Tuesday, March 14, 2017

OS ADEPTOS DA TÁCTICA DO SALAME AO ESTILO UNIDOS VENCEREMOS...

Dilma diz em Lisboa que sofreu golpe parlamentar com ingredientes misóginos
A ex-Presidente do Brasil Dilma Rousseff disse hoje que sectores da sociedade brasileira aproveitaram a crise financeira para criar uma crise política e organizar um golpe parlamentar, com ingredientes misóginos, contra o seu Governo.

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PCP recebeu Dilma e “reafirmou a posição solidária” para com a “presidente eleita do Brasil”
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, recebeu Dilma Rousseff. Durante o encontro, foi reafirmada “a posição solidária do PCP para com a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, e de denúncia e condenação do autêntico golpe de Estado que representou a sua ilegítima destituição”.

É SABIDO QUE OS NOSSOS COMUNISTAS SE DÃO COM O PIORIO DO PLANETA.COISAS DA SUPERIORIDADE MORAL QUE É UM BRUXEDO MAIOR DO QUE O 5º SEGREDO DE FÁTIMA...
A QUERIDA DILMA ENQUANTO PRESIDENTA NÃO LIGAVA NADA A PORTUGAL.SÓ CÁ ATERROU NO PORTO AO QUE SE DIZ POR CAUSA DE UMA MALA...MAS COMO OS COMUNISTAS ADORAM TUDO O QUE SEJA CONTRA NÓS...
IMAGINEM QUE AGORA O SEU ZÉ POVINHO SÓ QUER TER DIREITO A UM CAPATAZ ESCURINHO E TER POSSIBILIDADE DE ENTREGAR A FILHINHA A UM DIFERENTE...

PARA VER O ESTILO DOS COMUNISTAS CASEIROS, O SOL NA TERRA (RECUADO) DA EX-URSS VEJA-SE:

COPIADO NO DRAGOSCÓPIO



segunda-feira, março 13, 2017
Lendas com pés de barro e nariz desmedido



A propósito de obras sobre a nossa última Guerra Ultramarina, chamou-me a atenção no livro de Simon Innes-Robbins, "Dirty Wars: A Century of Counterinsurgery", um capítulo sobre os portugueses (na verdade, o 2. The last to leave: The portuguese experience, 1961-74). Dei uma leitura rápida, mais a sondar de eventuais e recorrentes minas do que propriamente em digressão colectora e não é que, a páginas tantas, tropeço nesta pequena pérola (relativa à Guiné):
«Following the breakdown of talks and the departure in 1973 of Spinola, who left morale at an all-time high, the counterinsurgency campaign was continued under General Bettencourt Rodrigues. However, the situation on Guinea begun to deteriorat during 1973, and it was clear that Spínola's inspiring leadership had served only to paper over serious cracks in the portuguese war effort. After his departure attitudes hardened on both sides, especially following Cabral's assassination by PAIGC dissidents in January 1973.»
Ora bem, a literatura anglo-saxónica é de um modo geral benevolente para os militares, em contraposição com um certo desdém pela inabilidade dos políticos (leia-se, do regime). Todavia, e mesmo assim, já não embarca nos mitos negros sobre a DGS como autora ubíqua de assassinatos a esmo.

Em suma, a lenda negra do assassínio de Cabral pela DGS e pelos portugueses já só resiste enquanto pinoqueira inveterada dos papagaios ideológicos do costume (1); ou (2), passe a redundância, e por desplante conveniente, recorrente e óbvio).
Qualquer historiografia minimamente séria, juntamente com multíplos testemunhos de dentro do próprio PAIGC da época, há muito que clarificaram o embuste propagandalheiro. Cito apenas alguns desses testemunhos:
«O Primeiro Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que Amílcar Cabral foi morto por dirigentes do PAIGC.»
«O ex-comandante de navio da força marinha do PAIGC, Álvaro Dantes Tavares, afirma que Amílcar Cabral foi assassinado por Inocêncio Kani, um dos principais elementos da força da marinha. Numa entrevista ao Ocean Press Álvaro Dantes Tavares considera que este facto foi desprestigiante para a marinha, a principal base do PAICV.»
« O INVESTIGADOR e professor universitário cabo-verdiano Daniel Santos lança amanhã, na Cidade da Praia, o livro "Amílcar Cabral - Um Novo Olhar", defendendo que Ahmed Sékou Touré, antigo presidente da Guiné-Conacry, terá sido o "provável mandante" do assassinato.»

