Tuesday, February 15, 2011

QUEREMOS LIBERDADE

CAGAMOS EM CIMA DOS "EDUCADORES DA CLASSE OPERÁRIA E CAMPONESA" E AFINS.QUEREMOS SIMPLESMENTE "LIBERDADE".QUEREMOS LIVRAR-NOS DAS SANGUESSUGAS QUE NOS DESGOVERNAM EM MILHENTOS LUGARES PARA NOS "EDUCAR".ABAIXO OS INTERPRETADORES QUE DERRUBAM A LIBERDADE.LIBERDADE E RESPONSABILIDADE JÁ!CARRAÇAS PARA A CADEIA!EM ESPECIAL OS DEDICADOS A DIFUNDIR A TRAIÇÃO ENTRE O ZÉ POVINHO...

PS
ISTO SERÁ "FASCISMO"?

POR CÁ OS PUREZAS QUEREM DESARMAR O ZÉ POVINHO.PARA QUE OS "CANOS SERRADOS" ACTUEM À VONTADE...

VOTACIÓN | 2,5 millones de unidades en manos privadas

Los suizos seguirán teniendo armas en los armarios de casa
Carteles a favor y en contra de la nueva ley.

Meritxell Mir | Basilea
El 56,3%% de los suizos ha votado en contra de una iniciativa popular que pretendía restringir el acceso a las armas de fuego, según los datos oficiales.

Con este resultado será difícil que la Confederación Helvética reduzca el número de armas en circulación que hay en el país. Sus 2,5 millones de unidades convierten al país alpino en el que más armas en manos privadas tiene de toda Europa. En un territorio con casi ocho millones de personas, famoso por su neutralidad y pacifismo, sorprende que un 30% de los domicilios tenga pistolas y escopetas en sus armarios.

Según el Grupo por una Suiza sin armas, alrededor de 1,5 millones de ellas pertenecen o han pertenecido al Ejército nacional. Además de por soldados profesionales, la defensa helvética está en manos de un sistema de milicias. Desde los 18 a los 34 años, los varones suizos deben servir a su país obligatoriamente tres semanas cada año y mantener el arma reglamentaria en sus domicilios particulares durante esos 16 años. Una vez finalizado su servicio, pueden quedarse con la pistola si lo desean.

La batalla más dura de la campaña ha estado en la prohibición de que los soldados tuvieran las armas en casa. Para los progresistas la victoria del 'sí' era una cuestión de seguridad nacional ya que también pedían la creación de un registro de armas nacional y en la prohibición de pistolas y rifles automáticos. Para los conservadores, en cambio, la iniciativa era un ataque directo a los valores suizos, en especial a la confianza depositada por el Gobierno en el ciudadano y en la responsabilidad del individuo hacia su país.

La tasa más alta de suicidios
Otra de las razones de más peso esgrimidas por los líderes de la iniciativa había sido reducir el número de suicidios, pues Suiza también lidera ese ránking europeo. Justamente, el 90% de los muertos por disparo del país corresponde a personas que se quitan la vida.

Como viene siendo habitual, la mayoría de cantones francófonos ha votado a favor de restringir el acceso a las armas de fuego. A excepción de Basilea-ciudad y Zúrich, en las regiones de habla alemana e italiana, la iniciativa ha sido claramente rechazada, con porcentajes superiores al 70% en algunos casos.

Este resultado evidencia una vez más la deriva conservadora que la Confederación Helvética ha tomado en las últimos tiempos. Las votaciones federales recientes han acabado siempre con una victoria de las posturas defendidas por el Partido Popular y el resto de formaciones de centro-derecha, como fue el caso de la prohibición para construir minaretes o la expulsión de los criminales extranjeros del país.
OS PUREZAS CÁ DO BURGO APRENDERAM COM O ROSA COUTINHO EM ANGOLA:DESARMADOS OS BRANCOS SÃO TODOS RETORNADOS EM POTÊNCIA.SÓ QUE AGORA ESTAMOS EM CASA E OS GAJOS AINDA QUEREM A MESMA COISA...
É QUE COM O ZÉ POVINHO DESARMADO A GUERRILHA QUE IMPORTARAM E CONTINUAM A IMPORTAR SAI VENCEDORA E NÃO MORRE NO CAMPO DE BATALHA.PODENDO OS TRAIDORES CONTINUAR A VOCIFERAR QUE VIERAM PARA NOS PAGAR A PENSÃO E ENRIQUECER...
OS "DEMOCRATAS" SÓ "INTERPRETAM" A VONTADE DOS INIMIGOS DO ZÉ POVINHO.QUE ANDAM A ROUBAR DESCARADAMENTE ENQUANTO DIZEM QUE O ANDAM A "EDUCAR".A SER ADEPTO DO TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES, MAS POR NOSSA CONTA, A APANHAR NO CU OU ESFREGAR A RATA COM RATA, ENFIM A SER COLONIZADO. COM AS IDEIAS MAIS EXTRAVAGANTES DO PLANETA QUE NOS DIZEM ANDAR A SALVAR...

