nas instituições e na consciência colectiva da sociedade portuguesa.
2. O privilégio que se auto-atribui e que se nega a outrem, neste caso a garantia do privilégio branco sobre todos os “não-brancos” e a normatização, mesmo que hoje em dia ela seja informal, desse privilégio. O privilégio tem a ver com a hierarquia que discrimina, que separa, que enaltece e que submete uns a outros, garantindo a univocidade (neste caso Ocidental) e silenciando e menosprezando todas as outras vozes, corpos, histórias e experiências. A naturalização do privilégio branco (privilégio da branquitude) faz com que quem o usufrua possa não conseguir reconhecê-lo, mesmo beneficiando dele ao longo da sua vida.
3. E, por último, a presunção, de que é constituída a ideologia racista e supremacista, que serve de alicerce mental para o sentimento de que se é naturalmente superior, mais capaz e mais dotado com base no fenótipo. A presunção tem a ver com motivações e interesses diversos, geralmente fruto da ignorância e da ganância, que podem ser de cariz político, económico, cultural e religioso, legitimando a captura de riquezas, de bens e de território de outros povos.
Se acrescentarmos a estas construções e produções discursivas o sentimento do bom samaritano, chegamos ao cerne do racismo português: um racismo histórico e estrutural que se alimenta através exatamente da sua negação. Isto deve-se, em parte, ao barulho ensurdecedor das concepções lusotropicalistas que sobreviveram ao fim do colonialismo e que permanecem bem vivas, e cuja difusão profunda tem-se repercutido na ausência de um debate público sobre a responsabilidade histórica de Portugal no colonialismo e no tráfico de pessoas escravizadas.
Resiste-se ainda a debater o tema de forma científica, académica e profícua e insiste-se no mito de que a colonização portuguesa foi menos violenta, de que o tráfico de escravos sempre existiu, naturalizando-o, e de que Portugal se misturou com outros povos — como se estas tivessem sido relações estabelecidas em igualdade de circunstâncias e não pressupusessem uma violência, nomeadamente sobre o corpo da mulher negra. É também a causa da recusa na recolha de dados étnicos-raciais dos cidadãos em Portugal que permitiria (re)conhecer as diferentes realidades e criar medidas concretas de combate ao racismo estrutural.
A trilogia poder, privilégio e presunção funciona também como motor para a manutenção das ideologias raciais. O medo de perder o poder e o privilégio da branquitude, e a presunção de que se trata de uma questão de natural superioridade, tem feito com que o racismo sobreviva às diferentes dinâmicas históricas. No caso português, como lutar contra aquilo que se nega sistematicamente a existência?
A autora escreve segundo as normas do novo Acordo Ortográfico
Investigadora do ISCTE-IUL
PRIMEIRO FAÇO NOTAR QUE ESTA RAPAZIADA PRETA JÁ VIVE DOS "NOSSOS" IMPOSTOS.DEPOIS COMO OS COMUNISTAS E SIMPATIZANTES TÊM MEMÓRIAS MUITO SELECTIVAS.NUNCA ABORDAM A XENOFOBIA E RACISMO A QUE SUBMETERAM OS BRANCOS EXPULSOS E SEM BENS DE ÁFRICA DEPOIS DE OS TEREM TENTADO LIQUIDAR DE UMA SÓ VEZ COMO ACONTECEU NO NORTE DE ANGOLA.INDEPENDENTES VIVEM HOJE PIOR DO QUE QUANDO ERAM COLONIZADOS.E SE NÃO VIVEM É POR CAUSA DO QUE AINDA LHES CAI DOS NOSSOS IMPOSTOS.
A NOSSA RAPAZIADA DO TUDO E DO SEU CONTRÁRIO UM DIA VAI TER QUE RESPONDER PELA ACTUAL COLONIZAÇÃO QUE ESCRAVIZA OS BRANCOS PARA SALVAR OS PRETOS.QUE NINGUÉM FOI BUSCAR A ÁFRICA...E QUE NOS COLONIZAM!
PS
FILHA VAI-TE KATAR!
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