Wednesday, March 26, 2008

O QUE "DERRUBA" A ECONOMIA PORTUGUESA:OFF-SHORES E IMIGRAÇÃO DA POBREZA

Há ainda 12 casos em que os donos têm sede no Liechtenstein
"Off-shores" controlam 667 empresas a operar em Portugal
26.03.2008 - 09h04

Gil Cohen Magen/Reuters (arquivo)

Estima-se que haja 6519 trabalhadores portugueses ao serviço de empresas que são detidas maioritariamente por empresas sediadas em “off-shores”
Cerca de 17 por cento das empresas não financeiras controladas por estrangeiros, que operam em Portugal, têm como principais detentores entidades sediadas em "off-shores", mostram os números ontem publicados pelo Eurostat.

De acordo com o relatório Foreign-controlled enterprises in the EU, havia, em 2005 em Portugal, 3828 empresas não financeiras em que o controlo era maioritariamente assumido por estrangeiros. E destes casos, 17,4 por cento (667 empresas) eram referentes a participações maioritárias feitas a partir de centros financeiros off-shores. Dois anos antes, também de acordo com os dados publicados pelo Eurostat, os números eram bastante mais modestos, já que estavam apenas registadas 1495 empresas controladas por estrangeiros e 36 por "off-shores". Esta diferença tão acentuada deve-se, no entanto, a uma melhoria da abrangência dos dados recolhidos de 2004 para 2005.

O peso da presença estrangeira no número total das empresas não financeiras que operam em Portugal é ainda relativamente reduzido, não ultrapassando os 0,5 por cento. No entanto, esta é feita em empresas de maior dimensão. No total, as entidades controladas do exterior eram responsáveis por 7,9 por cento do emprego existente e representavam 16,8 por cento do valor acrescentado realizado. A produtividade aparente é quase o dobro nas empresas controladas por estrangeiros do que nas nacionais.

A Espanha é a principal origem dos que detêm participações maioritárias em empresas a operar em Portugal, tendo sido registados 860 casos em 2005. Seguem-se a França e a Alemanha. A importância dos "off-shores" está relacionada com questões de planeamento fiscal, podendo registar-se casos em que os detentores dessas entidades têm nacionalidade portuguesa.

Há ainda o caso do Liechtenstein, que o Eurostat não inclui no grupo dos "off-shores". Em 2005, foram encontradas 12 empresas em Portugal controladas por entidades com sede nesse principado, empregando um total de 1472 pessoas.

O Liechtenstein ganhou recentemente relevo como paraíso fiscal, depois de as autoridades alemãs e inglesas terem adquirido uma lista de clientes do principal banco do país. Ainda em Fevereiro, foi noticiado que o Governo português estava em negociações com Berlim para obter essa lista e assim ficar a saber se estão portugueses presentes.

No entanto, em declarações ao PÚBLICO, fonte oficial do Ministério das Finanças diz, passado quase um mês, que ainda "decorrem contactos entre o Governo português e o seu homólogo alemão, visando a obtenção da referida lista, a qual ainda não foi recebida".

QUEM PAGA? OS EMPREGADOS DO ESTADO, AQUELES QUE NÃO PODEM FIXAR O SEU PRÓPRIO VENCIMENTO E REGALIAS...
QUE A JUSTIÇA NÃO FUNCIONE QUE AINDA VÃO FICAR SEM REFORMAS QUANDO LÁ CHEGAREM...

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