O ódio dos guineenses aos cabo-verdianos é antigo. Mesmo o Marcelino da Mata, que é guineense retinto (etnia Papel), se lhe perguntarem o que é um Cabo Verdiano (ou mestiço de qualquer zona de África) ele responde, sardonicamente, com um termo pejorativo: "Fotocópia". E depois há outro conceito entranhado no PAIGC (e nas estruturas reinantes da Guiné-Bissau) que diz tudo: a promoção aos altos cargos processa-se por extinção sumária e expedita do superior. A lista é vasta, metódica e conhecida. Principiou no próprio fundador.
Publicada por dragão à(s) 3/13/2017 10:53:00 da tarde Sem comentários:

(1)
DO AVANTE:
Carlos Lopes Pereira

Serviços secretos portugueses
assassinaram Amílcar Cabral
A importância do pensamento de Amílcar Cabral, líder africano desaparecido há quatro décadas, foi reafirmada por estudiosos e investigadores de três continentes num colóquio internacional, na cidade da Praia. Reunido de 18 a 20 de Janeiro na capital cabo-verdiana, o Fórum Amílcar Cabral, sob o lema «Por Cabral, sempre», foi também ocasião para uma reflexão crítica sobre o caminho percorrido pela República de Cabo Verde e sobre as perspectivas futuras dos países africanos.

O evento, que assinalou os 40 anos do assassinato de Cabral, a 20 de Janeiro de 1973, em Conakry, e deu início a um conjunto de actividades para comemorar o 90.º aniversário do seu nascimento, em 2014, levou à Praia cientistas sociais de África (Guiné-Bissau, Senegal, Angola), das Américas (Cuba, Estados Unidos, Canadá) e da Europa (Portugal, Itália) que, com políticos e académicos de Cabo Verde, debateram diferentes facetas do legado teórico cabraliano. Uma das comunicações mais interessantes – sobre o ideal renovado do pan-africanismo – foi a do sociólogo guineense Carlos Lopes, secretário-geral adjunto das Nações Unidas e secretário executivo da Comissão Económica da ONU para África.

Na abertura do fórum, o anfitrião e presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, explicou as razões que levaram o colonialismo português e os seus agentes a assassinar barbaramente o líder da gesta libertadora da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

O comandante de brigada Pedro Pires – um dos principais dirigentes cabo-verdianos da luta armada e, depois da independência, primeiro-ministro durante os primeiros 15 anos e, mais tarde, presidente da República ao longo de uma década –, lembrou que, no começo de 1973, «do lado das autoridades coloniais, estava em curso uma campanha militar desesperada, lançada pelo seu comando político-militar, na tentativa de reverter a seu favor o estado de equilíbrio militar, portador de muitos riscos, que vinha prevalecendo, apostando na recuperação das regiões libertadas, o que estava a ser muito difícil, conjugada com uma intensa e diversificada campanha sócio-política demagógica, em torno da chamada Guiné Melhor.»

Sem referir o nome de Spínola, comandante militar português da Guiné nessa altura, Pires foi claro: «O recurso ao assassinato do líder do PAIGC insere-se na busca da saída para o grave dilema que vivia o poder colonial, precisamente, quando sentia que estava em vias de perder a guerra, com consequências desastrosas para o futuro do império colonial. Nada melhor do que decapitar o PAIGC, solução experimentada em outras guerras coloniais. Reside aí a razão principal da decisão última de avançar com a operação do assassinato de Amílcar Cabral pelos serviços secretos portugueses e por seus homens de mão.»

Pedro Pires recordou tentativas anteriores do colonial-fascismo português de assassinar os dirigentes da luta de libertação nacional guineense e cabo-verdiana: «Em Novembro de 1970, o comando político-militar colonial tinha fracassado vergonhosamente na sua tentativa desesperada e vã de provocar a mudança do regime guineense [de Conakry], aliado do PAIGC, e de destruição das instalações de retaguarda do Partido e de simultaneamente perpetrar o assassinato dos seus dirigentes. [Tratou-se da Operação «Mar Verde», chefiada por Alpoim Galvão, oficial da marinha de guerra portuguesa e do estado-maior de Spínola.] Tinha, igualmente, fracassado uma outra operação secreta, mais perversa, de desmembramento da organização militar do PAIGC, a partir do seu interior, através da infiltração e da corrupção de dirigentes das FARP [Forças Armadas Revolucionárias do Povo, o exército guerrilheiro] na Frente Norte. Os três majores dos serviços de informação militar colonial, que conduziam a operação malograda de infiltração e de corrupção de responsáveis militares daquela frente, caíram numa cilada e foram abatidos.»

Em suma, para Pedro Pires, esses desaires, conjugados com os riscos iminentes de um colapso militar e do afundamento do império colonial, «obrigaram o poder colonial a ir mais longe na sua miopia política e na sua acção criminosa e recorreu decididamente ao assassinato do líder do PAIGC.»

Um revolucionário
dos nossos tempos

Amílcar Cabral nasce em 1924, em Bafatá, na Guiné, filho de pais cabo-verdianos. Passa parte da infância e juventude em Cabo Verde, onde completa o liceu. Em 1945 vem para Lisboa estudar Agronomia, convive com jovens das colónias portuguesas (em particular na Casa dos Estudantes do Império e no Centro de Estudos Africanos) e inicia-se nas actividades anti-colonialistas e anti-fascistas, chegando a militar com outros companheiros africanos e portugueses no MUD Juvenil. Concluído o curso, vai em 1952 trabalhar para a Guiné e prossegue as acções independentistas clandestinas. Em 1955 está em Luanda, colabora com os nacionalistas angolanos e, no ano seguinte, de novo em Bissau, funda o Partido Africano da Independência (PAI), mais tarde PAIGC. Continua a trabalhar como agrónomo, na Guiné, em Portugal e em Angola e, de forma clandestina, intensifica as actividades com outros patriotas das colónias portuguesas. Em 1960 deixa definitivamente Portugal e empenha-se no reforço da organização política e militar do PAIGC que, em 1963, desencadeia a luta armada na Guiné.