Monday, February 14, 2011

OS DEMOCRATAS TUNISINOS PEDEM A MINAGEM DOS PORTOS EUROPEUS...

.Tunisie: Rome précise son "offre d'aide"
AFP
14/02/2011 | Mise à jour : 12:42 Le ministre italien de l'Intérieur, Roberto Maroni, dont la proposition d'envoyer des policiers en Tunisie pour combattre l'immmigration clandestine a provoqué la colère à Tunis, a précisé aujourd'hui les termes de son "offre d'aide".

"L'intention du gouvernement italien est d'offrir une aide à la police tunisienne en envoyant nos forces qui sont en mesure de contrôler les côtes, seule manière d'empêcher les départs" d'immigrés clandestins, a réitéré Roberto Maroni. "Aujourd'hui il n'y a plus un système de sécurité en Tunisie et nous sommes disposés à donner un coup de main, à fournir des moyens, des vedettes, des 4X4", a précisé le ministre, alors que 5000 Tunisiens environ sont arrivés sur la petite île italienne de Lampedusa ces derniers jours, fuyant l'insécurité et l'incertitude dans leur pays.

Roberto Maroni avait provoqué la colère de Tunis avec son idée, exposée hier, de demander au ministre tunisien des Affaires étrangères l'autorisation de déployer des policiers italiens sur place. Hier soir, le porte-parole du gouvernement tunisien a qualifié cette idée d'"inacceptable", sur la chaîne de télévision Al-Arabiya, qualifiant le ministre italien, membre du parti populiste et anti-immigrés de la Ligue du Nord, de représentant de "l'extrême droite raciste".

Aujourd'hui, Tunis a de nouveau rejeté catégoriquement "toute ingérence dans ses affaires intérieures", tout en se disant "prête à coopérer" avec les autres pays pour enrayer l'exode vers l'Europe de clandestins tunisiens.

ISSO OU FAZER DOS BARQUINHOS ALVOS PARA A AVIAÇÃO...POIS QUE NÃO QUEREM "INGERÊNCIAS" INTERNAS, MAS NOS OUTROS PÁ SÓ TÊM QUE RECEBER A RAPAZIADA TODA,PAGAR E MAIS NADA...

DESCOLONIZAÇÃO,DEMOCRACIA,DITADURA:O RESULTADO É SEMPRE O MESMO

L'arrivée de milliers d'immigrants tunisiens à Lampedusa
Lefigaro.fr
14/02/2011 | Mise à jour : 12:29 EN IMAGES - Près de 5000 immigrants ont débarqué en cinq jours sur cette île italienne, porte d'entrée vers l'Union européenne. Débordée, Rome a décrété «l'état d'urgence humanitaire».

O CHEIRO DO LEITINHO DO OUTRO LADO ONDE JÁ TÊM MUITOS MANOS NO SOS RACISMO E ATÉ NOS GOVERNOS TORNA A INVASÃO SEMPRE "BENÉFICA", "ENRIQUECEDORA" PARA OS GAJOS QUE OS VÃO SUSTENTAR...SEM NADA PARA FAZER PORQUE NEM OS LOCAIS O TÊM...

OS MARROQUINOS ANDAM A FUMAR DEMASIADO HAXIXE...

