Tuesday, March 11, 2008

NESTE MOMENTO QUAL É O ACRÉSCIMO DE DESPESA COM SEGURANÇA?

"Terrorismo deve preocupar o nosso país"


As organizações terroristas estão cada vez mais implantadas na Península Ibérica e no Norte de África, o que deve ser factor de preocupação para o nosso país.

O alerta foi lançado ontem, em Lisboa, durante uma conferência sobre terrorismo, realizada na Sociedade Histórica da Independência de Portugal, na qual foi orador o professor universitário José Manuel Anes.

Para este especialista há actualmente duas realidades distintas de riscos terroristas, uma localizada na Catalunha, em Espanha, e a outra na Argélia e em Marrocos.

A mais recente foi descoberta ainda no mês passado, na sequência das investigações das autoridades espanholas, que detectaram, em Barcelona, um grupo de origem paquistanesa, que preparava um conjunto de ataques terroristas a um conjunto de países europeus - entre os quais Portugal.

É uma linha directamente ligada à Al Qaeda e cuja acção resulta de uma luta de poder interna, com uma facção a tentar mostrar serviço no campo operacional. Sobrevive na população imigrante de origem paquistanesa e sustenta-se nos sectores religiosos mais fundamentalistas, se bem que não devam ser confundidos com eles, disse.

A outra corrente nasceu na Argélia, quando o Grupo Salafista para a Prédica e Combate (GSPC), com origem no tragicamente conhecido GIA, evoluiu para uma espécie de filial da Al Qaeda no Norte de África.

O risco desta organização reside no facto de ter uma grande experiência operacional, com muitos dos seus elementos a terem passado pelo Afeganistão, razão pela qual ganhou a preferência da Al Qaeda, no contexto norte-africano.

As organizações em Marrocos não mereceram confiança, uma vez que a sua capacidade operacional se revelou muito precária nos ataques em Casablanca, salientou José Manuel Anes.

Estes grupos estarão já bem implantados em Espanha e tem havido um receio por parte das autoridades de que possam chegar a Portugal. Com efeito, segundo fontes policiais, em termos logísticos já não é a primeira vez que Portugal surge identificado como uma base de apoio a algumas organizações terroristas, em particular no campo da falsificação de documentos e na aquisição de armas. Carlos Varela

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