Relendo hoje Amílcar Cabral, surpreende a modernidade do seu pensamento, aliada à originalidade e à criatividade da abordagem de diferentes temáticas.

A contemporaneidade do seu legado teórico é um traço tanto mais notável quando se sabe que Cabral desapareceu há quatro décadas, ainda antes das independências das suas pátrias, das profundas transformações em África (com a derrota do apartheid na África do Sul e as mudanças do mapa político da África Austral) e no Mundo (com o desaparecimento da União Soviética e do campo socialista europeu), das alterações nas relações internacionais, das realidades políticas, económicas, sociais, culturais, tecnológicas e ambientais diferentes que vivemos nos nossos dias.

São diversos os aspectos do pensamento de Amílcar Cabral que continuam válidos.

Desde logo, a ideia da necessidade e da possibilidade da independência nacional. Cabral compreendeu, no contexto do pós-II Guerra Mundial e ao longo dos anos 50, com companheiros de outras colónias portuguesas (Mário de Andrade, Viriato da Cruz, Agostinho Neto, Lúcio Lara, Marcelino dos Santos, Noémia de Sousa, Francisco Tenreiro, Hugo Menezes e outros) e no quadro da resistência antifascista em Portugal, que não havia nenhuma alternativa para a libertação dos povos dominados que não fosse a independência e que o momento histórico de a conquistar tinha chegado. E teve o génio de idealizar, mobilizar pessoas e meios, organizar, fazer avançar e liderar o movimento que havia de conduzir à independência da Guiné-Bissau em 1973 e de Cabo Verde em 1975.

Outra questão actual é a da luta que continua para além da independência. Desde muito cedo Cabral estabeleceu como objectivos não só a libertação nacional mas também a emancipação social, sendo este um dos eixos teóricos fundamentais da sua reflexão sobre a luta contra o colonialismo e o imperialismo, tema que retomou em diversos momentos. Ainda em 1961, escreve que «libertar-se do domínio estrangeiro não é a única preocupação dos nossos povos», que «aprenderam por experiência e sob a opressão colonial que a exploração do homem pelo homem é o maior obstáculo ao desenvolvimento e progresso do povo, para além da libertação nacional.»

A questão da unidade foi amplamente tratada por Cabral desde os primeiros escritos. Unidade na Guiné (ligada à construção da nação), unidade em Cabo Verde, unidade entre a Guiné e Cabo Verde, unidade entre as lutas dos povos das colónias portuguesas, unidade africana, unidade das forças anti-imperialistas.

Mais aspectos inovadores no pensamento e na acção de Cabral foram também, entre outros, a escolha do partido de tipo leninista como forma de organização e direcção da luta; a compreensão de que a guerra é a continuação da política por outros meios e que, no caso da Guiné e de Cabo Verde, apesar da opção pela via armada e da intransigência dos colonialistas, a resolução final do conflito seria política; a relevância da Cultura na libertação nacional e o seu carácter de classe; a análise do imperialismo e da dominação imperialista – resultando a dominação directa no colonialismo e a dominação indirecta no neocolonialismo; a luta de classes e o motor da História nas sociedades sem classes; o posicionamento das diferentes classes e camadas sociais face à luta de libertação nacional; o dilema da pequena burguesia («trair a revolução ou suicidar-se como classe»); e a questão da natureza do Estado pós-colonial.

Se a segunda metade do século XX foi o tempo do fim do colonialismo e a emergência das independências nacionais em África, incluindo as de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, as próximas décadas testemunharão decerto a continuação das lutas dos trabalhadores e dos povos africanos e de todo o Mundo pela construção de países pacíficos e prósperos, desenvolvidos e justos.

Ideais por que lutou e morreu Amílcar Cabral.


ARTIGO / POLÍTICA / AMÍLCAR CABRAL FOI ASSASSINADO HÁ 41 ANOS
Amílcar Cabral foi assassinado há 41 anos
Há exatamente 41 anos, Amílcar Lopes Cabral era assassinado pela PIDE-DGS. Por ocasião de mais um aniversário da morte deste histórico dirigente da libertação dos povos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, o esquerda.net republica a crónica de Diana Andringa: “Conversas sobre Amílcar”.

OS INSURGENTES À PROCURA DE REPRESENTAÇÃO NA LINHA DE SINTRA E QUARTEL GENERAL NA COVA DA MOURA QUANDO PEDIREM O APOIO DOS REVOLUCIONÁRIOS CUBANOS PARA AJUDAREM NA LUTA DE LIBERTAÇÃO DO JUGO BRANCO JÁ TÊM UM VASTO APOIO POLÍTICO CLANDESTINO:O PCP E A ESQUERDA.NET...

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