LOS PAPELES DEL DEPARTAMENTO DE ESTADO

LOS PAPELES DEL DEPARTAMENTO DE ESTADO
Drogas: Rabat culpa a Ceuta y Melilla
El Gobierno marroquí las señala como hitos del narcotráfico


AGUARDEMOS A LIBERTAÇÃO DO POVO MARROQUINO...

Sunday, February 13, 2011

COMPRE-SE A MÚMIA DO LENINE PARA O ISCTE

A percepção dos valores da democracia é escassa: milhares de pessoas correm a assinar uma petição na Internet intitulada "1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política" e jornais e blogues batem palmas como se não se tratasse de um puro manifesto antidemocrático. "Demitem toda a classe política" como? Como em 1926, com o 28 de Maio? Como se Portugal fosse o Egipto e "Sócrates-Passos Coelho- Portas" (e porque não Jerónimo de Sousa e Louçã) fosse um compósito de Mubarak? Sem eleições? Sem partidos? Democracia directa com votos pela televisão em chamadas de valor acrescentado e o Parlamento no Facebook? Os votos seriam como aquelas sondagens nos blogues? E por que, dizem, não é mais democrático, mais igualitário, mais livre, eu poder fazer o que entender, sem peias, nem lei, nem propriedade, expondo um mundo subterrâneo de gigantescos ressentimentos e invejas, que está lá bem em abaixo nos subterrâneos de Weimarzinho? O retrato desse mundo está bem presente no coro de insultos dos comentários, a vox populi muito elogiada pelos libertários da Internet, um mundo dos comentadores anónimos ou semianónimos que é fascista no seu preciso termo, é a linguagem da força sem lei, a destruição verbal do outro, o veneno das palavras, como o rícino que os squadristi obrigavam os seus adversários a tomar. Todas as peças se montam, em pequenino, em "zinho", mas encaixando entre si. E muita cobardia sobre o que se está a passar, sobre o mundo que começa a parecer, silêncio a mais. Weimarzinho significa também essa cobardia do espírito, de acomodações e silêncios, a dissolução do pensamento e da coragem cívica, essa "destruição da razão" substituída pelos incêndios românticos de livros. (...) Um imbecil igualitarismo entre quem estuda e quem dá "bitaites", perdoe-se o plebeísmo, entre quem conhece e quem "acha", entre quem sabe e o arrogante iniciante e ignorante que acha que por escrever um blogue tem o direito de ser "igual". (...) Dissolução do pensamento, apatia, preguiça, aceitação do inaceitável, cada dia com a sua cedência, à moda, ao espectáculo, à raiva populista e demagógica, para se passar pelo meio da chuva e "não se chatear". Direitos, deveres, procedimentos, regras, cada dia tem menos valor. Nas ruas de Weimar e nas ruelas de Weimarzinho passa o mesmo fantasma, um em versão trágica, outro em versão pobre e simples. Mas esse fantasma que assombra o nosso mundo não é o da primeira página do Manifesto, mas o da linha 9 do Canto III do Inferno de Dante: "Lasciate ogne speranza, voi ch"intrate". E o mundo sem esperança que se vive em Weimarzinho é propício a todos os demónios.»

José Pacheco Pereira, Público

ISSO, UMAS SABATINAS NA PROPAGANDA COM O URBANO TAVARES RODRIGUES, UM CAMPO DE REEDUCAÇÃO, NO ALENTEJO, COM O CAMARADA CHICO LOPES E TUDO SUPERVISIONADO PELO JPP E VAI DESAPARECER A INVEJA, O "ACHAR" E OUTRAS MERDAS QUE TAIS COM A MALTOSA SATISFEITA COM O QUE LHES DEREM, PORQUE AFINAL O QUE É PRECISO COMO MANDAVA SALAZAR É DAR "UNS ABANÕES"...A TEMPO!

O OBAMA A AJUDAR A EUROPA A ENTERRAR-SE

dias contados
O que querem os egípcios
por ALBERTO GONÇALVES


Desde o início da revolta no Cairo, somos diariamente abalroados por correspondentes televisivos a informar-nos de que o povo egípcio quer liberdade, democracia e beatitude celestial. Tamanha pureza comove, e é notável como uma simples visita à multidão que berra na Praça Tahir, ou lá o que é, permite aos argutos jornalistas detectar imediatamente os anseios de uma população de 81 milhões.

