A Guarda Civil espanhola anunciou nesta sexta-feira que desmantelou uma rede criminosa autora de vários crimes, entre eles 25 assaltos a agências bancárias em Portugal no período de um ano. Só nestes assaltos, os 24 detidos arrecadaram quatro milhões de euros.
Numa nota publicada na sua página de Internet, esta autoridade espanhola explica que o grupo actuava de forma coordenada e cada elemento tinha a sua tarefa específica. Deslocavam-se com veículos de gama alta, comprados ou alugados (através do uso de identidades de terceiros). "Acediam aos bancos escavando buracos nas paredes, inutilizando sistemas de segurança e, com a ajuda de ferramentas específicas, forçavam os cofres blindados para obter principalmente ouro e dinheiro", escreve a Guarda Civil.
A polícia acrescenta que, uma vez concluída a operação, os assaltantes regressavam imediatamente a Espanha para evitarem ser interceptados nos países onde praticavam os assaltos. Segundo as autoridades, os ladrões actuavam em Espanha, Portugal, França e Suiça, e além dos quatro milhões de euros roubados em Portugal, conseguiram ainda 265 mil euros através de um esquema de notas e facturas falsas.
A investigação durou 20 meses, durante os quais a polícia espanhola conseguiu relacionar o grupo, que começou a actuar na província de Alicante, com assaltos a empresas e unidades industriais, praticados em 2012, em Guardamar del Segura (Alicante) e Águilas (na província de Múrcia). As autoridades perceberam que a rede actuava também em países limítrofes, onde se deslocava para assaltar grandes empresas e entidades bancárias.
Detidos de várias nacionalidades
Em colaboração com a Polícia Judiciária e outras autoridades portuguesas, a Guarda Civil espanhola concluiu que foram executados "25 roubos a entidades bancárias de Portugal num ano, ascendendo a quatro milhões de euros o valor total subtraído”.
Os detidos, de nacionalidades espanhola, sérvia, croata, romena e paraguaia, têm entre 21 e 63 anos. Enquanto membros da rede tinham um "alto nível de vida", que conseguiam alternando a gestão de grandes negócios (administrados por terceiras pessoas) com os assaltos. Era com esses negócios paralelos, nomeadamente empresas de construção e restauração, que os detidos branqueavam o dinheiro obtido de forma ilícita, emitindo facturas e cheques falsos. Além disso, compravam veículos de luxo que transferiam para terceiros, substituindo as matrículas por outras falsas ou roubadas, que vendiam depois dos assaltos. Também adquiriam imóveis de grande valor e desviavam grandes somas de capitais para países estrangeiros, através de empresas de envio de dinheiro.
A Guarda Civil acrescenta que a rede era proprietária de pelo menos cinco imóveis e 30 veículos, relacionados com esta actividade, e que tinha já mostrado interesse em adquirir um edifício completo em Madrid e uma vivenda em Murcia.
Nas buscas domiciliárias, a polícia apreendeu 40 mil euros em dinheiro, 15 viaturas, 20 telemóveis, material electrónico, jóias e um lingote de ouro. E não descarta a possibilidade de efectuar novas detenções.
LÁ PARA O FINAL DA VIDA DEVEM ESTAR RECUPERADOS.E APTOS A RECEBEREM DE PENSÃO MUITO ACIMA DOS QUE PASSARAM A TRISTE VIDINHA A TRABALHAR E DESCONTAR...POIS QUE CONVÉM NUNCA ESQUECER A MÁXIMA DO SOBADO:CÁ O CRIME COMPENSA...