Se calhar, não permite. Se calhar, os jornalistas confundem o seu ofício com a repetição de clichés, na convicção um bocadinho infantil de que qualquer protesto público contra uma ditadura acarinha valores opostos aos ditatoriais. Correndo o risco de passar por retrógrado, ainda julgo que a melhor maneira de averiguar os sentimentos de um povo é inquiri-lo com rigor estatístico e não pedir a meia dúzia de voluntários que desabafem perante as câmaras.

Nem de propósito, em Abril e Maio de 2010 o Pew Research Center sondou os egípcios sobre o que de facto querem. Espantosamente, os resultados não são bem os obtidos pelo jornalismo que, dada a abundância de espaço, enche o crânio com "causas" e crendices, passe a redundância.

Em primeiro lugar, 59% dos egípcios exigem democracia (22% são-lhe hostis e 16% mostram-se indiferentes), a segunda percentagem mais baixa dos sete países muçulmanos estudados na referida sondagem. Ao mesmo tempo, 85% defendem um papel determinante do islão na política (apenas 48% achavam que o papel era assegurado na regência de Mubarak). 80% acham os atentados suicidas nunca ou raramente justificáveis (20% acham-nos frequen- temente justificáveis). No que toca aos costumes e à justiça, 54% pedem a segregação de homens e mulheres nos locais de trabalho, 82% pedem o apedrejamento das adúlteras, 84% pedem a condenação à morte dos apóstatas do islão e 77% pedem a amputação das mãos dos larápios (Mubarak não concedia tais prazeres).

Visto assim, o tipo de regime livre e democrático a que os egípcios aspiram não difere muito desse bastião da liberdade e da democracia chamado Irão, cujas luminárias imitaram o Hamas, a Irmandade Muçulmana e organizações fascistas afins e já surgiram a apoiar a luta dos insurgentes contra os "opressores": os EUA, Israel e o Ocidente em geral. O curioso é que a relativa proximidade ao Ocidente continha a opressão local dentro de limites brandos para os padrões da região. Afinal, o que a maioria ruidosa ou silenciosa de egípcios quer é a possibilidade de viver sob a barbárie da sharia. Salvo excepções inconsequentes, o combate à tirania de Mubarak faz-se em nome de uma tirania imensamente pior.

Os egípcios estão no seu direito? Sem dúvida. O aborrecido é semelhante direito colidir regularmente com o sossego alheio. Após a queda de Mubarak, as odes dos jornalistas à alegria do povo e as invectivas aos "cínicos" que não a partilham resultam de óptimas intenções, mas de péssima memória. A História recente ensina que a felicidade de certos transtornados religiosos tem um preço: a nossa.

Nunca percebi porque é que se remetiam todas as desgraças pátrias, e não só pátrias, a uma entidade tão nebulosa, abstracta e, sobretudo em Portugal, inexistente quanto o "neoliberalismo". As recentes declarações da Dra. Ana Benavente elucidaram-me: porque não se sabe o que o "neoliberalismo" é.

Para os 99,97% de portugueses que não se recordam, a Dra. Benavente foi secretária de Estado da Educação no tempo de António Guterres. Esta semana, ressuscitou através de uma entrevista à popular Revista Lusófona de Educação, na qual soltou uns desabafos do género a que por cá se chama polémico. Em síntese, a Dra. Benavente não gosta do Governo do Eng. Sócrates. Razões? O Governo é autoritário, autocrático, centralista, leninista, pouco socialista e, claro, "neoliberal".

Isto de polémico não tem nada. A polémica exige discórdia face a uma tese razoavelmente aceite. A Dra. Benavente limita-se a expor a confusão que lhe vai na alma, ainda por cima uma confusão assaz frequente entre o que é mau e o que é liberal. A benefício da senhora, não me importo de lhe explicitar a diferença.

Uma autocracia autoritária e centralista, perdoem as redundâncias, não pode ser "neoliberal". O "neoliberalismo" ou, para usar o termo correcto, o liberalismo é avesso aos apetites do Estado, logo ao centralismo, ao autoritarismo e à autocracia, modelos que impõem a omnipresença do Estado e que, com maior ou menor gentileza, são vitais ao socialismo. Socialismo não é liberalismo. Lenine, salvo melhor opinião, não era liberal. O liberalismo, que a Dra. Benavente acha mau, é bom segundo os critérios da Dra. Benavente. O socialismo, que a Dra. Benavente acha bom, é mau segundo os critérios da Dra. Benavente. A Dra. Benavente quer socialismo e não quer um Estado vasto e impune, que distribua "lugares e privilégios". Sucede que o socialismo é mesmo isso. E o liberalismo é, grosso modo, o oposto disso.

Ou a Dra. Benavente pára de culpar o liberalismo pelas desgraças socialistas, ou passa a julgar as desgraças óptimas. Aqui não há terceira via, excepto a de continuar assim e assumir uma carreira de comediante, aliás comum a inúmeros comentadores mais e, se possível, menos conhecidos.

Depois de, em Paris, o Dr. Passos Coelho ter proferido umas trivialidades sobre a crise interna, o ministro Silva Pereira acusou-o de prejudicar a imagem de Portugal. Como de costume, o ministro Silva Pereira está enganado. A maior ameaça à imagem do País não vem da oposição, de economistas dissidentes, de comentadores heterodoxos ou sequer das estatísticas que confirmam a nossa putativa falência. A maior ameaça vem, em primeiro lugar, do Governo que o ministro Silva Pereira integra e, em segundo lugar, de um anúncio televisivo a uma conhecida cadeia de hipermercados.

O anúncio, aparentemente tão inócuo quanto o Eng. Sócrates em certas entrevistas, combina a publicidade a umas bolachas do tipo "Maria" com a publicidade a um chá. Só isto, chá e bolachas, apresentados com pompa capaz de enternecer os distraídos e assustar os atentos. Os atentos não imaginam maior admissão de que estamos em crise, e de que a crise é grave, do que o empenho de uma grande empresa em seduzir milhões de famílias com a hipótese de adquirirem semelhantes iguarias por um euro e pouco.

Pelos danos que pode causar na credibilidade pátria, e consequente reflexo nas taxas de juro, um anúncio assim "bota-abaixista" (sic) não deve existir. Dado que existe, deve ser cancelado por ordem conjunta da Alta Autoridade para a Comunicação Social e do Ministério das Finanças. Além disso, urge multar a empresa em questão e forçá-la a substituir o chá e as bolachas por trufas e caviar Beluga, artigos de luxo que mostrem ao mundo a prosperidade a que o socialismo nos ergueu.

E se, o que é presumível, o hipermercado não vender trufas nem caviar, não faz mal: nós também não somos prósperos. Em matéria de imagem, a realidade nunca foi para aqui chamada. Mesmo que fosse, não nos ligaria nenhuma.

O Bloco de Esquerda (e o PCP) interessa ao PS na medida em que relativiza a incompetência socialista e permite ao Eng. Sócrates avisar, com propriedade, de perigos maiores para o País do que ele próprio. O PS interessa ao BE (e ao PCP) na medida em que, por comparação, faz brilhar o radicalismo da extrema-esquerda e permite ao Dr. Louçã mostrar ao seu eleitorado quem é verdadeiramente destrambelhado (o eleitorado do Dr. Louçã gosta de destrambelhamento).

A moção de censura apresentada pelo BE insere-se nesse arranjinho particular e mal seria notícia se não afectasse um partido exterior ao arranjo. Em público, diversas vozes sonantes do PSD já apareceram a proclamar que o Dr. Passos Coelho nem sequer pode sonhar em aprovar a referida moção. Sucede que, em privado, outras (ou as mesmas) vozes sonantes começam a cansar-se dos sucessivos recuos estratégicos do líder perante o poder e ameaçam sublevar-se.

É provável que o Dr. Passos Coelho actue em conformidade com a etiqueta ou com as suas inclinações inatas e evite derrubar um Governo que há muito ultrapassou o prazo da decência. Mas depois não se deve queixar de que o PSD actue em conformidade com as suas ambições e o derrube a ele, trocando--o por alguém que aspire chegar a primeiro-ministro ainda na corrente década. Fala-se em Rui Rio, e, por mais atributos que lhe faltem, o Dr. Passos Coelho é todo ouvidos.